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Avaliação da Presença, Toxicidade e da Possível Biomagnificação ...

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RESUMO<br />

Os ambientes aquáticos, dentre eles os estuários, constituem-se receptores finais de<br />

poluição antrópica. O objetivo deste estudo foi identificar a presença na água e,<br />

principalmente, no sedimento de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) ao longo do<br />

complexo estuarino <strong>da</strong> Baía de Paranaguá (CEP). Além disso, através <strong>da</strong> identificação destes<br />

hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, buscou-se avaliar a biomqgnificação destes<br />

compostos através de um modelo matemático e analisar o potencial toxicológico do<br />

sedimento <strong>da</strong> região através <strong>da</strong> aplicação do ensaio de embriotoxici<strong>da</strong>de com peixe-zebra<br />

(Danio rerio). Foram realiza<strong>da</strong>s as análises de composição granulométrica e geoquímica do<br />

sedimento, bem como a concentração de HPAs em água e sedimento, considerando os 16<br />

HPAs prioritários segundo a U.S.EPA (Agência de Proteção Ambiental Americana). Através<br />

dos resultados <strong>da</strong>s análises de água e sedimento, foram realizados o bioensaio com embrião de<br />

peixe-zebra e a modelagem matemática para avaliação <strong>da</strong> biomagnificação. De acordo com os<br />

resultados obtidos, o sedimento do CEP apresentou uma introdução de material orgânico de<br />

origem antrópica, principalmente relacionado as ativi<strong>da</strong>des portuárias <strong>da</strong> região. Além disso,<br />

foram identifica<strong>da</strong>s a presença de HPAs ao longo CEP, mas com concentrações bastante<br />

reduzi<strong>da</strong>s quando compara<strong>da</strong>s com regiões poluí<strong>da</strong>s por estes compostos ao longo dos<br />

estuários brasileiros. Segundo a análise de fontes, os HPAs presentes na região de estudo<br />

apresentam como principal origem as fontes pirolíticas de combustão de gasolina, diesel e<br />

biomassa. De acordo com o CONAMA 344/2004, as concentrações encontra<strong>da</strong>s de HPAs<br />

totais e individuais não violam os níveis estabelecidos, com exceção do DahA e Fl. Com<br />

relação ao modelo matemático, foi evidenciado uma acumulação dos HPAs ao longo <strong>da</strong><br />

cadeia trófica modela<strong>da</strong>. As concentrações finais destes hidrocarbonetos na pesca<strong>da</strong> amarela<br />

(peixe componente do topo <strong>da</strong> cadeia alimentar) apresentou-se cerca de 2.000 vezes maior<br />

que a concentração presente no sedimento para a situação mais crítica modela<strong>da</strong>. O bioteste<br />

não apresentou toxici<strong>da</strong>de para os embriões de Danio rerio. Neste contexto, apesar de se ter<br />

evidenciado um processo de biomagnificação através do modelo matemático e de dois<br />

compostos terem violado o nível 1 <strong>da</strong> resolução CONAMA 344/2004, as concentrações<br />

encontra<strong>da</strong>s de HPAs ao longo do CEP foram bastante baixas e o bioteste foi negativo para os<br />

embriões de peixe-zebra. Assim sendo, concluiu-se que o complexo estuarino <strong>da</strong> Baía de<br />

Paranaguá não é considerado como um estuário contaminado por hidrocarbonetos policíclicos<br />

aromáticos.<br />

Palavras-chave: CEP, HPAs, Danio rerio, modelo matemático<br />

ix

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