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Fátima Maria Gomes Jardim - Universidade do Minho

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acorda<strong>do</strong>s nos 10 anos anteriores, reflectin<strong>do</strong> sobre os fracos resulta<strong>do</strong>s e os avanços reais, que<br />

foram muito poucos, condiciona<strong>do</strong>s pela dificuldade em conciliar interesses políticos,<br />

económicos e tecnológicos associa<strong>do</strong>s a pensamentos culturais tão diversos.<br />

2.1.2 Alterações Climáticas<br />

Segun<strong>do</strong> o Relatório da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente (WCED, 1991), os riscos e<br />

as incertezas ambientais, decorrentes de um consumo eleva<strong>do</strong> de energia no futuro, são<br />

inquietantes. Entre os riscos, podem-se destacar as alterações climáticas devi<strong>do</strong> ao efeito estufa<br />

causa<strong>do</strong> por gases emiti<strong>do</strong>s na atmosfera, sen<strong>do</strong> o mais importante, o dióxi<strong>do</strong> de carbono (CO 2 ),<br />

que é produzi<strong>do</strong> pela queima de combustíveis fósseis. A concentração de CO 2 e de outros gases<br />

na atmosfera retém a radiação solar nas proximidades da superfície terrestre, provocan<strong>do</strong> o<br />

aquecimento <strong>do</strong> planeta (figura 1). Isto pode fazer com que o nível <strong>do</strong> mar, nos próximos anos, se<br />

eleve ao ponto de inundar muitas cidades costeiras, (figura 2) poden<strong>do</strong> causar, <strong>do</strong> mesmo mo<strong>do</strong><br />

enormes transformações na produção agrícola nacional e internacional.<br />

Figuras 1 e 2 - Consequencias das Alterações Climáticas,<br />

fotografia de Gary Braasch<br />

As alterações climáticas são uma das principais ameaças para o desenvolvimento<br />

sustentável, representam um <strong>do</strong>s principais desafios ambientais com efeitos sobre a economia<br />

global, a saúde e o bem-estar social.<br />

O primeiro acor<strong>do</strong> internacional sobre as alterações climáticas, o Protocolo de Quioto, foi<br />

assina<strong>do</strong> em 1997, só em 2005 foi rectifica<strong>do</strong> pelo número mínimo de países. Este acor<strong>do</strong><br />

estabeleceu as metas de redução aos gases causa<strong>do</strong>res de efeito estufa. Este acor<strong>do</strong>,<br />

representa o primeiro passo concreto no senti<strong>do</strong> de evitar o aquecimento global <strong>do</strong> planeta e<br />

reduzir as previsões trágicas que vêm sen<strong>do</strong> traçadas por causa das alterações climáticas<br />

(CONTI, 2005). O acor<strong>do</strong> exige que os países mais industrializa<strong>do</strong>s, os maiores gera<strong>do</strong>res desses<br />

gases, restrinjam as suas emissões em 8% até 2012 em relação aos níveis emiti<strong>do</strong>s em 1990,<br />

estabelecen<strong>do</strong> sanções para os não cumpri<strong>do</strong>res. No âmbito <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong> de Partilha de<br />

Responsabilidades da EU ficou estabeleci<strong>do</strong> que Portugal deveria limitar o crescimento das suas<br />

emissões em 27% em relação a 1990 (REA, 2008).<br />

O Grupo Intergovernamental das Alterações Climáticas (IPCC), no quarto relatório de<br />

avaliação, aprova<strong>do</strong> em Paris de 2007, determina que o aquecimento global é “inequívoco” e é<br />

Sustentabilidade Ambiental e Eficiência Energética Cap. 2 pág. 13

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