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Eritropoetina Recombinante Humana na Anemia da Prematuridade

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de neutrófilos periféricos após 20 dias de tratamento.<br />

Os autores concluíram que o uso de rhEPO pode<br />

reduzir a necessi<strong>da</strong>de de transfusão em RN-PT com<br />

anemia <strong>da</strong> prematuri<strong>da</strong>de sintomática.<br />

OBLADEN e MAIER, em 1991, publicaram o<br />

primeiro estudo multicêntrico (Ensaio Randomizado<br />

Multicêntrico Europeu), onde foram estu<strong>da</strong>dos 93 RN-<br />

PT, divididos em respiração espontânea e ventilação<br />

artificial. A i<strong>da</strong>de gestacio<strong>na</strong>l foi entre 28 e 32 sema<strong>na</strong>s.<br />

Trinta uni<strong>da</strong>des por quilo de rhEPO foram <strong>da</strong>dos<br />

a ca<strong>da</strong> 3 dias, entre 4 a 25 dias de vi<strong>da</strong>, via subcutánea.<br />

Suplementação de ferro foi utiliza<strong>da</strong> <strong>na</strong> dose<br />

de 2 mg/kg, a partir de 14 dias de vi<strong>da</strong>. Não houve<br />

diferenças no hematócrito, contagem de reticulócitos<br />

ou ferriti<strong>na</strong> sérica. O número de reticulócitos foi discretamente<br />

mais alto <strong>na</strong>s crianças trata<strong>da</strong>s, nos controles<br />

dos dias 13 e 25. Não foram observados efeitos<br />

colaterais 30 . Recentemente, em 1994, estes mesmos<br />

autores, publicaram um novo e<strong>na</strong>io multicêntrico (12<br />

centros em 6 países europeus) e controlado 3137 .<br />

Participaram deste estudo, 241 RN, sendo 61 com peso<br />

de <strong>na</strong>scimento de 750g a 999g, 86 de lOOOg a 1249g e<br />

94 de 1250g a I499g; destes, 136 são RN com i<strong>da</strong>de<br />

gestacio<strong>na</strong>l menor do que 30 sema<strong>na</strong>s. A dose de<br />

rhEPO utiliza<strong>da</strong> foi de 750 unid/kg por sema<strong>na</strong>, dividi<strong>da</strong><br />

em 3 aplicações sema<strong>na</strong>is, entre 3 e 42 dias de<br />

vi<strong>da</strong>, <strong>na</strong>s 120 crianças randomiza<strong>da</strong>s. Tanto o grupo<br />

controle como o estudo receberam suplementação de<br />

ferro de 2mg/kg. O índice de sucesso, definido como<br />

ausência <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de transfusão e hematócrito<br />

nunca abaixo de 32%, foi de 4,1% no grupo controle<br />

e 27,5% no grupo que recebeu a eritropoieti<strong>na</strong>.<br />

Observou-se melhor resposta <strong>na</strong> contagem de reticulócitos<br />

e no hematócrito fi<strong>na</strong>l em RN > 1200g e<br />

hematócrito inicial > 48%. Não foram observados<br />

efeitos colaterais. Ocorreram 2 mortes súbitas no<br />

grupo tratado com rhEPO e l no grupo controle. Ao<br />

fi<strong>na</strong>l do estudo, o nível de ferriti<strong>na</strong> era mais baixo no<br />

grupo que recebeu rhEPO. A conclusão deste trabalho<br />

foi de que a rhEPO reduz a necessi<strong>da</strong>de de transfusão<br />

em RN de muito baixo peso, se utiliza<strong>da</strong> durante as<br />

primeiras 6 sema<strong>na</strong>s de vi<strong>da</strong> 31 .<br />

Em 1992, foram publicados 2 pesquisas utilizandose<br />

a rhEPO em altas doses, antes do aparecimento <strong>da</strong><br />

anemia. SHANNON e col. 46 randomizaram 8 RN-PT<br />

assintomáticos para receberem 100 unid/kg de rhEPO,<br />

5 vezes por sema<strong>na</strong> (sendo que esta dose era aumenta<strong>da</strong><br />

para 200 unid/kg/dose se a contagem de reticulócitos<br />

não fosse satisfatória após 2 a 3 sema<strong>na</strong>s); ou<br />

placebo. Todos os RN receberam suplementação de<br />

ferro de 6mg/kg/d e a duração do estudo foi de 6<br />

sema<strong>na</strong>s. Ao fi<strong>na</strong>l do tratamento, a contagem de reticulócitos<br />

e o hematócrito foi significantemente maior<br />

no grupo que recebeu a rhEPO. Houve a necessi<strong>da</strong>de<br />

de transfusão em l <strong>da</strong>s 4 crianças e em 3 <strong>da</strong>s 4, respectivamente,<br />

no grupo que recebeu rhEPO e no controle.<br />

Não foram observados efeitos colaterais, incluindo<br />

neutropenia ou alteração do número de plaquetas,<br />

durante o estudo. À seguir, CARNIELLI e col. 08 randomizaram<br />

22 RN-PT que receberam 400 unid/kg de<br />

rhEPO, três vezes por sema<strong>na</strong>, e ferro 20mg/kg sema<strong>na</strong>l,<br />

via intravenosa, a partir do segundo dia de vi<strong>da</strong><br />

até a alta (em 11 RN) ou nenhuma medicação como<br />

controle (11 RN). O grupo tratado necessitou de<br />

menor número e quanti<strong>da</strong>de de transfusões e apresentou<br />

maior contagem de reticulócitos e hematócrito.<br />

Não foram observados efeitos colaterais; foi sugerido<br />

que a trombocitose transitória observa<strong>da</strong> por vários<br />

autores pudesse, talvez, ser devido à ação direta <strong>da</strong><br />

rhEPO sobre os megacariócitos ou secundária à deficiência<br />

de ferro.<br />

Nesse mesmo ano, SHANNON e col. 47 publicaram<br />

outro estudo com número pequeno de casos, randomizado<br />

e cego, incluindo ape<strong>na</strong>s 4 RN por grupo.<br />

Todos os pacientes eram assintomáticos, com peso de<br />

<strong>na</strong>scimento ao redor de 900g. O tratamento foi feito<br />

entre 4 a 28 dias de vi<strong>da</strong>. A dose de rhEPO foi de 100<br />

unid/kg via subcutánea, 5 vezes por sema<strong>na</strong>, por seis<br />

sema<strong>na</strong>s. A dose foi dobra<strong>da</strong> em RN com n Q de reticulócitos<br />

estacio<strong>na</strong>rio inferior a 200.000/mm 3 após 2<br />

sema<strong>na</strong>s ou a 300.000/mm 3 após 3 sema<strong>na</strong>s. A dose de<br />

suplementação de ferro foi de 3mg/kg, sendo aumenta<strong>da</strong><br />

para 6mg/kg se houvesse boa tolerância. O grupo<br />

controle recebeu placebo. Após l sema<strong>na</strong> de tratamento,<br />

o grupo que recebeu rhEPO apresentou contagem<br />

de reticulócitos médio 3 vezes maior do que o<br />

do grupo controle. Durante as 6 sema<strong>na</strong>s de tratamento,<br />

a necessi<strong>da</strong>de de transfusão sangüínea foi<br />

substancialmente maior no grupo placebo e o hematócrito<br />

fi<strong>na</strong>l consideralvemente maior no grupo tratado.<br />

Não foram observados efeitos colaterais, incluindo<br />

a. neutropenia e a trombocitose. Esse foi o ponto de<br />

parti<strong>da</strong> de um estudo multicêntrico, controlado e randomizado,<br />

concluído em 1993, sendo publicado em<br />

1994 por PHIBBS e KEITH 38 , com descrição detalha<strong>da</strong><br />

em 1995 48 . Neste estudo, participaram 11 centros norteamericanos,<br />

num total de 157 RN randomizados (80<br />

placebo e 77 tratados com rhEPO). Critérios de<br />

inclusão foram: i<strong>da</strong>de gestacio<strong>na</strong>l < 31 sema<strong>na</strong>s, peso<br />

de <strong>na</strong>scimento ^ 1250g e aporte calórico 2>

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