A exploração de problemas de padrão: um contributo para o ...
A exploração de problemas de padrão: um contributo para o ...
A exploração de problemas de padrão: um contributo para o ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
(Kilpatrick, Martin e Schifter, 2003; NCTM, 1993, 2000; Orton, 1999; Vale e Pimentel,<br />
2005).<br />
A natureza multifacetada do conceito <strong>de</strong> <strong>padrão</strong>, assim como as suas múltiplas<br />
utilizações, fazem com que possa ser caracterizado e representado <strong>de</strong> diferentes formas, o<br />
que dificulta também a sua <strong>de</strong>scrição. Efectivamente, o termo <strong>padrão</strong> po<strong>de</strong> ser utilizado<br />
com diferentes significados. Por <strong>um</strong> lado, po<strong>de</strong> ser usado simplesmente em relação a <strong>um</strong>a<br />
disposição ou arranjo particular <strong>de</strong> formas, cores ou sons, sem <strong>um</strong>a regularida<strong>de</strong> evi<strong>de</strong>nte.<br />
Por outro lado, po<strong>de</strong> ser exigido que esse arranjo possua alg<strong>um</strong> tipo <strong>de</strong> regularida<strong>de</strong><br />
evi<strong>de</strong>nte, por exemplo através <strong>de</strong> simetria ou repetição (Orton, 1999).<br />
Para Vale et al. (2006) “o conceito <strong>de</strong> <strong>padrão</strong> tem-se revelado bastante fluído, com<br />
<strong>de</strong>finições muito díspares, consoante a utilização que é pretendida” (p.195). Mais do que<br />
preten<strong>de</strong>r <strong>de</strong>finir <strong>padrão</strong> em Matemática, situação que tem sido contornada pela literatura,<br />
será mais útil perguntar o que é que o caracteriza. Vários autores, entre eles Smith (2003),<br />
referem que i<strong>de</strong>ntificamos <strong>um</strong> <strong>padrão</strong> nas situações em que vemos ou imaginamos a<br />
possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> repetição ou <strong>um</strong> modo <strong>de</strong> continuação. Como este autor indica, as<br />
componentes <strong>de</strong> mudança, repetição ou extensão são centrais na i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> <strong>padrão</strong>.<br />
De modo geral, as i<strong>de</strong>ias manifestadas pelos vários autores referidos, apontam que ao<br />
conceito <strong>de</strong> <strong>padrão</strong> estão associados termos tais como: regularida<strong>de</strong>(s), sequência, regra e<br />
or<strong>de</strong>m. Tendo em conta que <strong>um</strong> dos objectivos <strong>de</strong>ste estudo é analisar o papel<br />
<strong>de</strong>sempenhado pelas diferentes representações, os padrões aqui explorados referem-se<br />
tanto a arranjos particulares <strong>de</strong> números, como <strong>de</strong> figuras ou objectos, on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m ser<br />
<strong>de</strong>tectadas regularida<strong>de</strong>s. À medida que os exploram, os alunos terão oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
continuar o <strong>padrão</strong>, <strong>de</strong>tectar a regra <strong>de</strong> formação (baseada, por exemplo, na repetição ou<br />
nas características geométricas), formular <strong>um</strong>a lei geral <strong>de</strong> formação e chegar, assim, à<br />
generalização. Neste estudo <strong>de</strong>mos, pois, atenção aos padrões que possibilitam, pela<br />
análise da sequência que envolvem, i<strong>de</strong>ntificar <strong>um</strong>a lei <strong>de</strong> formação que permita continuar<br />
essa sequência e chegar à generalização.<br />
Como Goldin (2002) salienta, o po<strong>de</strong>r matemático consiste não só em ser capaz <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>tectar, construir, inventar, compreen<strong>de</strong>r, ou manipular padrões, mas também em<br />
comunicar, verbalmente ou por escrito, esses padrões <strong>para</strong> os outros, representando-os das<br />
mais variadas formas. As diferentes representações acabam por influenciar o modo como o<br />
conceito <strong>de</strong> <strong>padrão</strong> é interpretado.<br />
Ao analisar a literatura verifica-se que vários autores consi<strong>de</strong>ram que apren<strong>de</strong>r e<br />
compreen<strong>de</strong>r Matemática significa ter a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar com diferentes<br />
5