Livro de Minicursos e Oficinas - CiFEFiL
Livro de Minicursos e Oficinas - CiFEFiL
Livro de Minicursos e Oficinas - CiFEFiL
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Ca<strong>de</strong>rnos do CNLF, Vol. XVI, Nº 03 – <strong>Livro</strong> <strong>de</strong> <strong>Minicursos</strong> e <strong>Oficinas</strong><br />
tervenções no texto <strong>de</strong>vem ser explicitadas na introdução metodológica ou em notas <strong>de</strong> pé <strong>de</strong><br />
página.<br />
Fig. 1. Edição mecânica<br />
Fig. 2. Edição diplomática<br />
2.1.4. Edição interpretativa<br />
Na edição interpretativa o editor po<strong>de</strong> ter o grau máximo <strong>de</strong> mediação no texto, atualizando-se<br />
a ortografia, <strong>de</strong>senvolvendo-se as abreviaturas, resolvendo os casos <strong>de</strong> conglomerados<br />
gráficos, com possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se incluírem todas as conjecturas que aproximem o texto <strong>de</strong> sua<br />
forma genuína. Além <strong>de</strong> ser necessário que todas as intervenções fiquem claramente marcadas<br />
no texto ou explicitadas na introdução metodológica, fique claro também que não se admite a<br />
unificação das variantes fonológicas, morfossintáticas ou lexicais.<br />
A <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> edição crítica é bastante frequente para uma edição baseada em um<br />
testemunho, o que <strong>de</strong>ve ser corrigido, como bem aconselha Cambraia (2005, p. 97). Aquela inclui<br />
tarefas que são dispensadas nesta, além <strong>de</strong> ser muito mais segura a reconstituição da vonta<strong>de</strong><br />
do autor na edição crítica, por haver a vantagem da comparação <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> um testemunho.<br />
2.2. Edições politestemunhais<br />
As edições politestemunhais po<strong>de</strong>m ter a pretensão <strong>de</strong> reconstituir a forma mais próxima<br />
do original do autor (edição crítica), <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar o processo <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> uma obra (edição<br />
genética) ou, simultaneamente, flagrar o autor em seu processo criativo e estabelecer a versão<br />
mais próxima possível da que o autor preten<strong>de</strong>u criar (edição crítico-genética).<br />
2.2.1. Edição crítica<br />
Possibilitando e exigindo maior sofisticação no estabelecimento do texto, a edição crítica<br />
se constitui o objeto por excelência da crítica textual, apesar <strong>de</strong> nem sempre ter sido exequível,<br />
como são os casos da lírica <strong>de</strong> Camões e da obra poética <strong>de</strong> Gregório <strong>de</strong> Matos.<br />
14