Fátima Maria Gomes Jardim - Universidade do Minho
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A selecção <strong>do</strong> equipamento a instalar deverá considerar a potência adequada, ten<strong>do</strong> em<br />
conta os níveis de calor de que a habitação necessita efectivamente, (sen<strong>do</strong> esta uma medida<br />
importante na eficiência energética) a dimensão da tipologia, o clima da região, o tipo de<br />
construção e o número de pessoas a que se destina. Na realidade, um sistema de aquecimento<br />
superior ao necessário pode apresentar uma eficiência mais baixa <strong>do</strong> que o previsto, e portanto,<br />
uma menor economia energética.<br />
Outro factor importante <strong>do</strong> sistema de aquecimento, diz respeito a regulação <strong>do</strong>s<br />
equipamentos de aquecimento, pois esta permite manter a temperatura de um compartimento<br />
estável, independentemente das condições atmosféricas exteriores, permite a optimização das<br />
fontes de calor e permite a regulação correcta e separada da temperatura em cada um <strong>do</strong>s<br />
compartimentos em função da sua utilização.<br />
2.3.4.2 Águas Quentes Sanitárias (AQS)<br />
Numa habitação, o aquecimento de águas tem vin<strong>do</strong> a ser maioritariamente produzi<strong>do</strong><br />
através de esquenta<strong>do</strong>res a gás ou termoacumula<strong>do</strong>res eléctricos, mas quan<strong>do</strong> existem unidades<br />
de aquecimento central, é habitual que elas também produzam águas quentes sanitárias.<br />
Recentes trabalhos realiza<strong>do</strong>s, nomeadamente pelo Grupo Temático “Solar Térmico Activo”<br />
permitiram mostrar que em Portugal o aquecimento de águas, através de colectores solares, é<br />
uma forma de aproveitamento de energia gratuita, um recurso energético de grande abundância<br />
– o sol – entre os maiores a nível europeu; além de Portugal dispor de tecnologia ao mesmo nível<br />
da EU-15, e inova<strong>do</strong>ra (Agua Quente Solar). Em reuniões promovidas pelo Fórum de “Energias<br />
Renováveis em Portugal” concluiu-se que as principais barreiras ao desenvolvimento de<br />
colectores solares térmicos são: a existência de um eleva<strong>do</strong> investimento inicial, a falta de<br />
conhecimento e credibilidade por parte <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res portugueses, e constrangimentos a<br />
nível da construção e promotores <strong>do</strong>s edifícios.<br />
Um sistema de energia solar devidamente dimensiona<strong>do</strong> e coloca<strong>do</strong> por mão-de-obra<br />
qualificada e certificada, pode conduzir a uma poupança de 70% <strong>do</strong>s custos em energia<br />
necessários para a produção de água quente para uso <strong>do</strong>méstico (NUNES, 2008). Para retirar o<br />
maior parti<strong>do</strong>, em termos de eficiência, <strong>do</strong>s sistemas solares para aquecimento de águas é<br />
importante o seu correcto dimensionamento de forma a preencher as necessidades com a<br />
energia solar disponível no Verão, sen<strong>do</strong> necessário, sistemas de apoio convencionais no<br />
Inverno. A orientação a Sul, o isolamento das tubagens de fornecimento de água e o acesso para<br />
a manutenção e limpeza <strong>do</strong>s painéis revelam-se igualmente prioritários para a sua maior<br />
eficiência.<br />
No que se refere aos sistemas de aquecimento de águas sanitárias convencionais, é<br />
necessário saber qual o tipo de energia disponível na habitação, reflectin<strong>do</strong> sobre a sua eficiência<br />
Sustentabilidade Ambiental e Eficiência Energética Cap. 2 pág. 29