são paulo - Metro

100
anos
Santos
Mão no peito
Conheça os escudos que já estiveram
na camisa santista ao longo da história.
1912
Na fundação, adotou
o modelo e as cores
do então Clube Concórdia
1913
Um ano depois, o monograma
S.F.C. recebeu a companhia de
um globo e uma coroa
1915
O clube adotou o União para
ter condições de disputar o
torneio municipal
Anos 1930
O escudo retoma
a identidade original,
já na versão alvinegra
Anos 1960
Recebeu o símbolo como nos
dias atuais, com estrelas para
representar o bimundial
ACERVO UH/FOLHAPRESS
Pelé em ação contra sua maior vítima,
o Corinthians: 50 gols em 49 jogos
O Santos, de Pelé, encantou o mundo. Tanto que
o time da Vila Belmiro parou duas guerras civis,
em 1969, durante excursão para a África. Combates
no Congo Belga (República Democrática
do Congo) e na Nigéria foram cessados enquanto
a delegação do Peixe esteve no continente
Com toda a grandeza e prestígio que adquiriu ao
longo de sua história, o alvinegro foi convidado
e fez o jogo inaugural de 22 estádios ao redor do
Brasil e do mundo
A vocação ofensiva do Peixe é comprovada.
Tanto que o time da Vila Belmiro é o clube que
mais marcou gols no mundo: 11.793, nas 5.587
vezes que entrou em campo
O clube também foi considerado o “Clube do
Século 20 nas Américas”, em honraria dada pela
Fifa nos fins dos anos 1990
especial
Devotos
da bola
Amanhã, o Santos entra para o seleto grupo dos clubes
centenários Vocação para revelar craques ao longo da
história fez do Peixe uma bandeira do futebol-arte
Em nenhum outro lugar do
planeta brotam tantos craques
como na Vila Belmiro.
Berço do maior ídolo de todos
os tempos e dono dos
mais importantes títulos,
desde o início o Santos encanta
os apaixonados pelo
futebol ao redor do mundo
– até mesmo os rivais –
com os astros que surgem
na Baixada.
A um dia de completar
cem anos de existência, o
Peixe também pode se orgulhar
da marca que sempre
acompanhou os grandes times
que vestiram o manto
do clube: do futebol-arte,
bem jogado, do tão cantado
futebol moleque.
E essa ligação entre a juventude
e o talento sempre
foi vinculada ao DNA ofensivo
presente na história alvinegra.
Uma tradição de ter
uma linha de frente temida,
mesmo sem muitos títulos
nos anos que sucederam
sua fundação, em 1912.
Contando com nomes como
os de Ary e Araken Patusca,
Arnaldo Silveira, Feitiço
e Antoninho, o Santos
– mesmo antes da era Pelé
e seus títulos incontáveis –
já tinha a vocação para o
gol. O que dizer do ofensivo
de 1927, conhecido como
o “Ataque dos cem
gols”? Foram cem em 16 jogos,
média de 6,25 por partida.
Inimaginável.
Até que chegou a década
de 1950, e o então clube de
médio porte se tornou gigante.
E a virada aconteceu
quando o time voltou seus
olhos para a base, sob influência
direta de Luis
Alonso Pérez, o Lula, treinador
que levou Del Vecchio e
Pepe para o time principal.
E foi a fama da base san-
Orgulho
alvinegro
A tradição do futebol-arte
foi construída por incontáveis
craques que
vestiram a camisa do Santos.
Aqui, 50 representantes
desta escola.
tista que fez com que Waldemar
de Brito, ex-Seleção,
pegasse a estrada de Bauru
para a cidade, em 1956, levando
consigo o jovem Edson
Arantes do Nascimento,
com 15 anos.
Então, Lula achou Antonio
Wilson Honório, de
apenas 14 anos, que na Vila
virou Coutinho – substituto
de Pagão e maior companheiro
de Pelé.
Dorval e Mengálvio se
juntaram aos jovens e formaram
a maior linha de
ataque da história, que encantou
e conquistou – bicampeã
da Libertadores e
do Mundial.
E foi com essa mentalidade
de projetar talentos na
base que surgiram os “Meninos
da Vila”, em 1978,
com nomes como Aílton Lira,
Juary, Gilberto Sorriso e
Nílton Batata.
O ciclo se repetiu no
início dos anos 2000,
quando o Santos amargava
um jejum de títulos
desde o Paulista de 1984.
Promovido por Zito,
Robinho encontrou
no meia Diego seu
parceiro ideal, levou
o Brasileiro de 2002
e fez o orgulho alvinegro
renascer.
Na esteira da
dupla, o Peixe aumentou
o trabalho
na base e, anos
depois, mostrou ao
mundo Ganso e
Neymar, produtos
da fábrica
38
de craques da
Vila, que dão
continuidade
à tradição alvinegra.
A bola
agradece.
1 - Pelé
2 - Jair da Rosa Pinto
3 - Dorval
4 - Evangelista
5 - Toninho Guerreiro
6 - Marinho Peres
7 - Gilberto Sorriso
8 - Serginho Chulapa
9 - Coutinho
10 - Tite
33
11 - Kléber Pereira
12 - Feitiço
13 - Gilmar dos Santos Neves
14 - Mengálvio
15 - Pepe
16 - Juari
17 - Elano
18 - Clodoaldo
19 - Rodolfo Rodríguez
20 - Pita
14
22
29 30
34
8
43
39
21 - Deivid
22 - Zito
23 - RamosDelgado
24 - Airton Lira
25 - Paulo Henrique Ganso
26 - Edu
27 - Araken Patuska
28 - Alex
29 - Jair da Rosa Pinto
30 - Diego
35
2
15
16
23
40
3
44
31
36
31 - Léo
32 - Narciso
33 - Guga
34 - Zé Roberto
35 - Carlos Alberto Torres
36 - Lima
37 - Robinho
38 - Giovanni
39 - Robert
40 - Dodô