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PORTAL DO SERVIDOR.indb - Universidade Estadual de Londrina

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esponsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensaiar, tinha que fazer alguma coisa que pu<strong>de</strong>sse<br />

dar um retorno, então ele [Benvenuto] achou o jeito <strong>de</strong> formar a<br />

orquestra, com o pessoal participando como funcionário”, explica.<br />

Portanto, após a contratação dos músicos aprovados em concurso<br />

começavam a valer os direitos e <strong>de</strong>veres <strong>de</strong> qualquer funcionário<br />

contratado pela Instituição.<br />

Além da ausência <strong>de</strong> uma rotina <strong>de</strong> trabalho oficial, nos primeiros<br />

anos, a Orquestra Sinfônica da UEL contava com jovens músicos, que,<br />

com a realização do concurso, não foram aprovados porque, segundo<br />

Antônio, não tinham nível técnico suficiente para integrar a orquestra.<br />

Para ele, trabalhar na OSUEL representou “quase tudo” em matéria <strong>de</strong><br />

música. Acostumado a tocar nos conjuntos que formou e também “na<br />

noite”, on<strong>de</strong> tocava outros instrumentos e também cantava, o músico<br />

precisou adaptar-se ao rigor das partituras da música clássica. E o<br />

esforço para acompanhar a orquestra era ampliado pela complexida<strong>de</strong><br />

do instrumento. “[O trombone <strong>de</strong> vara] É um dos instrumentos <strong>de</strong><br />

técnica mais difíceis que tem, porque todos os outros são com os<br />

<strong>de</strong>dos. (...) Você tem muito mais agilida<strong>de</strong> nos <strong>de</strong>dos do que no braço”,<br />

esclarece e, orgulhoso, reflete sobre a sua principal profissão: “Não é<br />

fácil ser músico não (...). Não cansa como o serviço braçal, mas cansa<br />

mentalmente. Estressa. Você pega um trecho <strong>de</strong> uma música que você<br />

não está conseguindo tocar [e] você tem que se rachar para sair, porque<br />

na hora do concerto a tua parte tem que sair. (...) Às vezes a gente vai<br />

para o ensaio [e] tem uma peça que tem pouca interferência do meu<br />

instrumento, por exemplo. Tem lá no terceiro movimento um trechinho<br />

que toca três notas, mas as três notas têm que sair. (...) Se tiver uma<br />

nota, você tem que tocar aquela nota exatamente como ela é”.<br />

Sempre muito <strong>de</strong>dicado aos estudos da música, Antônio<br />

permaneceu com a OSUEL até o dia que a aposentadoria – por ida<strong>de</strong><br />

e por tempo <strong>de</strong> serviço – chegou. Com a orquestra, viajou para muitos<br />

lugares e nessas viagens, que não ultrapassavam uma semana, a<br />

OSUEL <strong>de</strong>slocava todos seus músicos, instrumentos, partituras...<br />

“Tem que chegar, <strong>de</strong>scansar, ensaiar, preparar o local. Nós fomos tocar<br />

em Florianópolis, Itajaí, e é uma senhora viagem. Até que <strong>de</strong>scarrega<br />

todo aquele material, que monta tudo, que você vai conseguir ensaiar...<br />

Então não podia ser menos <strong>de</strong> cinco, seis dias [<strong>de</strong> viagem]”, explica.<br />

Portal do Servidor Aposentado da UEL: tempo <strong>de</strong> recordar<br />

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