documento associado - Ordem dos Farmacêuticos
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Neste <strong>documento</strong> deverão ser abordadas questões como o papel do Farmacêutico e<br />
do técnico de farmácia, em relação à dispensa do medicamento e as suas implicações a curto e<br />
longo prazo.<br />
O desenvolvimento deste <strong>documento</strong> poderá assim, ser fundamental para que a<br />
implementação de aspetos como a prescrição eletrónica se tornem numa realidade cada vez<br />
mais consolidada e realizada de forma sustentada em Portugal.<br />
O papel do Farmacêutico nos dias de hoje tem sido, de certo modo, desvalorizado.<br />
Compete assim a esta classe tão importante na área da saúde pública, criar estratégias para<br />
que a sua qualificação não seja posta em causa. Nesse sentido, será importante a<br />
implementação de uma avaliação creditada e contínua, para que o farmacêutico consiga<br />
desempenhar a sua atividade, tendo sempre em conta conhecimentos científicos<br />
constantemente actualiza<strong>dos</strong>.<br />
A formação contínua do profissional de saúde deve ser encarada como uma mais-valia<br />
e não como uma obrigação. O sistema atual, que funciona através da realização de uma quota<br />
mínima de créditos num determinado período de tempo, não obriga os profissionais a terem<br />
que mostrar os conhecimentos que adquirem nas formações e atividades onde adquirem estes<br />
créditos. Nesse sentido, urge a necessidade de implementar um processo de avaliação. Tal<br />
fator, iria criar nos profissionais uma necessidade de estudo contínua, sendo que esta poderia<br />
focar áreas como a farmacovigilância, a farmacoeconomia/gestão, assim como os cuida<strong>dos</strong><br />
farmacêuticos, de entre outras áreas, que poderiam ser facilmente potencializadas na classe<br />
farmacêutica.<br />
Quando o conjunto de elementos supracita<strong>dos</strong> forem aplica<strong>dos</strong>, estes darão ao<br />
Farmacêutico maior capacidade de resposta ao doente, permitindo um aporte de<br />
conhecimentos científicos, para que o doente seja o principal beneficiário do serviço prestado.<br />
Evidenciando agora a Investigação e Desenvolvimento e de acordo com a atual<br />
conjuntura de instabilidade, é notório que o Estado não demonstra interesse em apoiar<br />
iniciativas nesta área, uma vez que os custos <strong>associado</strong>s a ela <strong>associado</strong>s são eleva<strong>dos</strong> e nem<br />
sempre se obtém um retorno daquilo que se investiu. Para além desta lacuna, surgem também<br />
outros problemas <strong>associado</strong>s à Investigação e aos Ensaios Clínicos, como, por exemplo, a<br />
necessidade de respeitar todo um conjunto de burocracias que tornam estes processos muito<br />
morosos e dispendiosos.<br />
Relativamente aos Ensaios Clínicos, a solução passaria por simplificar o processo de<br />
realização destes à semelhança de outros países, como os Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> da América ou o<br />
Canadá. A sua realização em Portugal é de extrema importância, uma vez que se fariam<br />
estu<strong>dos</strong> numa amostra representativa <strong>dos</strong> doentes a que os medicamentos se destinam.<br />
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