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A exploração de problemas de padrão: um contributo para o ...

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apresentar a álgebra aos alunos. Segundo este autor, assim que estes completam diferentes<br />

tipos <strong>de</strong> sequências, baseadas em objectos, figuras ou números, e comunicam aquilo que<br />

estão a fazer, estão a <strong>de</strong>senvolver a linguagem algébrica. Curcio, Nimerofsky, Perez e<br />

Yaloz (1997) também relatam o trabalho <strong>de</strong>senvolvido com os seus alunos, procurando<br />

<strong>de</strong>screver o entusiasmo por eles sentido quando lhes é dada oportunida<strong>de</strong> <strong>para</strong> resolver<br />

<strong>problemas</strong>, explorar padrões e formular conjecturas. Estes autores acreditam que,<br />

ass<strong>um</strong>indo <strong>um</strong>a abordagem indutiva na generalização <strong>de</strong> padrões, estes fornecem-se aos<br />

alunos experiências significativas começando-se a <strong>de</strong>senvolver o raciocínio algébrico.<br />

Os casos <strong>de</strong>scritos anteriormente são apenas alguns exemplos resultantes <strong>de</strong><br />

experiências on<strong>de</strong> os padrões aparecem associados à álgebra. É <strong>de</strong> realçar que a relação<br />

entre os padrões e a álgebra atinge, cada vez mais, os diferentes níveis <strong>de</strong> ensino, <strong>de</strong>ixando<br />

<strong>para</strong> trás a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que a álgebra apenas <strong>de</strong>veria ser abordada nos anos mais avançados. A<br />

concluir, po<strong>de</strong>mos dizer que vários autores (e.g. Hebert & Brown, 1999; Lannin, Barker &<br />

Townsend, 2006; Pegg & Red<strong>de</strong>n, 1999; Usiskin, 1999) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m que a generalização <strong>de</strong><br />

padrões é <strong>um</strong> veículo com potencialida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> fazer a transição do pensamento n<strong>um</strong>érico<br />

<strong>para</strong> o algébrico, porque permite dar significado à generalização sem ter que recorrer,<br />

obrigatoriamente, a variáveis e a fórmulas. A compreensão da generalização <strong>de</strong> padrões é a<br />

base do sucesso em álgebra, enten<strong>de</strong>ndo esta como a linguagem da generalização, isto é, a<br />

linguagem na qual <strong>de</strong>screvemos os padrões. É <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sta perspectiva que se situa este<br />

trabalho em que os alunos se envolveram n<strong>um</strong> processo exploratório <strong>de</strong> <strong>problemas</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>padrão</strong>.<br />

Opções Metodológicas<br />

Aten<strong>de</strong>ndo ao objectivo do estudo, este foi enquadrado n<strong>um</strong>a abordagem <strong>de</strong> cunho<br />

qualitativo na forma <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong> caso múltiplo, <strong>de</strong> acordo com Stake (1995).<br />

Acompanharam-se, durante <strong>um</strong> ano lectivo, dois alunos do 5º ano <strong>de</strong> <strong>um</strong>a escola do Ensino<br />

Básico quando envolvidos em tarefas <strong>de</strong> <strong>exploração</strong> <strong>de</strong> padrões, em contexto da turma a<br />

que pertenciam. Durante a realização da investigação, utilizaram-se várias técnicas <strong>de</strong><br />

recolha <strong>de</strong> dados, que se po<strong>de</strong>m agrupar em três gran<strong>de</strong>s grupos: observação, entrevistas e<br />

doc<strong>um</strong>entos. Estas são, aliás, alg<strong>um</strong>as das técnicas usualmente utilizadas em estudos que<br />

seguem o <strong>para</strong>digma interpretativo (Bogdan e Biklen, 1994).<br />

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