08.11.2014 Views

Revista Biotecnologia

Revista Biotecnologia

Revista Biotecnologia

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Os pedidos de importação de<br />

germoplasma das unidades da Embrapa<br />

devem ser encaminhados diretamente ao<br />

Cenargen, à Área de Intercâmbio e Quarentena<br />

de Germoplasma Vegetal (AIQ), que<br />

providenciará o parecer técnico, para, junto<br />

com o requerimento e a listagem do<br />

material, obter a "Permissão de Importação"<br />

junto ao Departamento de Defesa e<br />

Inspeção Vegetal (DDIV) do Ministério da<br />

Agricultura e do Abastecimento (MA). Os<br />

requerimentos das importações solicitadas<br />

pelos demais órgãos oficiais e particulares<br />

de pesquisa deverão ser enviados à Delegacia<br />

Federal de Agricultura (DFA) do seu<br />

respectivo Estado, que o encaminhará ao<br />

DDIV e este, antes de emitir a "Permissão de<br />

Importação", solicitará um parecer técnico<br />

ao Cenargen. Os procedimentos seguintes<br />

da importação serão feitos pela DFA e a<br />

quarentena, pelo Cenargen.<br />

As espécies vegetais são classificadas<br />

em duas categorias: de livre importação<br />

e de importação restrita. Os materiais vegetais<br />

de livre importação necessitam apenas<br />

do Certificado Fitossanitário para seu intercâmbio;<br />

já os de importação restrita necessitam<br />

de declarações adicionais no Certificado<br />

Fitossanitário. As exigências que devem<br />

constar nas declarações adicionais<br />

estão estabelecidas nas portarias complementares.<br />

A Portaria n.º 437, de 25 de novembro<br />

de 1985, regula as importações de<br />

sementes e/ou mudas para o comércio.<br />

Nesse caso, o pedido é formulado à DFA<br />

do Estado correspondente, que, achando<br />

necessário, solicita parecer técnico de alguma<br />

instituição para assegurar a importação.<br />

Os demais procedimentos são estabelecidos<br />

pelo DDIV, que prescreve as<br />

medidas de quarentena, as quais, então,<br />

são acompanhadas e fiscalizadas, até a<br />

liberação, pela DFA do Estado.<br />

No que se refere à exportação de<br />

vegetais para o comércio, as normas estão<br />

estabelecidas na Portaria n.º 93, de 14 de<br />

abril de 1989, publicado no Diário Oficial<br />

da União(Brasil, 1982).<br />

2. Quarentena<br />

A palavra "quarentena" é derivada<br />

do Latim "quadraginata" e do Italiano<br />

"quaranta", que significa quarenta. No italiano,<br />

a palavra "quarantina" foi originalmente,<br />

aplicada para o período de 40 dias<br />

de isolamento requerido para que um<br />

navio, incluídos seus passageiros e a carga,<br />

permanecesse ancorado em um porto de<br />

chegada quando proveniente de um país<br />

onde ocorressem doenças epidêmicas, de<br />

modo que, naquele período, fossem desenvolvidos<br />

e subseqüentemente detectados<br />

os sintomas de algumas dessas doenças<br />

nos passageiros, antes do seu desembarque<br />

(Kahn, 1989).<br />

Quarentena vegetal, literalmente, e por<br />

extrapolação, significaria o isolamento de<br />

plantas por 40 dias, como período de incubação<br />

para o aparecimento e detecção de<br />

sintomas de doenças. Na verdade, este<br />

procedimento constitui apenas uma fração<br />

das diversas ações que podem ser utilizadas<br />

em um programa de exclusão de<br />

organismos indesejáveis (Kahn, 1989).<br />

A quarentena vegetal tem como<br />

objetivo prevenir a introdução de organismos<br />

nocivos em áreas isentas, utilizando a<br />

exclusão como estratégia no controle contra<br />

pragas exóticas, sendo aplicada a produtos<br />

de importação e exportação (Kahn,<br />

1989), Marques et al., 1995). Portanto, a<br />

quarentena deve ser encarada como uma<br />

das facetas nos programas nacionais de<br />

controle ou manejo integrado de pragas. As<br />

suas ações são baseadas em atos legislativos<br />

e em procedimentos técnicos, cuja eficácia<br />

depende fundamentalmente da existência<br />

de pessoal treinado e de estrutura<br />

operacional adequada. O serviço de quarentena<br />

também deve envolver uma ativa<br />

cooperação de toda a comunidade, à medida<br />

em que as restrições impostas pela<br />

<strong>Biotecnologia</strong> Ciência & Desenvolvimento 33

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!