Manual de Segurança e Inspeção de Barragens 1 - Livros Grátis
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<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> Segurança e Inspeção <strong>de</strong> <strong>Barragens</strong><br />
Rever os registros da instrumentação e avaliar o<br />
significado dos resultados.<br />
Conduzir vistoria pormenorizada do local e<br />
vizinhanças. Notar e registrar quaisquer condições<br />
anormais ou suspeitas, tais como: nascentes, surgências,<br />
áreas reviradas etc. Observar núcleos <strong>de</strong> furos<br />
selecionados, se disponíveis.<br />
Avaliar implicações dos resultados das revisões com<br />
respeito a possível falha catastrófica da barragem.<br />
I<strong>de</strong>ntificar todos os documentos revistos. Listar, como<br />
referências, no relatório em preparo.<br />
As superfícies externas <strong>de</strong> uma barragem <strong>de</strong> terra e/<br />
ou <strong>de</strong> enrocamentos po<strong>de</strong>m fornecer indicações do<br />
comportamento do interior da estrutura. Por este motivo,<br />
uma vistoria completa <strong>de</strong> todas as superfícies expostas da<br />
barragem <strong>de</strong>ve ser feita. Devem também ser feitas vistorias<br />
<strong>de</strong> campo, quando o reservatório estiver cheio e a barragem<br />
<strong>de</strong> terra e/ou <strong>de</strong> enrocamentos estiver igualmente sujeita<br />
às suas cargas máximas.<br />
A barragem <strong>de</strong>ve ser cuidadosamente vistoriada, em<br />
busca <strong>de</strong> quaisquer evidências <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento,<br />
rachaduras, sumidouros, nascentes, pontos molhados,<br />
erosão superficial, buracos <strong>de</strong> animais, vegetação etc.<br />
Uma visada ao longo do alinhamento das estradas<br />
da barragem <strong>de</strong> terra e/ou <strong>de</strong> enrocamentos, parapeitos,<br />
linhas <strong>de</strong> transmissão ou distribuição, cercas <strong>de</strong> proteção,<br />
canalizações longitudinais ou outros alinhamentos paralelos<br />
ou concêntricos à barragem po<strong>de</strong> revelar a existência <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>slocamento superficial. A crista <strong>de</strong>ve ser vistoriada para<br />
se encontrar <strong>de</strong>pressões que possam diminuir a borda livre.<br />
Os talu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> montante e <strong>de</strong> jusante e as áreas a jusante<br />
da barragem <strong>de</strong> terra e/ou <strong>de</strong> enrocamentos <strong>de</strong>vem ser<br />
vistoriados, à procura <strong>de</strong> qualquer sinal <strong>de</strong> protuberância<br />
ou outro <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> planos lisos e uniformes. Quaisquer<br />
movimentos suspeitos, i<strong>de</strong>ntificados por estes métodos,<br />
<strong>de</strong>vem ser verificados por levantamentos topográficos.<br />
As rachaduras na superfície <strong>de</strong> uma barragem <strong>de</strong> terra<br />
e/ou <strong>de</strong> enrocamentos po<strong>de</strong>m ser indicadoras <strong>de</strong> muitas<br />
condições potencialmente inseguras. Elas po<strong>de</strong>m ser<br />
causadas por <strong>de</strong>ssecação e retração dos materiais<br />
próximos à superfície da barragem; entretanto, a<br />
profundida<strong>de</strong> e a orientação das rachaduras <strong>de</strong>vem ser<br />
<strong>de</strong>finidas para melhor se enten<strong>de</strong>r suas causas. Aberturas<br />
ou escarpas na crista da barragem <strong>de</strong> terra e/ou <strong>de</strong><br />
enrocamentos ou nos talu<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m i<strong>de</strong>ntificar<br />
<strong>de</strong>slizamentos. Uma vistoria rigorosa <strong>de</strong>ssas áreas <strong>de</strong>ve<br />
ser feita, para <strong>de</strong>linear a posição e extensão da massa<br />
<strong>de</strong>slizada. Rachaduras superficiais, próximas das zonas <strong>de</strong><br />
contato dos encontros da barragem, po<strong>de</strong>m ser uma<br />
indicação <strong>de</strong> recalque da mesma e, se forem bastante<br />
severas, po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>senvolver-se em um caminho <strong>de</strong><br />
vazamento ao longo <strong>de</strong>stas zonas <strong>de</strong> contato.<br />
A face <strong>de</strong> jusante e o pé da barragem e áreas a<br />
jusante da barragem <strong>de</strong> terra e/ou <strong>de</strong> enrocamentos <strong>de</strong>vem<br />
ser vistoriados em busca <strong>de</strong> pontos úmidos, bolhas,<br />
<strong>de</strong>pressões, sumidouros ou nascentes que possam indicar<br />
percolação excessiva através da barragem. Outros<br />
indicadores <strong>de</strong> percolação são pontos moles, crescimentos<br />
anormais <strong>de</strong> vegetação e, nos climas frios, acúmulo <strong>de</strong> gelo<br />
em áreas on<strong>de</strong> ocorre rápida fusão da neve. A água <strong>de</strong><br />
percolação <strong>de</strong>ve ser vistoriada para constatar quaisquer<br />
sólidos em suspensão e, se houver suspeita <strong>de</strong> dissolução,<br />
amostras da água <strong>de</strong> percolação e da do reservatório<br />
<strong>de</strong>vem ser colhidas para análises químicas. A água <strong>de</strong><br />
percolação <strong>de</strong>ve ser analisada quanto ao sabor e à<br />
temperatura, para ajudar a i<strong>de</strong>ntificar sua origem. Se forem<br />
localizadas áreas saturadas, elas <strong>de</strong>vem ser estudadas para<br />
<strong>de</strong>terminar se o(s) ponto(s) úmido(s) é (são) resultante(s)<br />
<strong>de</strong> umida<strong>de</strong> superficial, percolação na barragem ou outras<br />
origens. Áreas molhadas, nascentes e bolhas <strong>de</strong>vem ser<br />
corretamente localizadas e mapeadas, para comparação<br />
com vistorias futuras. A percolação <strong>de</strong>ve ser medida e<br />
controlada em base periódica, para assegurar que uma<br />
tendência adversa não se <strong>de</strong>senvolva e leve a uma<br />
condição insegura.<br />
Os sistemas <strong>de</strong> drenagem <strong>de</strong>vem ser vistoriados<br />
quanto a <strong>de</strong>pósitos químicos, <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> bactérias,<br />
<strong>de</strong>terioração, corrosão ou outras obstruções que possam<br />
entupir os drenos.<br />
Capítulo 16<br />
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