Fátima Maria Gomes Jardim - Universidade do Minho
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2.3.3.1 Inércia Térmica<br />
A inércia térmica de um edifício é a sua capacidade de contrariar as variações de temperatura<br />
no seu interior devi<strong>do</strong> à sua capacidade de acumular calor nos seus elementos de construção.<br />
Trata-se de um factor determinante no comportamento térmico <strong>do</strong> edifício, um fenómeno pelo<br />
qual o edifício amortece as acções térmicas exteriores e interiores <strong>do</strong> edifício, proporcionan<strong>do</strong><br />
uma menor variação de temperatura interior e, consequentemente, aumentan<strong>do</strong> o conforto <strong>do</strong>s<br />
seus ocupantes.<br />
A inércia térmica influi sobre o comportamento <strong>do</strong> edifício tanto de inverno, ao determinar a<br />
capacidade de utilização <strong>do</strong>s ganhos solares, como de verão, ao influenciar a capacidade <strong>do</strong><br />
edifício absorver os picos de temperatura. As paredes com uma estrutura pesada (composta por<br />
materiais densos e pesa<strong>do</strong>s como a pedra e os tijolos maciços) têm uma elevada capacidade<br />
térmica, funcionan<strong>do</strong> como reservatórios de calor e amortece<strong>do</strong>res térmicos, contrarian<strong>do</strong> a<br />
oscilação climática <strong>do</strong> exterior.<br />
2.3.3.2 Isolamento Térmico<br />
O isolamento térmico de edifícios é fundamental para garantir o conforto térmico nas<br />
habitações durante to<strong>do</strong> o ano, principalmente no inverno, e para tornar a casa mais eficiente em<br />
termos energéticos. O objectivo principal é manter o ar interior da habitação a uma temperatura<br />
confortável, para tal é necessário evitar a entrada de correntes de ar quente ou frio, consoante a<br />
época <strong>do</strong> ano, com o auxílio de um material isolante.<br />
O isolamento térmico dificulta a passagem de calor por condução <strong>do</strong> interior ao exterior da<br />
habitação e vice-versa. Assim, a sua correcta aplicação torna-se eficaz tanto no inverno como no<br />
verão. A quantidade de calor necessária para manter uma habitação à temperatura de conforto<br />
depende em larga medida, <strong>do</strong> nível de isolamento térmico, que previne a transferência de calor<br />
entre o interior e exterior <strong>do</strong> edifício.<br />
No Inverno, os espaços interiores que não estejam bem isola<strong>do</strong>s tornam-se desconfortáveis e<br />
prejudiciais para a saúde <strong>do</strong> ocupante, ainda que se gaste uma grande quantidade de energia<br />
para compensar as perdas de calor, as paredes <strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s espaços encontram-se sempre<br />
frias, o que provoca perda por radiação <strong>do</strong> corpo humano, impon<strong>do</strong>-se uma sensação de<br />
desconforto. Durante a estação quente, um espaço interior sem isolamento torna-se<br />
excessivamente aqueci<strong>do</strong>, em virtude da força de transmissão calorífica que se produz das<br />
paredes e coberturas, sobreaquecidas pela radiação solar.<br />
Um edifício com baixos níveis de isolamento térmico conduz a perdas de calor significativas,<br />
que consequentemente conduzem a maiores consumos energéticos com o aquecimento e<br />
arrefecimento, sen<strong>do</strong> que de inverno os espaços arrefecem rapidamente, poden<strong>do</strong> dar origem a<br />
condensações no seu interior prejudiciais para a saúde e bem-estar <strong>do</strong>s seus ocupantes, e de<br />
verão o interior aquece mais e num curto espaço de tempo. Por esta razão, o isolamento térmico<br />
Sustentabilidade Ambiental e Eficiência Energética Cap. 2 pág. 25