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PORTAL DO SERVIDOR.indb - Universidade Estadual de Londrina

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Depois <strong>de</strong> formado, Otávio prestou concurso. “Queria ser<br />

professor no Estado. E nós tínhamos que escolher a cida<strong>de</strong>”. Ele<br />

escolheu Arapongas. Permaneceu por dois anos, até que um dia viu<br />

um anúncio no jornal: “Falava que na UEL ia ter o curso <strong>de</strong> Educação<br />

Física”. Otávio fez a inscrição e foi aceito.<br />

O ano era 1972. Assim que iniciou suas ativida<strong>de</strong>s na UEL, Otávio<br />

já reclamou um campo <strong>de</strong> futebol. “Nós começamos com a meta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

um campo, só <strong>de</strong>pois foi feita a outra meta<strong>de</strong>”. Uma <strong>de</strong> suas primeiras<br />

providências foi convidar as crianças da comunida<strong>de</strong> para entrar na<br />

escolinha <strong>de</strong> futebol. “O nosso objetivo era a parte educacional e social,<br />

por isso não era pago. Houve semana que passaram por nós quase<br />

300 crianças”. Entretanto, só um campo, mesmo que inteiro, não<br />

era suficiente para aten<strong>de</strong>r todo o grupo. “Tudo o que eu pedia nós<br />

conseguimos. O pessoal da marcenaria fazia as traves, todos ajudavam<br />

como podiam e com o tempo nós conseguimos mais campos. Às vezes<br />

usávamos até o <strong>de</strong> atletismo”.<br />

Dessa forma, Otávio foi ensinando as lições que apren<strong>de</strong>u na<br />

infância por meio do futebol. “O importante é entrar no campo e<br />

não chutar o adversário, não xingar, não brigar, tem que obe<strong>de</strong>cer e<br />

respeitar, ser honesto. Não arrumar confusão”. Ele conta que foi um<br />

jogador disciplinado. Prova disso é a conquista do Prêmio Belfort<br />

Duarte <strong>de</strong> disciplina. “Ganhei uma medalha <strong>de</strong> prata do profissional.<br />

Também ganhei uma carteirinha que me dá o direito <strong>de</strong> entrar em<br />

qualquer campo do Brasil”. Para receber o prêmio é necessário que o<br />

jogador tenha participado <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 200 partidas, e não ter sofrido<br />

nenhuma punição durante <strong>de</strong>z anos. “Não tem mais esse prêmio, hoje<br />

acho que é até impossível”.<br />

Otávio revela que gran<strong>de</strong>s talentos foram <strong>de</strong>scobertos na<br />

escolinha. “Aqui na <strong>Universida<strong>de</strong></strong> nós privilegiávamos a formação<br />

educacional. Mas, muitos jogadores foram para times gran<strong>de</strong>s. Um<br />

exemplo é o Wagner – jogou no <strong>Londrina</strong>, Santos, São Paulo, São João<br />

<strong>de</strong> Araras e <strong>de</strong>pois no Roma, Itália. Hoje ele mora em <strong>Londrina</strong>, teve<br />

um problema no joelho e não pô<strong>de</strong> continuar”.<br />

A lista <strong>de</strong> craques que começaram nos gramados da UEL, sob a<br />

supervisão <strong>de</strong> Otávio, é bem extensa. No entanto, seu maior orgulho é<br />

ter mostrado a todas as crianças, que passaram pela escolinha, outras<br />

Portal do Servidor Aposentado da UEL: tempo <strong>de</strong> recordar<br />

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