A exploração de problemas de padrão: um contributo para o ...
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directa surgiu quando, alguns alunos, na tentativa <strong>de</strong> encontrar <strong>um</strong>a resposta mais rápida,<br />
ass<strong>um</strong>iam que os termos seguintes da sequência iam variar na mesma proporção que os<br />
anteriores.<br />
Orton e Orton, (1999) fizeram também referência ao que seria o método linear,<br />
como sendo aquele em que os alunos revelavam <strong>um</strong>a maior consciência das operações<br />
envolvidas. No presente estudo, este método foi também utilizado pelos alunos. Sempre<br />
que procuravam converter os dados fornecidos pelas figuras n<strong>um</strong>a expressão n<strong>um</strong>érica,<br />
revelavam compreen<strong>de</strong>r o significado <strong>de</strong> cada número e operação presentes nessas<br />
expressões. Aliás, <strong>de</strong> <strong>um</strong>a forma geral, a passagem <strong>de</strong> informação <strong>de</strong> <strong>um</strong>a representação<br />
<strong>para</strong> outra, não provocou gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s, o que vai <strong>de</strong> encontro aos resultados<br />
obtidos por Modanez (2003). É <strong>de</strong> realçar, no entanto, que, ainda que os alunos<br />
compreen<strong>de</strong>ssem o significado <strong>de</strong> cada número e operação, nem sempre conseguiam<br />
relacionar os cálculos efectuados com as proprieda<strong>de</strong>s geométricas das figuras,<br />
nomeadamente as associadas a área e perímetro. É exemplo disso a resolução apresentada<br />
pela Raquel na tarefa “Organizando mesas”.<br />
Durante a resolução das tarefas foi possível verificar que, por vezes, quando<br />
confrontados com expressões gerais que exigem vários cálculos, no cálculo <strong>de</strong> termos mais<br />
afastados da sequência os alunos procuram encontrar métodos mais rápidos. Esta situação<br />
observou-se tanto com David, como com Raquel. No entanto, enquanto Raquel acabava<br />
por optar por soluções erradas, David ao não conseguir obter o método pretendido, optava<br />
por manter o mesmo.<br />
Orton e Orton, (1999) referem que <strong>um</strong>a das causas relacionadas com esta mudança<br />
errada <strong>de</strong> método, é a dificulda<strong>de</strong> em reunir todos os dados e em dominar toda a<br />
informação. Ainda que esta seja <strong>um</strong>a explicação que também se aplica aos alunos em<br />
causa, <strong>de</strong>ve-se acrescentar que a não verificação dos resultados obtidos é outra das causas<br />
<strong>de</strong>sse erro. Como aconteceu alg<strong>um</strong>as vezes com Raquel, ao procurar <strong>um</strong> novo método<br />
acreditava automaticamente nas soluções encontradas, esquecendo-se constantemente <strong>de</strong> as<br />
verificar. David, pelo contrário, preocupava-se com a verificação dos resultados obtidos, o<br />
que fez com que os novos métodos só fossem escolhidos quando estes resultados eram<br />
compatíveis com os dados do problema. Ou seja, também neste aspecto, as figuras<br />
<strong>de</strong>sempenharam <strong>um</strong> papel essencial. De facto, as representações concretas e pictóricas,<br />
feitas pelo aluno ou já existentes na tarefa, foram utilizadas <strong>para</strong> confirmar os resultados<br />
obtidos nas representações n<strong>um</strong>éricas.<br />
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