Parto e Maternidade - Seminário Internacional Fazendo Gênero
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<strong>Parto</strong> e <strong>Maternidade</strong>: profissionalização, assistência, políticas públicas – ST 26<br />
Letícia Prezzi Fernandes<br />
Carin Klein<br />
UFRGS<br />
Politização da maternidade – produção cultural de maternidades e paternidades<br />
“A gestante não é dona do bebê”! Paternidades veiculadas no programa Primeira Infância<br />
Melhor/RS<br />
Este trabalho foi produzido no contexto de um conjunto de pesquisas realizadas por Dagmar<br />
Meyer e suas orientandas de Iniciação Científica, mestrado e doutorado no período de 2000 a 2005,<br />
que tiveram como objetivo problematizar conhecimentos e práticas produzidos e/ou implementados<br />
na área da Educação em Saúde entendendo-os como instâncias de produção de representações e<br />
identidades de gênero, focalizando a maternidade. Tais pesquisas têm possibilitado construir e<br />
defender o argumento de que estamos re-vivendo um período de intensa “politização da<br />
maternidade”.<br />
No contexto dessa temática mais ampla, este trabalho, em particular, procura analisar as<br />
paternidades que o programa Primeira Infância Melhor (PIM) vêm produzindo quando convoca as<br />
mulheres-mães para o cuidado com os/as filhos/as. Analiso, de forma pontual, um dos artefatos<br />
culturais que, no contexto desse programa, é distribuído às gestantes do SUS, nos municípios que<br />
aderiram ao PIM e que é intitulado Guia da Gestante, por considerar que essa cartilha incorpora<br />
enunciados sobre maternidade e paternidade que circulam cotidiana e recorrentemente, em<br />
múltiplas instâncias e artefatos de nossa cultura.<br />
Organizei este texto em dois momentos: no primeiro, procuro situar um pouco o que vimos<br />
entendendo e definindo como politização da maternidade no contexto de nosso grupo de orientação.<br />
Num segundo momento, analiso a cartilha propriamente dita, visibilizando alguns fragmentos de<br />
discursos que, ali, reiteram essa politização para discutir como isso impacta uma dada forma de<br />
produção da paternidade e da maternidade.<br />
Dagmar Meyer passou a usar a noção de ‘politização do feminino e da maternidade’<br />
inspirada por Marilyn Yalom (1997), que se refere à “politização do seio feminino” para descrever<br />
as condições de emergência de um processo histórico que incorporou e posicionou a mulher, como<br />
mãe, no centro das “políticas de gestão da vida” nas sociedades ocidentais modernas, nos séculos<br />
XVII, XVIII e XIX.<br />
Essa discursividade é produzida na confluência de quatro movimentos ou processos sociais,<br />
ao longo do século XX que criam as condições de possibilidade para emergência de tais discursos.
Em primeiro lugar, a redução e o enxugamento do Estado, orientações da política neoliberal<br />
que implicam na responsabilização do indivíduo pela promoção da sua própria condição de bemestar.<br />
Dessa forma a proliferação de políticas e programas que repassem aos indivíduos a<br />
responsabilidade pela sua situação econômica, política e social, tem por base esta lógica.<br />
Um segundo processo refere-se ao aprofundamento das desigualdades econômicas, sociais e<br />
culturais que decorre da conjunção da racionalidade neoliberal com o processo de globalização que<br />
impacta mais fortemente a vida das mulheres (sobretudo as mais pobres), em todo o mundo.<br />
O terceiro aspecto aponta a produção e desenvolvimento crescente de conhecimentos e<br />
novas tecnologias que descrevem e monitoram, antecipada e minuciosamente o desenvolvimento<br />
físico, cognitivo e emocional do feto e da criança, inscrevendo-o em uma ‘gramática da<br />
probabilidade e do risco’. Com ela, determinados grupos de mulheres são re-conhecidos,<br />
classificados e valorados como ‘mães de risco’ e transformados em sujeitos de práticas<br />
assistenciais, educativas e de controle sistemáticas e estandartizadas.<br />
Por último, as disputas que se vinculam ou desdobram tanto de políticas de estado quanto de<br />
lutas de movimentos sociais como o feminismo e o de defesa dos direitos humanos, no âmbito das<br />
quais a noção de direitos humanos universais é multiplicada e fraturada instituindo novos ‘sujeitos<br />
de direito’ como o feto, por exemplo, cujos direitos incidem sobre, contestam, ou colocam em<br />
suspenso os direitos de outros sujeitos com os quais estes se relacionam. Nesse contexto, condições<br />
de concepção, “ambientes” intra-uterinos e relações ‘saudáveis’ com o feto no útero e com a<br />
criança na primeira infância são concebidos e normatizados como direitos destes sujeitos e as<br />
mulheres que não oferecem ou produzem essas condições, ambientes e relações são posicionadas<br />
como desviantes, negligentes, ignorantes ou como criminosas em potencial.<br />
São, fundamentalmente, esses modos pelos quais mulheres e mães vêm sendo posicionadas<br />
e interpeladas por essas discursividades que constituem o que vimos chamando de ‘politização<br />
contemporânea do feminino e da maternidade’ em nosso grupo de orientação.<br />
Os diversos estudos realizados no âmbito do Grupo de Estudos de Educação e Relações de<br />
<strong>Gênero</strong>, que buscaram compreender e problematizar que significados e atribuições políticas e<br />
programas endereçados à família e às mulheres-mães produzem e veiculam nos permitem dizer que:<br />
1 – estes programas e políticas funcionam como artefatos culturais e que através de seus<br />
ensinamentos produzem identidades; 2 – suas medidas educativas pretendem transformar modos de<br />
ser e viver daqueles indivíduos que se encontram em situações de risco; 3 – nessas políticas e<br />
programas parte dos atributos da maternidade tem ligação com as representações de maternidade<br />
construídas durante os séculos XVIII e XIX, ou seja, há uma ressignificação e uma re-elaboração<br />
destes atributos para sua incorporação nas políticas e programas; 4 – há a incorporação e influência<br />
de reivindicações de movimentos sociais e de conhecimentos legitimados e autorizados a prescrever
formas de conhecer e se relacionar com a infância; 5 – na tentativa de introduzir concepções mais<br />
flexíveis de família, esses programas vêm naturalizando a ausência de um homem-pai na população<br />
a que se dirigem, bem como desresponsabilizando este dos cuidados e provimento dos/as filhos/as;<br />
nessa direção, o estado assume a ‘autoridade paterna’ ao mesmo tempo que delega às mulheresmães<br />
“uma parte significativa dos deveres até então definidos como ‘paternos’” (MEYER, 2005,<br />
p.3).<br />
Nesse sentido, há um investimento grande por parte das políticas públicas em educar as<br />
mulheres para uma maternidade não só aceitável como também produtiva, na direção de melhorar<br />
as condições de vida das pessoas a quem exerce funções de cuidado. Assim, inicio a segunda parte<br />
do trabalho tentando visibilizar algumas estratégias e ensinamento que são colocados em<br />
funcionamento dentro do PIM, mais especificamente no Guia da Gestante.<br />
O programa Primeira Infância Melhor foi adaptado do original Educa tu hijo, implementado<br />
pelo governo cubano. No Rio Grande do Sul, foi instituído pela portaria 15/2003 em 07 de abril de<br />
2003. Ancorado na intersetorialidade entre as secretarias estaduais de Saúde, de Educação, do<br />
Trabalho, Cidadania e Assistência Social e da Cultura, o PIM tem como objetivos gerais o<br />
desenvolvimento das crianças de 0 a 6 anos, com ênfase nas de 0 a 3, buscando integrar a família e<br />
a comunidade.<br />
Na direção de melhorar as condições de vida das crianças das camadas pobres da população,<br />
o PIM investe na educação de mulheres-mães e de homens-pais acreditando que a correta<br />
maternagem e paternagem podem qualificar a infância melhorando as condições destas crianças<br />
quando se tornarem adultos. Há uma série de pesquisas que ‘comprovam’ justamente isso: uma<br />
infância vivida na sua integralidade, com atenção e cuidados específicos gera adultos saudáveis,<br />
com menores possibilidades de cometer infrações e com melhores níveis de escolaridade. Com o<br />
intuito de assim proceder, o PIM utiliza vários materiais: o Guia da Gestante – a que me proponho<br />
analisar aqui; o Guia das Famílias – que ensina como se deve estimular o desenvolvimento das<br />
crianças através de brinquedos e de uma determinada atenção que as mães e os pais devem dar as<br />
crianças; e o Guia dos monitores – o qual ensina como os monitores podem abordar, sensibilizar e<br />
ensinar as famílias a cuidarem e lidarem com a infância.<br />
O Guia da Gestante ensina como as mulheres devem se comportar durante a gestação para<br />
gerar filhos/as saudáveis. Nesse sentido, este é um projeto educativo pautado na transmissão de um<br />
conhecimento especializado para uma população incipiente e pobre, onde grande parte dos seus<br />
saberes é diminuído em função de uma ciência mais verdadeira (MEYER et all, no prelo).<br />
Busca-se um discernimento entre hábitos bons e ruins, mas ao mesmo tempo a mudança<br />
desses hábitos deve interferir positivamente na vida da criança que é gerada e não na vida das<br />
mulheres grávidas.
Essas mudanças de comportamento baseadas na vontade pessoal das mulheres-mães<br />
conferem a elas uma marca forte do que vem sendo entendido por maternidade na<br />
contemporaneidade. A abdicação de certos hábitos e a conquista de outros para o bem da prole é<br />
uma das características infundidas no suposto instinto materno.<br />
Nesse sentido, a própria educação para a saúde dos bebês sugere que a mulher-mãe<br />
incorpore certas atitudes ‘dignas da maternidade’. Entendo que ensinamentos como esse constituem<br />
o que é ser mãe em nossa cultura, além é claro de ensinar às mulheres-mães como estas devem<br />
exercer a sua maternidade de forma aceitável criando seres humanos saudáveis e equilibrados.<br />
Acredito que no PIM, mais especificamente no Guia da Gestante, o fato de a mulher<br />
carregar uma criança no seu ventre faz com que ela, automaticamente, esteja mais apta a cuidar e a<br />
dar carinho a este ser em desenvolvimento. Parece que o estado de gravidez proporciona uma<br />
relação de carinho entre “mãe e filho”, de modo que o homem, por estar fora desta comunidade<br />
mãe-filho, pouco se importa, sendo no maior das vezes ignorado pelo Guia.<br />
É importante que aprendas a te comunicar com teu filho. Os movimentos que<br />
ele faz dentro do útero, ou deixa de fazer, representam um sinal do que quer<br />
manifestar. É preciso que estejas atenta. Esta comunicação poderá trazer conforto e<br />
alegria a ti, e serenidade ao bebê (p.15).<br />
Nesse momento, a pessoa a que se dirige o ensinamento, bem como toda a cartilha, é a<br />
mulher-mãe. É claro que o homem-pai não tem condições de sentir todos os movimentos que o bebê<br />
faz dentro da mulher, porém em alguns outros momentos da cartilha é indicado que a mulher-mãe<br />
deve convidar o seu companheiro a participar de alguns momentos com o argumento de que esta<br />
prática une o casal (p.14). Se as mulheres-mães são incumbidas também de convidar seu<br />
companheiro a participar destes momentos é porque se pressupõe que os homens-pais não têm esse<br />
tipo de iniciativa.<br />
Carin Klein (2003) afirma que no Programa Bolsa-Escola não se ensina como os pais podem<br />
contribuir na educação, formação e cuidado dos filhos, bem como no gerenciamento da família. Em<br />
outra direção, o Guia da Gestante indica que, no período da gestação, os homens-pais devem<br />
compreender [junto com a mãe] a importância deste período para a saúde e o desenvolvimento do<br />
bebê e os “cuidados que ambos devem ter com a gestação de um modo geral” (RIO GRANDE DO<br />
SUL, 2003, p.7).<br />
O Programa ao construir estratégias discursivas que tratam de essencializar e universalizar<br />
uma forma de ser mãe e de ser pai ignora e suprime o caráter constitutivo e plural da maternidade e<br />
da paternidade. Também oblitera a multiplicidade existente a cerca das dimensões do cuidado e da<br />
educação de crianças dentro de diferentes grupos culturais.
Espera-se que a partir dessa noção de maternidade a mulher torne-se uma “pessoa especial,<br />
pois agora carregas um outro ser dentro de ti”(p.11). Fernandes (2005) indica que facilmente a<br />
maternidade é associada ao divino, ao sobrenatural, ao analisar a produção de maternidades na<br />
escola infantil. Nesse contexto do PIM busca-se construir uma relação que associa a maternidade a<br />
uma espécie de estado de encantamento e doação, uma ligação da maternidade com algo especial e<br />
mágico.<br />
É relevante questionar onde está o homem-pai nesta magia. Em vários momentos o guia,<br />
refere-se a ‘tu e teu companheiro’, ‘ambos’, etc. Porém são dois os locais em que se fala<br />
diretamente do pai ou do companheiro. Um deles é a seção Sexualidade e gravidez, onde é colocada<br />
a possibilidade de fazer sexo durante a gravidez. O argumento, mais uma vez, é o bem-estar da<br />
mulher-mãe que gera também o bem-estar da criança. Entendo que está referência está ligada a<br />
discursos do senso comum que naturalizam volúpia masculina, sendo o desejo sexual masculino<br />
algo “incontrolável, primitivo” (ARILHA, 2001, p.59). Acredito que também esta crença justifica a<br />
naturalização da ausência paterna em alguns momentos, visto que supostamente, pelo seu<br />
descontrole sexual, os homens fazem filhos/as pelo prazer do sexo e somem.<br />
Essa visão de que os homens são irresponsáveis, bagunceiros, malandros e que as meninas<br />
são comportadas, organizadas e esforçadas aparece desde muito cedo já na escola (DALL’IGNA,<br />
2005). O programa Bolsa-Escola, ao dar o benefício prioritariamente à mãe, avó ou outra mulher<br />
que tenha gerência na vida da criança, também acredita de alguma forma que os homens-pais não<br />
tenham responsabilidade suficiente para gerenciar um benefício pago pelo governo e os/as seus/suas<br />
próprios/as filhos/as (KLEIN, 2003, p.126).<br />
O segundo lugar marcante onde se fala diretamente dos homens-pais na cartilha é a seção<br />
sobre paternidade. A primeira coisa escrita nesta página é: “A gestante não é dona do bebê”.<br />
Entendo que é necessário que a cartilha diga isso às mulheres-mães, visto que a todo momento elas<br />
são chamadas e interpeladas a cuidar e educar as crianças. Nessa direção, ao dizer isso a cartilha<br />
chama também os homens-pais a participar da vida de seus/suas filhos/as, porém, como referi<br />
anteriormente essa participação está condicionada ao convite das mulheres-mães, aos momentos<br />
que elas acharem apropriados e oportunos.<br />
O Guia da Gestante, em alguma medida procura colocar os homens-pais dentro do processo<br />
de educação e cuidado dos/as filhos/as porém ao abordá-lo de maneira tão incipiente posiciona-o<br />
quase como um opcional.<br />
Caso o pai do teu bebê, por alguma razão, não estiver presente neste período,<br />
não fica triste. Busca apoio, ajuda, e ou atenção de pessoas em quem depositas tua<br />
confiança (p.14).
Entendo que através desse excerto podemos visibilizar a forma que o Programa flexibiliza a<br />
noção de família quando entende que o pai pode não estar presente durante a gravidez. O Guia da<br />
Gestante busca inserir o pai no convívio familiar quando o “convida” a participar da gestação mas,<br />
ao se referir às tarefas que exigem atenção e cuidados (tomados como atributos inerentes do<br />
feminino) não há prescrições e ensinamentos voltados a ele, o que re-afirma mais uma vez a<br />
paternidade num lugar coadjuvante.<br />
Algumas considerações<br />
Dentro deste contexto, as mulheres-mães são ainda continuamente chamadas a exercer uma<br />
maternidade dentro dos padrões de higiene, saúde e educação.<br />
De alguma forma o Guia da Gestante do PIM escapa em alguns pontos dos discursos<br />
autorizados e legitimados na arena do cuidado infantil, porém, através dessa breve análise pode se<br />
entender que ele está profundamente imbricado nessa rede discursiva que busca normatizar formas<br />
de exercício da maternidade. Nessa perspectiva, o PIM, com o Guia da Gestante, participa e<br />
colabora com a politização contemporânea do feminino e da maternidade.<br />
Na medida em que se investe numa determinada forma de maternidade pretendendo que ela<br />
consiga melhorar as condições de vida de sua família, a escola, as políticas públicas, os programas<br />
de proteção social e de educação em saúde passam a politizar, a visibilizar a maternidade como uma<br />
possibilidade de resolução dos problemas sociais. É nessa direção que como grupo de pesquisa<br />
vimos afirmando que na atualidade vem se engendrando uma politização do feminino e da<br />
maternidade, ou seja, a mulher e a maternidade estão no bojo das políticas atuais: é a partir delas<br />
que se busca a melhoria da qualidade de vida das populações mais pobres.<br />
Referências<br />
ARILHA, Margareth. Homens: entre a “zoeira” e a “responsabilidade”. In: Homens e<br />
masculinidades: outras palavras. MEDRADO, Benedito (org). São Paulo: ECOS, 1998.<br />
DAL IGNA, Maria Cláudia. Há diferença?: relações entre desempenho escolar e gênero. 2005.<br />
Dissertação (Mestrado em Educação) – FACED, UFRGS, Porto Alegre, 2005.<br />
FERNANDES, Letícia. A produção da maternidade no contexto da Educação Infantil. In:<br />
Congresso <strong>Internacional</strong> de Educação. São Leopoldo: Unisinos, 2005.<br />
KLEIN, Carin. Um cartão [que] mudou nossa vida? : maternidades veiculadas e instituídas pelo<br />
Programa Nacional Bolsa-Escola. 2003. Dissertação (Mestrado em Educação) - FACED, UFRGS,<br />
Porto Alegre, 2003.
MEYER, Dagmar. A educação ‘da família’ como estratégia governamental de inclusão social: um<br />
estudo situado na interface dos Estudos Culturais, de <strong>Gênero</strong> e de Vulnerabilidade. Projeto de<br />
Pesquisa – FACED, UFRGS, Porto Alegre, 2005.<br />
MEYER, Dagmar et all. “Você aprende. A gente ensina?” Interrogando relações entre educação e<br />
saúde desde a perspectiva da vulnerabilidade. (no prelo).<br />
RIO GRANDE DO SUL. Guia da Gestante. PIM, Porto Alegre: 2003.<br />
YALOM, Marilyn. História do seio. Lisboa: Teorema, 1997.