Edição 16 Belém-Pará-Brasil para+@cirios.com.br

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06<br />


Dia dos Pais<br />


CDP quer gerar Olhos de Pai<br />

emprego e renda com Daniel Leite<br />

reativação da Sotave<br />

Rejane Jatene<br />


As colheitas<br />

da vida<br />

Hélio Titan<br />

As leis, o Direito<br />

e o advogado<br />

Lucy Gorayeb<br />



Fome e sede<br />

de justiça<br />

Paulo Rocha<br />

16<br />

A OAB e o ensino jurídico<br />

O advogado e o compromisso<br />

com a Nação<br />

Franklin Rabêlo<br />


Rui Celso Fragoso<br />


176 anos de Advocacia<br />

Vera Lúcia Coelho<br />

A Adesão do Pará<br />

à Independência<br />


Noely Lima<br />

Alimento. Fonte de vida<br />


Pará Independente<br />

começou em Muaná<br />

24 32<br />

Acyr Catro<br />

Os Alimentos e o Câncer<br />

Elizabete Almeida<br />



Vitaminas<br />

Vegetais e frutas:<br />

Benefícios<br />

O Nutricionista<br />

Somos o que comemos<br />

Orminda de Castro<br />

+LAZER +CULTURA<br />

+INFORMAÇÃO +TURISMO

Revista<br />

Pará<br />


Halitose II<br />

Elias Gorayeb<br />

PUBLICAÇÃO<br />

Editora Círios S/C LTDA<br />

www.cirios.com.br/para+<br />

CNPJ: 03.890.275/0001-36<br />

Inscrição (Estadual) : 15.220.848-8<br />

Rua Timbiras, 1572A Batista Campos<br />

CEP 66033-800<br />

Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 223-0799<br />

Belém Pará Brasil<br />

ISSN: 1677-6968<br />

DIRETOR e PRODUTOR<br />

Rodrigo Hühn<br />

EDITOR<br />

Ronaldo Gilberto Hühn<br />

COMERCIAL<br />

Alberto Rocha<br />

João Modesto Vianna<br />

Márcia Chalu Pacheco<br />

Rodrigo Silva<br />

Rodrigo Hühn<br />

DISTRIBUIÇÃO<br />

Dirigida<br />

Bancas de Revista<br />

REDAÇÃO<br />

Ronaldo G. Hühn<br />

REVISÃO<br />

Paulo Coimbra da Silva<br />


Dicas para uma<br />

alimentação saudável<br />

Marcos Históricos<br />

do Descobrimento<br />


Teje preso<br />

Camillo Vianna<br />


Sérgio Pandolfo<br />

COLABORADORES<br />

Acyr Castro<br />

Camillo Martins Vianna<br />

Daniel da Rocha Leite<br />

Eduardo Magalhães<br />

Elias Gorayeb<br />

Elisabete Fernandes Almeida<br />

Franklin Rabêlo da Silva<br />

Helio Rodrigues Titan<br />

Lucy Gorayeb Mourão<br />

Noely Lima<br />

Orminda de Castro Aguiar<br />

Raimundo Wanzeler<br />

Rejane Jatene<br />

Rui Celso Reali Fragoso<br />

Sérgio Martins Pandolfo<br />

Vera Lúcia Coelho de Medeiros<br />

FOTOGRAFIAS<br />

Augusto C. Simões<br />

Arquivo CDP<br />

Arquivo OAB<br />

Arquivo PMB<br />

Arquivo Paratur<br />

Pedro Silva<br />

Ray Nonato<br />

Agenda Cultural<br />


A Origem<br />

Eduardo Magalhães<br />


EDITORAÇÃO GRÁFICA<br />

Mequias Pinheiro<br />

*Os artigos assinados são de inteira<br />

responsabilidade de seus autores<br />

+ARTE +SAÚDE<br />


Auto-estima e motivação nos dias atuais<br />

Raimundo Wanzeler<br />

+ENTRETENIMENTO<br />

+PARÁ

CDP quer gerar emprego e renda<br />

com reativação da Sotave<br />

Pelo “Skyman”<br />

grande partida de madeira<br />

seguiu para a Europa.<br />

AO Porto da Sotave, em<br />

Outeiro, desde dezembro de<br />

2002 passou a ser administrado<br />

pela CDP, após ficar 17 anos<br />

sem uso. O Porto foi construído para<br />

funcionar na importação/-<br />

exportação de granéis sólidos, para<br />

atender à movimentação de<br />

fertilizantes, o que nunca<br />

aconteceu.<br />

O terminal tem uma área de 900 mil<br />

metros quadrados e seus dois atracadouros permitem<br />

navios de calado de 8 a 10 metros de profundidade,<br />

além de possuir um grande<br />

armazém quase concluído,<br />

onde estão localizadas<br />

várias salas que servirão de<br />

escritórios para as empresas<br />

que ali porventura se<br />

instalem.<br />

Em julho aconteceu o<br />

embarque de 2.297m³ de<br />

madeira serrada com<br />

destino à Europa, mais<br />

especificamente Holanda.<br />

Essa exportação fez parte da operação em caráter<br />

experimental porém com toda a segurança que a<br />

ocasião exige, servindo de base para que o porto seja<br />

definitivamente reativado, com todas as condições<br />

necessárias para servir de alternativa de<br />

movimentação de carga solta, especialmente<br />

madeira, desafogando, desta forma, o porto de<br />

Belém. A operação foi feita pela ParaNav Ltda,<br />

agente do navio de bandeira cipriota SKYMAN,<br />

escalado para a ocasião.<br />

Já depois deste teste, várias entidades já visitaram o<br />

Porto. Estiveram conhecendo as estruturas físicas do<br />

porto da Sotave, empresários, CDL, Belemtur,<br />

Agências de Turismo e de Viagens, sem contar a<br />

grande audiência pública que reuniu 900 moradores<br />

de Outeiro e de localidades próximas e órgãos<br />

ligados à movimentação portuária, dentre os quais<br />

mandaram representantes a ANVISA, DRT, Receita<br />

Federal, IBAMA, Polícia Militar e Bombeiros.<br />

Agora em agosto é a vez de representantes do<br />

Ministério do Transportes visitarem a Sotave. Para<br />

Ademir Andrade, presidente da CDP, com a<br />

reestruturação do terminal, muito em breve, ele se<br />

tornará um dos principais portos da América. E o que<br />

é mais importante engrenará o<br />

d e s e n v o l v i m e n t o s ó c i o -<br />

econômico naquela região e<br />

gerando emprego para a<br />

população carente de Icoaraci e<br />

Outeiro.<br />

Para setembro estão previstas<br />

operações envolvendo a atração<br />

de navios de longo curso e de<br />

cabotagem. Tudo depende agora<br />

de um processo de adaptação às<br />

exigências ambientais e<br />

alfandegárias para a utilização do porto nesta nova<br />

função.<br />

Ademir Andrade, presidente da CDP com José Erivaldo Filho<br />

da PARANAV e autoridades portuárias logo após a<br />

primeira e histórica operação de carga pelo porto da Sotave.<br />

48 06 Pará+<br />

Edição 16

Dia dos<br />

PAIS<br />

*Rejane Jatene<br />

Oprimeiro 'DIA DOS PAIS' foi comemorado<br />

em 19 de junho de 1910, em Spokane,<br />

Washington. Sonora Louise Dodd, foi quem<br />

propôs a idéia de comemorar a data em 1909, para<br />

homenagear o pai William Smart, que ficou viúvo<br />

quando a esposa teve o sexto filho, e que por isso<br />

criou os seis filhos sozinho.<br />

No Brasil a data foi festejada pela primeira vez no dia<br />

14 de agosto de 1953. e a partir daí designou-se o<br />

segundo domingo de agosto, como “Dia dos Pais”.<br />

Estamos em agosto, mais uma vez homenageamos os<br />

pais; e isto nos leva a reflexão!<br />

Os mandamentos da Lei de Deus nos mandam<br />

“Honrar PAI e MÂE”. Honrar não é somente<br />

respeitar; mas assistir na necessidade, proporcionar<br />

repouso na velhice, não esquecer que às vezes um<br />

carinho, um ombro, um ouvido amigo vale por mil<br />

presentes!<br />

Sempre lembrar que não é somente o necessário que<br />

os filhos devem proporcionar aos pais, mas sim<br />

doçuras, supérfluos, amabilidades, cuidados, ou tudo<br />

de melhor que nosso coração gostaria de receber para<br />

si mesmo, não esquecendo o quanto da vida Eles<br />

renunciaram por Amor aos filhos.<br />

Esta homenagem não deve ser feita somente em<br />

agosto, mas sim durante todo ano, considerando que<br />

PAI é aquele que pelo filho Chega a chorar a<br />

distancia, a fim de não ser observado... Com o<br />

coração dilacerado, se embrutece para se impor<br />

como juiz inflexível... Que mesmo cansado está<br />

sempre pronto a oferecer uma palavra de ânimo...<br />

Deus Pai. Tela de F. Franck,<br />

séc. XVII, Museu do Louvre-Paris.<br />

Passa noites mal dormidas decifrando os segredos da<br />

vida para transmitir ensinamentos... Que vibra, se<br />

emociona e se orgulha pelos atos daqueles que tanto<br />

ama... Apenas fisicamente passa o dia distante, na<br />

luta para dar um futuro melhor aos filhos, e no fim da<br />

jornada regressa ao lar para levar muito carinho, e, às<br />

vezes, receber tão pouco...<br />

Mesmo achando que este não é o Pai ideal, não<br />

esqueça que não há concessão maior do que nossa<br />

própria vida! Dê a Ele todo o carinho e amor<br />

possível, fale desses sentimentos por ele, mas não<br />

deixe de agir, para que seus atos não desmintam suas<br />

palavras! E acima de tudo não esqueça que Ele é seu<br />

maior AMIGO.<br />

Colégio São José<br />

Há 53 anos educando gerações<br />

Que Nossa São Senhora de José<br />

Nazaré ilumine e abençoe à todos.<br />

Trazendo Paz, Amor e Justiça à nossa população<br />

A Todos um Feliz e Abençoado Círio.<br />

Homenagem do Colégio São José<br />

Fone: (91) 3721-3690 Rua Quintino Bocaiuva, 1845 Castanhal - PA<br />

08 Pará+ Edição 16

Olhos<br />

de<br />

PAI<br />

“ ”<br />

A verdade, meu filho,<br />

esse é o caminho, diria ele.<br />

*Daniel da Rocha Leite<br />

Carrego comigo o sentimento do meu pai.<br />

Durante a árida caminhada dessa vida, sinto<br />

a presença dele em muitos momentos,<br />

especialmente naqueles mais difíceis nos quais o seu<br />

legado se faz mais vivo. A verdade, meu filho, esse é<br />

o caminho, diria ele.<br />

Quantas vezes precisei do seu olhar para durante uma<br />

dessas quedas, caído já, crer que tinha forças pra me<br />

levantar e continuar a lida, acreditando no amanhã,<br />

na possibilidade do ser humano, na possibilidade da<br />

família, do trabalho e do amor.<br />

Pouco o conheci, Deus o chamou quando eu tinha<br />

seis anos de idade. Minha mãe, d. Elisia, professora<br />

de piano, fez da imagem do meu pai uma presença<br />

constante em nossos passos. João Batista, era esse o<br />

nome dele. Seis anos nos quais aprendi que a<br />

integridade, o estudo e a verdade compõem uma<br />

história de vida, esperança que não é dádiva, porém<br />

luta constante porque viver vale muito a pena.<br />

Olhos de pai, quem os tem, zele por eles, pois são<br />

pura linguagem de amor e crença na vida, embora<br />

não entendida por muitos, mas sempre há tempo...Dê<br />

um abraço no seu pai hoje, antes olhe nos olhos dele e<br />

guarde o seu olhar, plasme o olhar do seu pai na sua<br />

vida, se possível todos os dias.<br />

Por aqui, olho nos olhos do meu filho e sinto o meu<br />

pai me olhando, vivo um pouco daqueles seis anos<br />

todas as manhãs quando acordo meu moleque pra ir à<br />

escola.<br />

Santa Maria<br />

Edição 16 Pará+ 09

As leis, o Direito<br />

o advogado<br />

*Lucy Gorayeb Mourão<br />

Ninguém vive sem leis. Qualquer sociedade<br />

organizada tem como base seu código de<br />

comportamento e costumes, ou seja, as suas<br />

leis. Daí a importância do Direito que, como seu<br />

próprio símbolo - a balança - sugere, serve para<br />

contrabalançar direitos e deveres de cada cidadão.<br />

Desde as mais antigas civilizações o homem criou<br />

leis que norteassem o comportamento em sociedade.<br />

Entre os primitivos essas leis, embora existissem,<br />

eram informais. Há notícias de que havia uma<br />

organização social entre esses povos, cada um<br />

desempenhando o seu papel dentro do grupo.<br />

Quando as tribos se tornaram mais organizados e os<br />

ajuntamentos populacionais maiores, a necessidade<br />

de leis foi ficando mais forte. Por volta de 4.000 aC já<br />

existiam civilizações que viviam da agricultura,<br />

domesticação de animais, metalúrgia e tinham<br />

religião organizada. Entre eles os sumérios, hebreus,<br />

fenícios, egípcios, persas, chineses e hindus. Nessa<br />

época, a religião funcionava como a norteadora<br />

principal do ser humano, orientando-o para o bem e<br />

alertando-o contra o mal, que deveria ser<br />

punido. Nesse comportamento está a<br />

raiz do Direito atual.<br />

Mas foi na Babilônia,<br />

entre os anos 1728 aC<br />

e 1686 aC que o<br />

Direito realmente<br />

nasceu, com a criação<br />

do Código de Hamurabi,<br />

o mais antigo<br />

código penal da história<br />

e que, durante<br />

séculos reinou absoluto.<br />

Outras civilizações<br />

também criaram<br />

as suas próprias leis,<br />

como os egípcios, cujo<br />

poder supremo estava no<br />

faraó; Ou os hebreus,<br />

povo nômade de origem<br />

semita, que depois de<br />

migrar para o Egito<br />

retorna para a Palestina,<br />

por volta de 1200 aC.<br />

Data dessa época o episódio narrado pela Bíblia, em<br />

que o líder do povo, Moisés, recebe das mãos de<br />

Deus a tábua dos Dez Mandamentos, conjunto de leis<br />

religiosas que fundamentaram o judaísmo. Os<br />

chefes dos clãs, também chamados de patriarcas, que<br />

acumulam as funções de sacerdotes, juízes e chefes<br />

militares. Já por volta de 1.010 aC são eleitos os<br />

primeiros juízes para vigiar o cumprimento do culto<br />

e da lei.<br />

Mas foi na Grécia, berço da civilização ocidental,<br />

que surgiram os princípios da moderna democracia,<br />

pregada por grandes filósofos como Sócrates, Platão<br />

e Aristóteles, defensor da teoria do governo do povo.<br />

O Império Romano herdou da Grécia o Direito e o<br />

aperfeiçoou. Na República romana, quem dominava<br />

era a aristocracia. E, se os senadores, escolhidos<br />

entre as mais relevantes figuras da aristocracia<br />

tinham o dever de supervisionar as finanças públicas,<br />

dirigir a política externa e administrar as províncias,<br />

havia uma estrutura burocrática, composta pelos<br />

magistrados, a quem competia zelar pelo bom<br />

funcionamento administrativo e legal do império.<br />

Durante a República Romana é que foi criada a Lei<br />

das Doze Tábuas, que, entre outras coisas, deu poder<br />

aos plebeus, que até então não tinham vez e nem voz,<br />

de vetar atos do Senado. Nessa época, as leis, que<br />

eram transmitidas oralmente e manipuladas ao bel<br />

prazer do interessado, passam a ser escritas e ficam<br />

expostas no Fórum Romano.<br />

10 Pará+<br />


Mas a contribuição de Roma ao moderno Direito não<br />

ficou por aí. Foi o império, também, quem criou o<br />

plebiscito e instituiu a igualdade civil (Lei de<br />

Canuléia), igualdade política (Lei Licínia) e<br />

igualdade religiosa (Lei Ogulnia).<br />

Na Idade Média predomina a lei cristã, baseada na<br />

busca do bem, que recebe como prêmio o paraíso, e o<br />

inferno, punição para os maus e os que descumprem<br />

os mandamentos. Na Idade Moderna, com avanços e<br />

retrocessos, as leis foram se modernizando e se<br />

adaptando a cada época, sempre abrangendo grupos<br />

populacionais maiores e atingindo as minorias. O<br />

início dessa modernização se deu com a Revolução<br />

Gloriosa, na Inglaterra, que estabeleceu as bases<br />

teóricas da divisão de Poder (Executivo, Legislativo<br />

e Judiciário). E ganhou mais força com a Revolução<br />

Francesa, que, no século XVIII pregava liberdade,<br />

igualdade e fraternidade e condenava a tortura e a<br />

escravidão.<br />

Ao longo do século XIX quase todos os países<br />

monárquicos da Europa Ocidental tornaram-se<br />

democracias liberais, ao instituírem uma legislação<br />

inspirada no Parlamento Britânico, que garante a<br />

liberdade Civil e política, embora não seja estendida<br />

a todos os cidadãos.<br />

A profissão do advogado nasceu da necessidade de<br />

haver estudiosos especialistas em leis e direitos.<br />

Com a disseminação da democracia no mundo,<br />

muito mais leis foram criadas, para garantir o direito<br />

de todos.<br />

A grande conquista da humanidade em relação ao<br />

Direito aconteceu em dezembro de 1948, com a<br />

Declaração Universal dos Direitos do Homem, texto<br />

de referência que estabelece os direitos naturais de<br />

todo ser humano, independente de nacionalidade,<br />

cor, sexo, orientação religiosa, política ou sexual.<br />

Essa declaração não chega a ser uma lei, mas tem<br />

grande força moral e norteia boa parte das decisões<br />

tomadas pela comunidade internacional.<br />

Além disso, seus princípios fazem parte da maioria<br />

das constituições dos países de todo o mundo. Para<br />

controlar a obediência à Declaração foram criados<br />

vários órgãos internacionais, entre eles a<br />

Organização das Nações Unidas (ONU) e a Anistia<br />

Internacional. Esses órgãos, entretanto, respeitam a<br />

soberania nacional e só intervêm em casos<br />

considerados muito graves.<br />

Atualmente bastante diversificado, o Direito exige,<br />

dos seus profissionais, cada vez mais especializações<br />

e estudo. E é por isso que, no seu dia, o advogado<br />

deve ser homenageado, como guardião do bom<br />

cumprimento das leis e do direito de cada cidadão.<br />

Uma conquista justa e merecida.<br />

Código de<br />

HAMURÁBI<br />

"As justas leis que Hamurabi, o sábio rei, estabeleceu e (com<br />

as quais) deu base estável ao governo ... Eu sou o governador<br />

guardião ... Em meu seio trago o povo das terras de Sumer e<br />

Acad; ... em minha sabedoria eu os refreio, para que o forte<br />

não oprima o fraco e para que seja feita justiça à viúva e ao<br />

órfão ... Que cada homem oprimido compareça diante de<br />

mim, como rei que sou da justiça. Deixai-o ler a inscrição do<br />

meu monumento. Deixai-o atentar nas minhas ponderadas<br />

palavras. E possa o meu monumento iluminá-lo quanto à<br />

causa que traz, e possa ele compreender o seu caso. Possa ele<br />

folgar o coração (exclamando) "Hamurabi é na verdade<br />

como um pai para o seu povo; ... estabeleceu a prosperidade<br />

para sempre e deu um<br />

governo puro à terra.<br />

Suas margens de ambos<br />

o s l a d o s e u a s<br />

transformei em campos<br />

de cultura; amontoei<br />

montes de grãos, provi<br />

todas as terras de água<br />

que não falha ... O povo<br />

disperso se reuniu; deilhe<br />

pastagens em<br />

abundância e o estabeleci<br />

em pacíficas moradias".<br />

Turvicam<br />


Campos imensos, dourados na aurora da vida.<br />

Pradarias inexploradas na sua grama natural<br />

verdejante, como frutos divinos, no presente<br />

ímpar do altíssimo à sua humanidade predileta deste<br />

universo infinito.<br />

Para que foram feitos os campos? Podemos admirálos<br />

no cair da tarde no crepúsculo vermelho de um dia<br />

radiante.<br />

Cada ser humano na verdade tem seu campo<br />

espiritual, dado virgem, imaculado, para fazermos<br />

nossa seme-adura no correr de nossos dias!<br />

As colheitas formam um caleidoscópio de produtos,<br />

de acordo com o que plantamos no solo espiritual de<br />

nossa pradaria virgem, nascida conosco. Um<br />

presente primo e generoso do criador, para<br />

executarmos a plantação de acordo com nosso livre<br />

arbítrio.<br />

Portanto, quem planta o ódio colherá algures o<br />

amargor da revanche das vítimas consumadas.<br />

Quem planta a inveja, colherá a iniqüidade<br />

comportamental, o isolamento dos semelhantes o<br />

desespero dos atingidos.<br />

Quem planta a usura, colherá o sentimento da solidão<br />

sombria de uma velhice sem apego.<br />

Quem planta desonestidade, colherá o amargor de ser<br />

roubado, saqueado, desvalorizado e punido no<br />

crepúsculo de sua vida cor de cinza.<br />

Quem planta a luxúria na flor de sua juventude<br />

colherá numa canície precoce a<br />

face da cupidez, pesando como<br />

chumbo seu corpo ao chão das<br />

amarguras materiais.<br />

Quem planta o orgu-lho, colherá<br />

a desdita da humilhação plena<br />

dos irmãos que pisou, num troco<br />

cruel e sem retorno.<br />

Quem planta o crime do<br />

homicídio, colherá seu próprio<br />

assassinato espiritual no<br />

Corte Celestial momento oportuno e fortuito.<br />

*Hélio Rodrigues Titan<br />

AS COLHEITAS<br />

DA VIDA<br />

Quem planta o desa-mor, cedo ou tarde não será<br />

amado terá a solidão dos desabri-gados. Quem planta<br />

a falta de fé, não terá nos fins dos tempos a esperança<br />

da salvação.<br />

Mas, quem planta caridade, colherá frutos dourados<br />

de uma mesa farta cujo alimento principal será o<br />

corpo de Deus e o vinho de seu sangue.<br />

Quem planta a mansidão, colherá um horizonte azul<br />

sem tempestades e trovões levando seu barco para as<br />

águas serenas das benesses divinas.<br />

Quem planta a honestidade reta, na conduta, na<br />

profissão, no labor cotidiano, colherá o<br />

reconhecimento de ser um homem digno, de um filho<br />

exemplar do Deus onipotente, da perfeição da<br />

natureza esplendorosa e luminosa.<br />

Quem planta o amor ao semelhante Um colherá caleidoscópio... o amor<br />

do semelhante no porvir, nas horas difíceis, além da<br />

proteção do doce Jesus e da Virgem Imaculada.<br />

Quem planta o perdão, das ofensas da vida, colherá a<br />

capacidade de perdoar em sua agerasia, pois<br />

como dizia o poeta "A justiça dos bons<br />

consiste no perdão" (Guerra Junqueiro).<br />

Enfim, quem planta a oração, colherá o<br />

perdão na sua hora derradeira, e gozará a<br />

eternidade contemplando a face do<br />

altíssimo e toda a corte celestial dos<br />

santos e dos anjos!<br />

Guerra Junqueiro<br />

A Corte Celestial<br />



F<br />

elizes os que têm fome e sede de justiça. A<br />

frase bíblica teria sido pronunciada há 2000<br />

anos. Tem um significado tão forte que<br />

Gandhi, símbolo maior do pacifismo, chegou a dizer:<br />

se todos os escritos religiosos fossem destruídos,<br />

bastava o Sermão da Montanha permanecer intacto<br />

para que estivesse tudo salvo.<br />

Pois bem, neste 15 de agosto a Justiça completa 176<br />

anos no Brasil e 130 anos no Pará. A palavra justiça<br />

remonta séculos, passando pela fase áurea dos<br />

filósofos da Grécia antiga até chegar a balança da<br />

idade média.<br />

Fome<br />

Mas seria injustiça não ressaltar, nesta<br />

e<br />

data, a<br />

sede de<br />

justiça!<br />

importância da Justiça para os tempos modernos.<br />

Não se trata de trocadilho. É verdade que a história<br />

da humanidade não se escreve sem desafetos. Talvez<br />

não se escreva a contento. E a culpa disso não é a<br />

Justiça. “Se os homens convivessem como irmãos<br />

não precisaríamos de Justiça”, disseAristóteles. Mas<br />

sem ela, com certeza, o desequilíbrio de forças, no<br />

jogo do poder, talvez caminhasse em proporções<br />

maiores. Pior ainda: sem ela, o que seria dos mais<br />

fracos?<br />

Assim, nos resta parabenizá-la. Viva os 176 anos da<br />

Justiça no Brasil e 130 anos da Justiça no Pará!<br />

E por falar em 15 de agosto, nunca é demais lembrar<br />

que a data é importante para os paraenses: marca a<br />

Adesão do Pará à Independência. No ano de 1823,<br />

naquele dia, o Bispo D. Romualdo de Souza Coelho<br />

acompanhado de outras autoridades, em cerimônia<br />

realizada no Palácio do Governo, proclama a adesão<br />

da província à Independência do Brasil. Mas isso já é<br />

outra história.<br />

*Paulo Rocha<br />

Nutrição é o que interessa<br />

Ao contrário do que muita gente pensa, o Programa<br />

Fome Zero do presidente Lula não é assistencialista<br />

nem tão pouco populista. Trata-se de um programa<br />

de inclusão social, que tem, entre outras prioridades,<br />

a segurança alimentar como referência. O Fome Zero<br />

é, como se sabe, um conjunto de políticas publicas. E,<br />

sendo assim, menos importante é distribuir<br />

alimentos, e mais importante é propiciar renda,<br />

emprego e o resgate da cidadania. Além do mais<br />

trata-se de um programa eminentemente nutricional,<br />

educando e orientando o que o povo deve comer. E<br />

mais ainda, o Fome Zero é o inicio de uma<br />

mobilização social pela reconstrução da cidadania<br />

estilhaçada.<br />

*Deputado Federal<br />

Edição 16 Pará+ 48 13

A OAB<br />

s faculdades de Direito foram criadas no<br />

Brasil há mais de 176 anos, em 11 de agosto<br />

de 1827, através de lei sancionada pelo<br />

imperador D. Pedro I. O objetivo era a formação de<br />

bacharéis em Direito para suprir as necessidades do<br />

Império. Inicialmente, tivemos os cursos de Olinda<br />

(PE) e de São Paulo. Em 1960, havia 69 cursos de<br />

Direito no Brasil; em 1997, já eram 270 e hoje<br />

ultrapassam 500. Se olharmos para os Estados<br />

Unidos, ainda que comparações não sejam<br />

significativas, verificaremos que naquele país, com<br />

população de uma centena de milhões de habitantes a<br />

mais do que a do Brasil, há apenas 190 cursos de<br />

Direito.Adiferença assusta e leva à reflexão.<br />

A OAB já registra algo em torno de 600 mil<br />

advogados no Brasil, quase uma terça parte deles<br />

inscritos no estado de São Paulo. A cidade de São<br />

Paulo está abarrotada de cursos de Direito, e no<br />

estado já beiram a 180. Embora o problema não seja<br />

somente a quantidade mas a qualidade, não há como<br />

separar uma coisa da outra.<br />

Um grande número de faculdades de Direito sem<br />

condições estruturais é certo não cumpre a função<br />

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educacional e entrega à sociedade bacharéis<br />

desprovidos de consciência profissional, sem<br />

formação mínima ao enfrentamento das dificuldades<br />

e exigências do mercado de trabalho. Na verdade, o<br />

propósito mercantilista de várias faculdades acaba<br />

por ludibriar os alunos que almejam avanços sociais<br />

após custoso e longo curso de cinco anos. Daí resulta<br />

elevado número de reprovados nos indispensáveis<br />

exames da Ordem (em S. Paulo, 72% dos candidatos<br />

a advogados) e nos concursos públicos,<br />

principalmente para a magistratura e o Ministério<br />

Público. Para se ter idéia, nesses concursos há em<br />

média de 4.000 a 6.000 candidatos, enquanto a<br />

aprovação dificilmente supera uma centena. Nas<br />

*Rui Celso Reali Fragoso<br />

e o E n s i n o j u r í d i c o<br />

A<br />

procuradorias do município de São Paulo e do estado<br />

a situação é idêntica, sendo pouquíssimos os<br />

aprovados.<br />

Muitos são os problemas identificados: deficiência<br />

do ensino secundário, principalmente nas escolas<br />

públicas, falta de cursos profissionalizantes (2º<br />

grau), escassez de professores de Direito<br />

vocacionados e preparados efetivamente para o<br />

magistério, além da equivalente e justa remuneração,<br />

adequação das instalações, com ênfase para um<br />

número razoável de alunos por sala de aula (50/60),<br />

substanciosa biblioteca e equipamentos de<br />

informática, reestruturação da grade curricular, a fim<br />

de incentivar a reflexão permanente sem alheamento<br />

da visão pragmática correlacionada às características<br />

regionais.<br />

A inserção dos cursos jurídicos no contexto da era da<br />

informática passa obrigatoriamente por adaptações<br />

curriculares, didáticas e pedagógicas.<br />

Não é sem razão, portanto, que essas situações<br />

despertaram na OAB a necessidade e a<br />

responsabilidade de sua participação no processo de<br />

melhoria do ensino jurídico. Assim, a Comissão<br />

<br />











E<br />

Especial de Ensino Jurídico assume relevante<br />

importância. Somente neste ano submeteram-se à<br />

seccional paulista da OAB dezesseis pedidos de<br />

abertura de cursos de Direito. Quinze foram<br />

rejeitados.<br />

Há que se considerar que não existe uma resistência<br />

absoluta à criação de faculdades de Direito, senão a<br />

observância intransigente do preenchimento de<br />

requisitos indispensáveis à instalação. Importante<br />

também ressaltar que infelizmente o parecer da OAB<br />

não é vinculativo, podendo o Ministério da<br />

Educação e Cultura (MEC) autorizar a criação de<br />

curso em contrariedade ao entendimento da<br />

corporação, resultando a discrepância, a oferta<br />

insatisfatória e a duvidosa adequação às exigências<br />

próprias da formação universitária.<br />

Sobreleva notar que as constantes avaliação e<br />

fiscalização dos cursos existentes são fundamentais,<br />

contribuindo para a eficácia e respeitabilidade das<br />

faculdades. A Comissão de Ensino Jurídico da OAB,<br />

mediante debates, seminários e reuniões com<br />

integrantes do MEC e das escolas de Direito, empenha-se<br />

em encontrar soluções para os problemas<br />

verificados. O seu objetivo é alcançar o aprimoramento<br />

e a credibilidade dos cursos jurídicos, como<br />

um instrumento indutor de qualidade.<br />

Novas propostas a respeito da estruturação ideal das<br />

faculdades são apreciadas e discutidas na comissão,<br />

inclusive com vistas à maior duração do curso de<br />

cinco para sete anos, com duas fases; na primeira, o<br />

bacharel se habilitaria ao exercício de determinas<br />

atribuições, ao passo que a finalidade da segunda<br />

seria propiciar formação cultural e profissional<br />

correspondente à especialização em determinado<br />

ramo das ciências jurídicas.<br />

Em boa hora a OAB instituiu um sistema de<br />

avaliação denominado ''OAB recomenda''. A<br />

divulgação das faculdades de Direito que obtenham o<br />

''selo de qualidade'' e do resultado de desempenho<br />

dos candidatos no Exame de Ordem, com o<br />

percentual de aprovação por faculdade, contribuem<br />

para conhecimento da eficiência das instituições de<br />

ensino.<br />

No entanto, resta muito a fazer e a OAB, além da<br />

tarefa de manter e contribuir para o aperfeiçoamento<br />

do Estado Democrático de Direito, tem a obrigação<br />

de exercer a defesa da cidadania, o que por certo<br />

legitima sua luta na melhoria dos cursos jurídicos.<br />

*Conselheiro da OAB/SP, presidente da Comissão de<br />

Ensino Jurídico da OAB/SP, professor universitário,<br />

foi presidente do Instituto dos Advogados de São<br />

Paulo e integrou diversas bancas examinadoras para<br />

o ingresso na magistratura e Ministério Público<br />

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O ADVOGADO E O COMPROMISSO<br />

COM A NAÇÃO *Franklin Rabêlo da Silva<br />

Acontecerá<br />

logo<br />

mais a festa<br />

do Pará traz ao<br />

comunidade jurídica<br />

dos juristas<br />

conhecimento da<br />

denominada “Semana<br />

dos Advogados” que<br />

tem como pano de<br />

fundo quatro importantes<br />

sociedade o que de<br />

mais atual existe para<br />

a Segurança e Cidadania.<br />

palestras a<br />

O auditório do Ideal<br />

serem proferidas por<br />

foi escolhido por<br />

juristas renomados, a<br />

nível nacional e regional<br />

que se destacam<br />

pelo notável conhecimento,<br />

ao longo de<br />

brilhante caminhada<br />

pela vida Forense. A<br />

OAB/PA convidou os<br />

seguintes palestrantes:<br />

Desembargador<br />

Federal Olindo Menezes<br />

do TRF da 1º<br />

Região, abordando o<br />

Advocacia<br />

tema “Advocacia,<br />

Segurança e Cidadania”. Para falar das<br />

“Prerrogativas dos Advogados” foi convidado o<br />

eminente jurista Carlos Mário Veloso Filho e como<br />

debatedor o professor e ex-presidente da OAB/PA<br />

Dr. Sérgio Couto. Falando sobre “Reforma<br />

Tributária e suas Conseqüências Sociais” teremos o<br />

professor José Augusto Torres Potiguar e para<br />

debatedor o professor Aldebaro C. M. Klautau Filho.<br />

Finalmente foi convidado o jurista Mário Leite<br />

Soares para falar sobre a “Nova Reforma da<br />

Previdência e suas Conseqüências Sociais”, tendo<br />

como debatedora a ilustre jurista Maria da Graça<br />

Bendelack. Sem dúvida os temas eleitos representam<br />

a oportunidade para os participantes tomarem<br />

conhecimento das realidades que cercam o mundo<br />

jurídico, que interessam a sociedade brasileira. A<br />


Cidadania<br />

oferecer excelente<br />

localização, além do<br />

espaço para mais de<br />

quinhentos participantes.<br />

Devemos<br />

ressaltar, ainda, que a<br />

Faculdade Ideal<br />

FACI, já possui<br />

funcionando o curso<br />

de Direito em suas<br />

instalações.<br />

A Semana do Advogado,<br />

não representa<br />

somente uma festa da<br />

comunidade jurídica brasileira no Pará, mas sim uma<br />

fraternização de toda sociedade que tem amor pela<br />

justiça, pela democracia, pela liberdade e em fim<br />

pelos “Direitos Humanos”.<br />

Nos tempos conturbados em que vivemos, a<br />

presença dos operadores do Direito, representa para<br />

sociedade humana uma possibilidade de<br />

sobrevivência em virtude da organização que se faz<br />

necessária para uma boa convivência entre os<br />

indivíduos de uma determinada comunidade.<br />

Solidários somos nós, quando em nossas “bancas”<br />

modestas, aceitamos o patrocínio do irmão carente<br />

que ao final pedem desculpas, dizendo: “ Doutor<br />

não tenho como pagar seus honorários”. O advogado<br />

solidário sempre diz: “ Deus me compensará pelo<br />

bem que fiz”.<br />

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16 Pará+ Edição 16

Neste momento de tantas vibrações da família jurídica brasileira, oportuno é<br />

recordar um belo trecho da oração do advogado, produzido por José<br />

Francelino deAraújo, a seguir transcrito:<br />

“Senhor,<br />

Torna-me um elo poderoso entre os que têm fome e sede de<br />

justiça, conduzindo-me com destemor na luta honesta, do<br />

bom advogado, dentro do processo e da Lei, exercendo com<br />

dignidade, liberdade e independência minha profissão,<br />

sem nenhum receio de desagradar a magistrados ou<br />

autoridade constituídas, sem temor de incorrer em<br />

impopularidade na defesa dos sagrados direitos do meu<br />

constituinte.<br />

Que o meu escritório seja um Templo do Direito, dedicado<br />

a reparar os males causados pela injustiça, pela<br />

ilegalidade, pela prepotência e pelos danos contidos nos<br />

conflitos econômicos e sociais da humanidade, elevando<br />

ao mais alto grau o culto à verdadeira justiça.<br />

Senhor,<br />

Advogado dos advogados, obrigado pelo injustiçado pelo<br />

oprimido, pelo esbulhado, pelo condenado e pelo<br />

perseguido que me mandaste hoje.<br />

Ilumina-me para que eu possa assegurar-lhe, novamente a<br />

paz e a crença na Justiça que um dia, no passar dos séculos,<br />

destes aos homens de boa vontade”.<br />

Garota<br />

de Ipanema<br />

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176 ANOS DE<br />

ADVOCACIA<br />

* Vera Lúcia Coelho de Medeiros<br />

No próximo dia 11 de agosto, mais de 500 mil Há muitas razões para a comemoração desta data. O<br />

advogados festejam em todo o país o seu dia. Direito avança e ganha prestígio no tecido social e<br />

Muitos, provavelmente, nem lembrem a data, ocorre o fenômeno da sua mundialização com<br />

de tão envolvidos com a atividade, suas abertura de mais espaço para os direitos<br />

responsabilidades, prazos e que tais.O 11 de agosto<br />

marca no Brasil a data alusiva à criação dos primeiros<br />

cursos jurídicos, em 1827, um em Olinda, no<br />

Mosteiro de São Bento, e o outro em São Paulo, no<br />

Mosteiro do Largo de São Francisco.<br />

Como todos sabem o Diário Oficial e o Diário da<br />

Justiça publicam as leis brasileiras. É no dia-a-dia da<br />

Imprensa Nacional, há 195 anos cumprindo a nobre<br />

missão de publicar as leis, que podemos ver o lufalufa<br />

dos profissionais do Direito na busca de novas e<br />

antigas leis (agora também acessíveis pela Internet),<br />

que só ganham eficácia com a veiculação<br />

fundamentais do homem. Jovens, milhares, buscam,<br />

cada vez mais, as universidades para aprendê-lo e<br />

assim poder aplicá-lo num amplo leque de campos<br />

do cotidiano da sociedade.<br />

Há hoje, por exemplo, juízes e promotores com<br />

menos de 25 anos de idade, fato que inclusive tem<br />

provocado debates sobre a questão da maturidade<br />

exigida para a função. Ao lado disso, entretanto, o<br />

Brasil tem uma belíssima tradição de nomes que<br />

souberam e sabem interpretar a justiça. E os méritos<br />

são reconhecidos no plano internacional. Há poucos<br />

anos, por exemplo, um juiz<br />

nos jornais oficiais.<br />

brasileiro, Antonio Cançado<br />

Trindade, foi eleito presidente<br />

da Corte Interamericana de<br />

Direitos Humanos, uma<br />

instituição judicial autônoma da<br />

Organização dos Estados<br />

Americanos (OEA).<br />

Nos 503 anos do Brasil, grandes<br />

expressões merecem<br />

lembrança. A democracia e o<br />

direito nacional se desenvolveram,<br />

por exemplo, com os<br />

Os Mosteiros do Largo de São Francisco e o de São Bento notáveis Rui Barbosa e Joaquim<br />

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“ ”<br />

No século dos armamentos,<br />

a justiça ainda constitui<br />

a maior força do mundo.<br />

Rui Barbosa<br />

Nabuco. Foram autênticos paladinos da liberdade.<br />

De Rui Barbosa permanece para o resto dos tempos a<br />

sua brilhante atuação na Conferência de Paz de 1907,<br />

em Haia, a maior assembléia diplomática<br />

internacional até então realizada. Além de jurista,<br />

doutrinador, advogado militante, a “Águia de Haia”<br />

foi também jornalista, diplomata, filólogo,<br />

deputado, senador, ministro de Estado e duas vezes<br />

candidato à presidente da República.<br />

Por vários séculos, os advogados de Coimbra,<br />

Olinda, Rio e São Paulo sobressaíram na vida<br />

cultural e política brasileira. Antes da vinda da corte<br />

portuguesa, entretanto, a influência dos bacharéis<br />

não foi tão grande, por que não havia interesse da<br />

Metrópole no desenvolvimento de um direito que<br />

não fosse o de Portugal. Mesmo assim, quase todos<br />

os líderes da Inconfidência Mineira, com exceção de<br />

Tiradentes, tinham formação jurídica. Aparecem,<br />

nesta fase da vida nacional, os nomes de Thomaz<br />

Antonio Gonzaga e Claudio Manoel da Costa. Eles<br />

fizeram a diferença no início dos grandes<br />

movimentos separatistas.<br />

A Proclamação da Independência foi em grande<br />

parte resultado do incansável, imperturbável,<br />

trabalho do advogado José Bonifácio de Andrada e<br />

Silva, que influiu decisivamente sobre o príncipe<br />

Dom Pedro de Alcântara para o rompimento das<br />

amarras com Portugal. Não se pode esquecer<br />

Eusébio de Queirós e o Marquês de Olinda. A<br />

listagem dos profissionais do Direito que ajudaram a<br />

construir o Brasil é extensa.<br />

Vários presidentes da República eram formados em<br />

direito, inclusive Getúlio Vargas. Na criação das<br />

leis, destacaram-se nomes como os de Clovis<br />

Bevilaqua, José Clemente Pereira e Alcântara<br />

Machado. No século 20, cabe a homenagem à<br />

memória de, entre outros, personalidades como<br />

Sobral Pinto, Santiago Dantas, Vitor Nunes Leal,<br />

Evandro Lins e Silva e Barbosa Lima Sobrinho.<br />

Qual a importância, ao longo destes cinco séculos de<br />

história do Brasil, desse conjunto de personalidades<br />

para a construção da nacionalidade brasileira? Para o<br />

desenvolvimento e fortalecimento da democracia?<br />

Para o desenvolvimento da cidadania? Os<br />

advogados, os juízes, os professores e estudantes de<br />

Direito têm, como se vê, motivos de sobra para<br />

festejar a data de 11 de agosto.<br />

*Estudante de Jornalismo e servidora da Imprensa<br />

Nacional/Presidência da República<br />

José Bonifácio de Andrada e Silva<br />

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A Adesão do Pa<br />

Independê<br />

través do decreto de 22 de abril de 1821,<br />

D. João VI nomeou seu filho D. Pedro de<br />

Alcântara, regente do Reino Unido de<br />

Portugal e Algarves. Mas com a<br />

formação das “Cortes”, que foi a Assembléia<br />

encarregada da elaboração da Constituição<br />

Portuguesa, a situação mudou, uma vez que a política<br />

dessa Assembléia tinha a intenção de levar o Brasil<br />

de volta à condição de colônia, o que agitou o meio<br />

político Brasileiro. Em 9 de janeiro de 1822, José<br />

Clemente Pereira entregou a D. Pedro um documento<br />

com oito mil assinaturas pedindo a sua permanência<br />

no Brasil obtendo como resposta o “Fico”. Aquela<br />

data assinalada na história como o dia do “Fico”,<br />

constitui o grande passo para a nossa independência.<br />

Na tarde do dia 7 de setembro às margens do<br />

Ipiranga, D. Pedro declarou que a partir daquele<br />

momento, o Brasil estava independente. Ao retornar<br />

a São Paulo, foi aclamado rei de Portugal.<br />

Proclamada a Independência, tropas portuguesas,<br />

em algumas províncias rebelaram-se contra D.Pedro<br />

I e declararam-se fiéis à coroa portuguesa, ou seja, o<br />

país tornou-se independente de Portugal, mas nem<br />

todos os estados do Brasil aceitaram a<br />

independência, como foi o caso da Bahia, Piauí,<br />

Maranhão, Cisplatina( atual Uruguai ) e o Pará. Na<br />


á à<br />

O brigue do Capitão<br />

Greenfell fundeado<br />

na Baia de Guajará<br />

anunciou a<br />

Adesão do Pará à<br />

Independência<br />

com uma salva<br />

de 21 tiros.<br />

*Noely Lima<br />

ncia<br />

tentativa de resolver o problema no Pará, o governo<br />

brasileiro adquiriu armamentos no estrangeiro e<br />

contratou soldados, a fim de conseguir que o Pará<br />

aceitasse ser o Brasil um país independente de<br />

Portugal.<br />

APrimeira Câmara Constitucional (9 vereadores ) de<br />

Belém instala-se em 27 de fevereiro de 1823, após<br />

disputada eleição. O governador das armas,<br />

comandante das tropas portuguesas, general José<br />

Maria de Moura não estava feliz com a eleição e<br />

posse desses vereadores tidos como independentes à<br />

política de predomínio português, e por isso não<br />

compareceu à instalação da Câmara no Paço do<br />

Conselho. Ele reuniu seus comandados,<br />

os de maior confiança entre seus oficiais,<br />

em sua própria casa, decidindo o que<br />

fazer diante do fato da sempre crescente<br />

decisão paraense de aderir à Independência.<br />

A idéia era depor a câmara. O coronel<br />

João Pereira Vilaça deu início ao motim<br />

em primeiro de março, prendendo<br />

imediatamente os vereadores, em sessão<br />

no Paço do Conselho, distribuindo a<br />

todos pelos quartéis de várias localidades<br />

do interior como Chaves, Acará, Monte<br />

Alegre, e assim por diante. Para apressar<br />

a adesão, foi mandado José Luís Arosa,<br />

um revolucionário do eixo Rio/São<br />

Paulo, e que teve logo o apoio de um<br />

italiano, João Batista Balby, que<br />

trabalhou intensamente para aliciar os<br />

oficiais brasileiros para a causa.<br />

Conspiravam com ele Boaventura da<br />

Silva, o tenente Diogo Móia, o alferes<br />

Domingos Marreiros, José Mariano de<br />

Oliveira Belo, Manuel Matos, o alferes<br />

Antônio Barreto, o cadete Bernal do<br />

Couto, o padre Jerônimo Pimentel e<br />

diversos civís<br />

No dia 14 de abril, João Balby, acompanhado<br />

de oficiais e soldados do<br />

Regimento de Macapá, entrou no quartel<br />

do Corpo de Artilharia, no Convento de<br />

Santo Antônio. De surpresa, os rebelados<br />

detiveram a tropa do tenente-coronel José<br />

Antônio Nunes, com o domínio de todo o<br />

quartel. Mas a conspiração foi dominada<br />

pelos comandados do general Moura com<br />

o apoio da tropa do coronel Vilaça. O<br />

governador das armas deteve os militares<br />

rebelados, prendendo, entre outras<br />


Frente ao Palácio do Governo, autoridades<br />

constituidas e o povo saudaram a Adesão.<br />

D. Romualdo de Souza Coelho proclamando a<br />

Adesão do Pará a Independência<br />

personalidades, Bernardo de Souza Franco, Honório<br />

José dos Santos e Tenreiro Aranha. Os participantes<br />

da revolta só não foram executados sumariamente<br />

graças ao bispo D. Romualdo Antônio de Seixas,<br />

mais tarde Marques de Santa Cruz. No dia 13 de julho<br />

de 1823 a galera Andorinha do Tejo partiu para<br />

Lisboa, levando 267 presos muitos dos quais<br />

faleceram durante a travessia. Os portugueses,<br />

procuraram reforçar então suas defesas, como as<br />

baterias de Val-de-Cães, a Fortaleza da Barra, os<br />

fortes do Castelo e de São Pedro Nolasco impedindo<br />

a estrada de navios no porto.<br />

No dia 11 de agosto de 1823, entretanto, uma nau de<br />

guerra, de bandeira brasileira, fundeou na baía de<br />

Guajará. O comandante do barco, o capitão inglês( a<br />

servico do Brasil ) John Pascoe Greenfell enviou, à<br />

terra, ofício do chefe da Esquadra Imperial,<br />

Almirante Alexandre Thomas Cockrane, de que o<br />

porto de Belém estava bloqueado e as forças<br />

imperiais exigiam a rendição de quem se opunha à<br />

Independência Brasileira, alegando que só restava o<br />

Pará ser integrado, e que ele se encontrava com uma<br />

esquadra de navios fora da barra, prontos para<br />

assegurar a adesão. Mas na verdade, ele só tinha um<br />

navio, porém essa estratégia já havia sido usada no<br />

Maranhão e dado resultado.<br />

Desse documento também constava a afirmação de<br />

que as propriedades dos portugueses que aderissem<br />

seriam garantidas, devendo apenas prestar juramento<br />

de obediência à Sua Majestade Imperial. Também<br />

enviou a declaração do bloqueio do Pará e cópia do<br />

auto de adesão do Maranhão. O general Moura, com<br />

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600 homens entre marinha, milicianos, tropas de<br />

linha, voluntários inclusive de cavalaria, negou<br />

atenção ao comunicado.<br />

Presidia a Junta Governativa D. Romualdo de Sousa<br />

Coelho que informou ao general que iria reunir um<br />

conselho para deliberar sobre a situação. As 7 horas<br />

da noite de 11 de agosto, no Palácio do Governo, a<br />

junta governativa reuniu-se, tendo o comandante das<br />

armas José Maria Moura procurado adiar a decisão<br />

do Conselho, o que não ocorreu, pois o povo presente<br />

à reunião bradava, exigindo a adesão. A reunião<br />

encerrou-se às 23 horas. O Pará estava independente<br />

de Portugal, unindo-se ao Império, e o marechal<br />

Manoel Marques viu-se escolhido para substituir o<br />

general demitido. Em 15 de agosto de 1823, com a<br />

presença de todas as autoridades no palácio, o bispo<br />

do Pará D. Romualdo de Souza Coelho, presidente<br />

da junta, fez a Proclamação da Adesão do Pará à<br />

Independência do Brasil.<br />

De tudo se mandou informar ao ministro e Secretário<br />

de Estado dos Negócios do Império, Conselheiro<br />

José Bonifácio de Andrade e Silva, em ofício datado<br />

de setembro de 1823. O brigue do capitão Greenfell<br />

deu salva de 21 tiros, respondido pela fortaleza da<br />

barra, anunciando o hasteamento da bandeira<br />

brasileira. No palácio do Governo, as autoridades<br />

formalizaram, solenemente, o ato da Adesão, com o<br />

povo, comemorando nas ruas. Muitos pesquisadores<br />

consideram a data oficial da adesão o dia 15 de<br />

agosto de 1823, mas esse dia foi o da formalização<br />

(não da consumação do ato) em Palácio, quando tudo<br />

já se decidira.<br />

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Folcloródromo<br />

Em 22 de agosto de 1846, o inglês<br />

William John Thoms criou a palavra<br />

Folklore. Folk de povo e Lore de<br />

conhecimento, saber. A partir daí, essa data foi<br />

consagrada como o Dia Mundial do Folclore.<br />

Podemos conceituar folclore como “o conjunto de<br />

manifestações de caráter popular de um povo, ou seja<br />

é o conjunto de elementos artísticos feitos pelo povo<br />

para o povo, sempre ressaltando o caráter de<br />

tradicional destas apresentações, sempre<br />

transmitidas de uma geração para a outra através da<br />

prática (os pais ensinam aos filhos, que desde<br />

pequeninos já o praticam). O folclore varia bastante<br />

de um País para o outro, e até mesmo dentro de um<br />

Estado é bastante variável, pois as diferenças entre as<br />

regiões são muito grandes”.<br />

A manifestação folclórica, no caso especifico do<br />

Pará, é riquíssima, bela, pujante. E se é verdade que<br />

já esteve mais esquecido. Também é verdade que<br />

pode ser ainda mais prestigiado e incentivado.<br />

Aproveitando a oportunidade de possuirmos um<br />

governador de origem interiorana (Castanhal), de<br />

forte formação cultural (músico) e uma sensibilidade<br />

extraordinária, deveríamos alavancar o<br />

desenvolvimento de uma de nossas maiores riquezas<br />

Nosso Folclore.<br />

Uma medida que poderá ajudar neste intento seria a<br />

construção de um “Folcloródromo” e/ou similares.<br />

Este empreendimento transformariase<br />

num palco fixo para nossas<br />

encenações tradicionais. A<br />

sazionalidade destes eventos<br />

permitirá que este centro<br />

cultural seja utilizado de<br />

forma ininterrupta durante<br />

todo o ano. São bons<br />

exemplos<br />

destas<br />

manifestações: O Natal:<br />

Pastorinhas, Lapinhas; Semana<br />

Santa: Encenação; Quadra Junina:<br />

Pássaros, Quadrilhas, Bois; Festa do<br />

Divino; Auto do Círio; Reisado entre<br />

outros.<br />

Além de grande incentivo à arte popular este “folcloródromo”,<br />

Sr.<br />

Governador, perpetuará<br />

vosso nome<br />

entre os dos mais<br />

profícuos incentivadores<br />

da cultura<br />

popular.<br />

Não é novidade com<br />

certeza para este<br />

Governo que a cultura<br />

popular é um<br />

excelente fator de atração turística e propagação de<br />

imagem. Logo, o investimento na construção de um<br />

“folcloródromo” ultrapassaria o mero incentivo à<br />

cultura, chegando a ser um verdadeiro investimento à<br />

economia local.<br />

Sr. Governador, o folclore e a cultura popular, na sua<br />

data magna, esperam ganhar este presente. Os<br />

retornos são certos e gratificantes. Este veículo de<br />

comunicação coloca-se como colaborador na busca<br />

deste marco.<br />


Pará Independente<br />

Começou em Muaná<br />

*Acyr Castro<br />

Avida não flui fácil para um coroa<br />

que acaba de perder a mãe e<br />

completar a indecorosa idade de<br />

69 anos. E, ainda por cima, tem que pê de<br />

tudo, encarar a morte de uma de suas<br />

atrizes favoritas e um de seus mais<br />

apreciados cineastas. Vai que a revista<br />

“Pará +” quer, então, saber da Adesão do<br />

Pará à Independência do Brasil.<br />

Neuza Cecília, flor ida em março no dia<br />

15, foi filha de um dos músicos<br />

promissores da Amazônia, Manuel Luiz<br />

de Paiva, patrono de uma das cadeiras da<br />

Academia Paraense de Música que ao que<br />

sei anda em banho maria sabe-se lá a<br />

razão. Maneco Paiva escreveu peças<br />

eruditas e a melodia das canções<br />

populares na primeira década do século vinte; autor<br />

do hino oficial do Payssandu ao lado do poeta José<br />

Simões, hino que o clube praticamente esqueceu,<br />

pelo que se vê e ouve, em favor de uma marchinha<br />

que caiu no gosto (ou na “boca”) da Argentina no<br />

curso da disputa pela Taça Libertadores daAmérica.<br />

Norte-americana, Katharine Hepburn é uma das<br />

maiores atrizes do cinema, haja vista os filmes que<br />

estrelou, entre eles “A Mulher Que Soube Amar”<br />

(1935) de George Stevens, “Quando O Coração<br />

Floresce” (1955) de David Lean, “Longa Jornada<br />

Noite Adentro” (1962) de Sidney Lumet. Quem<br />

nunca viu, aguarde cópia em DVD. Esperar jamais<br />

valerá tanto, creiam em mim. Não falo por falar, só<br />

garanto ao ter inteira certeza do que falo; palavra de<br />

quem sabe por ter visto e revisto. O filme de Lumet<br />

saiu da peça teatral de Eugène O´Neil, claro.<br />

Já o cineasta ítalo-brasileiro, de origem libanesa,<br />

Walter-Hugo Khouri, chegou a ser bom amigo<br />

pessoal meu, nos idos do meu dourado exílio no eixo<br />

São Paulo/Rio de Janeiro, 1966 a 1978. Várias vezes<br />

estive com ele, almoçamos juntos em tantas<br />

ocasiões, e o entrevistei para o “Jornal do Brasil” em<br />

não poucas oportunidades. Pelos padrões críticos que<br />

adoto, na busca rigorosa de formas cinemáticas<br />

criativas e originais, é ele um dos melhores criadores<br />

na área intimista e psicológica. Fitas como “Noite<br />

Katharine Hepburn<br />

Vazia” (1964), “Corpo Ardente” (1965), “As<br />

Amorosas” (1968) e “Paixão e Sombras” (1977) são<br />

indiscutíveis obras de arte. Um mestre à altura dos<br />

mestres que admirava particularmente, o sueco<br />

Ingmar Bergman e o italiano Michelangelo<br />

Antonioni. Raríssimos neste país podem se lhe<br />

comparar, de Mário Peixoto (“Limite”, 1931) ao<br />

Alberto Cavalcanti que só conseguiu o máximo (“Na<br />

Solidão Da Noite” em 1945 e “Nas Garras Da<br />

Fatalidade” em 1947) filmando na Inglaterra; sem<br />

esquecer o Nelson Pereira Dos Santos de “Vidas<br />

Secas” (1963) e “Memórias Do Cárcere” (1983)<br />

cinematizando a literatura de Graciliano Ramos ou o<br />

Hector Babenco de “Lúcio Flávio o passageiro da<br />

agonia” (1977), “Pixote A Lei Do Mais Fraco”<br />

(1980) e por pouco o desse recente “Carandiru”.<br />

Não, não esqueci nem o Murilo Salles de “Nunca<br />

Fomos Tão Felizes” (1984) nem o Walter Salles<br />

Júnior de “Central Do Brasil” (como esquecer<br />

Fernanda Montenegro?), sequer o Luís Sérgio<br />

Person de “São Paulo Sociedade Anônima”, juro por<br />

Deus, gente! Muitíssimo menos o Paulo César<br />

Saraceni (1970) de “ACasaAssassinada” baseado na<br />

“crônica da casa assassinada” do romancista Lúcio<br />

Cardoso.<br />

Vamos deixar o Glauber Rocha na santa paz do<br />


Senhor, vamos? O baiano, bom de teoria, nunca foi lá<br />

das pernas em matéria de prática, salvo,<br />

naturalmente, juízos outros que leio e respeito mas<br />

não tenho como aceitar, tenho direito, não? Isto aqui<br />

não é um estado de direito?<br />

Quanto àAdesão à Independência (isso é relativo, né<br />

não?), vocês sabiam que Muaná foi a primeira cidade<br />

no Pará a aderir ao berro de Dom Pedro I à beira do<br />

Ipiranga, antecipando-se a Belém? Pois foi; no dia<br />

28 de maio de 1823. A nossa amada capital somente<br />

se rendeu às evidências do ato histórico de 7 de<br />

setembro de 1822 em 11 de setembro correndo 1823;<br />

basta ler o livro do acadêmico José Maria Barbosa,<br />

“Muaná Uma Gota Do Mundo Em Marajó”, lançado<br />

em 2001, está tudo lá.<br />

Diz o doutor Zé Maria no seu livro que, egressos da<br />

tentativa de assenhorear-se (em 14 de abril de 1823)<br />

do Comando Das Armas em Belém, no movimento<br />

do capitão Boaventura Da Silva e do alferes Oliveira<br />

Belo, “refugiaram-se em Muaná, José Possidônio<br />

Pereira, Braz Odorico Pereira e João Pereira da<br />

Cunha. Lá tiveram no fazendeiro José Pedro de<br />

Azevedo um entusiasta do seu projeto” que seria o<br />

*Acyr Castro<br />

corte do fornecimento de carnes, e no controle da ilha<br />

toda, partir para a destruição do domínio colonial<br />

lusitano no Grão Pará.<br />

“Eram pouco mais de duzentos homens sob as ordens<br />

do tenente José Pedro De Azevedo”, conta Azevedo<br />

Barbosa. “Proferido o juramento de fé nos destinos<br />

do Brasil hastearam uma bandeira de cor branca à<br />

frente do prédio onde haviam tomado a decisão” o<br />

edifício sede da Intendência<br />

(onde hoje seria a Prefeitura)<br />

no centro da cidade “de<br />

obediência a Dom Pedro I”. E<br />

viva Muaná, pérola do<br />

arquipélago.<br />

Penso de mim para comigo<br />

que vale citar, aqui, Otto Lara<br />

Resende, o jornalista típico,<br />

que um dia se apresentou<br />

assim: “sou jornalista,<br />

especialista em idéias gerais.<br />

Otto Lara<br />

Sei alguns minutos de muitos<br />

assuntos. E não sei nada”.<br />

*Da Academia Paraense de Letras<br />

Big bem<br />


+Saúde<br />

V I T A M I N A S<br />

+Saúde +Saúde +Saúde +Saúde +Saúde +Saúde +Saúde +Saúde +Saúde +Saúde +Saúde +Saúde +Saúde<br />

AGE SOBRE<br />


Visão (fraca à noite); Pele (acne) Mucosas (sinusite, infecção da<br />

garganta, dos brônquios, dos intestinos.<br />

B1 = Tiamina<br />

Sistema nervoso (depressão, neuralgias, cansaço); Tono<br />

muscular do coração e dos intestinos (problemas cardíacos,<br />

prisão de ventre); Digestão dos açúcares.<br />

FONTES PRINCIPAIS<br />

Fígado de peixe; Pimenta vermelha; Alfafa<br />

germinada; Salsa; Agrião; Cenoura crua; Damasco<br />

seco; Legumes verdes; Pólen.<br />

Pólen; Levedo; Germe de trigo; Grãos<br />

germinados; Castanha do Pará/ Nozes (todos os<br />

oleaginosos);Farelo de arroz<br />

DOSE<br />

DIÁRIA<br />

20.000 a 50.000<br />

U.I<br />

100 mg ou no<br />

complexo B<br />

B2 = Riboflavina<br />

Olhos (catarata); Pele (rugas, eczemas, sulcos); Cabelo.<br />

B3=Niacina<br />

Sistema nervoso (depressão, esquizofrenia) Dilata os capilares<br />

(limpa os depósitos artríticos e da pele); Poderoso calmante.<br />

B5=Ácido pantotênico<br />

Glândulas supra-renais (estimula a secreção da cortisona natural<br />

que melhora artrite, reumatismo, asma, etc); Stress (combate<br />

fadiga, depressão, insônia, tendência à infecções).<br />

Pólen; Fígado; Lacticínios; Alfafa; germinada;<br />

Levedo; Germe de trigo; Soja; Cogumelos; Castanha<br />

do Pará/Nozes.<br />

Levedo; Germen de trigo; Farelo de arroz; Gema<br />

de ovo; Grãos germinados; Nozes (oleaginosos);<br />

Pimenta vermelha.<br />

Pólen; Germen de trigo; Levedo; Gema de ovo;<br />

Legumes; Frutas.<br />

50 a 100 mg ou no<br />

complexo B<br />

100 a 2.000 mg<br />

100 a 200 mg<br />

B6=Piridoxina<br />

Sistema nervoso (analgésico e calmante natural, age sobre todos<br />

os distúrbios cerebrais); Equilíbrio dos líquidos (retenção de<br />

água); Sono (pesadelos); Couro cabeludo (seborréia); Pele (acne,<br />

eczema); Energia muscular.<br />

Levedo; Germen de trigo; Grãos germinados;<br />

Repolho; Banana; Laranja.<br />


B7=Inositol<br />

Neutraliza o colesterol (obesidade, arteriosclerose) Cabelos<br />

(previne a calvície) Sistema nervoso: efeito calmante natural<br />

(esquizofrenia, distúrbios do sono).<br />

Pólen; Germen de trigo; Levedo; Laranja; Alfafa<br />

germinada; Nozes (oleaginosos); Melão; Iogurte.<br />


B8=H = Biotina<br />

Metabolismo das proteínas e gorduras; Previne a Calvície Trata<br />

a malária.<br />

Soja germinada; Levedo; Grãos germinados;<br />

Gema de ovo; Rapadura.<br />

300 a 500 mcg<br />

E FACILIDADES<br />

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B9=Ácido fólico<br />

Glóbulos vermelhos (anemia); Equilíbrio hormonal; Cabelos<br />

(mantém a cor natural).<br />

Levedo; Alfafa germinada;Germe de trigo; Grãos<br />

germinados; Hortaliças verdes; Cogumelos<br />


B12= Cianocobalamina<br />

Glóbulos vermelhos (anemia); Age sobre as células nervosas<br />

(poder de concentração, inflamação dos nervos, dores);<br />

Equilíbrio hormonal; Beleza da pele.<br />

Frutos do mar; Algas; Peixes; Lacticínios; Gema<br />

de ovo; Grãos germinados; Levedo; Alface.<br />


B13=Ácido orótico<br />

Regeneração celular (esclerose múltipla). Soro do leite; Hortaliças cruas Através dos<br />

alimentos<br />

B15=Ácido pangâmico<br />

Melhora a oxigenação celular (qualquer intoxicação e o<br />

envelhecimento); Auxilia o processo de desintoxicação do fígado<br />

(antifadiga).<br />

Amêndoa do damasco; Arroz; Grãos germinados;<br />

Levedo.<br />

100 mg<br />

B17=Laetrile ou Amigfalin<br />

Combate o câncer Amêndoa do damasco; Frutas 500 a 5.000 mg<br />

PABA = ÁCIDO PARAMINO-BENZÓICO<br />

Crescimento; Pele (envelhecimento, previne insolações e câncer<br />

de pele); Cabelo (mantém a cor natural).<br />

Levedo; Germe de trigo; Grãos germinados;<br />

Rapadura; Frutas<br />

PARA NÓS, SER FELIZ É<br />

ESTAR EM DIA COM A SAÚDE<br />


INFORMAÇÕES:<br />

AV. GENTIL BITENCOURT N° 694, ENTRE RUI BARBOSA E QUINTINO.<br />


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COMPLEXO B<br />

Sistema nervoso: efeito calmante natural (depressão,<br />

irritabilidade); Metabolismo dos açúcares, das gorduras e das<br />

proteínas (corrige, muitas vezes, a necessidade intensa de álcool);<br />

Pele; Energia geral.<br />

C<br />

Tecido conjuntivo (envelhecimento, dentes, gengivas, vasos<br />

sanguíneos); Poderoso desintoxicante (eficaz contra qualquer<br />

intoxicação ou toxicomania: droga, fumo, etc); Combate o stress<br />

e, como antibiótico natural, ajuda na cura de qualquer infecção ou<br />

doença.<br />

D<br />

Metabolismo do cálcio (pele, dentes, sistema nervoso).<br />

E<br />

Melhora a oxigenação celular (energia geral, problemas<br />

circulatórios e cardíacos, prevenção do câncer); Essencial em<br />

qualquer processo de cura e de rejuvenescimento; Esterilidade,<br />

dores menstruais; Beleza da pele; Aumenta a energia muscular.<br />


Ácidos graxos não saturados, que reduzem a taxa de colesterol.<br />

K<br />

Coagulação do sangue; Fígado<br />

P=Bioflavonóides<br />

Reforça a parede das veias e dos capilares (varizes, hemorróidas,<br />

gengiva que sangra, diabete, problemas nas articulações).<br />

Corresponde às vitaminas citadas (B1 a B17 Mais PABA)<br />

Levedo; Grãos germinados;Grande parte das<br />

vitaminas B é produzida pelas bactérias intestinais.<br />

Hortaliças e frutas frescas (limão, laranja, cenoura);<br />

Pimenta vermelha seca.<br />

Nota: É preciso tomar diariamente, pois a<br />

vitamina C não é armazenada no corpo e é<br />

destruída pelo calor e pela exposição ao ar<br />

Exposição ao sol; Óleo de fígado de peixe; Peixe;<br />

Grãos Germinados; Gema de ovo; Soja.<br />

Óleo do germe de trigo; Germen de trigo; Grãos<br />

germinados; Abacate; Gema de ovo<br />

Óleos não saturados; Abacate; Sementes de<br />

girassol germinadas.<br />

Algas; Alfafa; Germen de trigo; Hortaliças cruas;<br />

Gema de ovo.<br />

Laranja; Limão; Grapefruit; Salsa<br />


1.000 a 10.000 mg<br />

1.000 a 5.000 U.I.<br />


Através dos<br />


1 a 1,5 mg<br />

300 mg (tomar<br />

com a vitamina C)<br />


Coagulação do sangue (anemia) Sementes de gergelim Através dos<br />


U<br />

Úlcera intestinal Repolho cru Chucrute Através dos<br />


Colina<br />

Sistema nervoso (distúrbios do sono)Fígado e vesícula<br />

(prevenção de cálculos)Síntese hormonal; Artérias (arteriosclerose,<br />

hipertensão).<br />

Lecitina<br />

Mantém a solubilidade do colesterol sanguíneo (evita o endurecimento<br />

das artérias); Problemas de pele; Sistema nervoso (fadiga).<br />

Gema de ovo; Espinafre cru; Germe de trigo; Soja<br />

germinada; Levedo; Nozes (oleaginosos); Grãos<br />

germinados.<br />

Soja germinada; Hortaliças cruas; Gema de<br />

ovo<br />

1.000 a 1.200 mg<br />

2 colheres de sopa<br />

de granulados ou 4<br />

cápsulas<br />

As doses diárias aconselhadas (U.I. = unidades internacionais, mg = miligramas, mcg = microgramas)<br />

permitem reequilibrar o organismo em alguns semanas ou, conforme o caso, em alguns meses. Use somente<br />

vitaminas extraídas de produtos naturais e não vitaminas sintéticas.<br />



Vegetais e frutas:<br />

Benefícios<br />

ALHO<br />

Anticoagulante, protege o fígado, antiinflamatório, combate<br />

viroses, diurético, antioxidante, antibiótico, estimula o sistema<br />

imunológico, previne o diabetes, reduz o colesterol, dissolve<br />

gorduras.<br />

BANANA<br />

Combate a pressão alta, a anemia, reduz o colesterol; previne a<br />

depressão, corrige a constipação intestinal, azia; auxilia na TPM.<br />

Stress; reduz risco de enfartes; aumenta a energia; elimina verrugas.<br />

BERINJELA<br />

Auxilia na prevenção do câncer; antidepressivo; analgésico; reduz o<br />

colesterol; estimula o sistema imunológico.<br />

BRÓCOLIS<br />

Previne o câncer, antiinflamatório, combate viroses, protege o<br />

fígado; antibiótico, anticoagulante; reduz o colesterol; combate a<br />

dor muscular; diminui a pressão arterial; analgésico.<br />

CEBOLA<br />

Previne doenças cardiovasculares; antioxidante; antialérgico;<br />

antiinflamatório; antibiótico; dissolve gorduras.<br />

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e outras áreas<br />

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CENOURA<br />

Antialérgico; antiinflamatório; tratamento do câncer de<br />

mama, bexiga e próstata, laxante, combate viroses,<br />

antioxidante, reduz o colesterol, vasodilatador, tratamento<br />

da asma, previne a catarata.<br />

LIMÃO<br />

Reduz o colesterol, ajuda a prevenir o câncer de cólon,<br />

mama e pulmão.<br />

MAÇÃ<br />

Previne doenças cardiovasculares, antibiótico,<br />

antiinflamatório, fortalece artérias, fortalece artérias e<br />

veias, diurético, anestésico, expectorante.<br />

MORANGO<br />

Antiinflamatório, antioxidante, ajuda a evitar o câncer,<br />

estimula o funcionamento do coração.<br />

REPOLHO<br />

Antibiótico, combate a dor muscular, auxilia na prevenção<br />

do câncer.<br />

TOMATE<br />

Tratamento e prevenção do câncer de bexiga, mama e<br />

próstata, reduz o colesterol, antioxidante.<br />

UVA<br />

Anticoagulante, reduz o colesterol, estimula o coração.<br />

Sandra Picanço<br />





Alimento é o nome que<br />

se dá a tudo que<br />

existe na Terra que<br />

possa ser ingerido ou usado com a<br />

finalidade de suprir as necessidades<br />

energéticas do organismo.<br />

Alimentar-se é o que todos os<br />

seres vivos precisam para<br />

sobreviver. A principal função dos<br />

alimentos é a reposição das<br />

energias gastas no sustento da<br />

vida.<br />












Os Alimentos e o<br />

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL<br />

É A BASE DA BOA SAÚDE<br />


odo mundo sabe que a alimentação é a base de<br />

tudo, especialmente quando o assunto é saúde.<br />

No entanto, manter diariamente uma dieta<br />

balanceada e preventiva não é tão simples como pode<br />

parecer, pois a maioria das pessoas não ingerem o<br />

mínimo recomendado de micronutrientes (vitaminas<br />

e minerais) e macronutrientes (carboidratos,<br />

proteínas e gorduras).<br />

Além da falta de consumo de vitaminas e minerais<br />

para manutenção da saúde, alguns componentes que<br />

verificamos naturalmente nas plantas chamados de<br />

fitoquímicos estão merecendo cada vez mais atenção<br />

dos pesquisadores, que procuram estabelecer uma<br />

relação entre a dieta alimentar e as doenças. Eles<br />

foram reconhecidos apenas recentemente como<br />

poderosos agentes que oferecem proteção contra<br />

doenças como o câncer.<br />

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O QUE SÃO<br />

AS FITOSSUBSTÂNCIAS<br />

As fitossubstâncias não são como as vitaminas<br />

e os minerais, uma vez que não possuem<br />

valor nutricional. Algumas, como o digital<br />

(extraído de uma planta chamada dedal) e a quinina<br />

têm sido utilizadas há séculos como remédios no<br />

tratamento de doenças. Outras funcionam como<br />

antioxidantes, protegendo as células dos efeitos da<br />

oxidação e dos radicais livres do organismo.<br />

Recentemente, elas foram reconhecidas como<br />

agentes potencialmente protetores contra algumas<br />

doenças e condições, desde algumas formas de<br />

câncer até o envelhecimento.<br />

Câncer<br />

*Elisabete Fernandes Almeida<br />

O QUE SÃO<br />

OS ANTIOXIDANTES<br />

Os antioxidantes ajudam a proteger o organismo<br />

dos danos causados pelos radicais livres.<br />

Existe uma evidência de que uma<br />

alimentação rica em antioxidantes, tais como os<br />

encontrados nas frutas e vegetais, está associada a<br />

um menor risco de certos tipos de câncer e doenças<br />

coronárias.<br />

O CÂNCER E<br />

A ALIMENTAÇÃO<br />

Uma alimentação monótona, deficiente em<br />

nutrientes e substâncias protetoras pode<br />

causar câncer. Os principais fatores que<br />

aumentam as possibilidades do aparecimento da<br />

doença são o baixo consumo de fibras e os altos<br />

níveis de gorduras.<br />

Órgãos como o intestino, o estômago, a mama, os<br />

pulmões, o pâncreas, o fígado e a próstata,<br />

geralmente, são os mais atingidos pelo câncer<br />

derivado da má alimentação.<br />

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Edição 16<br />

Pará+ 33


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CRN7<br />

CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS<br />

CONSELHO REGIONAL DE NUTRICIONISTAS<br />

7ª REGIÃO<br />

PA - AC - AM - AP - RO - RR<br />

O NUTRICIONISTA<br />

Nutrição enquanto ciência, é uma profissão<br />

relativamente nova no Brasil (50 anos),<br />

apesar de que o ato de alimentar-se ser tão<br />

antigo quanto o próprio homem. Isto ocorre porque a<br />

Nutrição veio para estudar, pesquisar e orientar a<br />

maneira correta de alimentar-se, satisfazendo de<br />

forma adequada, uma necessidade básica de todo ser<br />

vivo.<br />

Veja onde o Nutricionista pode atuar:<br />

Restaurantes industriais, Hospitais, Produção de congelados, Refeições transportadas e catering (alimentação<br />

em aeronaves); Em creches e escolas; Em Restaurantes Comerciais, Hotéis e similares; Em Empresas de refeição<br />

convênio; Em Empresas de comércio de cestas básicas; Em Hospitais e Clínicas, ambulatórios, consultórios; Em<br />

Bancos de leite humano; Em Lactários; Em “spas”; Em programas institucionais (merenda escolar, fome zero,<br />

etc); Em vigilância Sanitária; Em Docência; Em Industria de alimentos; Em clubes esportivos, marketing,<br />

consultoria.<br />

Desta forma, cumprimos o nosso papel institucional e social com responsabilidade e consciência cidadã.<br />

DIRETORIA DO CRN/7<br />

Olga Parente Souza - presidente<br />

Débora Celeste Santa Brígida - vice-presidente<br />

Lenita Campos Lima - tesoureira<br />

Adaneide M. M. Pereira - secretária<br />

Com formação de nível superior, o Nutricionista atua<br />

em diferentes áreas ligadas à alimentação e nutrição,<br />

proporcionando condições para a prevenção,<br />

manutenção e recuperação do estado nutricional da<br />

população. O campo de atuação do Nutricionista é<br />

amplo, pois engloba tanto as pessoas sadias, quanto<br />

enfermas ou aquelas que apresentam distúrbios<br />

alimentares como obesidade ou desnutrição.<br />

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Somos o que comemos<br />

*Orminda de Castro Aguiar<br />


verdade contida no título desta página é incontestável. Os hospitais<br />

estão cada vez mais cheios e as doenças avançam, apesar das<br />

constantes pesquisas em busca de novas drogas para combatê-las.<br />

Vemos então de um lado os hospitais lotados, como pude presenciar com<br />

doentes espalhados pelos corredores, deitados em macas desconfortáveis,<br />

muitos deles cobertos com lençóis empapados de sangue. Do outro,<br />

supermercados luxuosos com suas prateleiras abarrotadas de produtos<br />

industrializados, acondicionados em belas caixas coloridas para seduzirem<br />

clientes que ignoram os danos que trazem à saúde os produtos contidos em tais<br />

embalagens.<br />

O que foi ensinado por Hipócrates, quando se referiu ao poder “poder curatico<br />

da natureza”, foi deixado para trás, principalmente pelos ocidentais.<br />

Felizmente hoje já podemos contar com alguns médicos que admiram a<br />

chamada “Medicina Alternativa”. Eles indicam alimentos naturais sem<br />

aditivos químicos e contam também com outros procedimentos de tratamentos,<br />

como a acumputura etc.<br />

Nas pesquisas do Dr. Rômulo, ele dá exemplo de vida saudável de grupos de<br />

índios da bacia amazônica, mais especificamente os brasileiros, que são os<br />

mais saudáveis e desenvolvidos do continente sul-americano. Eles vivem de<br />

acordo com a natureza e alcançam a idade de 125 a 140 anos. Todas as tribos<br />

que ainda preservam os seus costumes estão isentas das terríveis doenças e dos<br />

sofrimentos físicos que atingem esta geração. Ainda entre muitos outros<br />

exemplos, vejamos o que disseram os primeiros exploradores ao chegarem às<br />

Ilhas Marquesa, próximo ao Equador, no sul do Pacífico. “Os polinésios são os<br />

habitantes mais bonitos e saudáveis da terra. Nos registros de Hermani Melville<br />

ele fala no aspecto deslumbrante dos nativos tão belos e perfeitos que, segundo<br />

ele, ao homem se poderia conferir o título de “Apolo Polinésio”.<br />

Concluímos, como explica Dr. Rômulo em suas pesquisas, “que podemos nos<br />

beneficiar das experiências das culturas primitivas cujo estudo nos mostra que<br />

adotavam melhores formas de nutrição”. Alimentos e bebidas industrializados<br />

trazem prejuízos à saúde e podem até matar.<br />

O Dr. Rômulo nos deu um roteiro para uma vida saudável em seus “Estudos<br />

avançados sobre rejuvenescimento” Um roteiro de tratamento para o nosso<br />

dia-a-dia. A ele os meus agradecimentos, pelo muito que acrescentou ao pouco<br />

que já sabia.<br />

*Professor Terapeuta em Estética.<br />

Membro do CIDESCO<br />

(Comitê Internacional de Estética<br />

e Cosmetologia).<br />

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Conheça seu corpo e lembre que cada pessoa metaboliza de uma forma<br />

diferente os alimentos. Quem engorda fácil precisa evitar gorduras. Aqueles<br />

que sofrem de colesterol alto não devem comer ovos. O sal é nocivo para os<br />

hipertensos, e quem tem problemas com fermentação passa melhor se não<br />

exagerar nos doces, leite e feijão, por exemplo.<br />

Faça, no mínimo, três refeições diárias (café da manhã, almoço e jantar) e,<br />

se possível, inclua um lanche à tarde. Procure observar horários fixos e não<br />

transforme os finais de semana em "vale tudo". Assim, gradativamente,<br />

você comerá menos e manterá níveis de energia sempre estáveis.<br />

Metade das calorias ingeridas deve vir de carboidratos complexos, que são<br />

lentamente transformados em açúcar. É o caso das massas, cereais e féculas,<br />

como a batata.<br />

Use e abuse das frutas e verduras. Elas fornecem as vitaminas, sais minerais<br />

e fibras que regulam o funcionamento do corpo. A regra geral é consumir de<br />

3 a 4 frutas diferentes por dia, sendo uma rica em vitamina C (laranja, kiwi,<br />

goiaba, caju, etc.). Duas variedades de hortaliças por refeição também<br />

garantem nutrição adequada, mas uma deve ser rica em vitamina A<br />

(cenoura, beterraba, brócolis, escarola, espinafre).<br />

Varie as fontes de proteína diariamente (carnes brancas e vermelhas,<br />

queijos, leguminosas e ovos). É desse grupo que vêm as substâncias para<br />

formação e recuperação de músculos, peles e ossos.<br />

Reduza o consumo de gorduras e açucares simples, como o de refrigerantes<br />

e doces. Se não forem imediatamente "queimados" pelo organismo, eles se<br />

transformam rapidinho em indesejáveis depósitos de gordura.<br />

Para assegurar o fornecimento de fibras, adote pelo menos um alimento<br />

integral pão ou arroz.<br />

Mantenha-se hidratado, bebendo água, sucos no intervalo das refeições.<br />

Na hora de comer, dê um tempo só para você. Isso significa não<br />

"aproveitar" para ver televisão, ler o jornal ou examinar um relatório<br />

enquanto mastiga a comida.<br />

Resista à tentação dos fast-foods que, em geral, são pródigos em frituras,<br />

cremes e alimentos gordurosos, além de forçarem que a refeição seja rápida.<br />

Os restaurantes por quilo, por exemplo, oferecem maior variedade e<br />

permitem equilibrar melhor o prato.<br />

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Leite e Produtos<br />

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Açúcares e Doces<br />


Carnes e ovos<br />


Leguminosos<br />

1 porção<br />

Frutas<br />

3-5 porção<br />

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Guia para a escolha dos alimentos<br />

Cereais, pães<br />

Raizes e tubérculos<br />

5-9 porção<br />

Aenergia, as proteínas, vitaminas e minerais que você precisa para manter a saúde física e mental estão<br />

nos alimentos, não nas farmácias. Cuide de suas refeições e coma na dose certa, prestando atenção na<br />

qualidade e quantidade. Alimentar-se bem é a melhor maneira de combater a desnutrição e a<br />

obesidade e prevenir outras doenças, como pressão alta e diabetes. A pirâmide vai ajudar você a<br />

combinar os alimentos diariamente, nas medidas certas.<br />

Alimentos energéticos extras<br />

Gorduras e óleos (margarina, manteiga, óleo vegetal,<br />

azeite de oliva), açúcares adicionais (doces e açúcar<br />

de mesa).<br />

As gorduras e óleos têm vitaminas A, D, E e K. Com<br />

alto teor de energia, devem ser consumidos com<br />

moderação. Açúcares adicionais (doces ou para<br />

adoçar sucos, cafés etc) devem ser incluídos na<br />

alimentação, com moderação.<br />

Alimentos construtores<br />

Peixes, carnes, aves, ovos, leite, queijo, leguminosas<br />

secas (feijão, lentilha, soja, grão de bico etc).<br />

Fontes de proteína, constróem, mantêm e renovam as<br />

células do corpo. Ajudam a formar e conservar os<br />

tecidos cabelos, músculos, órgãos, sangue, pele.<br />

Alimentos ricos em ferro e cálcio são essenciais para<br />

prevenir anemia e osteoporose. Use no almoço e no<br />

jantar. Leite e derivados, no café da manhã e/ou<br />

lanche.<br />


N T O<br />


DA VIDA<br />

A dieta ideal<br />

Faça no mínimo quatro refeições: café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. Não pense em pular uma ou<br />

mais refeições, comendo tudo de uma vez só, e nem troque o lanche ou jantar por lanches ou café com leite.<br />

Comer tem de ser uma hora de distração e lazer. Para abrir o apetite, prepare refeições de encher os olhos,<br />

coloridas e cheirosas. Quando não puder sair para as compras, peça a um parente ou amigo para manter em sua<br />

casa um estoque mínimo e variado de alimentos.<br />

Evite<br />

Sal em exagero, temperos industrializados, gorduras<br />

de origem animal - banha, sebo, toucinho - e frituras.<br />

Use à vontade<br />

Temperos naturais - alho, cebola,<br />

ervas como salsa, manjericão,<br />

coentro etc. Tome de seis a oito<br />

copos de água por dia.<br />

Tudo limpo<br />

Sempre lave as mãos antes de lidar com os alimentos.<br />

Verduras, frutas e legumes devem ser bem lavados<br />

antes do consumo. Lave também as embalagens dos<br />

alimentos antes de abri-los.<br />

Tudo em ordem<br />

Guarde os alimentos e produtos de limpeza<br />

separadamente. As embalagens devem estar em boas<br />

condições. Mantenha-as sempre longe de insetos,<br />

ratos ou outros animais.<br />

Latas<br />

Não compre as que estiverem amassadas ou<br />

estufadas. Se você não consumir todo o conteúdo da<br />

lata, guarde o que o que sobrou em uma vasilha de<br />

plástico ou vidro, com tampa.<br />

Não deixe de comer nada por não conseguir mastigar.<br />

Pique, moa, corte ou rale. Alimentos ricos em fibras<br />

evitam prisão de ventre. Coma frutas, verdures e<br />

legumes, de preferência cruas e, se possível, com<br />

casca.<br />

Atenção ! Pessoas com doenças como diabetes e<br />

colesterol precisam de dietas especiais e devem<br />

consultar um médico.<br />

Alimentos reguladores<br />

Verduras, legumes e frutas. Facilitam a digestão e<br />

são ricos em sais minerais, vitaminas e fibras.<br />

Aumentam a resistência contra infecções e, entre<br />

muitos benefícios, ajudam no bom funcionamento<br />

do intestino. Use no almoço e jantar. E coma pelo<br />

menos duas frutas por dia.<br />

Alimentos energéticos<br />

Arroz, massas, todos os tipos de cereais, pães, milho,<br />

batata, mandioca, inhame.<br />

Formam a base da alimentação e dão a maior parte da<br />

energia que você precisa para suas atividades diárias.<br />

São ricos em carboidratos e representam o maior<br />

volume da alimentação. Use em todas as refeições.<br />


No artigo anterior abordamos<br />

a definição, os<br />

conceitos, as causas de<br />

uma maneira generalizada. Hoje<br />

abordaremos a sinoní-mia , as<br />

causas de origem bucal e as causas<br />

não bucais. A halitose é também<br />

conhecida pelos seguintes nomes:<br />

Foetor ex-ore; foetor oris; fedor de<br />

boca; mau hálito; hálito fétido;<br />

estomato-disodia; cacosmiabucal;<br />

hálito ofensivo, entre outros. Quanto<br />

as causas de origem bucal destacam-se: Processo<br />

carioso A carie dentaria provocando a decomposição<br />

dos tecidos duros do dente exala um cheiro<br />

característico ao qual se agregam os de substancias e<br />

detritos alimentares aí fermentados. Geralmente o<br />

cheiro não ė muito pronunciado a não ser quando se<br />

tentam remover tais detritos. Gangrena pulpar A<br />

decomposição da polpa produz gases fétidos, próprios<br />

da gangrena. Em alguns casos podem passar<br />

desapercebidos, porem em outros o odor e bastante<br />

acentuado em decorrência da decomposição proteica,<br />

com seus produtos resultantes, entre eles o indol, a<br />

cadaverina e a putrecina. Abcessos periapicais<br />

drenando pelo canal radicular. A descarga de<br />

material purulento determina mau odor identificado<br />

pelo próprio paciente. Indutos Os indutos {tártaro} e<br />

as placas gelatinosas podem provocar o mau hálito.<br />

Localizam-se em geral na face interna dos dentes<br />

inferiores e na face externa dos molares superiores.<br />

São causados pela má higiene bucal . Tanto o tártaro<br />

quanto a matéria alba provocam odor nauseabundo.<br />

Peças protéticas Peças protéticas mal ajustadas<br />

podem reter resíduos alimentares os quais, pela ação<br />

dos germes e da saliva, fermentam produzindo<br />

halitose. Materiais porosos utilizados na confecção de<br />

próteses totais favorecerão a retenção de resíduos<br />

alimentares que fermentam.<br />

Alterações do periodonto Todas as alterações<br />

inflamatórias ou degenerativas do periodonto podem<br />

ocasionar mau hálito. As doenças periodontais que<br />

afligem os tecidos de sustentação dos dentes de forma<br />

progressiva têm cheiro acre característico, carregado e<br />

se constitui em uma das principais causas de halitose<br />

de origem bucal. As Gengivites - em geral e a de<br />

Vincent em particular são causadoras de halitose. A<br />

fetidez do hálito é sinal característico desta estomatite<br />

que o torna insuportável, o que faz que as pessoas<br />

retrocedam, instintivamente, ao primeiro contato com<br />

o paciente. Feridas cirúrgicas traumáticas Estas<br />

lesões recobrem-se de um coágulo o qual apresenta um<br />

cheiro típico no começo e depois com a contaminação<br />

II<br />

*Elias Gorayeb<br />

das camadas superficiais produz uma fetidez que se<br />

torna uma das características dos processos<br />

regenerativos e que se torna tanto mais acentuado<br />

quanto menores forem os cuidados higiênicos. As<br />

Alveolites O mau cheiro do alvéolo que se irradia em<br />

toda a cavidade bucal é comum nos processos<br />

causados por avulsões dentarias especialmente<br />

quando múltiplos alvéolos estão comprometidos.<br />

Desaparece entretanto com a cicatrizacão da lesão.<br />

Pericoronarite Inflamação que se dá em especial nos<br />

últimos molares, havendo intensa fermentação de<br />

resíduos alimentares sob o capuchão gengival,<br />

presença de células descamadas e de germes,<br />

ocasionando odor fétido no hálito. Xerostomia<br />

(boca seca) frequente nos respiradores bucais, é<br />

devido ao secamento da mucosa pela passagem<br />

constante do ar. Pode ser causada também pelo uso de<br />

medicamentos que têm como efeito colateral a redução<br />

do fluxo salivar. Língua Saburrosa - A língua<br />

saburrosa é uma fonte de mau hálito que não tem<br />

recebido a atenção que merece. Ela não é a causa<br />

primária pois existem várias causas que podem ser<br />

responsabilizadas pelo acúmulo de saburra no dorso da<br />

língua. A língua normal apresenta pequena quantidade<br />

de saburra, variando de indivíduo para indivíduo. O<br />

aumento de saburra pode ser devido à irritação da<br />

mucosa lingual por produtos de processos tóxicos ou<br />

infecciosos eliminados pela boca. A ação irritativa de<br />

tais substâncias altera a natureza histológica do<br />

epitélio lingual que descama e se constitui em um dos<br />

elementos da saburra.<br />

Quanto às causas não bucais relacionaremos as mais<br />

importantes sem entrar em maiores detalhes: Vias<br />

Respiratórias - Rinites, pólipos, adenóides crônicas,<br />

difteria, abcesso do septo, sinusites, empiema do seio,<br />

amidalites, angina de Ludwig, Laringites, bronquites,<br />

abcesso do pulmão, etc.<br />

Trato Digestivo - Dispepsias, obstrução intestinal,<br />

constipação, apendicite, etc.<br />

Metabólicas e sistêmicas - Diabetes, uremia,<br />

enfermidades febris, menstruação, etc.<br />

Psicogênicas - Tudo o que produz grave depressão<br />

psíquica pode dar amargor na boca e alteração do<br />

hálito. Em certas ocasiões, a sensação de amargor e<br />

alteração do hálito, constante na boca, pode ser o<br />

sintoma mais ostensivo de uma depressão, que se<br />

procurada com cuidado, na anamnese do enfermo,<br />

aparece com clareza.<br />

Stress - O stress é um componente importante na<br />

produção da halitose. Observa-se com clareza nas<br />

pessoas que perdem entes queridos, nos velórios,<br />

submetidas a violentas emoções, a ostensividade do<br />

hálito.<br />


Teje<br />

*Camillo Martins<br />

preso!<br />

Vianna<br />

Como convém a toda autoridade policial que se<br />

preze, Sua Senhoria foi taxativa, incisiva e<br />

obviamente, claríssima, na sua<br />

inquestionável determinação de mandar fazer<br />

recolher à cela de Posto Policial suburbano da cidade<br />

de Santa Maria de Belém do Grão Pará, o Boi de<br />

entusiasmado, e por essas alturas já exaltado Cordão<br />

junino ou joaninho, conforme a preferência<br />

vernacular.<br />

Carradas de razões sobravam ao eficiente cumpridor<br />

das leis, sendo mérito maior da autoridade<br />

competente, evitar verdadeira confrontação<br />

guerreira entre os participantes, quer do pretenso<br />

infrator à tranqüilidade pública, o Pente Fino, quer do<br />

outro contrário, Estrela Dalva, ambos na busca da<br />

preferência, não só do agrado da população<br />

belemense, como da entusiasmada torcida que se<br />

aglomerava na via de acesso ao curral festivo e na<br />

praça principal do bairro, agora chamada de<br />

periferia.<br />

Como nesses casos, ordem dada é por assim dizer,<br />

ordem executada, o Pente Fino, vamos que seja, com<br />

tripa e tudo, foi bater com os respeitáveis costados no<br />

xadrez, pelo menos até ulterior deliberação, de<br />

autoridade maior, na escala hierárquica.<br />

Justo o que ocorreu conforme testemunha que<br />

jurou pela Luz Divina a veracidade do fato em<br />

pomposa reunião realizada nos anos 60,<br />

patrocinada pela superestrutura<br />

desenvolvimentista atuante na Terra dos<br />

Confins dos Trópicos Verdes.<br />

Obedecendo a ritual funcional, em<br />

espécie de Távola Redonda em<br />

paragens da Floresta<br />

Esplendorosa do<br />

Novo Mundo,<br />

tal a prodigalidade de dinheiros a serem empregados<br />

sob as benesses dos incentivos fiscais, com vistas à<br />

rápida, eficaz e necessária integração amazônica,<br />

assemelhando-se a espécie de leilão de pastoreio,<br />

predileção imposta aos hileianos, como política<br />

ocupacional mais adequada para tirar o Paraíso<br />

Desmesurado do ostracismo institucional, a dita<br />

reunião transcorria na Santa Paz.<br />

Dentro do fluxograma organizacional terminologia<br />

apropriada para conclaves dessa natureza a coisa ia<br />

de vento em popa, sem nenhuma contestação a<br />

qualquer tipo de proposta, mesmo que algumas delas<br />

envolvessem verdadeiras fábulas para sua total<br />

concretização, quando Sua Excelência, talvez pela<br />

vez primeira, não deixou por menos e bradou aos<br />

quatro cantos, o mesmo tanto que o bate-pau<br />

suburbano, dirigindo-se não a um Boi, mas aos<br />

donos dos bois, no caso os responsáveis pelos<br />

projetos de agropecuária. Na forma da Lei, ficou<br />

jurado e sacramentado que daí em vante, todo<br />

aquele que caísse no Artigo, no caso o mau uso<br />

do dinheiro público, seria, sem qualquer<br />

apelação, recolhido ao xilindró, por já haver<br />

precedência jurídica, desde resguardando-se os<br />

possíveis distanciamentos e aproximamentos em<br />

relação aos eventos considerados, o do Boi festivo<br />

e os dos bois ditos desenvolvimentistas.<br />

O problema é saber onde ficavam as áreas de<br />

recolhimento forçado desses infratores<br />

alienígenas. A cadeia do Boi fica<br />

localizada por aqui mesmo, já a dos<br />

boiadeiros transgressores, com<br />

certeza ficarão em outros ermos,<br />

caso seja possível identificar os<br />

envolvidos nesse tipo de<br />

tramóia.<br />

*Sopren/Sobrames<br />


Marcos Históricos do<br />

DESCOBRIMENTO<br />

*Sérgio Martins PANDOLFO<br />

*Sérgio Martins PANDOLFO<br />

Cruz da Ordem de Cristo<br />

Elevação da Cruz em Porto Seguro,<br />

óleo sobre tela de Pedro Peres (1879),<br />

Museu Nacional de Belas Artes.<br />

Com o propósito ou a intenção declarada de salvar as<br />

almas dos infiéis das novas terras conquistadas ou<br />

descobertas, os portugueses lançaram-se ao “mar<br />

oceano” com suas naus e caravelas, “cruzadas”, isto<br />

é, com a cruz vermelha da Ordem dos Cavaleiros de<br />

Cristo (ordem militar que em Portugal sucedeu a dos Templários<br />

e ajudou a financiar as primeiras viagens) estampada nas velas e<br />

nas vestes.<br />

Destarte, os territórios que iam sendo “achados“ eram<br />

demarcados com marcos assaz significativos e explícitos,<br />

constituídos, a princípio, por uma cruz de madeira do local,<br />

como é exemplo a que plantaram na “aguada” de São Braz (atual<br />

Mossel Bay, África do Sul), logo de dobrarem o Cabo da Boa<br />

Esperança e, no Brasil, aquando da chegada da esquadra de<br />

Cabral ao “porto seguro” de que nos fala Caminha em sua<br />

“carta” a el-rei D.Manuel I, o Venturoso, num ilhéu de águas<br />

claras e calmas, atual ilhéu da Coroa Vermelha, no litoral baiano,<br />

em larga e aconchegante baía, batizada, atualmente, de Baía<br />

Cabrália, em honor de seu intrépido conquistador; lá o<br />

comandante Pedr'Álvares mandou erigir enorme cruz, para que<br />

melhor pudesse ser avistada, confeccionada em pau-brasil,<br />

madeira nobre e cobiçada, ali abundante, e que viria dar nome<br />

definitivo ao novo território achado, adornando-a com as armas<br />

e divisas de Portugal. Ao pé desse cruzeiro, em improvisado<br />

altar, foi rezada a primeira missa em terras brasílicas, pelo frei<br />

Henrique de Coimbra, ainda consoante a Carta de Caminha. Na<br />

Coroa Vermelha, que hoje abriga uma reserva indígena Pataxó,<br />

os nativos ergueram uma réplica da cruz cabralina, em paubrasil,<br />

no ponto mesmo em que, segundo suas tradições<br />

ancestrais, deu-se a primeira celebração da Eucaristia. Esses<br />

marcos, rústicos e temporários, eram posteriormente trocados<br />

por peças graníticas ou marmóreas, incrustadas com o brasão do<br />

reino lusitano e a cruz de Cristo sobreposta, padrões esses que<br />

eram levados nas embarcações lusas das “carreiras”<br />

transoceânicas e assentados em locais estratégicos e de fácil<br />


ornatos nem legenda.<br />

Só na segunda expedição de reconhecimento,<br />

enviada em 1503, sob as ordens de Gonçalo Coelho,<br />

de que também participou Américo Vespúcio,<br />

trouxeram o oficial Marco de Posse do nosso<br />

achamento, talhado em pedra marmórea, com 2,5 m<br />

de alto, contendo as insígnias do reino e a cruz da<br />

Ordem entalhadas em alto relevo. Esse marco, sem<br />

ponta de dúvida o mais importante de todos, por<br />

simbolizar oficialmente o domínio das novas terras<br />

por Portugal, esteve “perdido” por muitos anos e<br />

encontra-se, atualmente, no Centro Histórico de<br />

O marco da Posse, no mirante da “cidade alta”,<br />

em Porto Seguro. Ao fundo, Igreja de Nsa. Sra. da Pena<br />

e Casa da Câmara e Cadeia ( hoje Museu ).<br />

visibilidade, a fim de garantir a posse das novas<br />

terras.<br />

Assim é que já em 1501 Portugal enviou a primeira<br />

expedição de reconhecimento a estas bandas, sob o<br />

comando de Gaspar de Lemos e da qual participou<br />

Américo Vespúcio, que alcançou a costa do Rio<br />

Grande do Norte a 17 de julho, à altura do Cabo de<br />

São Roque, sendo ali chantado o marco de posse mais<br />

antigo do País, no ponto correspondente hoje à<br />

cidade de Touros, distante 83 km de Natal, marco<br />

quinhentista em tudo semelhante ao padrão<br />

encontrado em Cananéia (SP). A peça, considerada<br />

pelos habitantes como uma pedra milagrosa, e que<br />

por esse motivo lhes retirava pedaços para fazer chá,<br />

foi transladada para o Forte dos Reis Magos, na<br />

capital potiguar, protegida em sala adequada para tal,<br />

uma réplica tendo sido instalada na Praia dos<br />

Marcos, em Touros. Trata-se, o original, de uma<br />

coluna retangular de 1,32 m de comprimento, em<br />

pedra lioz (mármore de Lisboa), que ostenta em<br />

relevo, em uma das faces, as armas do rei de Portugal,<br />

encimadas pela cruz da Ordem de Cristo, sem<br />

Primeiro marco, encontrado em Touros (RN);<br />

está no Forte dos Reis Magos, em Natal.<br />


Porto Seguro, cidade que é, por si só, um símbolo<br />

vivo de nosso descobrimento, assim que conserva,<br />

na “cidade alta” construções erguidas desde os<br />

primevos tempos após 1500. De seu belvedere<br />

natural, é bom de ver, descortina-se extasiante vista<br />

panorâmica desse hoje fervilhante pólo turístico . O<br />

Marco da Posse foi aí reassentado, sobre baixo<br />

pedestal, após passar por delicado processo de<br />

revivificação e restauro, protegido por envoltório<br />

transparente e cercadura quadrangular formada por<br />

correntes, sustentadas por hastes tubulares de ferro<br />

nos ângulos, que o deixa exposto à visão, mas o<br />

defende da ação danosa de vândalos. A inauguração<br />

do marco nesse sítio deu-se no dia 22 de abril de<br />

2000, como parte das comemorações dos 500 anos<br />

do descobrimento do País, em cerimônia solene e<br />

simbólica, à qual estiveram presentes os presidentes<br />

de Brasil e Portugal, autoridades constituídas e<br />

pessoas ligadas ao fato histórico (índios, v.g), de cujo<br />

ato se fez afixar, às proximidades, placa alusiva .<br />

* Da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores<br />

SOBRAMES Da Academia de Imprensa de Belém.<br />

a<br />

Réplica da 1 cruz, erguida há mais de 50 anos pelos<br />

a<br />

índios pataxós, no local da 1 missa, na Coroa Vermelha.<br />


“A ORIGEM”*Eduardo<br />

Portugal também foi colonizado por celtas,<br />

fenícios, gregos, romanos, mouros, árabes,<br />

etc, que ajudaram na formação da região, do<br />

seu povo e de seus hábitos gastronômicos.<br />

A pequenez territorial de Portugal obrigou os<br />

portugueses a serem navegadores por necessidade e<br />

pelo desejo de conquista e do conhecimento. Há mais<br />

de 500 anos eles deixaram o seu torrão natal em<br />

busca de novos mundos. E assim fizeram. Dividiram<br />

o mundo por força do Tratado de Tordesilhas com a<br />

sua irmã e vizinha Espanha.<br />

Foram os primeiros a fazerem a “faina” do bacalhau<br />

em terras longínquas da Terra Nova, Canadá, etc.<br />

Viajaram ao continente asiático, sendo o primeiro<br />

povo europeu a ter contato com o Japão, e lá, na Ásia,<br />

trouxeram da China, Índia, Japão, Indonésia etc, as<br />

especiarias: Pimenta, Noz-moscada, Canela, Cravo<br />

da Índia e tantas outras que transformaram o porto<br />

marítimo de Lisboa, no maior centro comercial do<br />

mundo, que na época até então, era o porto de<br />

Genova o grande pólo comercial do universo.<br />

Nesta altura os navegadores portugueses já<br />

conheciam e consumiam o bacalhau, que foi o único<br />

peixe testado que conseguiu resistir às longínquas<br />

viagens pelos quatro cantos do mundo, e que se<br />

mostrou mais adequado para consumo.<br />

Rapidamente foi incorporado aos hábitos<br />

alimentares dos portugueses das<br />

classes mais simples e pobres, por<br />

se tratar de um alimento barato.<br />

Hoje o bacalhau é considerado<br />

um peixe nobre,<br />

consumido pelas elites<br />

de maior poder aquisitivo<br />

e ocasiões festivas:<br />

Natal, Páscoa,<br />

Bodas de casamento e<br />

outras eventos mais<br />

importantes.<br />

Caravela dos navegadores O bacalhau é um dos<br />

Sagres Sabores de Portugal<br />

(Sabor a História)<br />

“A ORIGEM” Magalhães<br />

“ex-líbris” da gastronomia portuguesa, apreciada no<br />

mundo inteiro pela sua simplicidade e pelo seu<br />

delicioso sabor e que é preservado ao longo da<br />

história.<br />

Do mesmo modo que o bacalhau foi incorporado aos<br />

hábitos gastronômicos dos portugueses, a introdução<br />

das especiarias que os navegadores portugueses<br />

“descobriram” nos quatro continentes, fizeram<br />

através das freiras nos conventos e abadias, uma<br />

doçaria rica, apetitosa e saborosa que faz “O prazer<br />

dos sentidos” do ser humano deleitar-se com as<br />

deliciosas iguarias.<br />

Assim como a Escola de Sagres proveu o mundo com<br />

os melhores e mais experientes navegadores, assim<br />

como os conventos e abadias com as suas freiras<br />

contribuíram decididamente na gastronomia e<br />

Doçaria Portuguesa, a Sagres Sabores de Portugal<br />

(Sabor a História), propõe-se a prover a sociedade<br />

paraense com produtos e serviços de QUALIDADE<br />

SUPERIOR, que exceda a expectativa dos nossos<br />

clientes.<br />

Nosso trabalho está voltado para os conceitos e<br />

metodologia da QUALIDADE TOTAL, que para<br />


ESPECIARIAS<br />

1 - Anis-estrelado<br />

2 - Malaguetas picantes secas<br />

3 - Malaguetas encarnadas e verdes<br />

4 - Sementes de alcaravia<br />

5 - Bagas de Zimbro<br />

6 - Vagens de cardomomo<br />

7 - Pimenta-de-caiena<br />

8 - Gengibre inteiro e em fatias<br />

9 - Macis<br />

10 - Açafrão<br />

11 - Curcuma moída<br />

12 - Sementes de cominho<br />

13 - Tamarindo<br />

14 - Vagens de Baunilha<br />

15 - Grãos secos de pimenta<br />

16 - Casca de cássia<br />

17 - Sementes de mostarda pretas/brancas<br />

18 - Noz-moscada inteira e raspada<br />

19 - Sementes de funcho<br />

20 - Cravo-da-índia<br />

21 - Sementes de endro<br />

22 - Grãos secos de pimenta verde<br />

tanto utilizamos ingredientes e profissionais da melhor<br />

qualidade, disponíveis no mercado, respeitando<br />

fielmente o “conteúdo” de mais de 3.000 receitas,<br />

algumas delas centenárias e conventuais, que temos o<br />

privilégio de as possuir.<br />

SAGRES SABORES DE PORTUGAL (Sabor a História)<br />

Confeitaria Pastelaria Rotisserie, onde a Qualidade está na<br />

Origem, fica na Av. Padre Eutíquio, 2188 c/ Timbiras, onde<br />

aguarda a sua visita. Estacionamento fácil.<br />

*Conselheiro do Cons. Da Comunidade Luso-<br />

Brasileira do Pará.<br />

Cidadão de Belém, e Sócio-proprietário da<br />

Criativa,<br />

Conf. Art de Alim. Caseiros, Ltda.<br />

Edição 16 Belém-Pará-Brasil para+@cirios.com.br

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