Fátima Maria Gomes Jardim - Universidade do Minho
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(contribuição de 49.1%) face os valores de 1990 (21.1%), sen<strong>do</strong> de ressalvar a introdução <strong>do</strong> gás<br />
natural, deten<strong>do</strong> 9.10 % <strong>do</strong> consumo energético final, escalan<strong>do</strong> a sua percentagem desde o seu<br />
aparecimento (1997) a uma média anual de 0.91%. Assim, a preponderância <strong>do</strong> consumo de<br />
energia eléctrica no sector tem-se acentua<strong>do</strong>. Segun<strong>do</strong> estes balanços da DGGE, o Gás Natural<br />
começou a ser utiliza<strong>do</strong> como fonte de energia pelos habitantes portugueses em 1997,<br />
justifican<strong>do</strong>-se a sua percentagem tão reduzida quan<strong>do</strong> comparada com as restantes fontes. No<br />
entanto, prevê-se um crescimento no consumo desta fonte de energia impulsiona<strong>do</strong> pelo seu<br />
forte contributo na redução de emissão de poluentes para a atmosfera, considera<strong>do</strong> um<br />
combustível mais ecológico ou seja “mais amigo <strong>do</strong> ambiente”. Em 2005 o gás natural<br />
representava 6,45 % da energia final consumida (DGEG, 2008), valores que têm vin<strong>do</strong> a reforçar o<br />
peso <strong>do</strong> seu papel no total <strong>do</strong> consumo. Por um la<strong>do</strong>, é extremamente positivo que se aposte<br />
num recurso com menos cargas para o país, <strong>do</strong> ponto de vista ambiental é menos polui<strong>do</strong>r e <strong>do</strong><br />
ponto de vista económico é mais barato que o petróleo, no entanto importa referir que, tal como o<br />
petróleo, é um recurso finito.<br />
Em termos das energias renováveis, ao contrário <strong>do</strong> que seria de esperar ao fim destes anos,<br />
o consumo total deste tipo de energias (sem contabilizar a energia hídrica) não tem sofri<strong>do</strong><br />
grandes variações, chegan<strong>do</strong> mesmo a verificar-se um decréscimo entre 1990 e 2007. O recurso<br />
a lenhas e resíduos vegetais, fontes de energia renovável consideradas no sector residencial,<br />
decresceu lentamente desde 1900 a 2000 inverten<strong>do</strong>-se depois a tendência até 2005.<br />
Destes da<strong>do</strong>s gerais de consumo de energia final para o sector residencial, pode-se concluir<br />
que, embora em termos de consumos totais nacionais se possa verificar um decréscimo em 2007<br />
(contribuição de 18%) face aos valores de 1990 (21%), o mesmo não acontece quan<strong>do</strong> se analisa<br />
o consumo <strong>do</strong> sector. As habitações foram responsáveis por cerca de 3,20 Mtep <strong>do</strong> consumo<br />
total de energia em 2007 o que, face a 1990 (2,43 Mtep), representa um aumento de cerca de<br />
31,6%.<br />
Apesar <strong>do</strong>s esforços em campanhas de sensibilização para a redução <strong>do</strong> consumo de<br />
energia, é <strong>do</strong> conhecimento geral que este tende a aumentar com a generalização da melhoria<br />
das condições de vida <strong>do</strong>s portugueses e com a introdução de novas necessidades de consumo,<br />
normalmente traduzidas em maiores necessidades de conforto térmico, iluminação e<br />
equipamentos.<br />
Para além das novas necessidades de consumo, entre 1985 e 1997, o tamanho médio de<br />
uma habitação europeia aumentou de 83 m2 para 87 m2, o que conduziu, obviamente, a um<br />
aumento no consumo de energia (PINHEIRO, 2006). O aumento <strong>do</strong> consumo de energia neste<br />
perío<strong>do</strong>, estará relaciona<strong>do</strong> não só com o aumento da área de construção mas também <strong>do</strong> ritmo<br />
de construção, que tem vin<strong>do</strong> a intensificar-se, sobretu<strong>do</strong> no perío<strong>do</strong> entre 1995 e 2000. Espaços<br />
construí<strong>do</strong>s, por vezes com menor qualidade que a devida, mas de forma a intensificar a rapidez<br />
da construção e a redução de custos, acabaram por menosprezar características como conforto<br />
Sustentabilidade Ambiental e Eficiência Energética Cap. 2 pág. 33