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01 Logística e Infra-estrutura no Brasil – Desafios e ... - Swisscam

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<strong>Logística</strong> e <strong>Infra</strong>-<strong>estrutura</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> <strong>–</strong> <strong>Desafios</strong> e Perspectivas<br />

Logistics and <strong>Infra</strong>structure in Brazil <strong>–</strong> Challenges and Perspectives<br />

O<br />

crescimento da eco<strong>no</strong>mia e a conseqüente pressão na infra<strong>estrutura</strong><br />

de transportes deixaram à mostra as fragilidades<br />

existentes na logística de transporte <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, fruto do insuficiente<br />

investimento realizado <strong>no</strong>s últimos 20 a<strong>no</strong>s.<br />

T<br />

he improvement of the Brazilian eco<strong>no</strong>my and the resulting<br />

pressure on the transportation sector have both contributed<br />

to reveal existing gaps in the country’s logistics area caused by the<br />

lack of investments in the last 20 years.<br />

O primeiro grande gargalo é a situação das rodovias federais.<br />

No início de 2003, tínhamos um quadro de degradação da malha<br />

rodoviária federal, além de dívida com empreiteiras. Graças à determinação<br />

do Gover<strong>no</strong> Federal, os recursos do Ministério tiveram<br />

a seguinte evolução em bilhões: 2003 <strong>–</strong> R$ 1,7; 2004 <strong>–</strong> R$ 2,4;<br />

2005 <strong>–</strong> R$ 5,7; 2006 <strong>–</strong> R$ 6,0 (ainda tramitando <strong>no</strong> Congresso). O<br />

que está permitindo realizar, em quatro a<strong>no</strong>s, os seguintes investimentos<br />

em quilômetros, nas rodovias: restauração de 15 mil (6 mil<br />

até o final de 2005); construção e duplicação de mil; e a conservação<br />

de 26 mil.<br />

Atualmente, a parte da malha federal que exige<br />

recursos orçamentários tem 40 mil quilômetros.<br />

A política é reduzi-la a 28 mil, com a transferência<br />

de 12 mil quilômetros, via concessão e PPP. Com<br />

isso, serão exigidos muito me<strong>no</strong>s recursos para<br />

que o Ministério dos Transportes cuide melhor<br />

de sua malha. Colaborará para isto a redução do<br />

desgaste da malha, através da retomada do controle<br />

de excesso de peso nas estradas, seu<br />

principal fator de degradação precoce.<br />

Encontramos, também, ineficiência <strong>no</strong>s modais<br />

ferroviário e aquaviário. Através das Agendas<br />

Portos e Ferrovias (programas de investimento),<br />

o Gover<strong>no</strong> definiu um conjunto de ações que já<br />

permitem uma melhoria significativa da logística.<br />

As principais intervenções são: construção da<br />

ferrovia Nova Trans<strong>no</strong>rdestina, com 1.860 quilômetros; sub-concessão<br />

da ferrovia Norte-Sul, numa extensão de 720 quilômetros;<br />

ferroanel de São Paulo e variante Guarapuava-Ipiranga ou<br />

Guarapuava-Eng. Bley; e dragagens de aprofundamento e de<br />

manutenção <strong>no</strong>s onze principais portos brasileiros. No período<br />

2003-2006, o DNIT contratou R$ 14 bilhões em obras e serviços<br />

de infra-<strong>estrutura</strong>, todos em andamento ou concluídos.<br />

Um dos <strong>no</strong>ssos objetivos estratégicos é fazer com que parte da<br />

produção de grãos do Centro-Oeste seja transportada via calha<br />

do Rio Amazonas e portos do Nordeste, reduzindo custos de<br />

transportes e diminuindo a pressão <strong>no</strong>s portos do sul do país,<br />

incluindo suas vias de acesso. Exemplo disso: em Porto Velho/RO,<br />

anualmente, saem cerca de 3 milhões de ton. de grãos. Com a<br />

conclusão da pavimentação da BR 163, daqui a dois a<strong>no</strong>s, sairão<br />

mais 5 milhões por Santarém e Miritituba, <strong>no</strong> Pará.<br />

O último desafio a ser vencido, que depende mais da iniciativa<br />

privada do que do gover<strong>no</strong>, é a construção e operação de silos e<br />

armazéns suficientes para garantir que os produtos cheguem aos<br />

portos, <strong>no</strong> momento certo, evitando filas e excesso de tráfego de<br />

caminhões, <strong>no</strong> entor<strong>no</strong> dos mesmos, como em Paranaguá e Santos.<br />

Contamos com essas iniciativas, e constatamos que elas já vêm<br />

ocorrendo nas operações privadas das rodovias, ferrovias, portos<br />

e na logística como um todo.<br />

José Augusto Valente é<br />

Secretário de Política Nacional<br />

de Transportes/MT<br />

José Augusto Valente<br />

is Secretary of National<br />

Transportation Policies<br />

One of such gaps is the poor condition of the country’s federal roads.<br />

In the first months of 2003, our federal roads were in a very bad shape<br />

and the country’s indebtedness with road contractors was high. Thanks<br />

to the determination of the Federal Government, more resources<br />

were added to the Ministry of Transportation’s budget: In 2003, the<br />

Ministry’s resources amounted to R$ 1,7 billion; in 2005, R$ 2,4<br />

billion; and in 2006, R$ 6,0 billion (to be approved by Congress).<br />

This has allowed the country to invest in maintenance of several<br />

kilometers of roads in four years, including: resurfacing of 15,000km<br />

(6,000km until late 2005’s); construction and duplication<br />

of 1,000km, and maintenance of 26,000km.<br />

Presently, 40,000km of federal roads need revamping.<br />

The government’s plan is to take responsibility for<br />

only 28,000km and to grant concessions and set up<br />

PPPs to manage the remaining 12,000km. This way,<br />

fewer resources will be necessary for the Ministry of<br />

Transportation to maintain the roads under its<br />

responsibility. Of course, this will also depend on<br />

other measures, which include preserving existing<br />

roads by controlling the flow of heavy vehicles, a<br />

major road degradation factor.<br />

Brazilian railways and waterways also present problems.<br />

By implementing Agendas Portos e Ferrovias<br />

(investment programs), the government has defined<br />

a set of actions that have already shown significant<br />

signs of improvement in the logistics sector. The<br />

program’s major actions include construction of the<br />

Nova Trans<strong>no</strong>rdestina Railway, comprising 1,860km; sub-concession<br />

of 720km of the Norte-Sul Railway; the Sao Paulo ring-railroad and<br />

the Guarapuava-Ipiranga or Guarapuava-Engineer Bley complex;<br />

dredging and maintenance of the eleven major Brazilian ports. Between<br />

2003-2006, the National Department of Transportation <strong>Infra</strong>structure<br />

(DNIT) paid R$ 14 billion for construction work and infrastructure<br />

services, all of which have been either started or completed.<br />

One of our strategic goals is to encourage transportation of part of<br />

the Central-West grain production via the Amazon River and the<br />

Northeastern ports, thus reducing transportation costs and the pressure<br />

on the country’s southern ports and their access roads. For<br />

instance, 3 million tons of grains leave Porto Velho RO, annually.<br />

After completion of the paving work of Highway BR 163, two years<br />

from <strong>no</strong>w, 5 million tons more will leave the region through the cities<br />

of Santarém and Mirituba, in Pará.<br />

The last challenge, whose solution will depend more on the private<br />

sector than on the government, is the construction and operation of<br />

e<strong>no</strong>ugh silos and warehouses to assure the products will reach the<br />

ports at the right time, avoiding lines and excess traffic of trucks<br />

around the ports, an existing problem in the ports of Paranaguá and<br />

Santos. We rely on such initiatives, which are already being implemented<br />

by the private sector on roads, railways, and ports, and in<br />

the logistics sector as a whole.<br />

editorial<br />

editorial<br />

swisscam nº44 03/2006<br />

<strong>01</strong>


eco<strong>no</strong>mia brasileira Brazilian eco<strong>no</strong>my<br />

04 Falta ímpeto na eco<strong>no</strong>mia brasileira - A eco<strong>no</strong>mia é freada pela burocracia,<br />

pela carga tributária, pelo protecionismo e por juros altos - Brazilian eco<strong>no</strong>my<br />

needs a boost - Brazilian eco<strong>no</strong>my is hindered by bureaucracy, the heavy tax<br />

load, protectionism and the exorbitant interest rates<br />

Foto capa: Ulisses Matandos<br />

SWISSCAM Magazine<br />

Diretor do Magazine e de Comunicação<br />

Magazine and Communication Director<br />

Dr. Ernesto Moeri<br />

Coordenação Editorial / Editorial Coordination<br />

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Tel +55 (11) 5507 4947<br />

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Revisão e Tradução / Proofreading and Translation<br />

CII Traduções, Denise Ortega,<br />

Regina Tanner, Ursula Bardorf<br />

Fotos foco / Photos focus<br />

Ulisses Matandos / www.ulissesmatandos.fot.br<br />

Jornalista responsável / Responsible Journalist<br />

Victor Ribeiro, MTB 21.208<br />

SWISSCAM<br />

Câmara de Comércio Suíço-<strong>Brasil</strong>eira<br />

Swiss-Brazilian Chamber of Commerce<br />

Schweizerisch-<strong>Brasil</strong>ianische Handelskammer<br />

Chambre de Commerce Suisse-Brésilienne<br />

São Paulo<br />

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Presidente / President<br />

Dr. Ernesto Moeri<br />

Vice-presidentes / Vice-Presidents<br />

Sr. Nelson Mussolini<br />

Sr. Antonio Carlos Guimarães<br />

A Câmara de Comércio Suíço-<strong>Brasil</strong>eira, constituída em<br />

1945, é filiada à União das Câmaras de Comércio Suíças<br />

<strong>no</strong> Exterior e à Câmara de Comércio Internacional.<br />

The Swiss Brazilian Chamber of Commerce, founded in<br />

1945, is affiliated to the Swiss Foreign Trade Chambers<br />

and the International Chamber of Commerce.<br />

A reprodução das <strong>no</strong>tícias é permitida, contanto que seja<br />

mencionada a fonte. As opiniões contidas <strong>no</strong>s artigos não<br />

refletem necessariamente a posição da SWISSCAM.<br />

The reproduction of items is permitted as long as the source is<br />

mentioned. The opinions contained in the articles do <strong>no</strong>t<br />

necessarily reflect the position of SWISSCAM.<br />

foco focus<br />

11 Mudança de paradigma <strong>no</strong> cenário logístico - A redução do custo logístico<br />

é uma das metas da Secretaria de Transportes - A change in the logistics<br />

scenario - One of the goals set up by the Transportation Department of the State<br />

of Sao Paulo is to reduce logistics costs<br />

15 A logística é um elemento importante da cadeia de fornecimento<br />

interna - A composição ideal das técnicas de logística possibilita procedimentos<br />

<strong>estrutura</strong>dos e eficientes - Logistics is an important element of a company’s<br />

internal supply chain - An ideal combination of logistics techniques allows<br />

implementation of organized and efficient procedures<br />

19 Os entraves burocráticos para o desenvolvimento do comércio<br />

exterior brasileiro - Os trâmites de comércio exterior são caracterizados por uma<br />

burocracia exagerada, lentidão, greves e prejuízos - The bureaucratic obstacles<br />

that holds back Brazilian foreign trade - Foreign trade operations in Brazil<br />

are marked by excessive bureaucracy, slowness, strikes and losses<br />

jurídico legal<br />

08 Promover a marca é essencial para garantir cotas de share of<br />

mind - O objetivo de um comercial é gravar a marca <strong>no</strong> subconsciente - Share<br />

of mind comes essentially from the promotion of a trademark<br />

The goal of a commercial is to engrave the trademark on the public’s mind<br />

cultura culture<br />

23 ‘A Pane’ de Friedrich Dürrenmatt<br />

está em cartaz <strong>no</strong> Teatro Villa-Lobos,<br />

Rio - O autor suíço é admirado pelos artistas<br />

brasileiros pela criação de personagens que<br />

são um verdadeiro presente para os seus intérpretes<br />

- Friedrich Dürrenmatt’s play<br />

‘The Breakdown’ at Villa-Lobos<br />

Theatre in Rio - The Swiss playwright is<br />

celebrated among Brazilian actors for creating<br />

characters every actor would love to play<br />

<strong>no</strong>tícias da SWISSCAM<br />

25 Presidents’ Club <strong>–</strong> festa de final de a<strong>no</strong> <strong>–</strong> CIOSP <strong>–</strong> seminário Mercado de<br />

Resseguros - seminário Protocolo de Madri - Presidents’ Club <strong>–</strong> End-of-year<br />

party <strong>–</strong> CIOSP <strong>–</strong> Reinsurance Market Seminar <strong>–</strong> Madrid Protocol Seminar<br />

business class<br />

31 Evite que a sua rotina profissional seja tão intrínseca que chegue ao ponto de invadir<br />

a sua vida particular - Prevent your profissional life from invading your private life<br />

índice<br />

index<br />

Impressão / Printing<br />

Intergraf Soluções Graficas<br />

www.intergraf.ind.br<br />

Tel +55 (11) 4391 9797<br />

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swisscam nº44 03/2006<br />

03


eco<strong>no</strong>mia brasileira<br />

Brazilian eco<strong>no</strong>my<br />

needs a boost<br />

Thanks to the responsible eco<strong>no</strong>mic<br />

policy maintained in 2005, the Brazilian<br />

eco<strong>no</strong>my stands on a reasonably solid<br />

basis. However, expectations for 2006<br />

are <strong>no</strong>t so rosy. The country needs a<br />

boost to prevent bureaucracy, the heavy<br />

tax load, protectionism and the exorbitant<br />

interest rates from hindering eco<strong>no</strong>mic<br />

growth<br />

Foto: Ulisses Matandos<br />

brazilian eco<strong>no</strong>my<br />

Few promises for 2006<br />

by Christiane Henkel<br />

Brazilian president, Luiz Inácio Lula da Silva,<br />

was a little too audacious in his forecast for<br />

2006. He said the Brazilian eco<strong>no</strong>my would<br />

grow as much as in 2004, reaching around<br />

5%. He added that was <strong>no</strong>t a forecast; it<br />

was a guarantee. Actually, such significant<br />

growth would be theoretically possible. The<br />

eco<strong>no</strong>mic growth potential, that is, growth<br />

that can be achieved using the country’s<br />

existing capacity, is at most 5%.<br />

Chain of favorable conditions<br />

However, it is <strong>no</strong>t realistic to speculate that<br />

the country’s GDP will grow as much as in<br />

2004. That year, Brazil was blessed by a<br />

series of favorable circumstances: the weak<br />

Real and the strong foreign demand for raw<br />

materials and agricultural products stimulated<br />

exports, climatic conditions allowed for<br />

record harvests, and, because the country<br />

was on the verge of a recession in 2003<br />

(GDP +0,5%), the statistics ended up overvaluing<br />

the growth rate.<br />

In 2005, however, the tenth largest eco<strong>no</strong>my<br />

in the world grew below the expectations. In<br />

its recent inflation report, the Brazilian Central<br />

Bank changed its 3.4% projection to 2.6%.<br />

The agricultural sector was hurt by climatic<br />

and sanitary problems; the industrial sector<br />

and exports slowed down because of the<br />

high interest rates and the appreciated Real.<br />

The UN Eco<strong>no</strong>mic Commission for Latin<br />

America (ECLAC) estimates the Brazilian<br />

eco<strong>no</strong>my will grow only 2.5%. In that case,<br />

the country’s growth rate would be far below<br />

the region’s average rate of 4.3%. However,<br />

a strong growth in a country in Latin<br />

America is <strong>no</strong>t necessarily a decisive factor<br />

to determine how solid its eco<strong>no</strong>my is. Let us<br />

consider the countries ranking at the top of<br />

the Eclac’s list: Venezuela (9%) and Argentina<br />

(8.6%), countries whose eco<strong>no</strong>mies are<br />

increasingly unstable and whose growth<br />

rates are unsustainable.<br />

Sustainability over short-term<br />

success<br />

Brazil is going the opposite way: it is cementing<br />

its eco<strong>no</strong>mic foundation, without<br />

prioritizing growth. Brazilian growth rates<br />

are timid because, among other reasons,<br />

the country is working towards achieving<br />

sustainable growth and assuring a stable<br />

macroeco<strong>no</strong>mic structure. The government’s<br />

central-left coalition is conducting its strict<br />

eco<strong>no</strong>mic policy. The priority in 2005 was<br />

to assure continuing low inflation rates by<br />

keeping interest rates high: Brazilian real<br />

Brazil has taken a historic<br />

turn in record time, turning<br />

from an eco<strong>no</strong>my focused on<br />

the domestic market into an<br />

exporting eco<strong>no</strong>my<br />

interest rates are among the highest in the<br />

world. However, the effort has paid off: for<br />

the first time in many years, the Brazilian<br />

Central Bank has lowered inflation to the<br />

pre-established level.<br />

The eco<strong>no</strong>mic strategy in 2005 also succeeded<br />

in lowering the country’s foreign<br />

debt. The country will probably achieve a<br />

primary surplus (before payment of interest<br />

rates) of 4.8% of the GDP, or R$ 95 billion,<br />

this way surpassing the 4.5% target. Unfortunately,<br />

<strong>no</strong>t everything is rosy: achieving<br />

these results was only possible through<br />

reducing investment and raising taxes. Even<br />

so, they are extremely important, since they<br />

allow the country to pay the biggest portion<br />

of its foreign debt interests without borrowing<br />

new money. Consequently, new indebtedness<br />

is low and, thanks to the eco<strong>no</strong>mic<br />

growth, public debt, as a percentage of the<br />

GDP, is even decreasing.<br />

The government’s efforts in the composition<br />

of public debt are also an attempt to lower<br />

the level of indebtedness. A team of expert<br />

tech<strong>no</strong>crats of the Ministry of Eco<strong>no</strong>my<br />

have succeeded in partially consolidating<br />

the previously unstable “debt mountain”.<br />

Above all, the country is <strong>no</strong>t so dependent<br />

on exchange rate fluctuations anymore.<br />

Today, only about 3% of all government<br />

bonds are directly linked to the dollar-real<br />

variation; in October 20<strong>01</strong>, the percentage<br />

was 33%. This means drastic exchange rate<br />

variations, which punished Brazil in the past,<br />

will <strong>no</strong>t have such high impact on the<br />

country’s level of indebtedness any more.<br />

Long-term growth consolidation<br />

The government continues its efforts towards<br />

stabilization, initiated in 1994 with the<br />

monetary reform, and has succeeded in<br />

securing what has been achieved so far.<br />

Simultaneously, Brazil has taken a historic<br />

turn in record time, turning from an<br />

eco<strong>no</strong>my focused on the domestic market<br />

into an exporting eco<strong>no</strong>my. The volume of<br />

exports is expected to increase two-fold<br />

compared to three years ago, and reach<br />

04 swisscam nº44 03/2006


Dados Econômicos <strong>Brasil</strong><br />

em bi de USD<br />

Brazil Eco<strong>no</strong>mic Data<br />

in billions of USD<br />

Fonte - Source: Credit Suisse First Boston<br />

2004 2005 1 2006 1<br />

PIB 3 4,9 2,3 3,0<br />

GDP<br />

Inflação (IPCA) 3 7,6 5,7 4,2<br />

Inflation (IPCA)<br />

Câmbio Real/Dólar 4 2.93 2.43 2.25<br />

Exchange Rate Real/Dollar<br />

Juros (SELIC) 4 16,8 19,1 15,4<br />

Interest Rates (SELIC)<br />

Superávit Primário 2 4,6 4,8 4,4<br />

Primary Surplus<br />

Superávit Nominal 2 <strong>–</strong>2,5 <strong>–</strong>3,0 <strong>–</strong>2,3<br />

Nominal Surplus<br />

Dívida Pública 2 51,7 51,4 50,0<br />

Public Debt<br />

Dívida Pública externa 2 33,3 22,8 17,9<br />

Foreign Public Debt<br />

Balanço Comercial 33,7 44,5 39,0<br />

Trade Balance<br />

Balanço em 1,9 1,9 1,6<br />

Conta Corrente 2<br />

Current Account<br />

Dívida Externa / Exp. (em %) 208,7 153,7 133,8<br />

Foreign Debt / Exports (in %)<br />

Reservas Internacionais 5 27,5 54,9 74,4<br />

Foreign Exchange Reserves<br />

1<br />

Previsão - Forecast<br />

2<br />

Previsão em % do PIB - Forecast in % of GDP<br />

3<br />

Alteração referente a<strong>no</strong> anterior em %<br />

Change related do previous year in %<br />

4<br />

Média anual - Annual average<br />

5<br />

Sem créditos do FMI - Without IMF credits<br />

US$ 120 billion in 2005, despite the 15%<br />

appreciation of the Real in relation to the<br />

dollar. The export boom and the resulting<br />

trade-balance surplus are major factors in<br />

generating the solid positive current account<br />

and, over the country’s increasing foreign<br />

currency reserves, are leading to lower indebtedness.<br />

A<strong>no</strong>ther important victory was<br />

the early repayment of the US$ 15.5 billion<br />

the country owned to the IMF.<br />

Although it lagged behind its neighbors in<br />

Latin America and other developing countries<br />

in terms of growth in 2005, Brazil’s<br />

efforts towards stability have paid off. Both<br />

Lula and his Minister of Eco<strong>no</strong>my, Antonio<br />

Palocci, see the stabilization of the macroeco<strong>no</strong>mic<br />

environment as a determinant<br />

factor for reaching a 5% growth in 2006.<br />

However, although most observers consider<br />

stabilization a necessary step, they argue it<br />

is <strong>no</strong>t e<strong>no</strong>ugh by itself: it is necessary to put<br />

the growth engine into movement. The demand<br />

for agricultural products and raw<br />

materials is expected to keep exports going,<br />

but it will <strong>no</strong>t generate significant growth.<br />

Falta ímpeto<br />

na eco<strong>no</strong>mia<br />

brasileira<br />

Poucas previsões promissoras<br />

para o a<strong>no</strong> 2006<br />

O presidente do <strong>Brasil</strong>, Luiz Inácio Lula da<br />

Silva, atreveu-se ao fazer o seu prognóstico<br />

conjuntural para 2006. O crescimento<br />

da eco<strong>no</strong>mia brasileira retomaria a velocidade<br />

de 2004 e cresceria em tor<strong>no</strong> de 5%.<br />

E isto não seria somente um prognóstico,<br />

mas sim uma garantia, disse ele. Um crescimento<br />

nesta velocidade até seria teoricamente<br />

possível. O potencial de crescimento,<br />

ou seja, aquele crescimento que seria<br />

por Christiane Henkel<br />

Consumers and businesses are cautious;<br />

the political scandal, dominating the scenario<br />

since May, has tainted the government’s<br />

reputation, ending any hopes for reform.<br />

Thus, a reform process to stimulate the<br />

eco<strong>no</strong>my is <strong>no</strong>t very likely to be implemented<br />

in 2006. The presidential and parliamentary<br />

elections will take place in October, with<br />

Lula likely to run for reelection. Considering<br />

the singularity of the political regime, reaching<br />

the necessary consensus for approving<br />

the reforms, a difficult task even in “<strong>no</strong>rmal”<br />

times, will become an almost impossible<br />

mission in an election year. That is why Lula’s<br />

forecast is audacious; the only factor stimulating<br />

growth is the slightly decreasing interest<br />

rates. However, the president k<strong>no</strong>ws his<br />

reelection depends on two actions: increase<br />

wages and generate new jobs.<br />

Dr. Christiane Henkel is correspondent<br />

for the Swiss Neue Zürcher Zeitung.<br />

This article was published in the Neue<br />

Zürcher Zeitung.<br />

Graças à continuidade de uma política econômica séria<br />

em 2005, a eco<strong>no</strong>mia brasileira se encontra hoje<br />

com fundamentos razoavelmente sólidos. Porém, as<br />

previsões para 2006 não são tão cor-de-rosa. Falta<br />

ímpeto <strong>no</strong> país, porque a eco<strong>no</strong>mia é freada pela burocracia,<br />

pela carga tributária, pelo protecionismo e<br />

por juros altos<br />

possível ser realizado com as capacidades<br />

disponíveis, é de <strong>no</strong> máximo 5%.<br />

Efeito em cadeia de circunstâncias<br />

favoráveis<br />

Porém, a suposição de que o PIB cresça<br />

sobremaneira como em 2004 não é realista.<br />

Naquele a<strong>no</strong> o <strong>Brasil</strong> beneficiou-se de<br />

circunstâncias favoráveis em cadeia: a fraca<br />

moeda nacional Real e a forte demanda<br />

do exterior por matéria-prima e produtos<br />

agrícolas incrementaram as exportações,<br />

eco<strong>no</strong>mia brasileira<br />

brazilian eco<strong>no</strong>my<br />

swisscam nº44 03/2006<br />

05


as condições climáticas geraram safras<br />

recordes, e, pelo fato de que o país em<br />

2003 estava à beira de uma recessão (PIB<br />

+0,5%), o efeito básico da estatística atirou<br />

a taxa de crescimento lá para o alto.<br />

Já em 2005 o crescimento da décima<br />

maior eco<strong>no</strong>mia mundial ficou muito atrás<br />

do esperado. O Banco Central corrigiu o<br />

prognóstico, <strong>no</strong> seu mais atual relatório<br />

sobre inflação, de 3,4% para 2,6%. Problemas<br />

climáticos e sanitários atacaram o<br />

setor agrícola; os juros altos e a valorização<br />

do Real frearam a indústria e as exportações.<br />

A comissão de eco<strong>no</strong>mia da ONU<br />

para América Latina (Cepal) prevê para o<br />

<strong>Brasil</strong> um crescimento de somente 2,5%.<br />

Com isto, o país se tornaria o ‘lanterninha’<br />

e ficaria bem abaixo do crescimento médio<br />

da região, que é de 4,3%. Mas a intensidade<br />

do crescimento de um país lati<strong>no</strong>america<strong>no</strong><br />

não é necessariamente o indicador<br />

decisivo para a condição da sua<br />

eco<strong>no</strong>mia. Isto mostra um olhar para os<br />

primeiros colocados do ranking da lista<br />

Cepal. Nela constam Venezuela (9%) e Argentina<br />

(8,6%), dois países cujas eco<strong>no</strong>mias<br />

demonstram um crescente desequilíbrio<br />

e cujas taxas de crescimento não são<br />

sustentáveis.<br />

O <strong>Brasil</strong> realizou, em tempo<br />

delirante, uma fundamental<br />

mudança de curso, transformando-se<br />

de uma eco<strong>no</strong>mia<br />

focada <strong>no</strong> mercado nacional<br />

em uma eco<strong>no</strong>mia exportadora<br />

Sustentabilidade em lugar<br />

de sucessos a curto prazo<br />

No momento, o <strong>Brasil</strong> faz o caminho inverso:<br />

o fundamento está sendo reforçado,<br />

sem que se considere muito o crescimento.<br />

As taxas do crescimento brasileiro são<br />

baixas <strong>–</strong> claro que há também outras razões<br />

<strong>–</strong> porque o país aposta em sustentabilidade<br />

e investe na estabilidade do cenário macroeconômico.<br />

A coalizão centro-esquerdista<br />

do gover<strong>no</strong> obedece rigorosamente à<br />

receita de uma política econômica séria. O<br />

ingrediente mais importante para isto foi,<br />

em 2005, o combate à inflação através da<br />

política dos juros altos. Os juros reais<br />

brasileiros são dos mais altos do mundo.<br />

Mas o resultado é inegável: pela primeira<br />

vez em muitos a<strong>no</strong>s o Banco Central baixou<br />

a inflação para o nível pré-determinado.<br />

Outro feito da política econômica de 2005<br />

foi a redução da dívida externa. O orçamento<br />

terá provavelmente um superávit<br />

primário (antes do pagamento dos juros)<br />

de 4,8% do PIB, ou seja, de R$ 95bi. Com<br />

isto, estará acima da meta de 4,5%. Porém,<br />

há uma mácula neste resultado aparentemente<br />

bom: por parte, foi alcançado a custo<br />

A maioria dos observadores<br />

considera a estabilização<br />

certamente uma condição<br />

necessária, porém insuficiente:<br />

o que falta são os<br />

motores do crescimento<br />

de cortes de investimentos e aumento de<br />

tributos. Mesmo assim, o resultado tem<br />

grande relevância, porque permite à União<br />

pagar a maior parte dos juros sem ter que<br />

fazer <strong>no</strong>vas dívidas. Com isto o reendividamento<br />

é baixo e, graças ao crescimento<br />

econômico, a dívida pública até diminui<br />

em relação ao PIB.<br />

O contínuo trabalho na composição da<br />

dívida pública também fez parte do esforço<br />

para diminuir o endividamento. Graças a<br />

um grupo de excelentes tec<strong>no</strong>cratas <strong>no</strong><br />

ministério da eco<strong>no</strong>mia, a grande ‘montanha<br />

de dívidas’, até agora inerentemente instável,<br />

ficou um pouco mais compacta. Acima<br />

de tudo, a dependência do desenvolvimento<br />

do câmbio foi diminuída. Hoje, apenas<br />

cerca de 3% dos títulos públicos ainda<br />

estão diretamente acoplados ao desenvolvimento<br />

do Real em relação ao Dólar; em<br />

outubro de 20<strong>01</strong>, esta cota era de 33%.<br />

Desta forma, mudanças drásticas do câmbio,<br />

às quais o <strong>Brasil</strong> esteve bem mais<br />

exposto em outras épocas, não terão mais<br />

tanta influência na situação de endividamento<br />

do país.<br />

Consolidação de progresso<br />

a longo prazo<br />

O gover<strong>no</strong> continuou com o processo de<br />

estabilização, iniciado em 1994 com a<br />

reforma cambial, e estabilizou o progresso<br />

alcançado até agora. Paralelamente, o<br />

<strong>Brasil</strong> realizou, em tempo delirante, uma<br />

fundamental mudança de curso, transformando-se<br />

de uma eco<strong>no</strong>mia focada <strong>no</strong><br />

mercado nacional em uma eco<strong>no</strong>mia exportadora.<br />

As exportações de 2005 deverão<br />

alcançar, com US$ 120bi, o dobro do<br />

volume de três a<strong>no</strong>s atrás <strong>–</strong> e isto apesar<br />

de uma valorização de 15% do Real perante<br />

o Dólar. O boom das exportações, e o<br />

superávit comercial alcançado com isto,<br />

contribuem significativamente para o forte<br />

saldo positivo da conta corrente e, através<br />

das crescentes reservas internacionais,<br />

para mais uma amenização da situação<br />

de endividamento. O fato de que o <strong>Brasil</strong><br />

é capaz de reembolsar o crédito do FMI<br />

<strong>no</strong> valor de US$ 15,5bi por inteiro e ainda<br />

antecipadamente é somente um dos<br />

indícios.<br />

Mesmo ficando, em 2005, muito longe da<br />

maioria dos seus vizinhos na América<br />

Latina e comparado com o crescimento<br />

médio dos países em desenvolvimento, o<br />

<strong>Brasil</strong> ganhou em estabilidade. Tanto o Lula<br />

quanto o ministro da eco<strong>no</strong>mia Antonio<br />

Palocci enxergam, na estabilização do<br />

ambiente macroeconômico, uma condição<br />

suficiente para um crescimento de 5% em<br />

2006. A maioria dos observadores considera<br />

a estabilização certamente uma condição<br />

necessária, porém insuficiente: o que falta<br />

são os motores do crescimento. A demanda<br />

por produtos agrários e matéria-prima<br />

deve manter as exportações <strong>no</strong> atual nível,<br />

porém, não trará taxas significativas de<br />

crescimento. O clima entre os consumidores<br />

e empresas é contido; o escândalo<br />

político, latente desde maio, prejudicou<br />

muito a reputação do gover<strong>no</strong> e acabou<br />

com as esperanças por reformas. Sendo<br />

assim, é pouco provável que um eventual<br />

processo de reformas para fomentar as<br />

forças econômicas se inicie em 2006. Em<br />

outubro haverá as eleições presidenciais<br />

e parlamentares, e tudo indica que Lula<br />

candidatar-se-á para a reeleição. Perante<br />

as particularidades do sistema político,<br />

um consenso da legislativa, necessário<br />

para a aprovação de reformas e já difícil<br />

de ser alcançado em tempos ‘<strong>no</strong>rmais’,<br />

ficará a a<strong>no</strong>s-luz de distância em a<strong>no</strong> eleitoral.<br />

O prognóstico conjuntural de Lula,<br />

portanto, é bem arriscado; apenas os juros<br />

em leve queda permitem esperar uma<br />

discreta estimulação. Mas o presidente<br />

sabe que a sua reeleição depende muito<br />

de duas condições: salários mais altos e<br />

criação de <strong>no</strong>vos empregos.<br />

Dra. Christiane<br />

Henkel<br />

é correspondente do<br />

jornal suíço Neue<br />

Zürcher Zeitung<br />

Este artigo foi publicado<br />

<strong>no</strong> jornal Neue Zürcher<br />

Zeitung.<br />

eco<strong>no</strong>mia brasileira<br />

brazilian eco<strong>no</strong>my<br />

swisscam nº44 03/2006<br />

07


“Share of mind” comes essentially<br />

from the promotion of a trademark.<br />

But is that all it takes?<br />

by Otávio Saraiva Padilha Velasco<br />

and Paula Bezerra de Menezes<br />

jurídico<br />

legal<br />

A<br />

According to Brazilian law, a trademark<br />

is a movable property of exclusive use.<br />

Therefore, when choosing one, it is<br />

necessary to make sure it is free to be used<br />

and evaluate how it can be protected<br />

curious fact, unk<strong>no</strong>wn by many, is that<br />

a beer commercial, for instance, does<br />

<strong>no</strong>t intend mainly to lead the consumer to<br />

drink the beer immediately. The common<br />

goal is to engrave the trademark on the<br />

public’s mind so that when they feel like<br />

drinking, they will remember the brand and<br />

look for it.<br />

It would be an illusion, however, to think that<br />

consumers’ loyalty will be obtained simply<br />

by promoting the trademark. Although such<br />

promotion is essential, people’s loyalty results<br />

from the sum of a company’s “qualified<br />

products/services and trademark”, both of<br />

which affect the consumer in a especial way.<br />

Among its main purposes, a trademark<br />

should distinguish a company’s products/<br />

services from similar ones on the market.<br />

According to Brazilian law, a trademark is a<br />

movable property of exclusive use. Therefore,<br />

when choosing one, it is important to<br />

make sure it is free to be used and evaluate<br />

how it can be protected.<br />

The Brazilian Industrial Property Act 9,279/<br />

96, stipulates those signs that can<strong>no</strong>t be<br />

registered.<br />

Entrepreneurs and advertising professionals<br />

must pay attention to Capter 124, VI, which<br />

bars the registration of signs of generic,<br />

necessary, common, vulgar or simply descriptive<br />

nature, when related to the product<br />

or service to be distinguished, or commonly<br />

used to designate a characteristic of the<br />

product or service regarding its nature,<br />

nationality, weight, value, quality and time of<br />

production or provision of services, except if<br />

presented in a sufficiently distinctive form.<br />

The law seeks to privilege “arbitrary” trademarks,<br />

those original marks that hold mi<strong>no</strong>r<br />

semantic relation to the product or service.<br />

When free to be used, their protection is<br />

usually more defensible.<br />

The protection granted by the State through<br />

trademark registration also benefits the<br />

consumer, since it provides safety to choose<br />

and an atmosphere of healthy competition,<br />

where only the best services and products<br />

prevail. In theory, the trademark protection<br />

system in effect should prevent competitors<br />

from taking unfair advantages over third<br />

parties’ competencies.<br />

The trademark protection<br />

system in effect should prevent<br />

competitors from taking<br />

unfair advantages over third<br />

parties’ competencies<br />

Probably due to the lack of e<strong>no</strong>ugh capital<br />

to promote an adequate campaign, some<br />

entrepreneurs believe that words directly<br />

related to their products/services are ideal,<br />

under the explanation that people will rapidly<br />

associate and memorize such words.<br />

Nonetheless, famous marks do <strong>no</strong>t usually<br />

have a direct relation to their product or<br />

service.<br />

As time goes by, consumers do relate the<br />

arbitrary trademarks to a company’s products/services,<br />

but such relation has been<br />

created by the companies themselves. Their<br />

efforts towards producing quality goods/<br />

services is what made them earn their market<br />

share. Such trademarks, following a world<br />

trend, already “speak on their own” and may<br />

be used in other segments of the market,<br />

since the perception that a quality good/<br />

service will always be behind them remains.<br />

Less original trademarks are technically<br />

k<strong>no</strong>wn as “weak” and bear limited legal<br />

protection. Even though some trademark<br />

cases do <strong>no</strong>t follow this rule, practice shows<br />

that protecting them demands more investment<br />

and expenses with lawyers. Protecting<br />

them is only possible through adding a<br />

secondary meaning to a descriptive or<br />

suggestive word, but it might still be legally<br />

controversial.<br />

The professionals involved should, whenever<br />

possible, seek to in<strong>no</strong>vate and go for an<br />

authentic trademark, even when the budget<br />

is low.<br />

The theory, observed in practice, is that the<br />

semantic distance between the trademark<br />

and the product/service increases the<br />

chances of protection, success and market<br />

share gain.<br />

Otávio Saraiva<br />

Padilha Velasco and<br />

Paula Bezerra de<br />

Menezes are lawyers<br />

at Di Blasi, Parente,<br />

Soerensen Garcia<br />

& Associados S/C,<br />

specialized in<br />

Intellectual Property<br />

08 swisscam nº44 03/2006


Promover a marca é essencial<br />

para garantir cotas de share of<br />

mind. Mas será que isso basta?<br />

No direito brasileiro a<br />

marca é um bem móvel<br />

e pode ser exclusiva. Ao<br />

escolher uma, é preciso<br />

verificar se ela está livre,<br />

bem como avaliar a real<br />

condição de a marca ser<br />

protegida<br />

Curioso e desconhecido para muitos<br />

é que um comercial, de cerveja, por<br />

exemplo, na maioria das vezes, não pretende<br />

levar o consumidor a bebê-la imediatamente.<br />

O objetivo freqüente é gravar<br />

a marca <strong>no</strong> subconsciente para, quando a<br />

vontade de beber surgir, ele lembrar e<br />

procurar aquela marca.<br />

Ilusão, contudo, pensar que a fidelidade<br />

do consumidor virá só com investimento<br />

na marca. Embora esse investimento seja<br />

fundamental, a conquista do público decorre<br />

do conjunto “produto/serviço de<br />

qualidade e marca” que atingir sentidos<br />

do consumidor de forma especial.<br />

Uma das funções principais da marca é<br />

distinguir produto/serviço daqueles do<br />

mesmo gênero <strong>no</strong> mercado.<br />

No direito brasileiro a marca é um bem<br />

móvel e pode ser exclusiva. Ao escolher<br />

uma, é preciso verificar se ela está livre,<br />

bem como avaliar a real condição de a<br />

marca ser protegida.<br />

O sistema de proteção<br />

vigente deveria eliminar os<br />

me<strong>no</strong>s éticos, interessados<br />

em obter vantagens à custa<br />

de competência alheia<br />

A Lei da Propriedade Industrial, nº. 9.279/<br />

96, prevê quais sinais não poderão ser<br />

registrados.<br />

por Otávio Saraiva Padilha Velasco<br />

e Paula Bezerra de Menezes<br />

Para empresários e profissionais de publicidade<br />

destaca-se o inciso VI do artigo<br />

124, da lei, que veda o registro de sinal<br />

genérico, necessário, comum, vulgar ou<br />

simplesmente descritivo, quando tiver relação<br />

com o produto ou serviço a distinguir,<br />

ou empregado comumente para designar<br />

característica do produto ou serviço,<br />

quanto à natureza, nacionalidade, peso,<br />

valor, qualidade e época de produção ou<br />

de prestação do serviço, salvo quando<br />

revestidos de suficiente forma distintiva.<br />

Sempre que possível,<br />

deve-se buscar i<strong>no</strong>var,<br />

optar por uma marca<br />

autêntica, mesmo que<br />

inicialmente o empresário<br />

tenha um orçamento<br />

limitado.<br />

A lei visa privilegiar a marca “arbitrária”,<br />

ou seja, aquela original que guarda me<strong>no</strong>r<br />

relação semântica com o produto/serviço<br />

que cobre. Se disponível, essa costuma ser<br />

a marca cuja proteção é mais defensável.<br />

A proteção, por registro de marca outorgado<br />

pelo Estado, gera, ainda, benefícios<br />

ao consumidor, pois proporciona segurança<br />

na escolha e uma atmosfera de competição<br />

sadia onde têm êxito os melhores serviços<br />

e produtos. Na teoria, o sistema de proteção<br />

vigente deveria eliminar os me<strong>no</strong>s<br />

éticos, interessados em obter vantagens<br />

à custa de competência alheia.<br />

Alguns empresários, talvez sem verba<br />

suficiente para desenvolverem campanhas<br />

adequadas, acreditam, equivocadamente,<br />

que palavras relacionadas diretamente ao<br />

produto/serviço são ideais, sob a justificativa<br />

de que o público irá logo associá-las<br />

e gravá-las. No entanto, marcas famosas<br />

em geral não guardam relação direta com<br />

o produto/serviço que cobrem.<br />

Hoje, o consumidor associa as marcas<br />

acima aos devidos produtos, mas tal relação<br />

foi criada pelas próprias empresas e foi o<br />

esforço em produzir serviços/produtos de<br />

qualidade que conquistou suas fatias <strong>no</strong><br />

mercado. Aliás, algumas dessas marcas,<br />

numa tendência mundial, já têm vida própria<br />

e podem ser utilizadas em outros<br />

segmentos de mercado, pois prevalece a<br />

sensação de que por trás delas há sempre<br />

um produto/serviço de qualidade.<br />

Marcas pouco originais são de<strong>no</strong>minadas<br />

tecnicamente como “fracas” e têm proteção<br />

legal limitada. Alguns casos de marcas<br />

fogem a essa regra, mas a realidade é que<br />

protegê-las requer mais investimento e<br />

gasto <strong>no</strong> âmbito jurídico, pois há de se<br />

cunhar um significado secundário a um<br />

sinal sugestivo ou mesmo descritivo, ainda<br />

sob o ônus de enfrentar discussões legais.<br />

Sempre que possível, deve-se buscar<br />

i<strong>no</strong>var, optar por uma marca autêntica,<br />

mesmo que inicialmente o empresário<br />

tenha um orçamento limitado.<br />

A teoria, observada na prática, é que<br />

quanto maior for a distância semântica<br />

entre a marca (incluindo seus aspectos<br />

figurativos) e seu produto ou serviço, maior<br />

será o âmbito de proteção, chances de<br />

sucesso e conquista de mercado.<br />

Otávio Saraiva Padilha Velasco e<br />

Paula Bezerra de Menezes são<br />

advogados do escritório Di Blasi, Parente,<br />

Soerensen Garcia & Associados S/C,<br />

especializado em Propriedade Intelectual<br />

jurídico<br />

legal<br />

swisscam nº44 03/2006<br />

09


A paradigm change<br />

in the logistics scenario<br />

Foto: Armando Augusto<br />

In order to keep up with the market and build<br />

up a competitive advantage, transportation<br />

companies must waste <strong>no</strong> time in reacting to<br />

the fast changes brought about by tech<strong>no</strong>logy<br />

in the global productive system<br />

foco<br />

by Dario Rais Lopes<br />

focus<br />

Foto: Ulisses Matandos<br />

A<br />

ccording to recent data, expenditure<br />

with logistics represents 12.6% of the<br />

Brazilian GDP. Transportation costs account<br />

for 60% of the overall expenses. In the<br />

United States, the logistics cost represents<br />

8.2% of the country’s GDP. These numbers<br />

indicate the long way we still have to go to<br />

become more competitive. In times of globalization,<br />

this issue is of great relevance. The<br />

drastic changes brought about by tech<strong>no</strong>logy<br />

in the global productive system are forcing<br />

companies to waste <strong>no</strong> time in building up a<br />

competitive advantage that will allow them<br />

to keep up with the market, or better, with<br />

the future.<br />

One of the goals set up by the Transportation<br />

Department of the State of Sao Paulo is to<br />

reduce logistics costs in the region. A simple<br />

statement; a huge and complicated challenge.<br />

Managing the logistics strategy implies<br />

looking to the future and setting up the<br />

steps from the beginning. It involves facing<br />

day-to-day issues to generate gradual im-<br />

provements and work out critical problems<br />

while preparing to change the paradigm that<br />

characterizes the transportation system in<br />

Sao Paulo.<br />

This strategic vision has been consolidated in<br />

the PDDT - Pla<strong>no</strong> Diretor de Desenvolvimento<br />

de Transportes (Transportation System Development<br />

Plan). To establish policies that<br />

will result in a reduction of logistics costs,<br />

one must understand that over 80% of all<br />

goods transported in the state are general<br />

Some important measures to<br />

improve cargo transportation<br />

include completing both the<br />

ring road complex and the ring<br />

rail road and connecting them<br />

to express freight train systems<br />

and modern roads<br />

high value-added products. It is also important<br />

to remember that 50% of all regional traffic<br />

go to or come from the area surrounding<br />

Sao Paulo’s metropolitan region, and that it<br />

is essential for an international integration to<br />

have open and efficient airports and ports,<br />

well linked to the regions that need them.<br />

Following the steps mentioned above, Sao<br />

Paulo is implementing the strategy. By completing<br />

both the ring road complex and the<br />

ring rail road and connecting them to express<br />

freight train systems and modern<br />

roads, companies will be able to relocate<br />

product distribution centers to the periphery<br />

A redução de custos logísticos é prioridade<br />

Reducing logistic costs is a priority<br />

of the metropolitan region. This will be accelerated<br />

through the Integrated Logistics<br />

Centers (CLI), to be set up as public-private<br />

partnerships. The CLIs will allow to implement<br />

a new, more rational, efficient and<br />

environmentally friendly logistics model in<br />

its urban area.<br />

The state is also working to free up transportation<br />

routes used for exports, especially<br />

the roads that link the Port of Santos to the<br />

state’s “hinterland”. Simultaneously, the<br />

project to grant the concession of the Port<br />

of Sao Sebastiao is under way, together<br />

with the project to build a second road network<br />

connecting the port to the Campinas<br />

region.<br />

To successfully complete this plan and<br />

streamline its different ends, the state government<br />

is planning to launch an intermodal<br />

transportation project for domestic traffic<br />

aimed at increasing the amount of general<br />

cargo transported by train. To do so, it is<br />

working towards setting up intermodal trucktrain<br />

terminals in the area around the ring<br />

road complex and the ring rail road and near<br />

the remote areas around the railways where<br />

the express trains will run.<br />

O custo logístico <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong><br />

é um dos mais altos do mundo<br />

Logistic costs in Brazil are among<br />

the highest in the world<br />

These initiatives of strategic importance<br />

must be supported by other measures such<br />

as promoting the necessary improvements<br />

and eliminating the bottlenecks currently<br />

suffocating our roads. Between 2003 and<br />

2005, this program assured recovery of<br />

1,450 km of roads. In 2006, some 1,300 km<br />

more will be revamped. Simultaneously, the<br />

10 swisscam nº44 03/2006


state’s road concessionaries built 800 km<br />

of trunk roads. Total investments in road,<br />

waterway, ports and airports improvements<br />

amounted to R$ 4.6 billion between 2003<br />

and 2005.<br />

One can realize the magnitude of the challenge<br />

proposed by the PDDT only by understanding<br />

the new system adopted by the<br />

transportation sector to delimit some stakeholders’<br />

roles. While the state is responsible<br />

for setting up the rules of the game and<br />

supplying the necessary infrastructure, private<br />

companies are in charge of operating the<br />

services and exploring correlated businesses.<br />

The strategy must be supported<br />

by other measures<br />

such as promoting the necessary<br />

improvements and<br />

eliminating the bottlenecks<br />

currently suffocating our<br />

roads<br />

Mudança<br />

de paradigma<br />

<strong>no</strong> cenário<br />

logístico<br />

Para não ficar fora de cena e para construir<br />

a sua vantagem competitiva, as empresas de<br />

transporte têm que agir rápido às abruptas<br />

relocações internacionais <strong>no</strong> sistema produtivo,<br />

ensejadas pela tec<strong>no</strong>logia<br />

por Dario Rais Lopes<br />

foco<br />

focus<br />

Nowadays, the interfaces are more numerous<br />

and refined. The modern public sector<br />

manager, who must cope with financial and<br />

institutional restrictions, focuses on designing<br />

public policies, planning and structuring<br />

strategic projects, and articulating the expectations<br />

and proposals of increasingly<br />

demanding operators. The Transportation<br />

Department in Sao Paulo coordinates the<br />

interaction between the state’s public and<br />

private sectors, communicates with the<br />

public, and facilitates intergovernmental<br />

relations (part of the services falls under the<br />

state’s jurisdiction), always seeking to overcome<br />

the obstacles and implement the plans<br />

that Sao Paulo demands and deserves.<br />

Dario Rais Lopes<br />

is Secretary of Transportation<br />

in the State of Sao Paulo.<br />

S<br />

egundo as mais recentes análises,<br />

as despesas com logística <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong><br />

situam-se em 12,6 % do PIB. Nada me<strong>no</strong>s<br />

que 60% desse total é custo de transporte.<br />

Nos Estados Unidos, o custo logístico total<br />

alcança 8,2% do PIB. Essas cifras são<br />

indicativas do muito que temos a fazer<br />

para aumentar a <strong>no</strong>ssa competitividade.<br />

Em uma época de mundialização de trocas<br />

comerciais, essa não é uma questão trivial.<br />

Foram tão abruptas as relocações internacionais<br />

<strong>no</strong> sistema produtivo, ensejadas<br />

pela tec<strong>no</strong>logia, que estará fora de cena <strong>–</strong><br />

ou seja, do futuro <strong>–</strong> quem não agir rápido<br />

para construir a sua vantagem competitiva.<br />

O <strong>no</strong>vo padrão de logística urbana será<br />

mais racional e eficiente - The new logistics<br />

model will be more rational and efficient<br />

A redução do custo logístico na região<br />

polarizada pelo Estado de São Paulo é uma<br />

das metas da Secretaria de Transportes.<br />

Um enunciado bastante simples, mas um<br />

e<strong>no</strong>rme e intrincado desafio. Gerir a estratégia<br />

da competitividade logística significa<br />

A redução do custo logístico<br />

na região polarizada pelo<br />

Estado de São Paulo é uma<br />

das metas da Secretaria de<br />

Transportes<br />

mirar o ponto futuro e discernir a trajetória<br />

desde os passos iniciais. Envolve enfrentar<br />

os problemas do dia-a-dia, obtendo<br />

melhorias incrementais para dar pronta<br />

solução aos problemas emergentes, enquanto<br />

em paralelo se prepara a mudança<br />

de paradigma <strong>no</strong> sistema de transportes<br />

de São Paulo.<br />

Foto: Armando Augusto<br />

A visão estratégica está consubstanciada<br />

<strong>no</strong> PDDT <strong>–</strong> Pla<strong>no</strong> Diretor de Desenvolvimento<br />

de Transportes. Para formular as<br />

políticas que levarão à redução do custo<br />

logístico é necessário entender que mais<br />

de 80% do fluxo de bens <strong>no</strong> Estado é<br />

constituído por carga geral que incorpora<br />

maior nível de agregação de valor; que<br />

50% das correntes regionais de tráfego<br />

têm origem ou desti<strong>no</strong> na macro-metrópole<br />

que se desenvolve em tor<strong>no</strong> da RMSP;<br />

swisscam nº44 03/2006<br />

11


focus<br />

foco<br />

Foto: Ulisses Matandos<br />

A administração de transportes coordena<br />

a interação entre setor público e privado<br />

The Transportation Department in Sao Paulo<br />

coordinates the interaction between public<br />

and private sectors<br />

e que aeroportos e portos abertos, eficientes<br />

e bem conectados com suas áreas de<br />

influência, são essenciais para a inserção<br />

internacional.<br />

Sobre esse quadro de referência, São<br />

Paulo empreende a implementação da<br />

estratégia. Rodoanel e Ferroanel, completos,<br />

conectados a linhas expressas<br />

de trens de carga e a eixos rodoviários<br />

modernizados, apoiados por sistemas de<br />

telecomunicação, ensejarão o gradativo<br />

reposicionamento das centrais de distribuição<br />

do sistema produtivo para o anel<br />

As iniciativas de alcance<br />

estratégico são acompanhadas<br />

pelas medidas necessárias<br />

para introduzir melhoramentos<br />

críticos e desafogar gargalos<br />

<strong>no</strong> sistema rodoviário<br />

periférico da metrópole. Esse processo<br />

será catalisado pelos CLIs <strong>–</strong> Centros<br />

Logísticos Integrados, multiusuários, que<br />

serão empreendidos como parcerias público-privadas.<br />

Desse complexo nascerá<br />

um <strong>no</strong>vo padrão de logística urbana na<br />

metrópole, mais racional, eficiente e<br />

ambientalmente amigável.<br />

O Estado estimula o desimpedimento das<br />

conexões de transporte com o exterior,<br />

especialmente <strong>no</strong> corredor central de<br />

transporte que liga o Porto de Santos ao<br />

seu “hinterland”. Em paralelo, prepara-se<br />

o processo de concessão do Porto de São<br />

Sebastião e a <strong>estrutura</strong>ção do projeto de um<br />

segundo corredor, que interliga esse terminal<br />

marítimo com a região de Campinas.<br />

Rodoanel e Ferroanel, completos,<br />

conectados a linhas<br />

expressas de trens de carga<br />

e a eixos rodoviários modernizados<br />

são componentes<br />

importantes para a melhoria<br />

do fluxo de carga<br />

Para coroar esse complexo e amalgamar<br />

suas partes, o gover<strong>no</strong> estadual lança<br />

amplo projeto de transporte intermodal <strong>no</strong><br />

tráfego doméstico, procurando estimular a<br />

captação de carga geral <strong>no</strong> modo ferroviário.<br />

Para tanto, induzirá a implementação<br />

de terminais intermodais caminhão-trem<br />

nas proximidades do Rodoanel e do Ferroanel<br />

e nas extremidades remotas dos trechos<br />

ferroviários que sediarão o serviço<br />

expresso.<br />

Essas iniciativas de alcance estratégico são<br />

acompanhadas pelas medidas necessárias<br />

para introduzir melhoramentos críticos e<br />

desafogar gargalos <strong>no</strong> sistema rodoviário.<br />

Entre 2003 e 2005 esse programa beneficiou<br />

uma extensão de 1.450 km. Em 2006<br />

serão recuperados 1.300 km. Em paralelo,<br />

as concessionárias rodoviárias investiram<br />

em 800 km de estradas tronco. O conjunto,<br />

complementado por intervenções nas<br />

áreas hidroviária e aeroportuária sob controle<br />

estadual, totalizou investimentos de<br />

R$ 4,6 bilhões entre 2003 e 2005.<br />

Para se apreciar o desafio representado<br />

pela proposta do PDDT, deve-se lembrar<br />

que se cristalizou <strong>no</strong>s últimos a<strong>no</strong>s uma<br />

<strong>no</strong>va delimitação de papéis <strong>no</strong> setor de<br />

transportes. Enquanto o Estado estabelece<br />

as regras do jogo e supre grande parte<br />

das infra-<strong>estrutura</strong>s, as empresas privadas<br />

operam todos os serviços e exploram os<br />

negócios correlatos.<br />

Aumentou o número e o refinamento das<br />

interfaces. A energia do gestor público<br />

moder<strong>no</strong> - sujeita a um quadro de restrições<br />

financeiras e institucionais - concentra-se<br />

agora na formulação da política pública,<br />

expressa <strong>no</strong> planejamento, na <strong>estrutura</strong>ção<br />

dos projetos estratégicos e na articulação<br />

das expectativas e propostas dos operadores,<br />

hoje muito mais exigentes. Assim,<br />

a administração de transportes em São<br />

Paulo coordena a interação entre os setores<br />

público e privado, dialoga com a sociedade<br />

civil e articula as relações intergovernamentais<br />

(parte dos serviços estão sob<br />

outras jurisdições), procurando vencer os<br />

obstáculos e implementar a agenda que<br />

São Paulo reclama e merece.<br />

Dario Rais Lopes<br />

é Secretário de Transportes<br />

do Estado de São Paulo<br />

swisscam nº44 03/2006<br />

13


Logistics is an important<br />

element of a company’s<br />

internal supply chain<br />

Fotos: Divulgação<br />

by Peter Riesterer<br />

foco<br />

Internal logistics, including warehousing,<br />

distribution, order processing control, and<br />

supply, is only a small part of the supply<br />

chain system<br />

focus<br />

S<br />

upply Chain Management comprises<br />

different activities in three different<br />

levels: the strategic level, which includes<br />

long-term demand planning; the tactical<br />

level, including production planning; and<br />

the operational level. Due to this complexity,<br />

internal logistics is becoming increasingly<br />

important in global distribution. The major<br />

conditions for an efficient internal logistics<br />

system include maintaining high-quality<br />

supply, assuring short delivery time, low<br />

product tur<strong>no</strong>ver costs, and few inventory<br />

days.<br />

An internal logistics system must also include<br />

a number of vital and basic elements, such<br />

as flexible and customized storage and<br />

transportation solutions that include components<br />

of material handling tech<strong>no</strong>logies and<br />

complex integrated data exchange systems<br />

- all adaptable to future demands. Thus,<br />

suppliers of logistics systems will have an<br />

increasingly important role and responsibility<br />

in the future, ranging from planning to implementation<br />

of storage and handling systems.<br />

The techniques used in these systems include<br />

using simple transportation facilities and<br />

An ideal combination of<br />

logistics techniques allows<br />

implementation of organized<br />

and efficient procedures,<br />

safe storage of products,<br />

easy access, and low costs<br />

manual equipment for handling materials<br />

stacked in racks to high-performance automated<br />

equipment for transportation and<br />

storage of pallets, containers, and cartons.<br />

By combining the logistics techniques available<br />

today, logistics suppliers can implement<br />

organized and efficient procedures, assuring<br />

safe storage of products, easy access, and<br />

low costs. The return on investment is relatively<br />

fast. This is also the case in countries<br />

An internal logistics system<br />

must include some vital and<br />

basic elements, such as flexible<br />

and customized warehousing<br />

and transportation<br />

solutions<br />

with cheap labor, as attested by Stöcklin<br />

Logistics, a Swiss company specialized in<br />

internal logistics, present in countries all over<br />

the world, and which has installed over 20<br />

such systems for different market segments<br />

in Brazil and Mexico alone. As a supplier of<br />

systems and a manufacturer of handling and<br />

storage equipment, Stöcklin provides systems<br />

of all levels of complexity, comprising<br />

warehouse management, material handling<br />

and transportation systems, and racks,<br />

among others.<br />

Pieter Riesterer is an engineer<br />

and head of Stöcklin Logistics’ Brazilian<br />

and Mexican subsidiaries. www.sld.ch<br />

14 swisscam nº44 03/2006


A logística é um elemento<br />

importante da cadeia de<br />

fornecimento interna<br />

S<br />

upply Chain Management (gerenciamento<br />

da cadeia de fornecimento)<br />

reúne atividades em diferentes níveis, do<br />

planejamento estratégico, incluindo o planejamento<br />

de demanda a longo prazo, até o<br />

nível tático do planejamento de produção e<br />

o nível operacional. Por causa desta complexidade,<br />

a logística interna é cada vez<br />

mais determinante na competição global.<br />

Manter a alta qualidade de fornecimento<br />

inter<strong>no</strong>, garantir curtos prazos de entrega<br />

com tempo mínimo de armazenamento e<br />

manter os custos para a movimentação<br />

mais baixos possíveis são hoje as condições<br />

mais relevantes para a logística interna.<br />

A logística interna e, com isto, armazenamento<br />

de produtos, distribuição, controle da transação<br />

de pedidos e fornecimento, é somente uma<br />

pequena parte de uma cadeia logística<br />

por Peter Riesterer<br />

sistema de logística interna. Sendo assim,<br />

os fornecedores de sistemas de logística<br />

terão um papel cada vez mais importante,<br />

e mais responsabilidade, desde o planejamento<br />

até a realização de sistemas de<br />

armazenamento e manejo.<br />

Soluções flexíveis e sob<br />

medida para sistemas de<br />

armazenamento e transporte<br />

são hoje elementos<br />

imprescindíveis e básicos<br />

para qualquer sistema de<br />

logística interna<br />

A técnica usada nestes procedimentos<br />

abrange tanto instalações de transporte<br />

simples e máquinas para manuseio manual<br />

de material em estandes quanto sistemas<br />

complexos e equipamentos automáticos<br />

de máximo empenho para o transporte e<br />

o armazenamento de paletas, recipientes<br />

e embalagens de papelão. A composição<br />

ideal das técnicas que hoje estão à disposição<br />

dos mantenedores de instalações<br />

de logística possibilita procedimentos<br />

<strong>estrutura</strong>dos e eficientes, armazenamento<br />

seguro de produtos, acesso rápido e<br />

baixos custos. O tempo de reembolso<br />

do respectivo investimento é relativamente<br />

curto. Isto também é o caso em países<br />

A composição ideal das técnicas<br />

de logística possibilita<br />

procedimentos <strong>estrutura</strong>dos<br />

e eficientes, armazenamento<br />

seguro de produtos, acesso<br />

rápido e baixos custos<br />

com baixo custo da mão-de-obra, como<br />

mostra o fato de que a Stöcklin Logistics,<br />

uma empresa suíça especializada em<br />

logística interna com atuação mundial,<br />

realizou <strong>no</strong>s últimos a<strong>no</strong>s mais de 20 instalações<br />

somente <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> e <strong>no</strong> México,<br />

<strong>no</strong>s mais diversos setores industriais.<br />

Como fornecedora de sistemas e produtora<br />

de instalações de manuseio e<br />

armazenamento, a Stöcklin oferece sistemas<br />

integrais e parciais em todos os níveis<br />

de complexidade, inclusive na administração<br />

de estoque, em equipamentos<br />

de manuseio de material em estan-des,<br />

instalações de transporte, estandes e<br />

outros equipamentos.<br />

foco<br />

focus<br />

Soluções flexíveis e sob medida para sistemas<br />

de armazenamento e transporte,<br />

desde qualquer componente singular da<br />

tec<strong>no</strong>logia de manejo de materiais até a<br />

troca complexa de dados integrados <strong>–</strong><br />

tudo com potencial de adaptação a <strong>no</strong>vas<br />

exigências futuras <strong>–</strong> são hoje elementos<br />

imprescindíveis e básicos para qualquer<br />

Peter Riesterer<br />

é engenheiro responsável<br />

por <strong>Brasil</strong> e México da<br />

empresa suíça Stöcklin<br />

Logistics - www.sld.ch<br />

swisscam nº44 03/2006<br />

15


The bureaucratic<br />

obstacles that hinder<br />

Brazilian foreign trade<br />

Brazil is seen as one of the most inefficient<br />

countries in terms of foreign trade operations.<br />

Comparing to global standards, twice as much<br />

time is necessary to transport a product from<br />

one point to a<strong>no</strong>ther<br />

I<br />

mport and export operations in Brazil<br />

are marked by excessive bureaucracy,<br />

slowness, strikes, and losses for companies.<br />

Brazil is seen as one of the most inefficient<br />

countries in terms of foreign trade operations.<br />

Comparing to global standards, twice<br />

as much time is necessary to transport a<br />

product from one point to a<strong>no</strong>ther. As Brazil<br />

started eliminating its trade barriers only in<br />

the early 90’s and engaged in exporting<br />

transactions only in the mid 80’s, the country<br />

has been slow to adjust to the new scenario.<br />

Besides that, the procedures set by governmental<br />

agencies for foreign trade transactions<br />

are still too complex, and entrepreneurs<br />

have a hard time to understand the gobbledygook.<br />

Brazil has been slow to<br />

adjust to the new scenario,<br />

and the procedures set by<br />

governmental agencies for<br />

foreign trade transactions<br />

are still too complex<br />

by Cristia<strong>no</strong> Koga<br />

customs authorities, generating high additional<br />

costs. Panalpina has 500 employees in<br />

Brazil, 70 of which work at the Port of Santos,<br />

and approximately 50 at the Viracopos and<br />

Guarulhos airports.<br />

Customs offices have been unable to keep<br />

up with the new standards and to provide<br />

clear information about importation procedures<br />

to users. In addition, Brazilian laws<br />

can<strong>no</strong>t deal with the large number of products<br />

crossing our borders, and the SISCOMEX<br />

support system, which should make the<br />

process easier, still has gaps. Moreover, the<br />

clearing system is obsolete, import taxes are<br />

high, and there are additional fees charged<br />

under different names, besides port and<br />

airport expenses. Also worth mentioning are<br />

the import/export barriers, especially in the<br />

textile and shoe sectors, in which products<br />

are classified as belonging to the “grey<br />

channel”, a class of goods that are meticulously<br />

controlled by customs officials.<br />

SMEs are <strong>no</strong>t ready to engage in export<br />

operations. They are <strong>no</strong>t familiar with export<br />

procedures, feel insecure to start exporting,<br />

k<strong>no</strong>w very little about international quality<br />

standards, and resist the idea of having to<br />

change their products to meet the requirements<br />

of the global market. To make things<br />

worse for these SMEs, there is a lack of<br />

incentives and support in terms of, for example,<br />

access to credit and commercial<br />

missions abroad. In general, the government<br />

makes this kind of support available only to<br />

large companies. Institutions like SEBRAE,<br />

FIESP, and APEX assume partially this paper,<br />

but the result is <strong>no</strong>t yet significant. All<br />

these bottlenecks and unnecessary complications<br />

affect Brazil’s ability to increase its<br />

exports and become a big global player.<br />

Besides <strong>no</strong>t yet being familiar with the export<br />

culture, companies, especially small and<br />

medium-sized enterprises, additionally have<br />

to face high freight and port costs. Furthermore<br />

the unfavorable exchange rates do <strong>no</strong>t<br />

help exportations. Companies lose competitiveness<br />

in the global markets and a large<br />

number of contracts are cancelled due to the<br />

higher prices in dollar, a fact that diminishes<br />

Often custom officials themselves<br />

do <strong>no</strong>t have e<strong>no</strong>ugh<br />

k<strong>no</strong>wledge to evaluate the<br />

various kinds of products<br />

been imported or exported<br />

exportations and can create a lack of vessels<br />

and containers, as it happened in 2004, due<br />

to the lack of profitability of operations in<br />

ports with few freight tur<strong>no</strong>ver.<br />

Other problems include the lack of infrastructure<br />

characterized by inefficient ports,<br />

deficient roads, and underused railways and<br />

waterways. The high interest rates also<br />

contribute to put off entrepreneurs who would<br />

foco<br />

focus<br />

As a company dedicated to handling imported<br />

and exported goods all the way between<br />

Brazil and the rest of the world, Panalpina,<br />

present in the country for 29 years, has the<br />

necessary experience and a long-standing<br />

relationship with agents and technicians<br />

from various governmental agencies. As<br />

there are different and complex rules, such<br />

as those established by ANVISA for the<br />

chemical, medical, pharmaceutical, and<br />

agricultural sectors, logistics solutions must<br />

meet each sector’s specific needs. Often<br />

custom officials themselves do <strong>no</strong>t have<br />

e<strong>no</strong>ugh k<strong>no</strong>wledge to evaluate the large<br />

number of products entering or leaving the<br />

country. Consequently, companies must<br />

send their own engineers and specialists to<br />

explain and answer the questions asked by<br />

swisscam nº44 03/2006<br />

17


A infra-<strong>estrutura</strong> é caracterizada por<br />

portos ineficientes, estradas mal<br />

conservadas e uso incipiente das<br />

ferrovias e hidrovias<br />

<strong>Infra</strong>structure is still characterized by<br />

inefficient ports, deficient roads, and<br />

underused railways and waterways<br />

otherwise invest in new tech<strong>no</strong>logies and<br />

develop products that are more competitive.<br />

foco<br />

focus<br />

What can be done? Mr. Furlan, minister of<br />

Development, Industry, and Foreign Trade,<br />

has had some good ideas and implemented<br />

effective actions to improve the exports<br />

volume, making significant progress in taking<br />

Brazilian products to markets abroad. The<br />

governmental machine, however, has <strong>no</strong>t<br />

kept up with these advances in the exports<br />

sector. That is why exporting companies<br />

must take a step ahead and demand more<br />

flexible rules, easier access to credit, real<br />

incentives, and a more efficient system.<br />

Through permanent actions, such as workshops<br />

and seminars, SMEs can come to<br />

realize the benefits brought by exports to<br />

the country.<br />

Custom offices seem<br />

unable both to keep up<br />

with the new standards<br />

and to provide users with<br />

clear information about<br />

importation procedures<br />

While Chile, for instance, shows very positive<br />

numbers, Brazil comes last in terms of<br />

exports volume and seems to lack long-term<br />

vision. Multinational companies could play a<br />

major role in the consolidation of the exports<br />

platform in Brazil. Although there are many<br />

obstacles to overcome, Panalpina believes<br />

the country has a great potential; so much<br />

so that the company has transferred its<br />

regional Latin American office from Miami<br />

to Sao Paulo. The company is confident that<br />

the situation will improve, although slowly,<br />

but still in time to catch the global exports<br />

train.<br />

Cristia<strong>no</strong> Koga,<br />

Panalpina’s country<br />

sales manager, is<br />

27 years old and was<br />

chosen ‘CEO of the<br />

Future’ by magazine<br />

Você S/A in its<br />

February issue.<br />

www.panalpina.com<br />

O<br />

Os entraves burocráticos<br />

para o desenvolvimento do<br />

comércio exterior brasileiro<br />

O <strong>Brasil</strong> é considerado um dos países que<br />

enfrentam mais dificuldades nas operações<br />

de comércio exterior. Na comparação internacional,<br />

precisa-se do dobro de tempo<br />

para levar um produto de A para B<br />

por Cristia<strong>no</strong> Koga<br />

s trâmites de importação e exportação<br />

são caracterizados por uma burocracia<br />

exagerada, lentidão <strong>no</strong>s procedimentos,<br />

greves e prejuízos para as empresas. O<br />

<strong>Brasil</strong> é considerado um dos países que<br />

enfrentam mais dificuldades nas operações<br />

de comércio exterior. Na comparação internacional,<br />

precisa-se do dobro de tempo<br />

para levar um produto de A para B. Como<br />

o país “abriu” as suas fronteiras às importações<br />

somente <strong>no</strong> começo dos a<strong>no</strong>s 90,<br />

e se entende como nação exportadora<br />

somente em meados dos a<strong>no</strong>s 80, o <strong>Brasil</strong><br />

ainda não conseguiu se adaptar aos <strong>no</strong>vos<br />

papéis e até hoje os seus órgãos governamentais<br />

permanecem num estado de exagerada<br />

complexidade e de procedimentos<br />

incompreensíveis para o empresariado.<br />

Cuidar de bens importados e exportados<br />

<strong>no</strong> seu longo caminho entre o resto do<br />

mundo e o <strong>Brasil</strong>, trabalho que a Panalpina<br />

exerce <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> há 29 a<strong>no</strong>s, requer experiência<br />

e relacionamento permanente com<br />

os diversos agentes e técnicos dos diferentes<br />

orgãos governamentais. Como há<br />

18 swisscam nº44 03/2006


egras diferentes e complexas, entre as<br />

estabelecidas, por exemplo, pela ANVISA<br />

<strong>no</strong>s setores químico, médico, farmacêutico<br />

e de agricultura, as soluções logísticas têm<br />

que ser adaptadas às necessidades de<br />

cada indústria. Muitas vezes, os próprios<br />

técnicos aduaneiros não dispõem de conhecimentos<br />

suficientes para avaliar os<br />

O <strong>Brasil</strong> ainda não conseguiu<br />

se adaptar aos <strong>no</strong>vos papéis<br />

e até hoje os seus órgãos<br />

governamentais permanecem<br />

num estado de exagerada<br />

complexidade para o comércio<br />

exterior<br />

diferentes produtos. Sendo assim, as empresas<br />

são obrigadas a enviar os seus próprios<br />

engenheiros e especialistas para dar explicações<br />

e responder aos questionamentos<br />

das autoridades. Isto significa altos custos<br />

adicionais. Dos 500 funcionários da<br />

Panalpina <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, 70 trabalham <strong>no</strong> Porto<br />

de Santos e aproximadamente 50 <strong>no</strong> aeroporto<br />

de Viracopos e Guarulhos.<br />

Os órgãos aduaneiros ainda não acompanharam<br />

a evolução e, para entender os<br />

procedimentos de importação, devem ser<br />

consultados verdadeiros manuais. A legislação<br />

ainda não está apta a lidar com a<br />

entrada de muitos produtos e o sistema<br />

Foto: Ulisses Matandos<br />

de apoio SISCOMEX que deveria facilitar o<br />

processo, ainda apresenta lacunas, sendo<br />

que o sistema de desembaraço continua<br />

engessado. Falta ainda citar os altíssimos<br />

impostos de cálculo aditivo, as taxas adicionais<br />

com os mais variados <strong>no</strong>mes e as<br />

despesas adicionais em portos e aeroportos.<br />

Além disto, ainda há proteção de<br />

mercados, sobretudo <strong>no</strong>s setores têxtil e<br />

de calçadistas, sendo que estes produtos<br />

entram <strong>no</strong> assim chamado ‘canal cinza’,<br />

caracterizado por controle minucioso de<br />

<strong>no</strong>ssa alfândega.<br />

Muitas vezes, os próprios<br />

técnicos aduaneiros não<br />

dispõem de conhecimentos<br />

suficientes para avaliar os<br />

diferentes produtos<br />

Mas de certa forma as próprias PMEs<br />

(Pequenas e Médias Empresas) ainda não<br />

estão preparadas para ser exportadoras.<br />

Desconhecem os procedimentos de exportação,<br />

demonstram insegurança perante<br />

a primeira exportação, sabem pouco sobre<br />

exigências internacionais referente à qualidade<br />

e ainda são inflexíveis em adaptar os<br />

seus produtos ao mercado exter<strong>no</strong>. Para<br />

agravar a situação destas PMEs, existem<br />

poucos incentivos e pouco apoio, por<br />

exemplo, acesso à crédito e missões comerciais<br />

a outros países. Geralmente o<br />

gover<strong>no</strong> restringe este tipo de apoio às<br />

grandes empresas. As organizações como<br />

SEBRAE, FIESP e APEX cumprem parcialmente<br />

este objetivo, mas ainda é pouco<br />

expressiva. O <strong>Brasil</strong> seria capaz de exportar<br />

muito mais e ter uma posição de maior<br />

destaque se não fossem todos estes gargalos<br />

e complicações desnecessárias.<br />

Falta ainda uma cultura de exportação e<br />

os custos envolvidos de fretes, taxas de<br />

capatazias para usar o terminal do porto<br />

são muito altos principalmente para as<br />

Os órgãos aduaneiros ainda<br />

não acompanharam a evolução<br />

e, para entender os procedimentos<br />

de importação,<br />

devem ser consultados verdadeiros<br />

manuais<br />

PMEs. No momento a taxa cambial também<br />

não é favorável à exportação. As empresas<br />

perdem competitividade <strong>no</strong> mercado global<br />

e muitos contratos são cancelados devido<br />

aos preços em dólares estarem mais elevados,<br />

fato que diminui o volume de exportação<br />

e que pode gerar outra escassez<br />

de navios e contêineres como já aconteceu<br />

em 2004 devido a falta de rentabilidade<br />

das operações das companhias marítimas<br />

em portos com pouca oferta de carga.<br />

É necessário também mencionar as debilidades<br />

em infra-<strong>estrutura</strong> caracterizadas<br />

por portos ineficentes, estradas mal conservadas<br />

e uso incipiente das ferrovias e<br />

hidrovias. Além disso, as altas taxas de<br />

juros aplicadas <strong>no</strong> mercado brasileiro inibem<br />

os empresários a investirem em <strong>no</strong>vas<br />

tec<strong>no</strong>logias e desenvolverem produtos<br />

mais competitivos.<br />

O que fazer? O ministro Furlan do MDIC<br />

(Ministério do Desenvolvimento , Indústria<br />

e Comércio Exterior) tem boas idéias e<br />

desenvolve ações de como aumentar as<br />

exportações e tem feito muitos avanços<br />

na abertura de diversos mercados aos<br />

produtos brasileiros, porém, o aparelho<br />

ainda não se movimentou o suficiente<br />

para acompanhar a evolução da <strong>no</strong>ssa<br />

pauta de exportações. Por isto, é muito<br />

importante que as entidades de classe<br />

estejam mobilizadas e não parem de exigir<br />

procedimentos facilitados, acesso mais<br />

fácil a financiamentos, incentivos verdadeiros<br />

e um aparato mais flexível. Com<br />

ações permanentes, workshops, encontros,<br />

as PMEs poderão enxergar os benefícios<br />

que a exportação traz ao país inteiro.<br />

As PMEs ainda não estão preparadas<br />

para ser exportadoras.<br />

Desconhecem os procedimentos<br />

de exportação e demonstram<br />

insegurança perante a primeira<br />

exportação<br />

Enquanto por exemplo o Chile apresenta<br />

índices muito positivos, o <strong>Brasil</strong> torna-se<br />

cada vez mais o lanterninha das exportações<br />

e parece não ter uma visão a longo<br />

prazo. As multinacionais poderiam muito<br />

bem se consolidar como a plataforma de<br />

exportação do <strong>Brasil</strong>. Mesmo com muitos<br />

empecilhos a serem removidos, a Panalpina<br />

continua acreditando <strong>no</strong> potencial do <strong>Brasil</strong><br />

e transferiu o seu escritório regional América<br />

Latina de Miami para São Paulo. Está<br />

convicta que a tendência é de melhoras,<br />

mesmo que a ritmo mais lento, mas ainda<br />

há tempo para não perder o trem global<br />

da exportação.<br />

Cristia<strong>no</strong> Koga, 27 a<strong>no</strong>s, é gerente<br />

nacional de vendas da Panalpina e foi<br />

considerado ‘CEO do Futuro’ pela revista<br />

Você S/A de fevereiro de 2006.<br />

www.panalpina.com<br />

foco<br />

focus<br />

swisscam nº44 03/2006<br />

19


cultura<br />

Foto: Divulgação<br />

F<br />

Interview with José Henrique,<br />

theater director, who brought<br />

Dürrenmatt’s work to Rio<br />

riedrich Dürrenmatt is a<br />

re<strong>no</strong>wned Swiss playwright.<br />

Is he also k<strong>no</strong>wn in Brazil? How<br />

important is his work in the<br />

context of the Brazilian theater?<br />

JH: Although “The Breakdown” (Die Panne)<br />

has <strong>no</strong>t been seen in Brazil, some of<br />

Dürrenmatt’s plays have already been<br />

staged in the country, including his worldfamous<br />

plays “The Visit of the Old Woman”<br />

and “The Physicist”. Fernanda Montenegro,<br />

for instance, was critically acclaimed in<br />

“Play Strindbergh” in the 70’s. The Swiss<br />

playwright is celebrated among Brazilian<br />

actors, especially for creating characters<br />

every actor would love to play, characters<br />

like those in “The Breakdown”.<br />

What made you choose his work<br />

“The Breakdown” and turn it into<br />

a theater play?<br />

JH: Originally, it was the story argument<br />

that attracted me. As part of the “Teatro na<br />

Justiça” project of the Cultural Department<br />

of the Magistrates’ School in Rio de Janeiro,<br />

I have directed, since 1999, a number of<br />

plays that focus on Law and Justice. We<br />

were fortunate to come across both “The<br />

Breakdown” and its adaptation to the theater,<br />

written by Dr. Nilo Batista, a re<strong>no</strong>wned<br />

criminal lawyer from Rio de Janeiro. Therefore,<br />

in addition to Dürrenmatt ingenious<br />

plot, we could rely on the expertise of a<br />

professional with great k<strong>no</strong>wledge of the<br />

Criminal Court environment and the area<br />

jargon. The result is a fantastic comedy that<br />

combines entertainment and wit.<br />

The plot involves a staged trial, in<br />

which the defendant proudly admits<br />

to having murdered his boss. As<br />

punishment, he is sentenced to<br />

death by a jury that “had one too<br />

much”. Well, in real life, defendants<br />

never admit to having committed a<br />

crime. What are your personal views<br />

on this and how do Brazilian<br />

theatergoers see the “absurdity”<br />

of Dürrenmatt’s play?<br />

JH: “The Breakdown” doesn’t intend to<br />

criticize criminal behavior, which is already<br />

morally punished by present law and the<br />

correctional system. Everybody expects a<br />

defendant to try to defend himself, <strong>no</strong> matter<br />

where or when. The “absurd” reaction of<br />

Alfredo Traps, the leading role, can be<br />

viewed as coherent, considering he finds<br />

out, during the funny “banquet-trial” that he<br />

is capable of a great feat - committing the<br />

crime of the century. Brazil used to be the<br />

‘land of opportunities” for immigrants from<br />

all over the world, including Switzerland.<br />

Today it’s the “land of opportunists”, such<br />

as Alfredo Traps, who seeks material<br />

success at any cost, neglecting even the<br />

most fundamental human values. “The Breakdown”<br />

is about all “Alfredos” out there, who<br />

k<strong>no</strong>w how to make a fortune, but k<strong>no</strong>w<br />

<strong>no</strong>thing about themselves. The joke is on<br />

them.<br />

The Brazilian media focus on<br />

ephemeral glamour, and on TV,<br />

music, and fashion celebrities.<br />

Besides <strong>no</strong>t receiving the same<br />

attention, the theater has a<br />

different and smaller audience.<br />

How do you explain this fact and<br />

what’s your strategy to stimulate<br />

people to come and watch “The<br />

Breakdown”?<br />

JH: The “celebrity culture” is a global phe<strong>no</strong>me<strong>no</strong>n,<br />

but the problem is even more<br />

serious in our country, which doesn’t have a<br />

quality educational system, leaving space<br />

for mass communication, especially television,<br />

to predominate. As I said before, Brazil is an<br />

“Alfredos” assembly line, and these “Alfredos”<br />

think they’re consuming things of their own<br />

choice, but they’re actually swallowing down<br />

what the media wants them to. Neither the<br />

government <strong>no</strong>r the media is interested in<br />

offering people a sophisticated, thoughtprovoking<br />

artistic alternative. Brazilian art<br />

production is stimulated as long it sticks to<br />

what is mainstream, which is, actually, very<br />

culture<br />

swisscam nº44 03/2006<br />

21


cultura<br />

culture<br />

low-quality entertainment disguised as “art”.<br />

It is up to the theater to be different, taking<br />

advantage of its artisan quality and its<br />

strong persuasive capacity. There’s <strong>no</strong>thing<br />

more esthetically or intellectually exciting<br />

than watching a theater presentation. We rely<br />

on the audience’s intelligence to turn “The<br />

Breakdown” into a success, since we already<br />

have all “market” elements we need: a great<br />

script, an experienced and talented cast, a<br />

comfortable and conveniently located theater,<br />

and reasonably priced tickets. As an<br />

artistic director, I’ll be happy if I don’t stand<br />

on people’s way...<br />

How did you get financing<br />

for the project?<br />

JH: Although our project enjoys the benefits<br />

of the Cultural Incentive Act, both in the<br />

federal and state (RJ) sphere, we’ve been<br />

working since 2005 to present it to companies<br />

interested in sponsoring it. We’ve contacted<br />

dozens of companies, many of which<br />

have traditionally invested in the cultural area.<br />

We haven’t received any kind of sponsorship,<br />

but we’re aware that last year was a very<br />

difficult year for getting sponsorship in general.<br />

We finally decided <strong>no</strong>t to postpone the<br />

premiere anymore, and made all possible<br />

efforts to make it happen. So we premiered<br />

in Rio using our own resources, collected<br />

among friends and relatives, who’ll probably<br />

never have their savings back. Theater in<br />

Brazil today is <strong>no</strong>t financially viable, unless<br />

you have sponsors. As we believe in our work<br />

with “The Breakdown”, we’re confident we’ll<br />

find some corporate sponsors to underwrite<br />

the cost of staging the play in Sao Paulo<br />

and in other parts of the country.<br />

In addition to the theater<br />

presentations, “The Breakdown”<br />

will be shown at the “Casa da<br />

Suíça” restaurant. Why’s that?<br />

JH: It’s <strong>no</strong>t just because it’s something new.<br />

In the play, retired lawyers play “court” while<br />

they enjoy a five-star banquet. Hence the idea<br />

to have an event that’d allow the audience<br />

to participate in the characters’ gastro<strong>no</strong>mic<br />

orgy, where they could enjoy the gourmet<br />

inventions of Mademoiselle Simone, the<br />

jesters’ cook. “Casa da Suíça” joined this<br />

artistic adventure by becoming our partner.<br />

The menu chosen for the play, especially for<br />

the theater presentations (where the actors<br />

really eat), is supervised by Volkmar<br />

Wendlinger, the restaurant’s chef. If it were<br />

<strong>no</strong>t for “The Breakdown”, this restaurant<br />

event wouldn’t make any sense.<br />

Play:<br />

Playwright:<br />

Translation:<br />

Adaptation Script:<br />

Director:<br />

Cast:<br />

The Breakdown<br />

Friedrich Dürrenmatt<br />

Marcelo Rondinelli<br />

Nilo Batista<br />

José Henrique Moreira<br />

Antonio Pedro, Henrique<br />

César, Cláudio Tovar,<br />

Henrique Pag<strong>no</strong>ncelli, Sílvia<br />

Monte, Antonio Alves and<br />

Cezar Conze<br />

Shows: March 9 to May 7<br />

Time: Thursday through Saturday,<br />

9pm; Sunday, 8pm.<br />

Where: Teatro Villa-Lobos<br />

Address: Av. Princesa Isabel, 440<br />

Copacabana, Rio de Janeiro<br />

Special presentations:<br />

Casa da Suíça<br />

Restaurant<br />

Shows: March 15 to May 3<br />

Time: Wednesday, 8pm<br />

Address: Rua Cândido Mendes, 157<br />

Glória, Rio de Janeiro<br />

To see the play in the<br />

restaurant, call:<br />

Caravana Produções<br />

(21) 2227-0208<br />

Espetáculo:<br />

Autor:<br />

Tradução:<br />

Adaptação:<br />

Direção:<br />

Elenco:<br />

A Pane<br />

Friedrich Dürrenmatt<br />

Marcelo Rondinelli<br />

Nilo Batista<br />

José Henrique Moreira<br />

Antonio Pedro, Henrique César,<br />

Cláudio Tovar, Henrique Pag<strong>no</strong>ncelli,<br />

Sílvia Monte, Antonio Alves<br />

e Cezar Conze<br />

Temporada: de 9 de março a 7 de maio<br />

Horário: quinta-feira a sábado, às 21h;<br />

domingo, às 20h<br />

Local: Teatro Villa-Lobos<br />

Endereço: Av. Princesa Isabel, 440<br />

Copacabana, Rio de Janeiro<br />

Temporada especial:<br />

Restaurante<br />

Casa da Suíça<br />

de 15 de março<br />

a 3 de maio<br />

Horário: quarta-feira, às 20h<br />

Endereço: Rua Cândido Mendes, 157<br />

Glória, Rio de Janeiro<br />

Contatos para compra de<br />

apresentações <strong>no</strong> restaurante:<br />

Caravana Produções<br />

(21) 2227-0208<br />

Fotos: Divulgação<br />

22 swisscam nº44 03/2006


Entrevista com<br />

o diretor teatral<br />

José Henrique,<br />

que traz obra<br />

de Dürrenmatt<br />

ao Rio<br />

José Henrique Moreira,<br />

diretor de teatro - director<br />

F<br />

riedrich Dürrenmatt é um escritor<br />

suíço muito conhecido.<br />

E <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>? Qual é o grau de importância<br />

que as obras dele têm<br />

<strong>no</strong> teatro brasileiro?<br />

JH: Embora “A Pane” seja inédita em <strong>no</strong>ssos<br />

palcos, o teatro brasileiro já produziu<br />

diversas montagens das obras mais conhecidas<br />

de Dürrenmatt, como “A Visita da<br />

Velha Senhora” e “Os Físicos”. Fernanda<br />

Montenegro, por exemplo, atuou com<br />

grande sucesso em “Seria Cômico se não<br />

Fosse Sério”, na década de 70. O autor<br />

suíço é muito admirado pelos artistas brasileiros,<br />

especialmente pela criação de personagens<br />

que são um verdadeiro presente<br />

para os seus intérpretes, como também<br />

ocorre em “A Pane”.<br />

O que o levou a escolher o conto<br />

‘A Pane’ e ainda transformá-lo em<br />

peça de teatro?<br />

JH: A escolha decorreu, inicialmente, do<br />

tema do conto. O projeto “Teatro na Justiça”,<br />

do Departamento Cultural da Escola<br />

da Magistratura do Rio de Janeiro, leva<br />

ao palco desde 1999, sob minha direção,<br />

peças que falam do mundo do Direito e da<br />

Justiça. Com “A Pane” ocorreu uma feliz<br />

coincidência, pois descobrimos, ao mesmo<br />

tempo, o conto e sua adaptação para o<br />

teatro, feita por ninguém me<strong>no</strong>s do que<br />

um grande advogado criminalista carioca,<br />

o Dr. Nilo Batista. Então, além da genial<br />

trama de Dürrenmatt, contamos com a<br />

experiência de um profissional com absoluto<br />

domínio do métier e do vocabulário<br />

dos tribunais criminais. O resultado é uma<br />

extraordinária comédia, que alia diversão<br />

e inteligência.<br />

Na peça, que consiste em um julgamento<br />

encenado, o réu admite, e<br />

com orgulho, ter assassinado o seu<br />

chefe. Por isto, ele é condenado,<br />

por um juiz já bastante bêbado, à<br />

pena de morte. Na <strong>no</strong>ssa realidade,<br />

o réu <strong>no</strong>rmalmente nunca assume o<br />

crime. Qual é a sua reflexão pessoal<br />

sobre esta diferença e de que forma<br />

o público brasileiro vai interpretar<br />

o ‘absurdo’ da peça de Dürrenmatt?<br />

JH: “A Pane” não é uma crítica ao comportamento<br />

crimi<strong>no</strong>so, que já tem a sua condenação<br />

moral suficientemente registrada<br />

em leis e instalações carcerárias. Ninguém<br />

pode esperar outra atitude de um réu, em<br />

qualquer lugar e a qualquer tempo, senão<br />

a sua tentativa de defesa. A reação “absurda”<br />

de Alfredo Traps, protagonista da<br />

peça, é coerente na medida em que ele se<br />

descobre, durante aquele divertido “banquete-julgamento”,<br />

um homem capaz de<br />

praticar uma ação grandiosa, o crime do<br />

século. O <strong>Brasil</strong>, que já foi um “país de<br />

oportunidades” para imigrantes de todas<br />

as partes do mundo, inclusive da Suíça,<br />

hoje é um “país de oportunistas”, como<br />

Alfredo Traps, que buscam o sucesso<br />

material a qualquer preço e não se importam<br />

com valores huma<strong>no</strong>s mais essenciais. “A<br />

Pane” é a história de tantos “Alfredos” por<br />

aí, que aprenderam a fazer fortuna, mas<br />

não sabem nada sobre si mesmos. É deles<br />

que estamos rindo.<br />

No <strong>Brasil</strong>, a mídia está muito focada<br />

em glamour passageiro e em pessoas<br />

famosas da TV, da música e da<br />

moda. O teatro não desperta o mesmo<br />

interesse e atende a um público<br />

diferente e me<strong>no</strong>s numeroso.<br />

Como você explica este fato e qual<br />

é a sua estratégia para chamar a<br />

atenção do público para assistir<br />

à peça ‘A Pane’?<br />

JH: A “cultura de celebridades” é um fenôme<strong>no</strong><br />

do mundo inteiro, mas em <strong>no</strong>sso<br />

país ganha contor<strong>no</strong>s graves pela ausência<br />

de um sistema educacional de qualidade,<br />

que acaba substituído pelos meios de<br />

cultura<br />

culture<br />

swisscam nº44 03/2006<br />

23


comunicação de massa, sobretudo a televisão.<br />

O <strong>Brasil</strong>, como eu já disse antes, é<br />

uma fábrica de “Alfredos”, que pensam<br />

ser do seu gosto, em termos de cultura,<br />

aquilo que na verdade é o que a grande<br />

mídia lhes permite consumir. Não há interesse,<br />

nem da parte do gover<strong>no</strong>, nem dos<br />

meios de comunicação, em propiciar ao<br />

povo uma produção artística sofisticada,<br />

que faça pensar. O que se incentiva e produz<br />

é apenas a confirmação do mainstream,<br />

vendido como “Arte”, mas que não passa<br />

de entretenimento de baixíssima qualidade.<br />

Cabe ao teatro fazer a diferença exatamente<br />

porque é artesanal em sua produção,<br />

mas violento em sua capacidade persuasiva.<br />

Não existe experiência estética ou<br />

intelectual mais forte do que assistir a uma<br />

peça de teatro. É nessa inteligência do<br />

público que estamos confiando para fazer<br />

de “A Pane” um sucesso, porque já temos<br />

todos os outros elementos “de mercado”:<br />

ótimo texto, elenco experiente e talentoso,<br />

teatro confortável e bem localizado, preço<br />

acessível. Como diretor artístico, se eu<br />

não atrapalhar muito já fiz a minha parte...<br />

Como você conseguiu realizar<br />

o financiamento do projeto?<br />

JH: Apesar de integralmente aprovado nas<br />

leis de incentivo à cultura, tanto na esfera<br />

federal quanto na estadual (RJ), passamos<br />

todo o a<strong>no</strong> de 2005, e continuamos agora<br />

em 2006, apresentando o <strong>no</strong>sso projeto a<br />

dezenas de empresas, dentre as quais<br />

várias com tradição em investimento cultural.<br />

Não conseguimos nem um tostão,<br />

mas todos consideram que o a<strong>no</strong> passado<br />

foi muito difícil para o mercado de patrocínios.<br />

Afinal, decidimos que não era mais<br />

possível adiar a estréia do espetáculo, e<br />

que essa realização valeria qualquer sacrifício.<br />

Então tocamos a temporada <strong>no</strong> Rio<br />

com recursos próprios, levantados com<br />

amigos e parentes que provavelmente<br />

nunca verão de volta suas eco<strong>no</strong>mias. O<br />

teatro <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, hoje, é uma atividade<br />

deficitária e não sobrevive sem patrocínios.<br />

Como “A Pane” é um projeto que tem<br />

toda a <strong>no</strong>ssa confiança, acreditamos que<br />

apareçam, para uma temporada em São<br />

Paulo e viagem pelo país, empresas interessadas.<br />

Além da temporada <strong>no</strong> teatro,<br />

“A Pane” será também representada<br />

num restaurante, a “Casa da Suíça”.<br />

Por que essa <strong>no</strong>vidade?<br />

JH: Não é pela “<strong>no</strong>vidade” em si. Em “A<br />

Pane”, juristas aposentados brincam de<br />

tribunal enquanto saboreiam o que há de<br />

melhor em comidas e vinhos. Daí surgiu a<br />

idéia de um evento que incluísse o público<br />

na orgia gastronômica dos personagens,<br />

saboreando as deliciosas invenções de<br />

Mademoiselle Simone, a cozinheira dos<br />

brincalhões. A “Casa da Suíça” adotou<br />

essa aventura artística e se tor<strong>no</strong>u <strong>no</strong>ssa<br />

parceira. O cardápio desenvolvido para a<br />

peça, mesmo nas apresentações <strong>no</strong> teatro<br />

(em que os atores comem de verdade),<br />

tem o aval do chef do restaurante, Volkmar<br />

Wendlinger. Se não fosse “A Pane”, essa<br />

“<strong>no</strong>vidade” não faria nenhum sentido.


Estande coletivo <strong>no</strong> CIOSP, Congresso<br />

Internacional de Odontologia de São Paulo<br />

Collective stand at CIOSP <strong>–</strong> Congresso Internacional<br />

de Odontologia in Sao Paulo<br />

Pela primeira vez a SWISSCAM organizou<br />

um estande coletivo <strong>no</strong> CIOSP,<br />

Congresso Internacional de Odontologia<br />

de São Paulo, o evento mais importante<br />

do setor na América Latina e o segundo<br />

maior do mundo em visitação. Seis empresas<br />

suíças expuseram seus produtos<br />

num espaço de 96m 2 , trazendo uma série<br />

de <strong>no</strong>vidades para o mercado brasileiro.<br />

As empresas representadas foram:<br />

Bien Air: Instrumentação e aparelhos<br />

dentais - www.bienair.ch<br />

Curaden: Competência e eficiência<br />

em higiene bucal. Escovas<br />

interdentais, escovas dentais, fios e<br />

fitas dentais - www.curaden.ch<br />

EMS: Especializada em profilaxia,<br />

endodontia, periodontia e clareamento<br />

dental - www.ems-dent.ch<br />

FKG: Instrumentos em NiTi para preparo<br />

de condutos radiculares, matrizes,<br />

e outros - www.fkg.ch<br />

Jota: Instrumentos rotativos de<br />

carbide e diamante - www.jota.ch<br />

Tor<strong>no</strong>s: Máquinas para produção de<br />

implantes dentais e médicos -<br />

www.tor<strong>no</strong>s.ch<br />

T<br />

his year, SWISSCAM organized its first<br />

collective stand at CIOSP <strong>–</strong> Congresso<br />

Internacional de Odontologia in Sao Paulo,<br />

the sector’s most important event in Latin<br />

America and the second largest event in the<br />

world in number of visitors. Six Swiss companies<br />

showed their products in the 96 sq<br />

meter stand, including new launches for the<br />

Brazilian market.<br />

The exhibiting companies were:<br />

Bien Air: Dental and surgery<br />

equipment - www.bienair.ch<br />

Curaden: Expertise and efficiency<br />

in oral hygiene. Interdental brushes,<br />

toothbrushes, dental floss and floss<br />

tapes <strong>–</strong> www.curaden.ch<br />

EMS: Specialized in prophylaxis,<br />

endodontics, periodonty, and teeth<br />

whitening <strong>–</strong> www.ems.dent.ch<br />

FKG: Nickel-titanium instruments for<br />

preparation of root canals, matrixes,<br />

and other products <strong>–</strong> www.fkg.ch<br />

Jota: Carbide and diamond rotary<br />

instruments <strong>–</strong> www.jota.ch<br />

Tor<strong>no</strong>s: Machines for manufacturing<br />

dental and medical implants <strong>–</strong><br />

www.tor<strong>no</strong>s.ch<br />

Tec<strong>no</strong>logia suíça para o mercado brasileiro<br />

Swiss tech<strong>no</strong>logy for the Brazilian market<br />

<strong>no</strong>tícias da swisscam<br />

swisscam news<br />

Os expositores suíços ficaram satisfeitos<br />

com o evento, que durou cinco dias, e<br />

mostraram interesse em voltar <strong>no</strong>vamente<br />

<strong>no</strong> a<strong>no</strong> que vem.<br />

The event, which lasted five days, met<br />

the expectations of the Swiss exhibitors,<br />

who showed interest in coming back<br />

next year.<br />

Estande coletivo da SWISSCAM <strong>no</strong> CIOSP<br />

SWISSCAM’s pavilion at CIOSP<br />

Atendimento simpático <strong>no</strong> estande<br />

Friendly reception at the stand<br />

Como atrativo especial foi sorteada entre os<br />

congressistas uma passagem para a Suíça com<br />

hospedagem de cinco <strong>no</strong>ites. O sorteio trouxe ao<br />

estande suíço 3.500 pessoas que vieram depositar<br />

seu cupom na urna. A feliz vencedora é Ana<br />

Paula Della Barba de Oliveira.<br />

The visitors to the event had the chance to win a<br />

trip to Switzerland with accommodation in a fivestar<br />

hotel. This way, the Swiss stand attracted<br />

3,500 people, who wanted to enter the draw to<br />

win the trip. The happy winner was Ana Paula<br />

Della Barba de Oliveira.<br />

swisscam nº44 03/2006<br />

25


Seminário “A abertura do mercado de resseguros <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>”<br />

Seminar “Opening the Reinsurance Market in Brazil”<br />

A<br />

SWISSCAM Rio optou <strong>no</strong> mês de<br />

<strong>no</strong>vembro por promover um miniseminário<br />

sob o título “A abertura do mercado<br />

de resseguros <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>”.<br />

Essa questão vem sendo discutida após<br />

declarações de algumas autoridades<br />

federais e pode representar um relevante<br />

fator de desenvolvimento da eco<strong>no</strong>mia<br />

brasileira.<br />

O encontro, que reuniu quase 80 pessoas<br />

e a imprensa, aconteceu <strong>no</strong> Salão Fênix<br />

do tradicional Clube America<strong>no</strong> do Rio de<br />

Janeiro. Contamos com os abalizados<br />

conhecimentos profissionais dos Srs.<br />

Henrique de Oliveira, Swiss Re; Hilton<br />

Aqui<strong>no</strong>, Net Premium; Roberto Rocha<br />

Azevedo, Mex Brit e Roberto de Castro,<br />

IRB <strong>–</strong> Re <strong>Brasil</strong>, como <strong>no</strong>ssos<br />

palestrantes.<br />

Agradecemos a todos aqueles que, de<br />

alguma forma, contribuem e participam de<br />

<strong>no</strong>ssas atividades <strong>no</strong> Rio de Janeiro.<br />

I<br />

n November, SWISSCAM Rio organized<br />

the mini-seminar “Opening the Reinsurance<br />

Market in Brazil”.<br />

This issue has been debated since it was<br />

brought up by federal authorities, and it can<br />

play a significant role in the development of<br />

the Brazilian eco<strong>no</strong>my.<br />

The event, which gathered about 80 guests<br />

and the press, was held at the Salão Fenix<br />

of the traditional American Club in Rio de<br />

Janeiro. Our guest speakers were Mr.<br />

Henrique de Oliveira from Swiss Re, Hilton<br />

Aqui<strong>no</strong> from Net Premium, Roberto Rocha<br />

Azevedo from Mex Britt, and Roberto de<br />

Castro from IRB-Re Brazil, who shared their<br />

professional k<strong>no</strong>wledge with the audience.<br />

We would like to thank all the people who<br />

have contributed in any way and/or participated<br />

in our events in Rio de Janeiro.<br />

Novos associados<br />

New Members<br />

Baker & McKenzie<br />

Advocacia e consultoria jurídica<br />

Legal and legal consulting<br />

Associado na Suíça - Swiss Member<br />

Di Blasi, Parente, Soerensen<br />

Garcia e Associados S/C<br />

Advocacia e consultoria jurídica<br />

Legal and legal consulting<br />

Institucional I<br />

Gusto Distribuidora<br />

Alimentício e Agrícola - Food and Agricultural<br />

Institucional I<br />

Maag, Patrik Stephan<br />

Pessoa Física - Individual<br />

Associado na Suíça - Swiss Member<br />

O Ponto<br />

Agrícola - Agricultural<br />

Institucional I<br />

Sanasoft Tec<strong>no</strong>logia<br />

e Informática Ltda.<br />

Telecomunicações e Tec<strong>no</strong>logia de Informática<br />

Telecommunication and IT<br />

Institutional I


End of year<br />

celebration and<br />

SWISSCAM’s<br />

60 th anniversary<br />

N<br />

obody regretted coming ... those who<br />

could <strong>no</strong>t make it do <strong>no</strong>t k<strong>no</strong>w what<br />

they missed.<br />

Last year, we decided to do something original<br />

to celebrate the end of the year; we invited<br />

our members to a dance and cocktail party<br />

at Casa da Suíça, one of the most sophisticated<br />

and traditional restaurants in Rio de<br />

Janeiro, giving those present the chance to<br />

win a trip to Switzerland.<br />

There were plenty of reasons to make us<br />

want to guarantee a successful event with<br />

lots of energy and amusement. In addition<br />

to the Chamber’s performance in providing<br />

its members with institutional support for<br />

taking advantage of business opportunities,<br />

which amounted to many thousands of<br />

dollars in 2005, we were also celebrating the<br />

institution’s 60 th anniversary and its dedication<br />

to entrepreneurs of different segments<br />

and nationalities.<br />

As the restaurant’s tasty food was served,<br />

our guests had a great time on the dance<br />

floor, dancing and singing to the sound of<br />

great international songs, performed live by<br />

talented singer Marco Vivan.<br />

Finally, the most expected moment arrived<br />

with one of our guests winning a trip to Switzerland,<br />

offered by Swiss International Air Lines.<br />

Our project was successful thanks to the<br />

companies that provided us with the necessary<br />

support and shared this important moment<br />

with us.<br />

We would like to express our sincere thanks<br />

to Amelzônia (Mr. Rudolf Steiger and Mr.<br />

José Neto), Chamma da Amazônia (Mrs.<br />

Maria Consuelo Bernardes and Mrs. Arésia<br />

Cristina Montesco), Colortronic (Mr. Daniel<br />

Folly), Copa Sul Hotel (Mr. Alexandre<br />

Sampaio), Lidador (Mr. Cabral), Luiz Ferreira<br />

Flower Designer (Mr. Luiz Ferreira and Mr.<br />

Eduardo de Oliveira), Gate Gourmet (Mr.<br />

Carlos Bittar), and Swiss International Air<br />

Lines (Nádia Kardous) for their sponsorship.<br />

Our wishes of success to all SWISSCAM’S<br />

members and sponsors. We also wish a<br />

great trip to Mr. Mario Magalhães, winner<br />

of the trip to Switzerland.<br />

Q<br />

SWISSCAM Rio<br />

Comemoração de final de a<strong>no</strong><br />

e 60 a<strong>no</strong>s da SWISSCAM<br />

uem esteve presente, não se arrependeu.<br />

Aquele que não compareceu,<br />

não sabe o que perdeu.<br />

Decidimos encerrar as atividades SWISS-<br />

CAM Rio de uma maneira original, realizando<br />

um coquetel dançante, com sorteio<br />

de uma passagem aérea para a Suíça, em<br />

um dos mais requintados e tradicionais<br />

restaurantes da cidade do Rio de Janeiro,<br />

a Casa da Suíça.<br />

O evento contou com o apoio de diversos<br />

patrocinadores - The event was sponsored<br />

by different companies<br />

Não faltaram motivos para que <strong>no</strong>sso<br />

projeto fosse um sucesso absoluto <strong>no</strong>s<br />

quesitos de animação e de descontração.<br />

Além de <strong>no</strong>ssa performance quanto ao<br />

apoio institucional na geração de negócios,<br />

que ultrapassaram a casa dos milhares de<br />

O feliz vencedor<br />

da passagem<br />

para a Suíça é<br />

Sr. Mário Magalhães<br />

The happy winner<br />

of the trip was<br />

Mr. Mário Magalhães<br />

dólares <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 2005, esta instituição<br />

comemorava o aniversário de sessenta a<strong>no</strong>s<br />

de fundação e de dedicação aos empresários<br />

dos mais diversos segmentos e nacionalidades.<br />

Na medida em que delícias gastronômicas<br />

iam sendo servidas, os convidados dançavam<br />

e cantavam ao som dos melhores e<br />

mais consagrados títulos da música internacional,<br />

interpretados ao vivo, pelo<br />

talentoso cantor Marco Vivan.<br />

Ao térmi<strong>no</strong> da <strong>no</strong>ite e chegado o momento<br />

mais esperado da reunião, foi sorteado o<br />

bilhete aéreo oferecido pela Swiss International<br />

Air Lines.<br />

Para que fosse possível concretizar esse<br />

projeto, foi imprescindível o apoio das<br />

empresas que se interessaram em participar<br />

deste importante momento co<strong>no</strong>sco.<br />

Agradecemos imensamente à Amelzônia<br />

(Srs. Rudolf Steiger e José Neto), à<br />

Chamma da Amazônia (Sras. Ma.<br />

Consuelo Bernardes e Arésia Cristina<br />

Montesco), à Colortronic (Sr. Daniel<br />

Folly), ao Copa Sul Hotel (Sr. Alexandre<br />

Sampaio), à Lidador (Sr. Cabral), a Luiz<br />

Ferreira Flowers Designer (Srs. Luiz<br />

Ferreira e Eduardo de Oliveira), à Gate<br />

Gourmet (Sr. Carlos Bittar) e à Swiss<br />

International Air Lines (Nádia Kardous)<br />

pelos patrocínios oferecidos.<br />

Desejamos muito sucesso a todos os<br />

associados e patrocinadores SWISSCAM<br />

e ao feliz ganhador do sorteio, Sr. Mário<br />

Magalhães, uma ótima viagem à<br />

Suíça.<br />

<strong>no</strong>tícias da swisscam<br />

swisscam news<br />

swisscam nº44 03/2006<br />

27


Madrid Protocol Seminar<br />

On March 13, following the suggestion<br />

of NetPremium Seguros, one of our<br />

member companies, SWISSCAM Rio held a<br />

meeting at the National Trade Confederation<br />

(CNC), where eleven guests representing<br />

different entities and companies discussed<br />

the various eco<strong>no</strong>mic aspects related to<br />

Brazil’s eventual signature of the Madrid<br />

Protocol. The protocol is a legal document<br />

that regulates international trademark and<br />

patent registration, and has already been<br />

signed by 78 countries.<br />

The seminar was opened by Dr. Andréia<br />

Gomes, a lawyer with Tozzini, Freire, Teixeira<br />

& Silva Advogados, who introduced to the<br />

audience Brazilian and foreign subject-matter<br />

specialists on this topic of great relevance<br />

for international trade.<br />

Jane Collins (Syngenta, Switzerland) and<br />

Gerhard Bauer (DaimlerChrysler, Germany)<br />

explained the simplicity, the savings, and the<br />

safety provided by trademark registration<br />

under the Madrid Protocol, and their remarks<br />

were in line with the views of Dr. José Graça<br />

Aranha, director of WIPO (World Intellectual<br />

Property Organization).<br />

Fernanda Falcão from In<strong>no</strong>va, a Brazilian<br />

company, called the audience’s attention to<br />

the high cost involved in trademark registration<br />

in the countries that have <strong>no</strong>t signed the<br />

protocol, and admitted that the cost/benefit<br />

ratio is <strong>no</strong>t always favorable. Marcelo Peviani,<br />

from Editora Abril, which ranks fourth in the<br />

global ranking of weekly magazine publishing,<br />

also defends adhesion to the protocol<br />

and agrees it is necessary to facilitate the<br />

registration process and improve the international<br />

perception of our country.<br />

Luiz Henrique do Amaral and Gabriel<br />

Leonardos, from Dannemann, Bigler, and<br />

Momsen, Leonardos, respectively, mentioned<br />

the fact that Brazil might <strong>no</strong>t be ready to<br />

sign the protocol due to the slow and more<br />

complex political procedures that will have<br />

to be followed to meet the terms of the<br />

protocol. They also pointed out to the six<br />

years it takes to register a trademark with<br />

the INPI (National Institute of Intellectual<br />

Property) as a critical factor.<br />

Palestrantes - Speakers: Bauer, Peviani,<br />

Machado, Collins, Falcão, Gomes, Aranha,<br />

Amaral, Ávila, Leonardos, Temporal<br />

SWISSCAM Rio<br />

Jorge Ávila, vice-president of INPI and moderator<br />

in the first panel, stated that the institute<br />

would soon begin using the new computerized<br />

trademark registration system.<br />

He highlighted the possibility of requesting<br />

registration online, thus eliminating paper registration.<br />

As the team of reviewers will<br />

triple, the situation is expected to get under<br />

control by the end of 2007. He is confident<br />

that the country and its agencies will be able<br />

to deal with the consequences resulting<br />

from signature of the Madrid Protocol.<br />

FIRJAN was represented in the meeting by<br />

Dr. Amaury Temporal, who performed his<br />

role as moderator of the second panel with<br />

brilliance and wit.<br />

Also present was Dr. Eduardo Machado,<br />

from Montaury Pimenta, Machado & Lioce,<br />

who was kind e<strong>no</strong>ugh to provide us with<br />

support to organize the event.


Seminário<br />

Protocolo de Madri<br />

A<br />

SWISSCAM Rio reuniu, <strong>no</strong> dia 13/03,<br />

na Confederação Nacional de Comércio,<br />

por sugestão do <strong>no</strong>sso associado<br />

NetPremium Seguros, onze representantes<br />

de entidades e empresas para abordar os<br />

diversos aspectos econômicos da eventual<br />

adesão do <strong>Brasil</strong> ao Protocolo de Madri, o<br />

documento jurídico internacional que regula<br />

o registro de marcas e patentes e que já<br />

foi subscrito por 78 países ao redor do<br />

mundo.<br />

O seminário, cujo discurso de abertura foi<br />

proferido pela Dra. Andréia Gomes, advogada<br />

da Tozzini, Freire, Teixeira & Silva<br />

Advogados, proporcio<strong>no</strong>u aos ouvintes a<br />

oportunidade de conhecer a opinião de<br />

especialistas brasileiros e estrangeiros deste<br />

segmento tão relevante para o comércio<br />

internacional.<br />

Jane Collins (Syngenta, Suíça) e Gerhard<br />

Bauer (DaimlerChrysler, Alemanha) demonstraram<br />

a simplicidade, a eco<strong>no</strong>mia e<br />

a segurança que advêm do registro de<br />

marcas através do Protocolo de Madri e<br />

contaram com a abalizada e indiscutível<br />

anuência do Dr. José Graça Aranha, diretor<br />

da OMPI (Organização Mundial da Propriedade<br />

Intelectual).<br />

A representante da empresa brasileira<br />

In<strong>no</strong>va, Fernanda Falcão, mencio<strong>no</strong>u o<br />

elevado custo para o registro de marcas<br />

<strong>no</strong>s países não-signatários e concluiu que<br />

a relação custo/benefício nem sempre é<br />

favorável. Marcelo Peviani da Editora Abril,<br />

a quarta empresa de publicação semanal<br />

<strong>no</strong> ranking internacional, também é adepto<br />

à adesão e acredita na facilitação do processo<br />

de registro e na melhoria da percepção<br />

internacional relativa à imagem<br />

nacional a partir de então.<br />

Luiz Henrique do Amaral e Gabriel<br />

Leonardos, representantes da Dannemann,<br />

Bigler e da Momsen, Leonardos, respectivamente,<br />

alertaram que o <strong>Brasil</strong> pode não<br />

estar preparado para assinar o Protocolo<br />

devido à lentidão e à complexidade do<br />

procedimento político decorrente da subscrição<br />

do Protocolo de Madri. Pontuaram,<br />

ainda, a demora de seis a<strong>no</strong>s para registrar<br />

uma marca <strong>no</strong> INPI (Instituto Nacional da<br />

Propriedade Intelectual) como fator complicador.<br />

Jorge Ávila, vice-presidente do INPI e<br />

moderador do primeiro painel, afirmou que<br />

o sistema informatizado para registro de<br />

marcas deve entrar em funcionamento em<br />

breve, enfatizou a possibilidade de se fazer<br />

o registro on-line e a conseqüente eliminação<br />

dos processos impressos. O quadro<br />

de examinadores será triplicado e, até o<br />

final de 2007, a situação estará controlada.<br />

Ele está confiante que o país e seus órgãos<br />

estão preparados para suportar as<br />

conseqüências oriundas da adesão ao<br />

Protocolo de Madri.<br />

A FIRJAN esteve presente através da<br />

participação do conceituado Dr. Amaury<br />

Temporal, que exerceu com maestria e<br />

muito bom humor seu papel de moderador<br />

do segundo painel.<br />

Integrou a mesa o Dr. Eduardo Machado,<br />

do escritório Montaury Pimenta, Machado<br />

& Lioce que <strong>no</strong>s apoiou gentilmente durante<br />

a organização deste evento.<br />

<strong>no</strong>tícias da swisscam<br />

swisscam news<br />

C<br />

om um evento nas instalações da<br />

própria SWISSCAM, realizamos a já<br />

conhecida festa de confraternização dos<br />

<strong>no</strong>ssos associados. Tivemos um jantar com<br />

a famosa raclette suíça preparada pelo<br />

Restaurante Helvetia e em um clima de des-<br />

Festa em São Paulo<br />

End-of-year Party<br />

contração e confraternização entre os mais<br />

de 60 participantes. Com agradável música<br />

ao vivo e muita diversão, a SWISSCAM<br />

comemorou em grande estilo também os<br />

seus 60 a<strong>no</strong>s desde a sua fundação.<br />

Once more, SWISSCAM has organized<br />

its traditional end-of-year celebration<br />

for our members. With an attendance of over<br />

60 guests, the event was held at the Chamber’s<br />

facilities, where our members could enjoy a<br />

relaxing and festive atmosphere while savoring<br />

the famous Swiss raclette prepared by<br />

the Helvetia Restaurant. Live music brightened<br />

the event, which also celebrate<br />

SWISSCAM’s 60 th anniversary.<br />

Festa na SWISSCAM<br />

com música ao vivo do<br />

saxofonista Waldir Balleiras<br />

Party at SWISSCAM and<br />

live music with saxophonist<br />

Waldir Balleiras<br />

swisscam nº44 03/2006<br />

29


<strong>no</strong>tícias da swisscam<br />

Committee activities<br />

from November 2005<br />

to February 2006<br />

HR Committee<br />

November 25 | Presentation “Learning Organizations”<br />

by Maria Thereza R. C. Soares, Master in Business<br />

Administration and Professor at Mackenzie University<br />

January 23 | Meeting to define topics and speakers<br />

for 2006<br />

February 22 | Presentation “Investing in people and<br />

believing in their potential, offering jobs to prisoners<br />

and apprentices”, by Solange Senese, from FUNAP<br />

(Fundação de Amparo ao Preso), and Marcello<br />

Cunha, from Sao Paulo Rotary Club and IPP<br />

(Instituto Profissionalizante Paulista)<br />

Atividades<br />

dos comitês<br />

Novembro 2005 a Fevereiro de 2006<br />

Comitê de RH<br />

25 de <strong>no</strong>vembro | “Organizações de Aprendizagem”,<br />

ministrada por Maria Thereza R.C. Soares, Mestre<br />

em Administração de Empresas e Docente da<br />

Universidade Mackenzie<br />

23 de janeiro | Definição de temas e palestrantes<br />

para o a<strong>no</strong> de 2006<br />

22 de fevereiro | Palestra “Investir em pessoas e<br />

acreditar <strong>no</strong> seu potencial, oferecendo trabalho<br />

para presos e aprendizes”, ministrada por Solange<br />

Senese, FUNAP (Fundação de Amparo ao Preso) e<br />

Marcello Cunha, representante do Rotary Clube São<br />

Paulo e do IPP (Instituto Profissionalizante Paulista)<br />

swisscam news<br />

Na Assembléia Geral Ordinária é<br />

apresentado o Relatório Anual 2005<br />

com a Lista de Associados 2006.<br />

A capa é ilustrada com a obra ‘la<br />

lettera N’ de 1973, do artista suíço<br />

Max Bill. - The work ‘la lettera N’,<br />

1973, by the Swiss artist Max Bill<br />

O Relatório Anual pode ser<br />

solicitado na SWISSCAM:<br />

Preço R$ 100,00.<br />

The Annual Report can be<br />

ordered from SWISSCAM<br />

for R$ 100,00.<br />

Environment and<br />

Sustainability Committee<br />

November 8 | Presentation ‘Increasing profitability of<br />

industrial projects through generating and selling<br />

carbon credits”, by Mr. Rodrigo Weiss, from Factor<br />

Consulting + Management AG<br />

February 23 | Meeting to define topics and speakers<br />

for 2006<br />

Legal Committee<br />

February 24 | Meeting to define topics and speakers<br />

for 2006<br />

Comitê de Meio Ambiente<br />

e Sustentabilidade<br />

8 de <strong>no</strong>vembro | “Aumentando a rentabilidade de<br />

projetos industriais por meio da geração e venda<br />

de créditos de carbo<strong>no</strong>”, com o Sr. Rodrigo Weiss,<br />

Factor Consulting + Management AG<br />

23 de fevereiro | Definição de temas e palestrantes<br />

para o a<strong>no</strong> de 2006<br />

Comitê Jurídico<br />

24 de fevereiro | Definição de temas e palestrantes<br />

para o a<strong>no</strong> de 2006<br />

marketing@swisscam.com.br<br />

Marketing Committee<br />

February 22 | Meeting to define topics and speakers<br />

for 2006<br />

Comitê de Marketing<br />

22 de fevereiro | Definição de temas e palestrantes<br />

para o a<strong>no</strong> de 2006<br />

M<br />

Impressões do Presidents’ Club com Joelmir Beting<br />

Impressions of the Presidents’ Club with Joelmir Beting<br />

Presidents’ Club<br />

ais um a<strong>no</strong> se encerrou e como já é<br />

tradição, a SWISSCAM realizou o<br />

Presidents’ Club, um evento exclusivo para<br />

presidentes e convidados especiais das<br />

empresas associadas à SWISSCAM. Desta<br />

vez pudemos contar com a presença do<br />

ilustre jornalista e comentarista econômico<br />

Joelmir Beting que ministrou uma excelente<br />

palestra a respeito de suas projeções para<br />

o a<strong>no</strong> de 2006. Fez também uma análise<br />

dos acontecimentos de 2005. Falou de<br />

política e eco<strong>no</strong>mia, entre outros assuntos.<br />

O evento, realizado <strong>no</strong> restaurante ‘Bar<br />

des Arts’, foi patrocinado por empresas<br />

associadas à SWISSCAM: ABB, Bühler,<br />

Centroprojekt, Holcim, Novartis, Sero<strong>no</strong>,<br />

T-Systems e Zurich. Recebemos aproximadamente<br />

90 participantes, batendo<br />

todos os recordes nesse evento, o que<br />

<strong>no</strong>s deixou ainda mais satisfeitos.<br />

F<br />

ollowing the Chamber’s tradition,<br />

SWISSCAM hosted, at the end of a<strong>no</strong>ther<br />

year of activities, the President’s Club,<br />

a yearly event exclusively organized for the<br />

presidents of our member companies and<br />

some special guests. This year, our guest<br />

speaker was Joelmir Beting, the re<strong>no</strong>wned<br />

journalist and eco<strong>no</strong>mic columnist, who<br />

presented his forecast for 2006, and made<br />

a review of the major facts of 2005. Among<br />

other subjects, Mr. Beting talked about the<br />

political scenario and the eco<strong>no</strong>my. The event<br />

was held at the Bar des Arts restaurant, and<br />

was sponsored by some of SWISSCAM’s<br />

corporate members, including ABB, Bühler,<br />

Centroprojekt, Holcim, Novartis, Sero<strong>no</strong>,<br />

T-Systems and Zurich. The event had<br />

around 90 participants, the highest number<br />

ever recorded in similar events, a fact<br />

which made us proud.<br />

30 swisscam nº44 03/2006


Vícios da profissão<br />

por Martin Suter<br />

business class<br />

A<br />

nnelise Behringer de fato só tem<br />

32 a<strong>no</strong>s, todavia, de um estilo conservador<br />

e tradicionalista. Ela é a mão<br />

direita - e esquerda - de Imbach, é a sua<br />

memória, seus álibis e sua impenetrável<br />

ante-sala.<br />

A Sra. Behringer está sempre bem arrumada,<br />

é pontual, consciente de seus deveres,<br />

educada, disciplinada e competente, ou<br />

seja: é tudo que o chefe dela, Imbach, não<br />

é. E na mesma medida em que ele aprecia<br />

as qualidades dela, ela admira nele a total<br />

falta das mesmas. Neste fundamento desenvolveu-se,<br />

ao longo dos a<strong>no</strong>s, uma feliz<br />

parceria de trabalho, mesmo sendo ela um<br />

pouco unilateral.<br />

A Sra. Behringer começa o seu expediente<br />

pontualmente às oito horas, porque, a partir<br />

deste horário, o Imbach, teoricamente,<br />

está presente. Na prática ele raramente<br />

chega antes das <strong>no</strong>ve horas, mas a Sra.<br />

Behringer é responsável pelo preenchimento<br />

da lacuna entre a teoria e a prática.<br />

“Oh, que azar, ele esteve aqui por meia<br />

hora, mas já está <strong>no</strong> primeiro compromisso”<br />

diz ela ao primeiro interlocutor que liga<br />

cinco minutos após oito horas.<br />

“O Sr. Imbach esperava a sua chamada<br />

bem antes, agora ele acabou de entrar em<br />

reunião”, é uma das respostas-padrão nesta<br />

fase do dia. Um pouco mais tarde: “Entre<br />

as dez e as onze horas é um péssimo<br />

momento para falar com ele, porque neste<br />

horário sempre ligam todos os ingleses.”<br />

Annelise Behringer já mentiu tantas vezes<br />

por Imbach que, freqüentemente, as respostas<br />

honestas nem vêm mais à sua<br />

cabeça. “Com certeza absoluta”, ela é<br />

capaz de responder ao remetente de uma<br />

carta ainda não respondida, “eu mesma<br />

digitei o documento e o enviei por correio.<br />

O erro deve estar na sua triagem interna”.<br />

tirado do envelope, ela diz: “O Sr. Imbach<br />

acabou de ligar do carro dele. Está preso<br />

<strong>no</strong> trânsito e, infelizmente, terá que postergar<br />

o encontro com você.”<br />

Eles marcam um <strong>no</strong>vo horário para a semana<br />

que vem. O Sr. Mahler tem mãos<br />

bonitas, um lindo corte de cabelo e um<br />

discreto perfume levemente amargo.<br />

Debruçados sobre as agendas, com o rosto<br />

dela perto do dele, a Sra. Behringer de<br />

repente sente a proximidade do Sr. Mahler<br />

de outra maneira do que, digamos, meramente<br />

profissional. Parece que ele sente<br />

o mesmo porque eles levantam os seus<br />

olhares <strong>no</strong> mesmo segundo. Os seus olhos<br />

se encontram e ele gagueja: “Você teria<br />

tempo nesta semana para almoçar comigo?”<br />

“Esta semana é ruim” ela ouve a sua própria<br />

voz dizendo, “mas talvez possamos<br />

remanejar para daqui a duas semanas.”<br />

Copyright © Diogenes Verlag AG Zürich<br />

Alle Rechte vorbehalten<br />

business class<br />

Ilustração: Markus Steiger<br />

“Acabei de transferir uma chamada para<br />

ele. Receio que vá demorar. Você quer<br />

esperar?”<br />

Quando Imbach chega de fato, ele já teve<br />

dez conversas virtuais e realizou meia dúzia<br />

de compromissos inventados. Ele se senta<br />

na sua mesa de trabalho, com o seu café<br />

e os seus jornais, e começa a se atualizar.<br />

Quando Imbach esquece um compromisso,<br />

ela jura de pés juntos: “Nove horas! Não<br />

onze horas! Assim está marcado na agenda<br />

dele e isto confere com a minha. Ele esperou<br />

você uma hora e meia.”<br />

Mesmo quando o gentil Sr. Mahler (trinta e<br />

cinco a<strong>no</strong>s, um metro e <strong>no</strong>venta, esportivo,<br />

charmoso, i<strong>no</strong>centemente divorciado) comparece<br />

pela segunda vez para conversar<br />

com Imbach sobre um relatório, elaborado<br />

cinco semanas atrás, que ainda nem foi<br />

Martin Suter nasceu em 1948 em Zurique<br />

e mora com sua esposa na Espanha e<br />

Guatemala. Foi editor, repórter e roteirista<br />

de cinema e TV. Desde 1991 é escritor<br />

freelancer. Além de romances e roteiros,<br />

escreve colunas para as publicações<br />

suíças Das Magazin e NZZ-Folio<br />

swisscam nº44 03/2006<br />

31


Comunidade suíça <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong><br />

Swiss community in Brazil<br />

diretório<br />

directory<br />

Embaixada da Suíça<br />

Embaixador: Rudolf Bärfuss<br />

SES - Avenida das Nações<br />

quadra 811 - lote 41<br />

70448-900 Brasília - DF<br />

Tel (61) 3443 5500<br />

Fax (61) 3443 5711<br />

vertretung@bra.rep.admin.ch<br />

Consulado Geral da Suíça<br />

em São Paulo<br />

Cônsul Geral: Giambattista Mondada<br />

Avenida Paulista, 1754 - 4° andar<br />

<strong>01</strong>310-920 São Paulo - SP<br />

Tel (11) 3372 8200<br />

Fax (11) 3253 5716<br />

vertretung@sao.rep.admin.ch<br />

Consulado Geral da Suíça<br />

<strong>no</strong> Rio de Janeiro<br />

Cônsul Geral: Klaus Bucher<br />

Consulesa: Claudia Fontana Tobiassen<br />

Rua Cândido Mendes, 157 - 11° andar<br />

20241-220 Rio de Janeiro - RJ<br />

Tel (21) 2221 1867<br />

Fax (21) 2252 3991<br />

vertretung@rio.rep.admin.ch<br />

Consulado da Suíça em<br />

Belo Horizonte<br />

Cônsul Ho<strong>no</strong>rário: Dieter Max Pfeiffer<br />

Rua Paraiba 476 / sala 1002<br />

Funcionários<br />

3<strong>01</strong>30-140 Belo Horizonte - MG<br />

Tel (31) 3261 7732<br />

Fax (31) 3262 1163<br />

dietermax@hotmail.com<br />

Consulado da Suíça<br />

em Curitiba<br />

Cônsul Ho<strong>no</strong>rário: André Larsen<br />

Rua Ladislau Gembaroski, 115<br />

Tomaz Coelho<br />

83707-090 Araucária - PR<br />

Tel (41) 3643 1395<br />

Fax (41) 3643 2357<br />

swissctba@moltecmolas.com.br<br />

Consulado da Suíça<br />

em Fortaleza<br />

Cônsul Ho<strong>no</strong>rário: Marco Corecco<br />

Rua Dona Leopoldina, 697 - Centro<br />

6<strong>01</strong>10-000 Fortaleza - CE<br />

Tel (85) 3226 9444<br />

Cel (85) 9987 3342<br />

Fax (85) 3253 1323<br />

marcocorecco@yahoo.com.br<br />

Consulado da Suíça<br />

em Joinville<br />

Cônsul Ho<strong>no</strong>rário: Alberto Holderegger<br />

Rua Albert Einstein, 119 - Bairro América<br />

89204-310 Joinville - SC<br />

Tel/Fax (47) 3433 1957<br />

swissjoi@terra.com.br<br />

Consulado da Suíça<br />

em Manaus<br />

Cônsul Ho<strong>no</strong>rário: Du<strong>no</strong> Gerber<br />

Rua Monsenhor Coutinho, 688 - Centro<br />

69<strong>01</strong>0-110 Manaus - AM<br />

Tel (92) 3233 4422<br />

Fax (92) 3233 4412<br />

consulado.manaus@swissinfo.org<br />

Consulado da Suíça<br />

em Porto Alegre<br />

Cônsul Ho<strong>no</strong>rário: Ger<strong>no</strong>t Haeberlin<br />

Av. Viena, 279 - São Geraldo<br />

90240-020 Porto Alegre - RS<br />

Tel (51) 3222 2025<br />

Fax (51) 3222 2463<br />

consuladosuicars@terra.com.br<br />

Consulado da Suíça<br />

em Recife<br />

Cônsul Ho<strong>no</strong>rário: Rudolf Fehr Júnior<br />

Av. Presidente Kennedy, 694A<br />

Peixinhos<br />

53230-630 Olinda - PE<br />

Tel/Fax (81) 3439 4545<br />

icosa@matrix.com.br<br />

Consulado da Suíça<br />

em Salvador<br />

Cônsul Ho<strong>no</strong>rário: Adria<strong>no</strong> Vaz Neeser<br />

Av. Tancredo Neves, 3343 - Sala 506 B<br />

41820-020 Salvador - BA<br />

Tel (71) 3341 5827<br />

Fax (71) 3341 5826<br />

tec<strong>no</strong>@SVN.com.br<br />

32 swisscam nº44 03/2006<br />

Armbrustschützen,<br />

São Paulo<br />

Presidente: Doris Janssen<br />

Rua Luis Prieto Roque, 225<br />

04783-030 São Paulo - SP<br />

Tel (11) 5667 4459<br />

Fax (11) 5667 2168<br />

djanssen@dialdata.com.br<br />

Associação Escola Suíço-<br />

<strong>Brasil</strong>eira de São Paulo<br />

Mantenedora de Estabelecimentos<br />

de ensi<strong>no</strong> sem fins lucrativos<br />

Presidente do Conselho de<br />

Administração: Bernd Schuster<br />

Diretor Geral: David Lingg<br />

Tel (11) 5548 6672<br />

Fax (11) 5548 6673<br />

esbsp@esbsp.com.br<br />

www.esbsp.com.br<br />

Escola Suíço-<strong>Brasil</strong>eira<br />

de São Paulo<br />

Diretor Executivo: David Lingg<br />

Rua Visconde de Porto Seguro, 391<br />

04642-000 São Paulo - SP<br />

Tel (11) 5548 6672<br />

Fax (11) 5548 6673<br />

esbsp@esbsp.com.br<br />

www.esbsp.com.br<br />

Colégio Suíço-<strong>Brasil</strong>eiro<br />

de Curitiba<br />

Diretor Executivo: Bernhard Beutler<br />

Rua Wanda dos Santos Mallmann, 537<br />

83323-400 Pinhais - PR<br />

Tel/Fax (41) 3667 3321<br />

chpr@chpr.com.br<br />

www.chpr.com.br<br />

Associação Filantrópica<br />

“Criança Feliz”<br />

Presidente: Dr. Paul Gottfried Ledergerber<br />

Rua Urba<strong>no</strong> Mendes da Silva, 48<br />

Caucaia do Alto<br />

06725-115 Cotia - SP<br />

Tel (11) 4611 1129<br />

Fax (11) 4611 1805<br />

associacao@criancafeliz.org.br<br />

www.criancafeliz.org.br<br />

Associação Filantrópica<br />

Suíça do Rio de Janeiro<br />

Rua Cândido Mendes, 157<br />

20241-220 Rio de Janeiro - RJ<br />

Tel (21) 2242 6922<br />

(terça-feira das 9:00 às 12:00h)<br />

Associação Luzerner<br />

Hinterland <strong>–</strong> Interior<br />

Rio de Janeiro<br />

Presidente: Alberto L. Abib<br />

Wermelinger Monnerat<br />

Sede Social: Duas Barras (RJ)<br />

Praça Getúlio Vargas, 176/208<br />

28610-170 Nova Friburgo - RJ<br />

Tel (22) 2523 6426<br />

Cel (22) 8116 8771<br />

awermelinger@frinet.com.br<br />

Associação Suíça de<br />

Beneficência Helvetia,<br />

São Paulo<br />

Presidente: Doris Janssen<br />

Tel (11) 5667 4459<br />

Vice-Presidente: Philipp Walser<br />

Tel (11) 3064 5338<br />

Av. Indianópolis, 3145<br />

04063-006 São Paulo - SP<br />

info@beneficencia-suica.com.br<br />

ssbh@sociedade-helvetia.com.br<br />

www.beneficencia-suica.com.br<br />

Associação Suíço-<strong>Brasil</strong>eira<br />

de Ajuda à Criança<br />

BRASCRI, São Paulo<br />

Presidente: Susanna Lemann<br />

Rua Dr. Armando da Silva Prado, 191<br />

Santo Amaro<br />

04672-040 São Paulo - SP<br />

Tel (11) 5548 1646<br />

Fax (11) 5548 1853<br />

brascri@uol.com.br<br />

www.brascri.com<br />

ARCO - Associação<br />

Beneficente<br />

(atende crianças e adolescentes)<br />

Presidente: Monica F. Allain<br />

Rua Licínio Felini, 97 - Chácara Flórida<br />

04949-170 São Paulo - SP<br />

Endereço para correspondência:<br />

Caixa Postal 28.707<br />

04905-991 São Paulo - SP<br />

Tel/Fax (11) 5517 3440<br />

arcobrasil@yahoo.com.br<br />

www.arcobrasil.org.br<br />

Associação Filantrópica Suíça<br />

Rua Cândido Mendes, 157<br />

20241-220 Rio de Janeiro - RJ<br />

Tel (21) 2242 6922<br />

(terça-feira das 9:00 às 12:00h)<br />

Associação Filantrópica Suíça<br />

do Rio de Janeiro (AFS)<br />

Presidente: Urs Bucher<br />

Rua Cândido Mendes, 157<br />

20241-220 Rio de Janeiro - RJ<br />

Tel (21) 2242 6922<br />

(terça-feira das 9:00 às 12:00 h)<br />

Associação Valesana<br />

do <strong>Brasil</strong><br />

Presidente: Daniel Denicol<br />

Rua Clóvis Bevilaqua, 1556<br />

Cristo Redentor<br />

95082-320 Caxias do Sul - RS<br />

Tel (54) 3222 7190<br />

Cel (54) 9972 6289<br />

d_denicol@hotmail.com<br />

CAS (Clube dos Amigos<br />

da Suíça), Rio de Janeiro<br />

Presidente: André Stuker<br />

Rua Barão de Ipanema, 56<br />

Sala 5<strong>01</strong> - Copacabana<br />

22050-030 Rio de Janeiro - RJ<br />

Tel (21) 2256 5657<br />

Fax (21) 2256 5868<br />

andre@bitourism.com<br />

www.bitourism.com/cas<br />

Círculo das Senhoras<br />

Suíças, Rio de Janeiro<br />

Presidente: Maria Louise Rostock<br />

Rua Cândido Mendes, 157<br />

20241-220 Rio de Janeiro - RJ<br />

Tel (21) 2242 6922<br />

(terça-feira das 9:00 às 12:00h)<br />

Clube Esportivo Helvetia,<br />

São Paulo<br />

Presidente: Odair Mentone<br />

Presidente do Conselho Deliberativo:<br />

Carlos Edison Strasburg<br />

Av. Indianópolis, 3145<br />

04063-006 São Paulo - SP<br />

Tel (11) 5072 4515<br />

Fax (11) 2275 6738<br />

helvetia@clubehelvetia.com.br<br />

Colônia Helvetia<br />

Presidente: José Ming<br />

Caixa Postal 167<br />

Rodovia Santos Dumont, saída km 62<br />

Bairro Helvetia<br />

13330-270 Indaiatuba - SP<br />

Tel (19) 3875 7436<br />

webmaster@helvetia.org.br<br />

www.helvetia.org.br<br />

Commune Valaisanne,<br />

Curitiba<br />

Associação dos Descendentes<br />

Valaisa<strong>no</strong>s do Paraná<br />

Diretor: Dr. José Celso de Almeida<br />

Rua Major Franco Gomes, 4<strong>01</strong><br />

80310-000 Curitiba - PR<br />

Tel (41) 3274 4095<br />

Commune Valaisanne,<br />

São Paulo<br />

Presidente: Brigitte Goffaux<br />

Rua Willi Aureli, 277<br />

04789-090 São Paulo - SP<br />

Tel (11) 5667 5024<br />

goffaux@schuler.com.br<br />

Escola de Panificação<br />

Suíça de Joinville<br />

Prof. Ar<strong>no</strong>ldo Nehls<br />

Presidente: Alodir Alves de Cristo<br />

Rua XV de Novembro, 1383<br />

Cidadela Antártica - Bairro América<br />

892<strong>01</strong>-602 Joinville - SC<br />

Tel (47) 3423 1565<br />

Fax (47) 3436 0033<br />

ar<strong>no</strong>ldo_nehls@hotmail.com<br />

Escola Suíço-<strong>Brasil</strong>eira<br />

Rio de Janeiro<br />

Diretora Geral: Ana Cezar<br />

Presidente: Christian Stauffer<br />

Rua Almirante Alexandri<strong>no</strong>, 2495<br />

Santa Teresa<br />

20241-261 Rio de Janeiro - RJ<br />

Tel (21) 2556 5746<br />

Fax (21) 2285 6255<br />

secretaria@esb-rj.com.br<br />

www.esb-rj.com.br<br />

Rua Correa de Araújo, 81<br />

22611-060 Barra da Tijuca - RJ<br />

Tel/Fax (21) 2493 0300<br />

secretaria.barra@esb-rj.com.br<br />

Grupo Suíço de<br />

Beneficência, Rolândia<br />

Presidente: Annelise Furrer Rühmann<br />

Rua São Francisco de Assis, 234<br />

apto. 703<br />

86020-420 Londrina - PR<br />

Tel/Fax (43) 3323 0534<br />

Instituto Pró-Memória Suíça<br />

de Joinville<br />

Presidente: Alberto Holderegger<br />

Rua Albert Einstein, 119 - Bairro América<br />

89204-310 Joinville - SC<br />

Tel/Fax (47) 3433 1957<br />

Igreja Evangélica Suíça,<br />

São Paulo<br />

Pastor: Valdeci dos Santos<br />

Presidente: Theodor Schüepp<br />

Rua Gabriele d’Annunzio, 952<br />

Campo Belo<br />

04619-003 São Paulo - SP<br />

Tel (11) 5044 5802<br />

Fax (11) 5044 6530<br />

vail.saints@terra.com.br<br />

Retiro Suíço<br />

Rua dos Coqueiros, s/n - Figueira Branca<br />

13233-512 Campo Limpo Paulista - SP<br />

Tel (11) 4033 7033<br />

retiro@beneficencia-suica.com.br<br />

www.beneficencia-suica.com.br<br />

Destaque<br />

Sociedade Escolar São<br />

Nicolau de Flüe de<br />

Indaiatuba<br />

Presidente: Dr. José Ming<br />

Alameda Antonio Abiel, 895<br />

Colônia Helvécia<br />

13330-000 Indaiatuba - SP<br />

Tel (19) 3875 7436<br />

Sociedade Filantrópica<br />

“Lar Feliz”, São Paulo<br />

Presidente: Helene Roth<br />

Coordenador: Mario Quenti<strong>no</strong><br />

Rua Conde de Porto Alegre, 944<br />

Campo Belo<br />

04608-0<strong>01</strong> São Paulo - SP<br />

Tel (11) 5543 8749<br />

marioquenti<strong>no</strong>@terra.com.br<br />

www.larfeliz.com.br<br />

Sociedade Filantrópica do<br />

Estado do Rio Grande do Sul<br />

Presidente: Irmberto Rodolfo Haag<br />

Rua Joaquim Caeta<strong>no</strong> da Silva, 55<br />

Esq. Santo Inácio<br />

90570-130 Porto Alegre - RS<br />

Tel/Fax (51) 3222 2069<br />

irhaag@hotmail.com<br />

Sociedade Helvetia<br />

de Curitiba<br />

Presidente: Nelson Gloor<br />

Rua Ubaldi<strong>no</strong> do Amaral, 1191<br />

80060-190 Curitiba - PR<br />

Tel (41) 3244 1782<br />

Yonic Organização<br />

Não-Governamental<br />

Presidente: Geraldine Belmont<br />

Praia da Tiririca, 23 - Caixa Postal 23<br />

45530-000 Itacaré - BA<br />

Tel (73) 3251 3135<br />

geraldine@yonic.org<br />

www.yonic.org<br />

Foto: Divulgação<br />

Fundada em 1980, a AASP<br />

(Associação Armbrustschützen<br />

São Paulo) é uma associação<br />

esportiva, dedicada à prática de<br />

tiro ao alvo com o Armbrust, a<br />

tradicional arma suíça, conhecida<br />

por todos através da lenda de Guilherme Tell. Atualmente, é um<br />

equipamento esportivo de alta tec<strong>no</strong>logia e precisão, permitindo<br />

um excelente desempenho aos atiradores. Nosso clube tem sua<br />

sede e seu stand de tiro na Colônia Suíça de Helvetia, em<br />

Indaiatuba, SP.<br />

A AASP participa ativamente dos<br />

campeonatos da EASV, a Federação<br />

Suíça de Armbrust, e mantém viva esta<br />

tradição aqui <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>.<br />

Para conhecer as atividades da associação,<br />

acesse o website www.armbrust.com.br<br />

Founded in 1980, AASP (Associação Armbrust-schützen Sao<br />

Paulo) is a sports association established to promote target<br />

shooting using the “armbrust”, the traditional Swiss crossbow,<br />

made famous by William Tell. The armbrust has evolved and is<br />

<strong>no</strong>wadays a high-tech, highly accurate piece of sports<br />

equipment, which enhances shooters’ performance. The club<br />

and its shooting range are located in Helvetia, a village founded<br />

by Swiss immigrants in the city of Indaiatuba, Sao Paulo.<br />

AASP has regularly competed in all championships sponsored<br />

by EASV, the Swiss Armbrust Federation, and work towards<br />

preserving this sports tradition in Brazil.<br />

To k<strong>no</strong>w more about AASP’s activities, visit our website<br />

www.armbrust.com.br.

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