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AVALIAÇÃO DE EXTRATOS VEGETAIS E MÉTODOS DE ...

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Avaliação de extratos vegetais e métodos de aplicação no controle de Sitophilus spp<br />

Almeida et al.<br />

15<br />

Assim, o trabalho teve como objetivo avaliar<br />

formas de aplicação de extratos vegetais no controle<br />

do inseto praga dos grãos e sementes armazenadas,<br />

Sitophilus spp e seus efeitos tóxicos no<br />

controle efetivo desse inseto adulto.<br />

MATERIAIS E MÉTODOS<br />

O trabalho foi realizado no Laboratório de<br />

Armazenamento e Processamento de Produtos<br />

Vegetais do Departamento de Engenharia Agrícola<br />

da Universidade Federal da Paraíba.<br />

Criação dos insetos: quatrocentos insetos adultos<br />

foram inoculados em uma massa de milho<br />

(60kg) armazenada em condições de ambiente a<br />

25,7 0 C de temperatura média e umidade relativa<br />

do ar de 74,5%. Posteriormente, foi aguardado<br />

um período de 35 dias para a reprodução e produção<br />

de adultos. Depois, os insetos eram selecionados<br />

com o auxílio de uma peneira de 4mesh,<br />

deixando-se os grãos mais as posturas até a<br />

emergência de novos adultos. Os insetos que<br />

sobreviviam à ação dos extratos utilizados não<br />

retornavam à criação, sendo estes eliminados.<br />

Espécies botânicas: Os extratos (Tabela 1) foram<br />

obtidos de folhas, flores, sementes e cascas,<br />

conforme a planta, de dez espécies botânicas da<br />

flora paraibana. Optou-se por essas espécies vegetais<br />

devido a referências de uso caseiro como<br />

inseticidas ou como possuidoras de propriedades<br />

fitossanitárias.<br />

Com exceção do Crisântemo todas as demais<br />

espécies foram cultivadas especificamente para<br />

serem utilizadas no trabalho, não tendo recebido<br />

qualquer tratamento fitossanitário até a sua utilização.<br />

Depois da colheita, o material passava por<br />

um processo de limpeza para remoção das impurezas<br />

e, em seguida, era lavado em água destilada.<br />

Posteriormente, era acondicionado em embalagens<br />

de papel etiquetadas, submetidas a estufa<br />

de ventilação forçada a uma temperatura constante<br />

de 50 0 ±1 0 C para secagem. Depois, era moído<br />

em um triturador elétrico, pesado e abrigado da<br />

luz até a obtenção do extrato bruto.<br />

Obtenção dos extratos para os ensaios: a<br />

metodologia para a obtenção dos extratos a frio<br />

foi adaptada de Scramin et al. (1987). Cinqüenta<br />

gramas (50g) de cada espécie depois de passar<br />

pelo triturador era colocada em um recipiente<br />

contendo 200ml de solvente (álcool P.A.). A<br />

mistura era agitada em um liqüidificador por<br />

cinco minutos para homogeneização. Depois<br />

transportada para um Becker cuja boca era recoberta<br />

com papel alumínio preso por fita crepe e<br />

guardado ao abrigo da luz por 48 horas. Durante<br />

este período a mistura era agitada ocasionalmente<br />

e depois filtrada em papel de filtro, obtendo-se,<br />

assim, o extrato o qual foi guardado em vidros<br />

hermeticamente fechados a 5 0 ±1 0 C até ser utilizado.<br />

Tabela 1. Nome científico, nome vulgar, indicação de uso e a parte estudada de cada espécie botânica<br />

Nome científico Nome vulgar Indicação Parte estudada<br />

Ruta graveolens Arruda Inseticida Folha<br />

Coriandrum sativum Coentro Inseticida Folha<br />

Croton tiglium Cróton Inseticida Flores<br />

Chrysanthemum Crisântemo Inseticida Flor e folha<br />

Tagetes patula Cravo Inseticida Flor e folha<br />

Eucalyptus spp. Eucalipto Inseticida Folha<br />

Helianthus annus Girassol Repelente Semente<br />

Citrus vulgaris Laranja Repelente Casca<br />

Anthemis spp. Macela galega Inseticida Flor<br />

Piper nigrum Pimento do reino Inseticida Semente<br />

Testes de mortalidade: os ensaios de mortalidade<br />

foram realizados em duas etapas. Na primeira,<br />

com o objetivo de caracterizar a forma de aplicação<br />

(Costa et al. 1980), o extrato foi aplicado<br />

diretamente sobre o inseto com o auxilio de uma<br />

micropipeta e a resposta foi dada pelo número de<br />

insetos mortos.<br />

Na segunda etapa, o extrato era levado na<br />

forma de vapor onde se encontravam os insetos<br />

os quais inalavam o extrato pela traquéia e demais<br />

vias respiratórias. A metodologia foi desen-<br />

Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.1, n.1, p.13-19, 1999

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