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www.readmetro.com<br />
SEXTA-FEIRA, 13 DE ABRIL DE 2012<br />
35<br />
1<br />
Não apenas o melhor. Incomparável<br />
Em 1956, Edson Arantes do<br />
Nascimento, o menino de<br />
Três Corações (MG) radicado<br />
em Bauru chegou à Vila Belmiro<br />
aos 15 anos, tomou<br />
conta da camisa 10 do Santos<br />
e chegou à Seleção Brasileira,<br />
na qual viveu sua consagração<br />
na Copa de 1958,<br />
na Suécia, onde levou o país<br />
ao seu primeiro título.<br />
O Atleta do Século participou<br />
ainda das Copas de<br />
1962, no Chile, de 1966, na<br />
Inglaterra, e do tri em 1970,<br />
no México.<br />
Apelidado “Rei do Futebol”<br />
pela imprensa francesa,<br />
em 1961, criou e aperfeiçoou<br />
jogadas que encantaram<br />
o mundo, como o chute<br />
do meio do campo, a tabela<br />
nas pernas do adversário,<br />
o drible sem bola no goleiro<br />
e a paradinha na cobrança<br />
do pênalti.<br />
Assim, aclamado no Brasil<br />
e no mundo, o astro maior<br />
da bola cansou de fazer gols.<br />
Em sua carreira, marcou<br />
1.282 em 1.367 partidas, número<br />
que fez dele o maior<br />
artilheiro da história.<br />
Mesmo com o prestígio,<br />
Pelé recusou convites para<br />
atuar no exterior e ficou no<br />
Santos, onde conquistou 26<br />
títulos nos 18 anos com a camisa<br />
alvinegra.<br />
Em 1974, em partida contra<br />
a Ponte Preta, o Rei deu<br />
adeus à camisa 10 do Santos,<br />
de braços abertos e ajoelhado<br />
no meio do campo.<br />
Depois, ele levou o futebol<br />
aos Estados Unidos com o<br />
Cosmos. Mas essa é outra<br />
história...<br />
Passado e futuro<br />
Isto é Pelé<br />
Discípulo do talento do Rei, Neymar<br />
mostra que também é artilheiro<br />
Goleadores depois de Pelé<br />
4 5<br />
9<br />
10<br />
6<br />
7<br />
13<br />
1.091 gols<br />
em 1.115 jogos<br />
pelo Santos<br />
(média de 0,97<br />
gols por partida)<br />
1º<br />
3º<br />
4º<br />
João Paulo<br />
Serginho Chulapa<br />
Juary<br />
Neymar<br />
Com a média atual de<br />
gols, a Joia da Vila só<br />
alcançaria Pelé aos 51<br />
anos. Ele ainda tem 20<br />
104 gols<br />
104 gols<br />
101 gols<br />
96 gols<br />
Em 175 jogos<br />
(média de 0,54<br />
gols por partida)<br />
24<br />
17<br />
37<br />
45<br />
25<br />
41<br />
18<br />
11<br />
19<br />
26<br />
32<br />
42<br />
46<br />
20<br />
48<br />
27<br />
12<br />
21<br />
47<br />
49<br />
50<br />
28<br />
Um gigante naufraga,<br />
mas nasce um outro<br />
Ao colidir com um iceberg<br />
no Atlântico Norte,<br />
o espetacular navio Titanic<br />
naufragou logo em<br />
sua viagem inaugural.<br />
No mesmo dia 14 de<br />
abril de<br />
1912, por<br />
conta da<br />
tragédia,<br />
poucas linhas<br />
dos<br />
jornais<br />
deram<br />
atenção<br />
ao nascimento<br />
de<br />
um clube<br />
que seria o berço do<br />
melhor atleta da história<br />
do esporte.<br />
Por iniciativa de Francisco<br />
Raymundo Marques,<br />
Mário Ferraz de<br />
Campos e Argemiro de<br />
Souza Júnior, surgia o<br />
Santos Foot-Ball Club,<br />
após reunião na sede<br />
do Clube Concórdia,<br />
à rua do Rosário (hoje<br />
João Pessoa), número<br />
18.<br />
Já decidido que<br />
seria um time tricolor<br />
– com azul, branco e<br />
dourado – a dúvida pairou<br />
sobre o nome. Os<br />
fundadores cogitaram<br />
batizar o novo clube de<br />
Concórdia, Brasil Atlético<br />
e África<br />
Foot-Ball<br />
Club, mas<br />
decidiu-se<br />
por denominá-lo<br />
Santos.<br />
As cores<br />
originais<br />
do uniforme<br />
foram<br />
abandonadas<br />
no<br />
ano seguinte por conta<br />
da dificuldade para se<br />
encontrar os tecidos<br />
azul e dourado. Camisas<br />
e calções em branco e<br />
preto saíam mais em<br />
conta, e foi assim que o<br />
“Tricolor Santista” se<br />
tornou alvinegro. O<br />
branco é a paz e o preto<br />
a nobreza.<br />
A ata da fundação, entretanto,<br />
foi perdida. A<br />
primeira que consta na<br />
Vila Belmiro é a de número<br />
3. METRO<br />
Marcelo Tas<br />
‘NÃO PODERIA<br />
TORCER PARA<br />
OUTRO TIME’<br />
Nasci longe da praia. Na<br />
família, não havia um<br />
único torcedor do Santos.<br />
Mas a cidade no litoral<br />
era nosso refúgio<br />
anual de verão.<br />
Um dia, meu pai sãopaulino<br />
teve a generosidade<br />
de me levar, ainda<br />
molequinho, para ver<br />
um treino do time na<br />
Vila Belmiro. Aí, já era.<br />
Ver em ação de pertinho<br />
– como só na Vila é<br />
possível – Pelé, Clodoaldo,<br />
Carlos Alberto… como<br />
poderia torcer para<br />
outro time?<br />
O que me encanta no<br />
Santos não é a longa lista<br />
de craques e títulos<br />
dos seus 100 anos de<br />
história. É o DNA da<br />
equipe: ousadia, alegria<br />
e irreverência de Meninos<br />
da Vila que amam<br />
jogar bola. METRO<br />
Marcelo Tas, jornalista<br />
e apresentador do<br />
“CQC”, da Band<br />
41 - Manga<br />
42 - Del Vecchio<br />
43 - Fábio Costa<br />
44 - João Paulo<br />
45 - Nilton Batata<br />
46 - Paulinho MacLaren<br />
47 - Pagão<br />
48 - Mauro<br />
49 - Marola<br />
50 - Neymar<br />
Principais títulos<br />
Copa Intercontinental<br />
1962, 1963<br />
Copa Libertadores<br />
1962, 1963 e 2011<br />
Supercopa dos Campeões<br />
1968/1969<br />
Copa Conmebol<br />
1998<br />
Campeonato Brasileiro<br />
2002, 2004<br />
Torneio Roberto Gomes<br />
Pedrosa 1968<br />
Copa do Brasil<br />
2010<br />
Taça Brasil<br />
1961, 1962, 1963, 1964 e 1965<br />
Torneio Rio-São Paulo<br />
1959, 1963, 1964, 1966 e 1997<br />
Campeonato Paulista<br />
1935, 1955, 1956, 1958, 1960,<br />
1961, 1962, 1964, 1965, 1967,<br />
1968, 1969, 1973, 1978, 1984,<br />
2006, 2007, 2010 e 2011<br />
Campeonato de Santos<br />
1913, 1915 (com o nome de União)