Comparação Entre a Contagem de Plaquetas pelos ... - NewsLab
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automatizados. Em nosso estudo<br />
92 lâminas apresentaram concordância<br />
pela contagem automatizada<br />
e manual não apresentando<br />
variação <strong>de</strong> plaquetas.<br />
Coelho E. et al, 1981, <strong>de</strong>monstraram<br />
que as amostras contadas<br />
pelo método manual estão sujeitas<br />
a variáveis, po<strong>de</strong>ndo ser <strong>de</strong>vido à<br />
má distribuição <strong>de</strong> plaquetas nos<br />
campos focalizados.<br />
Segundo Failace R., 2003, as<br />
contagens automatizadas apresentam<br />
um coeficiente <strong>de</strong> variação<br />
menor que 10% em contagens<br />
entre 40.000 e 500.000/µL, mas<br />
insatisfatória nas contagens mais<br />
baixas. Quando a contagem está<br />
abaixo <strong>de</strong> 20.000/µL o coeficiente<br />
<strong>de</strong> variação é <strong>de</strong> aproximadamente<br />
<strong>de</strong> 50%.<br />
Ficou evi<strong>de</strong>nte que a contagem<br />
<strong>de</strong> plaqueta manual varia, ficando<br />
a maioria abaixo das contagens<br />
automatizadas. Em relação às plaquetoses,<br />
pelo método manual todas<br />
apresentaram valores normais,<br />
não sendo analisados os agregados<br />
plaquetários <strong>de</strong>vido à dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
contagem.<br />
Em casos on<strong>de</strong> as plaquetas que<br />
<strong>de</strong>ram valores abaixo <strong>de</strong> 130.000/<br />
µL sem indicação que justificasse a<br />
plaquetopenia, recomendamos que<br />
seja colhida amostra sem garrote,<br />
pois po<strong>de</strong> haver aumento significativo<br />
<strong>de</strong> plaquetas.<br />
A presente pesquisa mostrou<br />
boa correlação <strong>de</strong> resultados quanto<br />
à contagem <strong>de</strong> plaquetas automatizada<br />
e o método Fonio.<br />
Finalmente, os estudos estatísticos<br />
apontam que os resultados<br />
po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>rados satisfatórios<br />
por ambos os métodos. Portanto,<br />
os laboratórios que não tenham <strong>de</strong>mandas<br />
para viabilizar a aquisição <strong>de</strong><br />
equipamentos automatizados po<strong>de</strong>m<br />
continuar a realizar a contagem <strong>de</strong><br />
plaquetas pelo método <strong>de</strong> Fonio, levando<br />
em conta que seu uso requer<br />
experiência e cuidados especiais.<br />
Conclusão<br />
O presente trabalho mostra que a<br />
contagem automatizada <strong>de</strong> plaquetas<br />
é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> eficiência e precisão.<br />
Em laboratórios <strong>de</strong> pequeno porte<br />
que não têm acesso a esses aparelhos<br />
e sua <strong>de</strong>manda não os tornam<br />
necessários, a contagem manual<br />
<strong>de</strong> plaquetas po<strong>de</strong> ser utilizada sem<br />
prejuízos para o diagnóstico do exame,<br />
porém o método <strong>de</strong> Fonio <strong>de</strong>ve<br />
ser usado com cautela, pois requer<br />
experiência do microscopista.<br />
Correspondência para:<br />
Luiz Arthur Calheiros Leite<br />
lahemato@hotmail.com<br />
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<strong>NewsLab</strong> - edição 81 - 2007