Avaliação da Presença, Toxicidade e da PossÃvel Biomagnificação ...
Avaliação da Presença, Toxicidade e da PossÃvel Biomagnificação ...
Avaliação da Presença, Toxicidade e da PossÃvel Biomagnificação ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
madeira e de lixo (ALBERS, 1995). Os processos de produção de coque, carvão negro,<br />
alcatrão, hulha e asfalto também são fontes potenciais de HPAs de origem antrópica<br />
(COUNTWAY et al., 2003).<br />
Os HPAs prioritários, segundo a Agência de Proteção Ambiental Americana<br />
(U.S.EPA), são os seguintes: naftaleno, acenaftaleno, acenafteno, fluoreno, fenantreno,<br />
antraceno, fluoranteno, pireno, benzo[a]antraceno, criseno, benzo[b]fluoranteno,<br />
benzo[k]fluoranteno, benzo[a]pireno, dibenzo[a,h]antraceno, benzo[g,h,i]perileno,<br />
indeno[1,2,3-c,d]pireno (Figura 4).<br />
Os HPAs apresentam baixa solubili<strong>da</strong>de e volatili<strong>da</strong>de, com excessão dos HPAs de<br />
dois anéis aromáticos. A solubili<strong>da</strong>de destes compostos tende a se reduzir com o aumento do<br />
coeficiente de partição octanol-água (k ow ). O logaritmo do coeficiente de partição octanolágua<br />
(k ow ) dos HPAs varia de 3,37 à 6,84, caracterizando a lipofilici<strong>da</strong>de e,<br />
consequentemente, as suas características bioacumulativas. Isto ocorre, pois, segundo<br />
GOBAS (1993) compostos que apresentam logaritmo do k ow entre 4 e 7 contém potencial de<br />
bioacumulação.<br />
O ecossistema hídrico representa o maior sumidouro de hidrocarbonetos<br />
poliaromáticos (TAO et al., 2003). Quando presentes neste ambiente, devido as suas<br />
características bioacumulativas, os HPAs podem gerar diversos problemas as comuni<strong>da</strong>des<br />
aquáticas e, até mesmo, nas comuni<strong>da</strong>des terrestres presentes nestes locais contaminados.<br />
Os HPAs podem entrar no ambiente aquático através <strong>da</strong> deposição atmosférica,<br />
industrial e residencial, águas residuárias ou de eventos de cheias e, também, devido a<br />
ativi<strong>da</strong>des de navegação (HEEMKEN, 2000). Esses compostos podem ser absorvidos pelos<br />
organismos inferiores <strong>da</strong> cadeia alimentar e, consequentemente, acumular-se ao longo <strong>da</strong><br />
cadeia alimentar (biomagnificação).<br />
Os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos merecem atenção, pois estão diretamente<br />
relacionados a efeitos tóxicos (HEINTZ et al., 1999). O monitoramento desses efeitos pode<br />
envolver análises de exposição de organismos com avaliação <strong>da</strong> biotransformação de seus<br />
produtos, parâmetros bioquímicos e/ou biológicos (HELLOU et al., 2006). Os efeitos tóxicos<br />
desses compostos podem ser de mutagenici<strong>da</strong>de, carcinogenici<strong>da</strong>de e teratogecini<strong>da</strong>de. Os<br />
efeitos toxicológicos agudos nos organismos são mais severos para HPAs de menor massa<br />
molar, tais como os que apresentam 2 à 3 anéis aromáticos, enquanto que nos HPAs que<br />
apresentam de 4 à 6 anéis aromáticos o que prevalece é o alto potencial de mutagenici<strong>da</strong>de<br />
(NASCIMENTO et al., 2007). Estudos mostraram efeitos tóxicos de HPAs em moluscos<br />
8