documento associado - Ordem dos Farmacêuticos
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adoção de um programa de Cuida<strong>dos</strong> de Saúde Primários (CSP) permitiria responder melhor e<br />
mais rapidamente perante os problemas de saúde emergentes. A sustentar esta posição está<br />
um relatório da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte), datado de Agosto de<br />
2011, no qual a implementação de CSP evitou gastos desnecessários da ordem <strong>dos</strong> 131,5<br />
milhões de euros possibilitando a prestação de mais e melhores cuida<strong>dos</strong>.<br />
Sugere-se para um melhor acompanhamento terapêutico, a criação de uma Ficha do<br />
Utente que permita evitar e diminuir complicações provenientes da sobreposição ou interação<br />
farmacológica, dirigida preferencialmente a i<strong>dos</strong>os, doentes polimedica<strong>dos</strong> e doentes de alto<br />
risco, recorrendo a da<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> numa situação de acompanhamento farmacêutico. Os da<strong>dos</strong><br />
presentes nesta, juntamente com to<strong>dos</strong> os outros parâmetros passíveis de serem analisa<strong>dos</strong><br />
na farmácia, permitem a deteção precoce de alterações que possam originar complicações<br />
futuras.<br />
No que respeita às comissões hospitalares, o Farmacêutico é imprescindível como<br />
profissional competente que decide, inova e melhora os serviços hospitalares. O Farmacêutico<br />
tem um papel fulcral ao intervir na seleção da terapêutica, garantindo custo-efectividade,<br />
segurança e eficácia.<br />
É importante que o Farmacêutico continue a assegurar a escolha <strong>dos</strong> medicamentos<br />
que integram o Formulário Hospitalar <strong>dos</strong> Medicamentos (FHM), contribuindo para o aumento<br />
da racionalização da terapêutica, e assim diminuir os gastos e os efeitos adversos, potenciando<br />
o efeito clínico.<br />
Propõe-se que o Farmacêutico continue a integrar as comissões de farmácia e<br />
terapêutica, ética, controlo de infeção, nutrição clínica, ensaios clínicos, entre outras. Só desta<br />
forma se pode garantir um controlo efetivo <strong>dos</strong> doentes, das suas terapêuticas e <strong>dos</strong> gastos no<br />
hospital inerentes a estes, bem como da segurança de to<strong>dos</strong> os intervenientes no seio<br />
hospitalar.<br />
Em suma, reitera-se a importância do Farmacêutico no SNS pois contribui para um<br />
melhor funcionamento e sustentabilidade do mesmo, em virtude das suas competências<br />
multidisciplinares adquiridas na excelência da sua formação académica. O Farmacêutico<br />
deverá, inexoravelmente, estar envolvido na reestruturação do SNS, que se considera<br />
essencial.<br />
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