Fátima Maria Gomes Jardim - Universidade do Minho
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enfatizaram a necessidade de criar políticas e estratégias nacionais para alcançar o<br />
desenvolvimento sustentável (ENDS, 2007).<br />
Na sequência da preparação da Cimeira Mundial de Joanesburgo, Portugal elabora através<br />
<strong>do</strong> Instituto <strong>do</strong> Ambiente, um <strong>do</strong>cumento intitula<strong>do</strong> Estratégia Nacional para o Desenvolvimento<br />
Sustentável, que serviu de base para o Plano Nacional para o Desenvolvimento Sustentável, para<br />
o perío<strong>do</strong> 2005-2015, juntamente com o processo de elaboração de um Plano de Implementação<br />
da ENDS, (PIENDS).<br />
A preocupação nas estratégias nacionais, com a sustentabilidade no meio edifica<strong>do</strong> e da<br />
construção sustentável, começam a estar progressivamente presentes, em termos conceptuais,<br />
nos vários intervenientes, embora se verifique que existe pouco conhecimento em relação à sua<br />
aplicação à escala nacional, nomeadamente em relação à sua efectiva implementação e<br />
resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s.<br />
Neste contexto, algumas cidades portuguesas (Lisboa, Porto, Almada, Aveiro, Cascais,<br />
Ferreira <strong>do</strong> Alentejo, Guarda, Moura e Vila Nova de Gaia) aderiram à iniciativa Pacto <strong>do</strong>s Autarcas,<br />
lançada pela Comissão Europeia durante a realização da European Union Sustainable Energy<br />
Week 2009, na redução das suas emissões de CO 2 através de acções de procura energética<br />
eficiente e da promoção de energias renováveis. Trata-se de um <strong>do</strong>cumento dirigi<strong>do</strong> a projectos e<br />
resulta<strong>do</strong>s mensuráveis, comprometen<strong>do</strong> as cidades aderentes a reduzir as suas emissões em<br />
mais de 20% até 2020 e sen<strong>do</strong> anualmente avaliadas, através de relatórios periódicos, sujeitos ao<br />
controlo por parte da Comissão Europeia ou de entidades independentes.<br />
Em Portugal, evidenciam-se vários problemas de sustentabilidade ambiental, <strong>do</strong>s quais se<br />
destacam os seguintes:<br />
• O Relatório <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ambiente 2007- Portugal, (REA, 2008), refere o aumento<br />
significativo das emissões nacionais de GEE, foram cerca de 39% acima <strong>do</strong>s valores de 1990,<br />
afastan<strong>do</strong>-se <strong>do</strong>s 27% da meta estabelecida para o perío<strong>do</strong> de 2008-2012 no âmbito <strong>do</strong><br />
Protocolo de Quioto, pelo que actualmente são necessárias medidas para a redução de<br />
emissões. O aumento das emissões de GEE deve-se ao facto <strong>do</strong> perfil energético <strong>do</strong> país estar<br />
fortemente dependente <strong>do</strong>s combustíveis fósseis, especialmente na produção de electricidade.<br />
Contu<strong>do</strong>, tem-se verifica<strong>do</strong> alguma melhoria no perfil das emissões, explica<strong>do</strong> pela introdução <strong>do</strong><br />
gás natural, considera<strong>do</strong> um combustível “mais limpo” (REA, 2008, INE, 2009).<br />
• Nos últimos anos, as despesas municipais para a gestão <strong>do</strong>s resíduos, continuou a<br />
absorver a maior parte <strong>do</strong>s encargos <strong>do</strong>s Municípios em matéria de protecção ambiental. Por<br />
outro la<strong>do</strong>, o depósito em aterro continua a ser o principal destino <strong>do</strong>s resíduos urbanos, (INE,<br />
2008).<br />
Sustentabilidade Ambiental e Eficiência Energética Cap. 2 pág. 15