Natal - Supermercado Moderno
Natal - Supermercado Moderno
Natal - Supermercado Moderno
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
www.sm.com.br<br />
Uma publicação<br />
da Carvajal<br />
Informação<br />
ano 42<br />
nº 9<br />
setembro<br />
2011<br />
NATAL<br />
DE MUDANÇAS<br />
Será<br />
outro<br />
ano de mesa<br />
farta - o<br />
consumo deve<br />
crescer 7%.<br />
Mas pesquisa<br />
mostra que<br />
as ceias terão<br />
mais pratos<br />
diferentes<br />
e menos<br />
quantidade<br />
de um mesmo<br />
produto.<br />
Isso muda<br />
um pouco seu<br />
planejamento<br />
de compras.<br />
Classes AB<br />
também<br />
crescem<br />
e exigem<br />
mais atenção<br />
JBS lança<br />
50 produtos<br />
sofisticados<br />
para fugir do<br />
preço baixo<br />
SAIBA AINDA:<br />
Como ficarão<br />
os preços<br />
O que esperar<br />
das vendas<br />
Como estimular<br />
o consumo de<br />
vinhos e cervejas<br />
Vaidade<br />
masculina<br />
enche os<br />
cofres do<br />
concorrente
3 | <strong>Supermercado</strong> m oderno • setembro 2011<br />
carta ao leitor<br />
eeste é um mês particularmente<br />
feliz para<br />
<strong>Supermercado</strong> <strong>Moderno</strong>.<br />
Vamos oferecer aos<br />
nossos leitores uma nova mídia<br />
para leitura da revista: o tablet.<br />
Mais do que reafirmar nosso pioneirismo<br />
e inovação no atendimento<br />
ao leitor, queríamos entrar<br />
num segmento que agregasse valor<br />
à leitura. estudos apontavam o<br />
bom potencial dos tablets. afinal,<br />
o brasileiro começa a trocar o notebook<br />
pelo tablet, e os incentivos<br />
fiscais para produção nacional da<br />
nova tecnologia devem baratear o<br />
produto e impulsionar o consumo.<br />
Soma-se a isso o fato de que<br />
a banda larga móvel triplicará até<br />
2014, o que permitirá conexões<br />
mais rápidas e eficientes. Queríamos,<br />
contudo, saber se o nosso<br />
leitor teria interesse na nova mídia.<br />
Uma sondagem com varejistas<br />
de todo o Brasil indicou que<br />
Sheila hiSSa<br />
editora executiva<br />
sheila@lund.com.br<br />
AgorA você lê<br />
supermercado moderno<br />
tAmbém em tablet<br />
Inúmeros varejistas já fazem<br />
suas leituras em tablet<br />
sim: quase 70% já compraram ou<br />
pretendem comprar um tablet.<br />
entre os que já acessam estão executivos<br />
como hugo Bethlem, do<br />
Pão de açúcar, Marcio do Valle,<br />
da Coop, Carlos Fernandes, do<br />
Walmart e José Sarrassini, do Savegnago.<br />
São profissionais que<br />
aprovam a comodidade do aparelho<br />
– leve, fininho, companhia em<br />
todos os lugares –, além de sua<br />
múltipla utilização. ele permite<br />
acesso à internet, produção de<br />
textos e leitura de inúmeras publicações,<br />
entre elas SM. Convencidos<br />
da importância do tablet para<br />
nosso leitor, transformamos<br />
o projeto em realidade.<br />
Neste mês, com a parceria<br />
da Procter&Gamble, entramos<br />
nessa nova mídia carregando<br />
de imediato o conteúdo<br />
da edição impressa de setembro e<br />
as últimas notícias veiculadas em<br />
nosso Portal. Nos próximos meses,<br />
o varejista usufruirá também<br />
de vídeos e áudios. estamos felizes.<br />
Ficar mais próximos de você<br />
é outra conquista importante para<br />
toda a equipe de SM.<br />
SUPERMERCADO MODERNO<br />
Propriedade de Publicar Mídias Especializadas Ltda.<br />
presidência do Grupo<br />
Robert Macody Lund<br />
Publicar Mídias EsPEcializadas ltda<br />
diretoria<br />
Telefone (11) 3327-4504<br />
Diretor executivo Sergio L. A. da Veiga Oliveira<br />
Diretor Mauricio Pacheco<br />
eDitor emérito Valdir Orsetti<br />
conselho executivo<br />
Lauricéia Tavares Bernardino, Mário Nazar<br />
Mauricio Pacheco, Robert Macody Lund,<br />
Sergio L. A. da Veiga Oliveira<br />
redação<br />
Telefone (11) 3327-4514 / e-mail: redacaosm@lund.com.br<br />
eDitora executiva Sheila Hissa<br />
eDitora-assistente Alessandra Morita<br />
repórteres Adriana Silvestrini, Fernando Salles e Viviane Sousa<br />
estagiária Marcela Della Villa<br />
colaboradores<br />
Diretor De arte e projeto gráfico Alberto Mateus<br />
Diagramação e proDução Crayon Editorial<br />
capa Blu Comunicação Integrada<br />
fotos João de Freitas<br />
conselho editorial<br />
Bruno Abrantes (Floresta), Carlos Fernandes (Walmart), Celso Furtado<br />
(Coop), Eduardo Adrião (GPA), Flavio Almeida (Villarreal), Gabriel Pedreira<br />
(Futurama), José Ricardo Scheurer (Sonda), Lucas Nassar (Mambo),<br />
Marcio do Valle (Coop), Rubens Kuriyama(Ricoy)<br />
ASSINATURA Sueli Simão (11) 3327-4522 • sueli@lund.com.br<br />
MARKETING ANUNCIANTE Camila Siqueira (11) 3327-4512<br />
• camila.siqueira@lund.com.br<br />
EvENToS Renata Franzini (11) 3327-4463 • renata.franzini@lund.com.br<br />
poRTAl SM Renato Fonseca (11) 3327-4511 • renato.fonseca@lund.com.br<br />
pUBlICIDADE<br />
Telefone (11) 3327-4516 / e-mail: supermercadomoderno@lund.com.br<br />
ApoIo A vENDAS Carla Morais (11) 3327-4505<br />
Gerentes de vendas<br />
Marcelo Luz e Silva (11) 3327-4507 • msilva@lund.com.br<br />
Gerentes de Contas<br />
Adriana Damião (11)3327-4570 • adriana.damiao@lund.com.br<br />
Alexandre Niccolai (11) 3327-4520 • aniccolai@lund.com.br<br />
Fernando Fernandes (11) 3327-4623 • fernando.fernandes@lund.com.br<br />
Vanda Maeda (11) 3327-4555 • vanda.maeda@lund.com.br<br />
REpRESENTANTES<br />
SÃO PAULO<br />
Ação Representação Com. S/C Ltda.: Rua Brigadeiro Tobias, 356,<br />
10º andar, sl. 104-C, 01032-901, São Paulo, SP. Tel./fax (11) 3313-1433.<br />
E-mail: vanderacao@terra.com.br<br />
RIO DE JANEIRO (RJ) e ESPÍRITO SANTO (ES)<br />
Grupo RioBrasil: Av. Dom Hélder Câmara, 10, 136/201, 21380-003,<br />
Rio de Janeiro, RJ. Tel. (21) 2599-8969.<br />
E-mail: riobrasil@gruporiobrasil.com.br<br />
CURITIBA (PR)<br />
Spala Marketing e Representações: R. Conselheiro Laurindo, 825, cjto 704, 80060-<br />
100, Curitiba, PR. Tel./fax (41) 3027-5565. E-mail: gilberto@spalamkt.com.br<br />
PORTO ALEGRE (RS)<br />
In Trade Comunicação Dirigida: Av. do Forte, 1.278, sala 406, V. Ipiranga, 91360-<br />
001, Porto Alegre, RS. Tel./fax (51) 3737-5177. E-mail:cesar.intrade@globo.com<br />
MINAS GERAIS (MG)<br />
SBF Representações Comunicação Propaganda e Marketing Ltda:<br />
Av. Getúlio Vargas, 1.300 - sala 1704 - Savassi - 30112-021, Belo Horizonte, MG.<br />
Tel. (31) 2125-2900. E-mail: sbfaria@sbfpublicidade.com.br<br />
ou cibelle@sbfpublicidade.com.br<br />
para obter informações e solicitar serviços<br />
Fax (11) 3228 - 9333 - site www.sm.com.br<br />
<strong>Supermercado</strong> <strong>Moderno</strong>: R. Brigadeiro Tobias, 356, 3º andar, CEP 01032-901.<br />
São Paulo, SP. Tel. (11) 3327-4400. C. Postal 3349 - 01060-970.<br />
<strong>Supermercado</strong> <strong>Moderno</strong> é enviada mensalmente a executivos, proprietários, compradores,<br />
gerentes e encarregados das principais lojas de autosserviço, lojas de conveniência, atacados<br />
e cooperativas responsáveis por 80% do volume de vendas do setor. Gerente de Operações -<br />
Carlos Henrique Duarte (11) 3327- 4425. Coordenador de Produção - Denise Spedo Maciel (11)<br />
3327- 4569. Distribuição: Vox Distribuição e Logística Ltda.ME. Não autorizamos pessoa alguma<br />
a oferecer assinaturas. Se for procurado por alguém, denuncie-o às autoridades.<br />
<strong>Supermercado</strong> <strong>Moderno</strong> não aceita matérias pagas no espaço editorial. Proibida reprodução<br />
total ou parcial sem autorização dos editores. Registro de Publicação assentado no cadastro<br />
da Divisão de Censura de Diversões Públicas, D.P.F., nº 275.P209/73. Impresso por Oceano<br />
Indústria Gráfica e Editora Ltda - Rua Osasco nº 644 - Cajamar/SP<br />
Este produto é<br />
impresso na Oceano,<br />
utilizamos papel com<br />
certificado FSC que<br />
garante o manejo<br />
florestal responsável.<br />
Trabalhamos<br />
comprometidos com<br />
o meio ambiente e<br />
temos uma ótima<br />
impressão do futuro.
ANO 42 | N º 9 • SETEMBRO 2011<br />
C A P A<br />
49<br />
Pesquisa antecipa<br />
hábitos de compra<br />
no <strong>Natal</strong><br />
CAPA<br />
CENÁRIO ECONÔMICO NO NATAL<br />
Não há crise para o desejo de consumo do brasileiro . . . . . . . . . . 39<br />
PREÇOS<br />
Pressão deve diminuir neste fim de ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45<br />
PESQUISA AROUND RESEARCH/SM<br />
200 consumidores apontam o que irão consumir . . . . . . . . . . . . . 51<br />
PANETONE<br />
Maior quantidade adquirida a cada compra . . . . . . . . . . . . . . . . . 52<br />
CARNES<br />
Mais variedade na ceia do brasileiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58<br />
BEBIDAS<br />
A vez das sofisticadas, com destaque para o vinho . . . . . . . . . . 64<br />
NATAL DOS FUNCIONÁRIOS<br />
Dicas para a confraternização com a equipe . . . . . . . . . . . . . . . . . 77<br />
31<br />
ENTREVISTA<br />
Marcio Gonzalez<br />
fala sobre os<br />
lançamentos<br />
sofisticados<br />
da JBS<br />
19<br />
CLASSES AB:<br />
Como atender<br />
esse público<br />
ESTRATÉGIA<br />
CLASSES AB<br />
Elite brasileira responde por 40% do consumo no País . . . . . . . . 19<br />
ENTREVISTA EXCLUSIVA<br />
JBS lança 50 produtos sofisticados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31<br />
CATEGORIA<br />
VAIDADE MASCULINA<br />
Homens começam a migrar para outros canais de compra. . . . .87<br />
SEÇÕES<br />
CARTA AO LEITOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3<br />
SM RESPONDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8<br />
VOCÊ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11<br />
PORTAL SM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12<br />
PONTO DE VENDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14<br />
MEGAMERCADO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82<br />
NOVOS PRODUTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94<br />
CENAS DO VAREJO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98<br />
87<br />
HOMENS:<br />
atendimento<br />
personalizado
8 | s upermercado m oderno • setembro 2011<br />
sm responde<br />
Faça sua pergunta<br />
• viviane.sousa@lund.com.br<br />
• fone: (11) 3327-4648<br />
Por que é difícil conseguir profissionais<br />
capacitados para atuar em algumas áreas das lojas<br />
claudiomir José machado, comprador do supermercado rosa, em palhoça (sc)<br />
SM Áreas de processamento de alimentos, como peixaria, açougue e padaria,<br />
estão entre as que mais sofrem com a falta de mão de obra. A espera para<br />
preencher os quadros costuma ser superior a 20 dias. Gestores acreditam que se<br />
trata, entre outros fatores, do desinteresse das novas gerações por essas funções.<br />
“Eles, literalmente, não querem botar a mão na massa”, comenta um diretor<br />
de padaria do Carrefour. Para ele, os jovens estão mais interessados nas área de<br />
estratégia e administração. A perspectiva de baixos salários nesses setores, em<br />
comparação aos cargos administrativos, influencia na escolha.<br />
Um auditor da rede Pague Menos, do interior paulista, cita outras<br />
dificuldades para o varejo dispor desse tipo de profissional, entre as quais a<br />
carga horária. “Trabalhar de segunda a segunda, com exceção só de <strong>Natal</strong> e Ano<br />
Novo, afugenta candidatos.”<br />
A solução é orientar o RH da<br />
empresa a ser claro no ato<br />
da contratação quanto às<br />
rotinas do supermercado.<br />
Assim, desistências e surpresas<br />
diminuem. Líderes da área<br />
também devem auxiliar os<br />
subordinados em questões<br />
organizacionais, como carga<br />
horária, escala de trabalho e<br />
padrões de limpeza.<br />
A carência de instituições<br />
formadoras é outro ponto<br />
negativo. A melhor saída<br />
é formar e qualificar<br />
internamente a mão de obra.<br />
No Carrefour, 90% do quadro<br />
de funcionários desses setores<br />
Açougue sofre com falta de profissionais<br />
são formados por pratas da<br />
casa. A rede só recorre ao<br />
mercado quando inaugura lojas e ainda não conta com um aprendiz totalmente<br />
capacitado. As vagas são abertas dois meses antes da inauguração, mesmo<br />
assim há casos em que unidades começam a funcionar sem que tenham<br />
encontrado um profissional.<br />
Para garantir boa qualificação, mesmo os contratados passam por<br />
treinamento. Eles passam uma semana na loja na qual trabalharão, sendo<br />
instruídos das boas práticas da rede. Depois, seguem para uma das duas lojas<br />
formadoras do grupo no Brasil. O procedimento também é realizado com os<br />
funcionários de açougue e peixaria. O trabalho é essencial, entre outras razões,<br />
porque o nível de qualificação dos profissionais captados no mercado é baixo.<br />
Alguns, inclusive, trazem “vícios” do mercado, como utilizar corantes nas<br />
receitas, prática que é proibida pela Vigilância Sanitária.
11 | <strong>Supermercado</strong> m oderno • setembro 2011<br />
você<br />
Por<br />
VALORIZANDO O PROFISSIONAL DO VAREJO<br />
Fernando Salles |<br />
salles@lund.com.br<br />
A líder da equipe<br />
feminina de compras<br />
Cleuda Maria Silva Sousa<br />
comanda 12 profissionais<br />
da área comercial da<br />
rede baiana Hiperideal. A equipe<br />
tem uma característica peculiar: é<br />
composta só por mulheres. “Elas<br />
têm uma postura bem definida no<br />
trabalho e são organizadas, o que<br />
é fundamental no setor comercial”,<br />
diz a gerente comercial.<br />
Flexibilidade é outra vantagem<br />
atribuída à equipe feminina. Essa<br />
qualidade ficou evidente em 2006,<br />
quando o Hiperideal fez uma fusão<br />
com a Rede Mix. O principal<br />
Cleuda comanda uma<br />
equipe comercial só de<br />
mulheres que<br />
contribuiu para alta de<br />
18% nas vendas da<br />
rede Hiperideal<br />
foco do negócio foi justamente a<br />
área comercial, com a possibilidade<br />
de ganhos em compras conjuntas.<br />
O acordo exigiu adequações,<br />
processo associado a ansiedade e<br />
resistência na equipe. Mas não no<br />
time de Cleuda. “A equipe absor-<br />
veu bem as mudanças e deu uma<br />
resposta positiva”, afirma.<br />
E se engana quem pensa que sua<br />
equipe 100% feminina se intimida<br />
diante de negociações tensas com<br />
fornecedores. Cleuda orienta o time<br />
a chegar às reuniões munido<br />
cleuda maria<br />
Silva SouSa –<br />
líder da área comercial<br />
da Hiperideal, 15 lojas<br />
do máximo possível de dados. “Se<br />
vamos reclamar que a margem não<br />
está boa, levamos uma planilha para<br />
demonstrar as razões. E quando<br />
pedimos um desconto, mostramos<br />
que as vendas caíram justamente<br />
por causa do preço”, exemplifica.<br />
O mesmo rigor estatístico é utilizado<br />
no acompanhamento da<br />
equipe: quando os resultados de alguma<br />
compradora estão abaixo da<br />
meta, ela procura soluções com a<br />
profissional antes mesmo do fim<br />
do mês. Os resultados mostram<br />
que a fórmula tem dado certo. Em<br />
2010, a meta da empresa era repetir<br />
o crescimento de 10% no faturamento<br />
do ano anterior. Fechou<br />
com alta em mesmas lojas de 18%<br />
e, claro, a equipe de Cleuda contribuiu<br />
muito para isso.<br />
Sm<br />
divulgação
12 | SUPERMERCADO MODERNO • SETEMBRO 2011<br />
Novas<br />
informações<br />
todos os dias<br />
no portal sm<br />
sm.com.br<br />
Com este código, você entra direto no site de SM. Basta acessar pelo celular<br />
o www.phdmobi.com, baixar o leitor de taggs, abrir o aplicativo e, com a câmera<br />
fotográfica do aparelho, mirar ou tirar foto da imagem.<br />
Notícias<br />
mais lidas<br />
Saiba quais foram as matérias<br />
mais acessadas em agosto<br />
1 ª <strong>Supermercado</strong>s têm até<br />
dezembro para se adequar às<br />
novas regras do checkout<br />
2 ª Carrefour transfere parte<br />
de suas lojas para a marca<br />
Atacadão<br />
3 ª Walmart pode comprar<br />
Carrefour Brasil por até US$<br />
8 bilhões<br />
4 ª Cade aprova aquisição do<br />
Carrefour na área financeira<br />
5 ª BRF lança produto após<br />
fusão ser aprovada<br />
ESTRATÉGIA<br />
Os rumos do<br />
seu negócio e os<br />
principais desafios<br />
na gestão de<br />
supermercados são<br />
temas constantes<br />
da editoria<br />
Estratégia. Confira.<br />
CATEGORIAS<br />
Para conhecer os produtos<br />
em alta no mercado de<br />
consumo e descobrir como<br />
aumentar as vendas deles<br />
em sua loja, acompanhe<br />
as reportagens da seção<br />
Categorias.<br />
ÁREAS LÍDERES<br />
EM CONSULTAS<br />
Confira as cinco áreas do site que<br />
foram mais pesquisadas no mês<br />
passado.<br />
1 ª Últimas<br />
notícias<br />
ENQUETE<br />
No Carrefour Brasil, a bandeira<br />
Atacadão já responde por 50%<br />
das vendas e quase 75% do lucro.<br />
E a sua empresa, tem planos de<br />
ingressar ou expandir a atuação<br />
no formato “atacarejo”<br />
2 ª Estratégia<br />
3 ª SM<br />
Responde<br />
4 ª Novos<br />
Produtos<br />
5 ª Lojas<br />
66%<br />
Sim<br />
34%<br />
Não<br />
PONTO DE VENDA<br />
Fique antenado com<br />
as novidades dos seus<br />
concorrentes, além de<br />
equipamentos e insumos<br />
para o autosserviço na<br />
seção Ponto de Venda.
14 | <strong>Supermercado</strong> m oderno • setembro 2011<br />
ponto venda<br />
de<br />
Rede de <strong>Supermercado</strong>s<br />
Colorado reabre loja tradicional<br />
divulgação<br />
Após umA reformA gerAl, a Rede de <strong>Supermercado</strong>s<br />
Colorado, da cidade de Serra Negra (SP), reabriu a sua loja<br />
mais tradicional, na Rua Padre João Batista Lavello. Segundo<br />
a diretora Caroline Marson, a remodelação priorizou o conforto<br />
e a praticidade para os clientes. A decoração homenageia a<br />
cidade por meio de um mural contendo fotos e a letra do hino<br />
do município. Após a reforma, a adega recebeu o nome de<br />
Praça Toninho Marson, fundador do primeiro supermercado<br />
de Serra Negra, na década de 1970. O espaço inclui um<br />
banco típico de praças do interior e um breve currículo do<br />
homenageado. Informações: www.supermercadoscolorado.com.br pV<br />
seAl comerciAlizA etiquetAs<br />
eletrônicAs<br />
de prAteleirA no pAís<br />
As etiquetAs eletrônicAs de prAteleirA -<br />
também conhecidas como Electronic Shelf Label<br />
(ESL) - possuem tecnologia capaz de comunicar,<br />
diretamente nas gôndolas, o preço, dados sobre<br />
promoções, informações técnicas sobre o produto<br />
e até gerenciais, como dados de estoque. Segundo<br />
a Seal, empresa que mantém parceria com a<br />
companhia sueca Pricer para comercializar a solução<br />
no Brasil, projetos-piloto já estão em andamento em<br />
grandes redes de supermercados do País. Fora do<br />
Brasil, a tecnologia já está em operação em grandes<br />
redes varejistas em mais de 30 países. A empresa<br />
explica que os dispositivos digitais possuem uma<br />
tela de cristal líquido que permanece nas gôndolas<br />
como uma etiqueta comum de papel, só que com<br />
a vantagem de exibir muito mais informações no<br />
mesmo display. Outro ponto a favor é que os dados<br />
são atualizados de forma automática, o que evita<br />
distorções de informação.<br />
Informações: www.seal.com.br pV<br />
pão de AçúcAr inAugurA<br />
suA terceirA lojA verde<br />
com investimentos de r$ 15 milhões, o Pão de Açúcar,<br />
localizado no bairro de Santana, zona norte da capital<br />
paulista, é a mais nova loja verde do Grupo. Em 1.200<br />
metros quadrados,<br />
ela oferece<br />
ampla solução<br />
de produtos e<br />
serviços, que<br />
reforçam conceitos<br />
e práticas de<br />
gestão e consumo<br />
sustentáveis. Com<br />
a inauguração,<br />
a rede passa a contar com três supermercados<br />
verdes, todos focados no uso eficiente de recursos e<br />
com soluções completas para o descarte correto de<br />
resíduos e materiais recicláveis; diminuição do impacto<br />
socioambiental da edificação, além do consumo<br />
racional de água, energia e insumos. A loja possui<br />
amplo sortimento de alimentos orgânicos e incentiva o<br />
comércio solidário. Informações: www.grupopaodeacucar.com.br pV<br />
divulgação
| 15<br />
equipAmento detectA contAminAntes em produtos Alimentícios<br />
nA 10 A edição dA tecnocArne – Feira Internacional de Tecnologia para a Indústria da Carne –, realizada<br />
em agosto na capital paulista, uma das novidades apresentadas na área de segurança alimentar foi a<br />
nova série KD7400 da Anritsu, empresa representada no Brasil pela Sunnyvale. O equipamento permite<br />
a realização de inspeções com alta precisão para detectar corpos estranhos, como pedaços de metal,<br />
plástico, vidros, pedras, ossos e borrachas, em produtos alimentícios com ou sem embalagens. A<br />
facilidade de operação através de ícones gráficos e do painel “touch screen” de 15 polegadas, somada<br />
ao rápido sistema de limpeza, são diferenciais do produto. O equipamento de aço inoxidável pode ser<br />
um aliado dos supermercados, por exemplo, nas áreas de preparação. Informações: www.sunnyvale.com.br pV<br />
celulAr pode substituir cArrinho no supermercAdo<br />
essA é A propostA da That One Consulting Group – empresa brasileira<br />
especializada no desenvolvimento de soluções em tecnologia – que acaba de criar<br />
um sistema com a ferramenta de automação GeneXus, da Artech. O aplicativo<br />
M-Shop possibilitará ao consumidor que tem aparelhos Android, BlackBerry e<br />
Apple fazer compras no supermercado e em outros estabelecimentos do varejo<br />
sem precisar empurrar o carrinho. A ideia é simples: o cliente apenas apontará a<br />
câmera fotográfica do celular ou tablet para o código de barras do item desejado.<br />
As informações serão visualizadas no aparelho e o consumidor confirmará a<br />
compra. O sistema já está sendo testado no varejo. Informações: www.thatone.com.br pV<br />
divulgação
19 Estratégia SupermercA do m oderno • setembro 2011<br />
Por Viviane Sousa |<br />
viviane.sousa@lund.com.br |<br />
Transforme as<br />
classes A e B<br />
num bom negócio<br />
A<br />
s classes A e B movimentam<br />
um mercado quase trilionário.<br />
Seu potencial de consumo<br />
em 2011 foi estimado<br />
em R$ 930 bilhões. A cifra<br />
equivale a 40% dos R$ 2,5<br />
trilhões projetados para<br />
toda a população do País pela IPC Editora, especializada<br />
em estudos de mercado, e inclui de tudo<br />
– cruzeiros, joias, seguros, serviços, alimentos, bebidas.<br />
Tal estimativa, segundo a consultoria, leva<br />
em consideração principalmente o crescimento<br />
das classes A e B. Nenhum outro estrato social tem<br />
avançado tanto em proporção quanto este.<br />
A elite brasileira<br />
gastará R$ 930 bilhões<br />
neste ano com todos os<br />
tipos de produtos e<br />
serviços que você pode<br />
imaginar. Mas atenção: a<br />
fatia que podia ficar com<br />
os supermercados está<br />
indo para concorrentes<br />
indiretos, como<br />
restaurantes.<br />
joão de freitas<br />
O tíquete das classes A e B chega a R$ 300 nos<br />
supermercados, contra a média de R$ 60 a R$ 100 do setor
20 | Estratégia | SupermercAdo moderno • setembro 2011<br />
clASSeS AB<br />
renDa MÉDia faMiLiar<br />
a maioria (quase 80%) tem renda mensal de r$ 15.950<br />
(% de população das classes A e B por faixa de rendimento mensal)<br />
4,8<br />
Acima de<br />
R$ 29.950<br />
1,4<br />
R$ 25.950 a<br />
R$ 29.950<br />
O PERFIL DA ELITE BRASILEIRA<br />
6,2<br />
R$ 19.950<br />
a R$25.950<br />
11,5<br />
20,7<br />
R$ 14.950 a R$ 10.950<br />
R$ 19.950 a R$ 14.950<br />
até 29 anos<br />
acima de 65 anos<br />
de 30 a 39 anos<br />
de 40 a 64 anos<br />
19,2<br />
R$ 8.950 a<br />
R$ 10.950<br />
Somente nos últimos oito<br />
anos, segundo pesquisa da FGV<br />
(Fundação Getúlio Vargas), 9,2<br />
milhões de brasileiros entraram<br />
no grupo de alta renda, somando<br />
22,5 milhões de pessoas na elite do<br />
País. Até 2014, serão 31 milhões,<br />
50% a mais do que hoje. E tudo<br />
graças à ascensão econômica.<br />
Todos esses números revelam<br />
que essa é a hora de atender a população<br />
que se encontra no topo do<br />
mercado de consumo. E espaço é o<br />
que não falta. Até porque no Brasil<br />
ainda são poucas as redes varejistas<br />
especializadas no atendimento<br />
das classes mais altas. “Na verdade,<br />
10,3<br />
R$ 8.950<br />
a R$ 9.950<br />
51,1<br />
R$ 7.950 a<br />
R$ 8.950<br />
faiXa eTÁria<br />
Mais de 60% têm entre 40 e 64 anos<br />
(% de chefes de família)<br />
5%<br />
15,5%<br />
16,7%<br />
FONTE: COGNATIS GEOMARKETING<br />
21,1<br />
R$ 6.950 a<br />
R$ 7.950<br />
62,9%<br />
falta loja”, alerta Marco Quintarelli,<br />
consultor da Azo Negócios.<br />
Tanto que esse público<br />
vem gastando menos em<br />
supermercados e mais com<br />
alimentação fora do lar nos<br />
últimos anos.<br />
Mas não basta sair abrindo<br />
lojas para esse público.<br />
Atender os mais ricos requer<br />
investimentos maiores com<br />
planejamento do layout, acabamento<br />
das lojas, instalações<br />
confortáveis e serviços<br />
e produtos diferenciados,<br />
pois esse é um público muito<br />
mais exigente do que a<br />
maioria da população. Claro<br />
que se pode cobrar por tudo<br />
isso, mas é preciso ter recursos<br />
suficientes para bancar o<br />
negócio. Por outro lado, se a<br />
empresa tem bala na agulha,<br />
deve aproveitar e se posicionar<br />
para entrar nesse segmento.<br />
Para se ter uma ideia,<br />
o tíquete desses clientes em supermercados chega a<br />
R$ 300, contra uma média de R$ 60 a R$ 100.<br />
eXceLÊNcIA, SOFIStIcAÇÃO e eXcLuSIVIDADe<br />
É o que a elite procura nas compras<br />
Ser foco das atenções pode parecer um clichê, mas<br />
é o que a elite quer quando está dentro de uma loja.<br />
Carlos Ferreirinha, consultor MCF, especializada<br />
em consumidores de alta renda, explica que esse<br />
é o primeiro passo para atender os mais ricos. O<br />
segundo é capacitar os funcionários. “Eles precisam<br />
conhecer e estar informados sobre tudo o que<br />
é oferecido na loja, de produtos e seções a serviços”,<br />
ensina Ferreirinha.<br />
É isso o que acontece no Palato, rede com duas<br />
lojas voltadas às classes A e B de Maceió (AL).
22 | Estratégia | SupermercAdo moderno • setembro 2011<br />
clASSeS AB<br />
Toda equipe da loja é capaz de dar<br />
qualquer tipo de informação aos<br />
clientes. “Eles aprendem sobre a<br />
origem, história e características<br />
sem informações sobre produtos sofisticados, a<br />
elite emergente pode até deixar de comprar<br />
dos produtos. No caso de uma<br />
massa especial, dão dicas sobre o<br />
preparo e os acompanhamentos”,<br />
conta Charles Rosenbaum, gerente<br />
comercial da rede.<br />
Esse tipo de atendimento é importante<br />
principalmente para a elite emergente. Diferentemente<br />
dos que já nasceram endinheirados, esse<br />
grupo tem dificuldade na compra por desconhecer<br />
marcas e produtos mais sofisticados. Ao ajudá-los, o<br />
supermercado evita que eles deixem de<br />
consumir por falta de informação.<br />
SeRVIÇOS e tecNOLOGIA<br />
Use todas as ferramentas possíveis<br />
Conveniência e serviços também são palavraschave<br />
para atender os mais ricos. O Fujii, empório<br />
com 10 checkouts, localizado em Manaus (AM),<br />
disponibiliza, além dos tradicionais manobristas,<br />
funcionários para levar as compras dos clientes<br />
VEJA ONDE ESTÃO LOCALIZADOS OS CONSUMIDORES<br />
DAS CLASSES A E B<br />
Essas são as regiões e cidades mais indicadas para quem pretende investir em supermercados<br />
voltados ao brasileiro do topo da pirâmide.<br />
61%<br />
sUDesTe ConCenTra<br />
Mais Da MeTaDe Desse<br />
PÚBLiCo<br />
(% de habitantes das<br />
classes A e B )<br />
15%<br />
13%<br />
7%<br />
4%<br />
41%<br />
36%<br />
as CaPiTais Mais riCas<br />
(% de habitantes das classes A e B )<br />
29%<br />
28%<br />
27%<br />
25%<br />
sudeste<br />
sul<br />
nordeste<br />
Centro-<br />
-oeste<br />
norte<br />
Mais De UM QUarTo Da aLTa<br />
renDa esTÁ no DisTriTo feDeraL<br />
(% de habitantes das classes A e B)<br />
florianópolis Vitória Belo Brasília Goiânia Porto<br />
Horizonte<br />
alegre<br />
a CiDaDe Mais riCa É niTerÓi<br />
(% de habitantes das classes A e B)<br />
27%<br />
Distrito<br />
federal<br />
20%<br />
são<br />
Paulo<br />
17%<br />
santa<br />
Catarina<br />
16%<br />
rio de<br />
Janeiro<br />
16%<br />
rio<br />
Grande<br />
do sul<br />
30,7%<br />
26,5%<br />
24,1%<br />
niterói<br />
(rJ)<br />
são<br />
Caetano<br />
(sP)<br />
santos<br />
FONTE: COGNATIS GEOMARKETING
24 | Estratégia | SupermercAdo moderno • setembro 2011<br />
clASSeS AB<br />
Personal Shop, do Pão de<br />
Açúcar: mais conveniência e<br />
rapidez na compra<br />
até o carro e empacotadores, que<br />
também se encarregam de tirar as<br />
mercadorias do carrinho e passálas<br />
pelo caixa. Enquanto a compra<br />
é registrada, os clientes aguardam<br />
numa área especial com mesas,<br />
onde podem se servir de café e<br />
biscoito.<br />
joão de freitas<br />
Dar as boas-vindas aos clientes também faz com<br />
que eles se sintam importantes. Em alguns supermercados,<br />
funcionários treinados recepcionam os clientes<br />
e os acompanham durante toda a compra, além de tirar<br />
dúvidas sobre os produtos.<br />
Novas experiências de compra também costumam<br />
atrair esse público. Na loja conceito do Pão<br />
de Açúcar, que fica no shopping Iguatemi, um dos<br />
mais nobres de São Paulo, foi introduzido o Personal<br />
Shop. Trata-se de um coletor eletrônico no qual os<br />
consumidores registram o código de barras dos produtos<br />
que desejam. As mercadorias são separadas<br />
depois por funcionários do supermercado e entregues<br />
na casa do cliente.<br />
SORtIMeNtO DIFeReNcIADO<br />
Não economize no que é requintado<br />
Qualidade, sofisticação e variedade de marcas premium<br />
e importadas. Esse é o perfil de sortimento<br />
que atrai os consumidores do topo da pirâmide.<br />
COMPOSIÇÃO FAMILIAR DOS<br />
LARES DAS CLASSES A E B<br />
Confira como estão estruturados os domicílios com<br />
alta renda no País. Essas informações podem moldar<br />
a proposta do supermercado, indicando o tipo de<br />
sortimento, operação e atendimento necessários.<br />
esTrUTUra CaraCTerÍsTiCa ToTaL<br />
FAMÍLIA MODERNA<br />
MADURA<br />
FAMÍLIA<br />
MODERNA<br />
SOLTEIRO COM<br />
FILHO ADULTO<br />
FAMÍLIA<br />
TRADICIONAL<br />
Casal trabalha, tem filhos<br />
com menos de 18 anos e pelo<br />
menos um tem mais de 45 anos<br />
Casal trabalha, tem filhos<br />
com menos de 18 anos e ambos<br />
têm menos de 45 anos<br />
Homem ou mulher solteiros, separados<br />
ou viúvos, com filho maior de 18 anos<br />
Casal com menos de 45 anos,<br />
em que só um trabalha e com<br />
filho menor de 18 anos<br />
Não disponível 4,8<br />
OUTROS<br />
milhões<br />
eVoLUçÃo De<br />
2003 a 2009<br />
ParTiCiPaçÃo<br />
8<br />
milhões<br />
35% 40%<br />
4,2<br />
milhões<br />
-1 21%<br />
1,8<br />
milhão<br />
72% 9%<br />
1,2<br />
milhão<br />
-15% 6%<br />
– 24%<br />
FONTE: COGNATIS GEOMARKETING
26 | Estratégia | SupermercA do m oderno • setembro 2011<br />
clASSeS AB<br />
Pedidos de<br />
alimentos e bebidas<br />
de alto luxo – que<br />
chegam a custar<br />
mais de r$ 1 mil<br />
– não podem ser<br />
volumosos<br />
No Palato, há importados em todas<br />
as seções, principalmente na<br />
de vinhos, destilados, chocolates,<br />
cervejas, além do bazar. “Como<br />
o dólar está desvalorizado, vale a<br />
pena comercializar esses produtos.<br />
Apesar disso, estamos sempre<br />
em busca de marcas nacionais<br />
consideradas premium. Na seção<br />
de chocolates já trabalhamos com<br />
duas e a saída é muito boa”, diz<br />
Charles Rosenbaum, gerente comercial.<br />
Dependendo da localização<br />
e do público das lojas,<br />
convém oferecer itens do<br />
chamado mercado alimentar<br />
de luxo. O Palato<br />
consegue bons resultados<br />
com esse segmento.<br />
Na seção de bebidas, por<br />
exemplo, foi introduzido<br />
um vinho francês para<br />
acompanhar sobremesas<br />
que custa quase R$ 3 mil.<br />
Segundo Rosembaum,<br />
a exposição desses produtos<br />
precisa ganhar destaque na<br />
loja. “Eles não podem ficar escondidos<br />
ou misturados com as<br />
demais mercadorias”, diz. Outro<br />
cuidado é não fazer pedidos volumosos,<br />
principalmente se o produto<br />
for perecível. Como são caros,<br />
qualquer perda já resulta em<br />
grande prejuízo à loja.<br />
LAyOut ceRtO<br />
dicas para uma loja sofisticada<br />
<strong>Moderno</strong>, arrojado, inovador, clean<br />
ou sustentável. Há vários modelos<br />
de layout capazes de transmitir<br />
joão de freitas<br />
Gôndolas de madeira transmitem imagem de loja requintada,<br />
além de destacar a exposição dos produtos<br />
a ideia de sofisticação. O importante é a loja ser de<br />
bom gosto, confortável e dar destaque aos produtos e<br />
serviços diferenciados. Para isso, a decoração e a comunicação<br />
visual não podem ser utilizadas com excessos.<br />
Na filial Panamby do Pão de Açúcar, em São<br />
Paulo, o conceito de loja sustentável ajuda a construir<br />
a imagem de requinte. Móveis, como vascas do hortifrúti,<br />
prateleiras e gôndolas são fabricados com madeira<br />
de reflorestamento, o que confere um ar rústico<br />
e, ao mesmo tempo, refinado à unidade. Também foi<br />
criado um espaço na área externa, junto a um café,<br />
onde os clientes podem se sentar após as compras.<br />
Introduzir seções com ambientação especial é outra<br />
ação que pode dar certo. Alguns supermercados do<br />
exterior voltados a esse público utilizam marketing<br />
olfativo em vários setores – como a padaria – para<br />
despertar a vontade de consumir. Seja qual for a sua<br />
estratégia, convém não perder de vista que as classes<br />
A e B são exigentes no atendimento. Por isso, é preciso<br />
fazer tudo com perfeição. Se ficarem insatisfeitos,<br />
vai ser difícil trazê-los de volta.<br />
Sm<br />
Mais i nforM ações:<br />
azo negócios: www.grupoazo.com.br<br />
Cognatis Geomarketing: www.cognatis.com<br />
fGV: www.fgv.br<br />
fujii: (92) 3232-3198<br />
MCf Consultoria: www.mcfconsultoria.com.br<br />
Palato: www.palato.com.br<br />
Pão de açúcar: www.paodeacucar.com.br
31 Estratégia <strong>Supermercado</strong> moderno • SETEMBRO 2011<br />
JBS lança<br />
50 produtos<br />
(todos) sofisticados<br />
| Por Adriana Silvestrini<br />
| adriana.santos@lund.com.br<br />
De olho no aumento da renda do brasileiro, a JBS invade o mercado com produtos<br />
que prometem agradar ao cliente e melhorar as margens do varejo. Quem explica<br />
a estratégia é Marcio Gonzalez, diretor da divisão de carnes da empresa.<br />
C<br />
onsiderada a terceira maior empresa<br />
de alimentos do mundo e a maior produtora<br />
mundial de carne bovina e ovina,<br />
a JBS não se impressiona com os<br />
próprios números. Tanto que mantém<br />
em curso projetos ambiciosos, como<br />
colocar nas prateleiras 50 novos produtos,<br />
boa parte carnes orgânicas e processadas das marcas<br />
Swift e Friboi. Com a decisão, a empresa espera engordar<br />
ainda mais seus números. Em 2010, a JBS faturou<br />
R$ 55,1 bilhões, valor 14,2% superior ao de 2009. E<br />
no primeiro trimestre de 2011, embolsou R$ 14,7<br />
bilhões, 20,2% mais do que o mesmo período<br />
do ano anterior. Em entrevista exclusiva<br />
para SM, Marcio Gonzalez, diretor de<br />
divisão de carnes da empresa, fala<br />
sobre os produtos que chegam às<br />
gôndolas neste mês e o que eles<br />
devem garantir para a empresa<br />
e para o varejo.<br />
fOTOS: jOãO dE fREiTaS
32 | Estratégia | <strong>Supermercado</strong> m oderno • SETEMBRO 2011<br />
entreviSta<br />
EntrEvista MARCIO GONZALEZ<br />
SM Com quais produtos vocês pretendem alavancar as<br />
vendas e quando eles serão comercializados<br />
MARCIO GONZALEZ Os novos produtos chegarão às<br />
lojas a partir deste mês. São mais de 50 novidades, entre<br />
elas, os cortes especiais da carne Angus da marca<br />
Swift Angus; cortes especiais de carne orgânica, carne<br />
moída e hambúrguer da marca Swift Orgânico; hambúrguer,<br />
quibe, almôndega, carpaccio, jerked beef da<br />
marca Swift; hambúrguer, fiambres, salsicha hot dog,<br />
linguiça calabresa e toscana e mortadela da marca Friboi.<br />
Cada uma das categorias de produtos tem um foco<br />
específico, um tipo de consumidor. Acreditamos que todos<br />
os lançamentos agregarão valor às marcas. O nosso<br />
objetivo é deixar a vida dos brasileiros mais prática, saudável<br />
e saborosa.<br />
SM Qual é o posicionamento desses produtos e o seu<br />
público-alvo<br />
MARCIO GONZALEZ Estamos trabalhando com basicamente<br />
duas estratégias. A primeira é com a Friboi e<br />
suas carnes in natura e industrializadas. É uma marca<br />
que oferece maior acessibilidade ao consumidor e está<br />
muito ligada a conceitos importantes, como tradição e<br />
confiança. Essa é uma marca que tem como públicoalvo<br />
consumidores das classes B, C e D. A segunda estratégia<br />
diz respeito à marca Swift e seus produtos inovadores,<br />
como pratos prontos não refrigerados, milho,<br />
ervilha e seleta de legumes em embalagem diferenciada,<br />
sopas, além de salsichas aperitivo e feijoada enlatadas.<br />
A marca leva ao consumidor uma ideia de modernidade,<br />
inovação e presença global. Nesse caso, o público<br />
que atingimos está dividido entre as classes A, B e C.<br />
SM Qual é a estratégia de marketing para esses produtos<br />
MARCIO GONZALEZ Vamos adotar uma postura forte,<br />
dentro daquilo que chamamos de marketing de<br />
guerrilha. Nosso foco total será o ponto de venda, para<br />
atrair os consumidores.<br />
SM O senhor pode divulgar exemplos de ações que deverão<br />
ser feitas Quando e onde elas acontecerão<br />
“Vamos<br />
adotar o que<br />
chamamos de<br />
marketing<br />
de guerrilha.<br />
Nosso foco<br />
total será o<br />
ponto de<br />
venda.”<br />
jOãO dE fREiTaS<br />
MARCIO GONZALEZ Ainda não podemos divulgar essas<br />
informações, mas posso dizer que as ações serão<br />
realizadas nas maiores redes brasileiras. No caso dos<br />
supermercados, já estão previstos ciclos promocionais,<br />
tabloides, pontos extras e serviços diretos nas lojas.<br />
SM Por que a empresa está investindo em produtos de<br />
maior valor agregado<br />
MARCIO GONZALEZ A JBS hoje tem uma base sólida<br />
de produção no mundo todo e marcas de grande penetração,<br />
como Friboi e Swift. Estava na hora de agregar<br />
valor para o varejo e seus consumidores.
34 | Estratégia | <strong>Supermercado</strong> m oderno • SETEMBRO 2011<br />
entreviSta<br />
EntrEvista MARCIO GONZALEZ<br />
SM Essa decisão tem a ver com o aumento da renda do<br />
consumidor, em especial das classes C e D<br />
MARCIO GONZALEZ Em parte sim, mas eu diria que<br />
essa decisão tem mais a ver com a estratégia da JBS de<br />
se posicionar como uma empresa global de alimentos.<br />
Obviamente essa estratégia é alavancada pelo aumento<br />
do poder aquisitivo das pessoas, especialmente nas economias<br />
emergentes do mundo todo. O aumento do poder<br />
de compra nesses países é traduzido quase que imediatamente<br />
em uma alimentação de melhor qualidade e<br />
cada vez mais sofisticada.<br />
MARCIO GONZALEZ Temos alguns diferenciais importantes.<br />
Entre eles, garantia de origem, geração própria<br />
das matérias-primas, relacionamento sólido com o<br />
varejo e comunicação com os consumidores. A nossa<br />
estratégia será entregar soluções com melhor custobenefício<br />
e produtos de qualidade sob marcas que passam<br />
confiança para o consumidor. Vale ressaltar que<br />
também temos atributos valorizados pelo consumidor,<br />
como tradição e confiança, o que se traduz em boa receptividade<br />
a nossos produtos.<br />
SM Quanto foi investido para o lançamento da linha<br />
MARCIO GONZALEZ A JBS é uma empresa de capital<br />
aberto e não pode divulgar certos dados.<br />
SM A JBS pretende lançar outros produtos com apelo à<br />
praticidade e alto valor agregado<br />
SM - Com o lançamento de produtos mais sofisticados,<br />
a JBS espera aumentar sua margem de lucro<br />
MARCIO GONZALEZ - O lucro é responsabilidade<br />
de qualquer empresa que deseja manter crescimento<br />
vigoroso, nível de serviço diferenciado, inovação e competitividade.<br />
É também sinal de respeito e retribuição<br />
à confiança dos investidores, acionistas, fornecedores,<br />
clientes, funcionários e consumidores. Trabalhamos<br />
duro para tudo isso.<br />
SM E para o varejista, esses produtos devem contribuir<br />
para melhoria da margem de lucro<br />
MARCIO GONZALEZ Sem dúvida isso acontecerá.<br />
Estamos nos dedicando a produtos de alto valor agregado<br />
e, em janeiro de 2012, teremos mais novidades. O<br />
brasileiro exige cada vez mais produtos práticos e estamos<br />
alinhados com essa demanda.<br />
SM Quanto deve crescer a linha com os 50 produtos<br />
que entram agora no mercado<br />
MARCIO GONZALEZ Acreditamos que será possível<br />
crescer a um ritmo médio de 35% ao ano.<br />
SM As vendas no mercado interno estão crescendo<br />
MARCIO GONZALEZ Seguramente. A margem aumenta<br />
à medida que o varejo comercializa produtos de<br />
maior valor agregado.<br />
SM Como a JBS pretende concorrer nessa linha com gigantes<br />
como a BRF Quais serão os diferenciais da linha<br />
em relação aos concorrentes<br />
MARCIO GONZALEZ O aumento de renda da população<br />
e a busca por uma alimentação cada vez melhor dão<br />
ao mercado interno uma posição privilegiada. As vendas<br />
internas crescem em média 15% ao ano.<br />
SM E quanto esse crescimento representa no resultado<br />
da companhia<br />
MARCIO GONZALEZ Não posso divulgar a representatividade<br />
do mercado interno dentro dos resultados,<br />
mas posso dizer que o crescimento ocorre pelo foco no<br />
consumidor, pela ativação de pontos de venda e conquista<br />
do público por meio de alternativas de alimentação.
36 | Estratégia | <strong>Supermercado</strong> moderno • SETEMBRO 2011<br />
entreviSta<br />
EntrEvista MARCIO GONZALEZ<br />
SM Qual a importância da divisão de carnes nos negócios<br />
da JBS<br />
MARCIO GONZALEZ A JBS tem várias unidades de<br />
negócio, como couro e biodiesel, mas, sem dúvida, a linha<br />
de alimentos é a mais importante, tanto no Brasil<br />
quanto em outros países.<br />
SM A carne continua sendo o carro-chefe da JBS<br />
MARCIO GONZALEZ A carne está na origem da JBS e<br />
permanece como o principal negócio do grupo.<br />
MARCIO GONZALEZ A JBS sempre teve estratégias<br />
claras e definidas. Como disse anteriormente, o primeiro<br />
passo foi construir uma plataforma de produção sólida.<br />
Agora estamos crescendo em outros segmentos. Não<br />
podemos dizer qual a participação que esses canais têm<br />
nas vendas, mas posso afirmar que ainda está longe do<br />
que desejamos e que é a principal oportunidade de<br />
crescimento.<br />
SM Qual é a expectativa em relação ao varejo<br />
MARCIO GONZALEZ Desejamos aumentar nossa<br />
participação no varejo brasileiro.<br />
“nossos produtos<br />
vão contribuir<br />
para elevar a<br />
margem de<br />
lucro dos super e<br />
hipermercados”<br />
SM Em qual região do País as vendas de alimentos da<br />
empresa mais cresceram<br />
MARCIO GONZALEZ Identificamos um maior ritmo<br />
de crescimento nas regiões Nordeste e Sudeste. A evolução<br />
do poder aquisitivo da população, uma maior<br />
oferta de produtos e programas de relacionamento,<br />
como o Açougue Swift, permitiram que as duas regiões<br />
se destacassem. O Açougue Swift é um programa de<br />
treinamento de funcionários em supermercados, no<br />
qual eles aprendem sobre os principais cortes, segurança<br />
alimentar e outras responsabilidades.<br />
SM Qual é a expectativa de crescimento dessa divisão<br />
MARCIO GONZALEZ Diante do aumento da demanda<br />
por alimentos no mercado interno e no mundo<br />
e da posição privilegiada em que o Brasil se encontra<br />
dentro desse contexto, as expectativas são as melhores<br />
possíveis. Com a renda aumentando nas economias<br />
emergentes, as pessoas se alimentam mais e melhor e<br />
a carne é uma das primeiras proteínas que passam a<br />
ser consumidas.<br />
SM Qual a participação dos hiper e supermercados nas<br />
vendas da divisão<br />
SM A empresa tem desenvolvido ações específicas nos<br />
Estados nordestinos O que tem sido feito: aumento da<br />
distribuição, novos canais de vendas, produtos específicos<br />
para a região, novos centros de distribuição<br />
MARCIO GONZALEZ Sim, estamos atentos ao que<br />
acontece na região. A JBS tem na região três novos centros<br />
de distribuição para garantir o abastecimento; está<br />
construindo alianças operacionais e desenvolvendo novos<br />
clientes e canais, para garantir uma presença cada<br />
vez maior e mais relevante de nossas marcas nos pontos<br />
de venda.<br />
Sm
39 <strong>Natal</strong> <strong>Supermercado</strong> moderno • SETEMBRO 2011<br />
Por Viviane Sousa | viviane.sousa@lund.com.br<br />
Vendas devem<br />
crescer 7%<br />
Não tem aumento de inflação ou crise internacional que ameace<br />
o <strong>Natal</strong>. O consumo será positivo para o autosserviço, principalmente<br />
considerando a base de comparação alta de 2010, quando o cenário<br />
macroeconômico era mais favorável. Aproveite!<br />
O<br />
atual ciclo de aperto monetário,<br />
que restringe o<br />
crédito e aumenta as taxas<br />
de juros à pessoa física,<br />
deve seguir até o fim do<br />
ano. Apesar de essa medida<br />
– adotada pelo governo<br />
federal para controlar a inflação – ter provocado<br />
uma desaceleração no volume de vendas ao longo<br />
de 2011, as estimativas são de um <strong>Natal</strong><br />
positivo. O crescimento, no entanto, não<br />
será como o de 2010, avaliado por muitos<br />
supermercadistas como um dos melhores<br />
Natais dos últimos anos.<br />
A Tendências Consultoria aponta uma<br />
evolução de 6,7% no volume de vendas de<br />
alimentos e bebidas. Já o comércio varejista deve<br />
apresentar um desempenho ainda melhor, com<br />
alta de 7,5% nas vendas. “Mais uma vez, o que irá<br />
motivar o consumidor a gastar mais é o aumento<br />
da renda”, explica Alexandre Andrade, analista da<br />
Tendências Consultoria.<br />
No acumulado de 12 meses até julho deste ano,<br />
por exemplo, a massa salarial do brasileiro cresceu<br />
8% em termos reais. Só em maio, os trabalhadores<br />
embolsaram R$ 36 bilhões. Esse montante tende a<br />
ser ainda maior até o fim do ano, quando o número<br />
de empregos formais poderá bater o recorde de três<br />
milhões de vagas, conforme expectativa do Ministério<br />
do Trabalho. Até julho, 1,59 milhão de vagas<br />
já haviam sido abertas .<br />
O que também elevará o poder aquisitivo<br />
do consumidor no <strong>Natal</strong> é o 13º<br />
salário. A parte que será paga<br />
O 13º salário vai impulsionar as vendas<br />
neste fim de ano. Ele deve injetar na economia<br />
r$ 150 bilhões<br />
aos aposentados e pensionistas do INSS (Instituto<br />
Nacional do Seguro Social) até dezembro injetará<br />
mais de R$ 23 bilhões na economia, conforme projeção<br />
da Tendências. Esse valor pode chegar a R$<br />
150 bilhões com a parte do benefício que é destinada<br />
aos trabalhadores com carteira assinada. No ano<br />
passado, foram mais de R$ 102 bilhões, de acordo<br />
com dados do Dieese (Departamento Intersindical<br />
de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).
40 | <strong>Natal</strong> | <strong>Supermercado</strong> moderno • SETEMBRO 2011<br />
cenário<br />
risCo De Crise<br />
afetar o consumo<br />
é pequeno<br />
os ProDUTos QUe VÃo VenDer Mais na DaTa<br />
destilados<br />
Sidra e filtrados<br />
4%<br />
5%<br />
Outra boa notícia é que o aumento<br />
da renda e a queda no desemprego<br />
também vão ajudar o Brasil a<br />
enfrentar a crise internacional, que<br />
afeta a economia dos Estados Unidos<br />
e parte da Europa. “Isso significa<br />
que as vendas de fim de ano não<br />
serão prejudicadas por um colapso<br />
financeiro”, avalia José Góes, analista<br />
da consultoria Win Trade.<br />
O aumento das reservas internacionais,<br />
que já somam US$ 350<br />
bilhões, está na lista de recursos de<br />
que o País poderá lançar mão para<br />
manter a economia interna aquecida.<br />
Outra medida, já adotada pelo governo federal, é o<br />
programa Brasil Maior, que oferece incentivos, como<br />
a desoneração da folha de pagamento, para setores da<br />
economia com mão de obra intensiva. Segundo Góes,<br />
se a situação ficar muito feia, o governo também poderá<br />
pôr um fim ao ciclo de aperto monetário, até<br />
porque essa medida não tem surtido muito efeito sobre<br />
a inflação, que continua em patamares altos. Com<br />
isso, as taxas de juros ao consumidor, que em julho<br />
passaram de 46%, poderão cair, e o crédito subir.<br />
Alexandre Tombini, presidente do BC (Banco<br />
Central), até já anunciou que, caso necessário,<br />
bancos públicos, como Caixa Econômica Federal<br />
e Banco do Brasil, contam com capital suficiente<br />
para elevar o crédito à pessoa física e, assim, estimular<br />
o consumo.<br />
Se, apesar disso a economia nacional for afetada,<br />
o varejo alimentar deverá ser o menos prejudicado.<br />
Afinal, segundo Góes, a compra de alimentos e bebidas<br />
não requer crédito. “O setor que poderá<br />
amargar alguma retração é o de bens duráveis,<br />
porque, com medo do desemprego, as pessoas<br />
deverão evitar dívidas grandes e longas”, destaca.<br />
ConsUMiDor esTÁ<br />
confiante na economia<br />
* O AUmENtO É Em VOlUmE dE VENdAs E A BAsE dE cOmPARAÇÃO É O NAtAl dE 2010<br />
FONtEs: cEREsER, YOKI, dEmAIs INdÚstRIAs E tENdêNcIAs NIElsEN<br />
Vinhos e frisantes<br />
panetone<br />
agosto a dezembro<br />
refrigerantes<br />
novembro a dezembro<br />
Frutas secas<br />
cervejas<br />
novembro a dezembro<br />
Lentilha e Farofa<br />
azeite<br />
Suco pronto<br />
novembro a dezembro<br />
6%<br />
7% a 8%<br />
8% a 9%<br />
10%<br />
de 10% a 12%<br />
12%<br />
10% a 13%<br />
10% a 15%<br />
Diante do cenário positivo para as compras, os<br />
consumidores tendem a se manter otimistas. Em<br />
julho, o INC (Índice Nacional de Confiança) da<br />
Associação Comercial de São Paulo estava em<br />
147 pontos, ante 144 do mesmo período de 2010.<br />
O indicador varia de zero a 200 pontos, sendo<br />
que a pontuação acima de 100 mostra otimismo.<br />
O estudo também revela que mais da metade<br />
(52%) dos consumidores considera sua situação<br />
financeira boa.<br />
As turbulências, portanto, não ameaçam a<br />
ceia de final de ano, a troca de presentes, a autoindulgência.<br />
Ao contrário. Por isso, as vendas<br />
continuarão enchendo os cofres do varejo, ainda<br />
que em patamar inferior ao de 2010. Aproveite<br />
e feliz <strong>Natal</strong>!
42 | <strong>Natal</strong> | <strong>Supermercado</strong> m oderno • SETEMBRO 2011<br />
cenário<br />
Atenção às cArnes nAtAlinAs<br />
Foi de 8%<br />
real a alta<br />
na massa<br />
salarial nos<br />
últimos 12<br />
meses<br />
Embora sejam consumidas pela maioria dos brasileiros, carnes como peru e tender devem<br />
estar presentes na ceia em menor quantidade neste ano. É isso o que mostra pesquisa do<br />
instituto Around Research feita com 200 consumidores sobre intenção de compras neste <strong>Natal</strong><br />
(veja matéria nesta edição). Outro levantamento, feito pela Nielsen, confirma essa tendência.<br />
Em 2010, as variações no volume de compras foram pequenas. Isso ocorre porque, em<br />
vez de comprar mais unidades de um mesmo produto, o consumidor compra outros itens para<br />
garantir uma mesa farta e com variedade. Apesar disso, o tíquete médio aumentou no ano<br />
passado principalmente em função de reajustes de preços. Para acertar nos pedidos, analise<br />
o que aconteceu em 2010 e nos dois anos anteriores, consulte suas próprias vendas e avalie as<br />
expectativas de consumo neste ano.<br />
Tipo de carne<br />
Penetração<br />
Lares 2009<br />
(%)<br />
Penetração<br />
Lares 2010<br />
(%)<br />
Unidades<br />
Vendidas Lares<br />
2009<br />
Unidades<br />
Vendidas Lares<br />
2010<br />
Tíquete Médio<br />
Compra 2009<br />
(R$)<br />
Tíquete Médio<br />
Compra<br />
2010 (R$)<br />
Nível Socioeconômico<br />
Compradores<br />
peru 4,3% 4,0% 4,0 3,9 R$ 31,9 R$ 37,3 média renda<br />
Lombo 1,1% 1,9% 1,7 1,8 R$ 18,3 R$ 24,3 alta renda<br />
pernil 2,1% 3,1% 3,7 3,5 R$ 28,1 R$ 36,0 média renda<br />
Tender 1,8% 3,0% 1,7 1,7 R$ 28,9 R$ 31,3 Baixa renda<br />
aves especiais 9,0% 11,0% 4,0 3,9 R$ 25,5 R$ 29,4 Baixa renda<br />
FONtE: tENdêNcIAs NIElsEN E HOmEscAN NIElsEN<br />
Sm<br />
Mais inF orM ações:<br />
Tendências Consultoria: ww2.tendencias.inf.br; Win Trade: www.wintrade.com.br; nielsen: br.nielsen.com.br
45 <strong>Natal</strong> <strong>Supermercado</strong> m oderno • setembro 2011<br />
preços<br />
Por Fernando Salles | salles@lund.com.br<br />
Pressão deve<br />
diminuir<br />
Desde o ano passado, quando<br />
a inflação dos alimentos<br />
disparou, o setor supermercadista<br />
tem observado<br />
com certa apreensão a movimentação<br />
de preços de<br />
diversos produtos. Não é<br />
para menos, afinal os aumentos costumam significar<br />
briga acirrada nas negociações com fornecedores,<br />
comprometimento das margens e redução nas vendas.<br />
Neste final do ano, porém, as expectativas são<br />
mais animadoras. Alguns aumentos ainda podem<br />
ocorrer, mas o cenário é menos preocupante.<br />
Economista do Ibre (Instituto Brasileiro de<br />
Economia), da FGV (Fundação Getúlio Vargas),<br />
o professor André Braz destaca que neste ano os<br />
alimentos vêm influenciando menos a inflação. “A<br />
taxa deve ficar em 6,3%, mas influenciada sobretudo<br />
pelos preços de transportes e habitação”, afirma.<br />
Carnes:<br />
O pior já passou<br />
Um exemplo de produto com grande pressão de<br />
preços no ano passado foi a carne bovina, com aumento<br />
em torno de 40%, conforme o levantamento<br />
Se em 2010 a alta dos<br />
alimentos foi a grande<br />
responsável pelo aumento da<br />
inflação, neste fim de 2011 os<br />
repasses devem ser amenos na<br />
maioria das categorias<br />
da FGV. Segundo o professor André<br />
Braz, essa trajetória influenciou,<br />
na época, aumentos em produtos<br />
substitutos, como frango e<br />
carne de porco. Esses alimentos<br />
compõem, justamente, os pratos<br />
principais de boa parte das ceias<br />
de fim de ano. O cenário, porém,<br />
tem melhorado. Tanto que no<br />
acumulado de 12 meses, entre<br />
agosto de 2010 e julho de 2011,<br />
a alta da carne bovina foi mais<br />
modesta, ainda que significativa:<br />
17,9%. Considerando apenas os<br />
sete primeiros meses deste ano,<br />
a notícia é ainda melhor. “Entre<br />
janeiro e julho ocorreu recuo de<br />
6,91%”, lembra o professor.<br />
No caso da carne de fran-
46 | <strong>Natal</strong> | <strong>Supermercado</strong> m oderno • setembro 2011<br />
preço<br />
o preço das carnes<br />
se recuperou no<br />
último ano, o que<br />
deve significar menos<br />
oscilações no <strong>Natal</strong><br />
go, a análise de 12 meses, entre<br />
agosto/10 e julho/11, mostra um<br />
aumento de 10,8%. Quando analisado<br />
o período entre janeiro e<br />
julho deste ano, verifica-se ligeira<br />
queda de 0,2%. Cenário parecido<br />
ocorre com a carne suína: preços<br />
10,9% maiores no acumulado de<br />
12 meses e recuo de 1,3% neste<br />
ano. Em ambos os casos, explica<br />
o professor, a alta de preços no<br />
período mais longo se justifica<br />
por questões de oferta e demanda,<br />
e também pela recuperação<br />
de margens na cadeia produtiva.<br />
Com isso, os preços hoje estão<br />
mais alinhados à realidade,<br />
o que deve significar<br />
menos oscilações. É fato<br />
que a entressafra sempre<br />
eleva o preço da carne,<br />
devido às dificuldades<br />
de pasto durante a época<br />
de seca. Mas a expectativa<br />
é de que o problema<br />
termine neste mês, com<br />
a chegada das chuvas.<br />
Braz, da FGV, lembra<br />
ainda que boa parte da carne<br />
brasileira é exportada.<br />
Com a crise europeia<br />
e americana, pode<br />
haver esfriamento na procura<br />
internacional pelo produto. Se<br />
isso ocorrer, sobrará carne para<br />
ser vendida no mercado interno,<br />
o que tende a diminuir os preços.<br />
Preço dos vinhos:<br />
2,68% de queda<br />
Alvo da intenção de compra de<br />
65% dos consumidores ouvidos<br />
em pesquisa pela consultoria Around Research<br />
(veja matéria na p. 68), os vinhos tintos têm tudo<br />
para atrair o consumidor pelo preço, assim como<br />
os brancos, rosés e espumantes. Segundo a FGV,<br />
o valor de venda do produto caiu 2,68% nos sete<br />
primeiros meses deste ano. Uma explicação para a<br />
queda está na grande participação dos importados<br />
nas vendas da categoria. Com o dólar baixo, esses<br />
rótulos ficaram mais baratos, o que pode ter forçado<br />
reduções nos preços do produto nacional.<br />
Lourdes Conci da Silva, gerente de marketing da<br />
Vinícola Aurora, afirma que a empresa está fazendo<br />
de tudo “para manter os preços dos espumantes<br />
iguais aos do ano passado”. Já a Cereser, fabricante<br />
de sidras, vinhos e destilados, lembra que o aumento<br />
no valor de alguns insumos importantes, como<br />
álcool e açúcar, tem pressionado os custos, mas,<br />
ainda assim, manterá seus preços competitivos.<br />
Entre os destilados, muito procurados como<br />
opção de presente, a variação de preço nos sete<br />
primeiros meses do ano foi de apenas 1,9%, bem<br />
abaixo da inflação, o que também indica um bom<br />
cenário para as festas de <strong>Natal</strong><br />
Cervejas mais Caras:<br />
Imposto subiu em abril<br />
A exceção no segmento de bebidas fica por conta<br />
do produto de maior giro, as cervejas. Conforme<br />
apurado pela FGV, o preço da bebida vendida em<br />
supermercados cresceu 14,2% entre agosto de 2010<br />
e julho deste ano. Parte dessa elevação está relacionada<br />
à alta de 15% do Imposto sobre Produtos Industrializados,<br />
válido para a categoria desde abril.<br />
O imposto subiu também para os refrigerantes,<br />
fato que tem preocupado a rede de supermercados<br />
Futurama, com nove lojas em São Paulo, que acompanha<br />
a movimentação para definir a compra de final<br />
de ano. “Se continuar subindo, vamos comprar<br />
menos e tentar negociar melhor perto das Festas”,<br />
diz Antônio de Souza, gerente de uma das lojas.<br />
Tudo para evitar repasses no preço ao consumidor,<br />
fato que pode atrapalhar as vendas.
48 | <strong>Natal</strong> | <strong>Supermercado</strong> m oderno • SETEMBRO 2011<br />
preço<br />
movimentação<br />
de preçoS<br />
Confira como anda o comportamento de preço de algumas<br />
categorias cujo consumo aumenta no <strong>Natal</strong>. Na maioria há<br />
queda ou aumento tímido dos valores, em comparação com o<br />
acumulado de 12 meses, iniciado em agosto de 2010.<br />
Categoria<br />
Acumulado 12 meses<br />
(agosto/10 a julho/11)*<br />
2011<br />
(janeiro a julho)*<br />
Carne bovina + 17,9% - 6,9%<br />
Carne suína + 10,9% - 1,3%<br />
Cerveja + 14,2% + 5,4%<br />
Destilados + 3,1% + 1,9%<br />
Frango + 10,8% - 0,2%<br />
Pescado fresco + 11,1% + 7,6%<br />
Vinho + 0,6% - 2,6%<br />
*os dados são os mais atuais até o fechamento desta matéria<br />
CaMinho liVre<br />
Para os importados<br />
Já a negociação com as importadoras<br />
tem tudo para ser mais simples. Com<br />
o dólar baixo, os importados passaram<br />
a representar 21,6% do total de industrializados<br />
consumidos no Brasil no<br />
FoNte: IBRe/FGV<br />
segundo trimestre deste ano – no mesmo período<br />
em 2010 essa participação era de 19,1%.<br />
Segundo analistas, os preços desses itens<br />
não sofrerão grandes aumentos. “O câmbio<br />
ficará relativamente estável neste fim de ano”,<br />
afirma Alexandre Andrade, economista da<br />
Tendências Consultoria. Mesmo com as turbulências<br />
na economia internacional, a expectativa<br />
é de que o dólar encerre o ano com valor<br />
médio de R$ 1,60, menos do que a média de R$<br />
1,76, registrada em 2010. José Góes, analista da<br />
consultoria em investimentos WinTrade, pondera<br />
que ainda que a “nova crise” se confirme,<br />
a cotação do dólar não ultrapassará R$ 1,80.<br />
Apesar das perspectivas indicarem preços<br />
controlados, cabe ao varejo ficar atento<br />
aos movimentos do mercado. Caso haja alta<br />
do dólar, convém antecipar as compras. E se<br />
a pressão dos preços internos se intensificar,<br />
vale apostar nas versões premium, que rendem<br />
boas margens e são consumidas por um cliente<br />
menos impactado pelo preço.<br />
Sm<br />
Mais i n F orM ações:<br />
Cereser: www.cereser.com.br<br />
FGV: www.ibre.fgv.br<br />
Futurama: www.superfuturama.com.br<br />
Tendências Consultoria: (11) 3052-3311<br />
Vinícola aurora: www.vinicolaaurora.com.br<br />
WinTrade: www.wintrade.com.br
51 <strong>Natal</strong> <strong>Supermercado</strong> m oderno • setembro 2011<br />
<strong>Natal</strong> de mudanças<br />
Levantamento do instituto Around Research mostra que não<br />
existe crise econômica para o desejo de consumo do brasileiro.<br />
Mas o comportamento muda um pouco. A compra de alguns<br />
produtos deve crescer mais do que a de outros.<br />
Em meio a tantos burburinhos de<br />
crise econômica e inflação alta,<br />
é normal que o consumidor<br />
fique receoso.<br />
Mas isso não<br />
quer dizer que ele<br />
vai colocar o pé no<br />
freio neste <strong>Natal</strong>. Pesquisa feita pela<br />
Around Research para SM aponta<br />
que o comportamento deverá apenas<br />
mudar um pouco de uma categoria<br />
para outra. Realizado com 200 consumidores<br />
de todo o País pela internet,<br />
o estudo mostra que em carnes natalinas<br />
a propensão é diminuir um pouco<br />
a quantidade comprada, embora o<br />
percentual de pessoas que afirmam<br />
consumir esses produtos seja elevado.<br />
Já o panetone, está em alta. Mais<br />
gente se propõe a consumir neste ano<br />
em relação ao ano passado. O mesmo<br />
acontece com as bebidas alcoólicas, enquanto<br />
as não alcoólicas permanecem com igual<br />
percentual do estudo anterior.<br />
Em outras palavras, significa que o supermercadista<br />
precisa planejar de forma diferente cada uma<br />
dessas categorias. E isso desde a compra e a estocagem<br />
até a exposição e as ações para vender mais. Os resultados<br />
da pesquisa Around/SM irão ajudá-lo nessa<br />
tarefa. Confira nas páginas seguintes.<br />
Conheça a metodologia<br />
Realizada pela Around Research a pedido de SM, a pesquisa contou<br />
com a participação de 200 consumidores de todo o Brasil, que responderam<br />
às questões por meio de questionários na internet entre<br />
o final de julho e o início de agosto. Do total de participantes, 63%<br />
eram mulheres e 37% homens. O público predominante foi o jovem<br />
de 18 a 35 anos (47% da amostra). As demais faixas etárias ficaram<br />
divididas em 28% acima de 48 anos e 25% entre 26 e 47 anos. A<br />
maioria dos respondentes (70%) era moradora da região Sudeste.<br />
A Around possui um painel com 120 mil consumidores ativos pela<br />
web. Faz pesquisas quali e quantitativas e atende clientes como<br />
Carrefour, Redecard, Porsche, entre outros.<br />
Contato: (11) 3255-7294<br />
www.aroundresearch.com<br />
Pesquisa<br />
exclusiva
52 | <strong>Natal</strong> | <strong>Supermercado</strong> moderno • setembro 2011<br />
Pesquisa<br />
exclusiva<br />
Por Alessandra Morita |<br />
amorita@lund.com.br |<br />
Boas surpresas no<br />
consumo de panetones<br />
Estudo Around<br />
Research/SM aponta<br />
aumento da<br />
quantidade adquirida<br />
neste ano e uma maior<br />
valorização da marca<br />
na hora da compra<br />
Todo <strong>Natal</strong>, o representante comercial Paulo César<br />
de Souza compra ao menos dez panetones<br />
para presentear seus clientes. Sem contar os que<br />
adquire para a família consumir assim que os primeiros<br />
chegam aos supermercados. “Para casa, compro praticamente<br />
uma embalagem por quinzena até dezembro,<br />
sempre de chocolate”, diz. Com 43 anos, ele explica que<br />
os filhos – um menino de 11 anos e uma menina de 7 –<br />
só comem esse tipo. Outra exigência da criançada: tem<br />
de ser o “da caixinha amarela” (Bauducco). O consumo<br />
ocorre no café da manhã e na sobremesa do jantar.<br />
Assim como Souza, 88% dos respondentes da pesquisa<br />
sobre hábitos de compra nas festas, realizada pela<br />
Around Research para SM, costumam adquirir o produto<br />
Vai consumir<br />
panetone<br />
88%<br />
Sim<br />
33%<br />
Três a cinco<br />
Quantas unidades<br />
costuma consumir<br />
nas festas<br />
23%<br />
Acima de<br />
cinco<br />
12%<br />
Não<br />
33%<br />
Duas a<br />
três<br />
11%<br />
Uma<br />
82%<br />
500g<br />
Qual o<br />
tamanho<br />
que compra<br />
8%<br />
Outros<br />
10%<br />
80g<br />
83%<br />
75%<br />
Tipos de panetone<br />
que consome<br />
no <strong>Natal</strong><br />
(MÚLTIPLA ESCOLHA)<br />
6%<br />
Chocolate<br />
Frutas<br />
Salgado
| 53<br />
na data. O percentual registrado neste ano é 5 pontos<br />
percentuais superior ao de 2010. Também como<br />
o representante comercial, 23% compram mais de<br />
cinco unidades. Em 2010, foram apenas 6%.<br />
Para Osmar Kimura, gerente de panificação<br />
da Coop, o consumo de panetone cresce porque o<br />
preço é menor do que outros alimentos da época,<br />
como as carnes, além de serem diversas as ocasiões<br />
de consumo. “Quando abrimos um panetone, sentimos<br />
que o <strong>Natal</strong> está chegando. O produto é mais<br />
do que um alimento, remete a coisas boas, como<br />
família reunida”, diz. Para Daniela Casabona, coordenadora<br />
de atendimento da Around Research, a<br />
vantagem do panetone é justamente essa versatilidade<br />
e a antecedência com que chega às lojas.<br />
A tendência de crescimento é confirmada pelos<br />
supermercados. O Grupo Carvalho, do Piauí, e a<br />
Casa Avenida, do interior paulista, apostam em alta<br />
de 15% em volume neste ano. Para Sérgio Silva, ge‐<br />
83%<br />
33%<br />
As marcas preferidas<br />
do consumidor<br />
(MÚLTIPLA ESCOLHA)<br />
28%<br />
8%<br />
3%<br />
17%<br />
rente comercial da rede piauiense,<br />
a classe C voltará a puxar o<br />
aumento nas vendas. Em 2010, a<br />
categoria apresentou crescimento<br />
de 7,9% em volume e de 15,6%<br />
em faturamento, segundo a Nielsen.<br />
Ainda conforme a consultoria,<br />
o número de lares consumidores<br />
da guloseima subiu 11% em<br />
2010, alcançando 21 milhões de<br />
domicílios, cujo gasto médio com<br />
o item foi de R$ 6,40 por compra.<br />
“Para casa, compro<br />
praticamente uma<br />
embalagem por<br />
quinzena até<br />
dezembro”<br />
PAULO CÉSAR DE SOUZA<br />
CONSUMIDOR<br />
joão de freitas<br />
Bauducco<br />
Nestlé Visconti Village Fabricação<br />
própria<br />
A importância da marca<br />
na escolha do cliente<br />
Outras<br />
Com qual antecedência<br />
compra panetones no <strong>Natal</strong><br />
40 dias antes<br />
30 dias antes<br />
36%<br />
33%<br />
Compra pelo<br />
menos duas<br />
marcas diferentes<br />
Marca é fundamental<br />
na escolha<br />
Sempre compra<br />
a mesma marca<br />
25%<br />
33%<br />
42%<br />
15 dias antes<br />
20 dias antes<br />
7 dias antes<br />
6%<br />
11%<br />
14%
54 | <strong>Natal</strong> | <strong>Supermercado</strong> m oderno • setembro 2011<br />
Pesquisa panetone<br />
exclusiva<br />
Para elevar o tíquete médio, os<br />
especialistas sugerem aproveitar<br />
o alto giro dos panetones e criar<br />
combos. De outubro até 20 de novembro,<br />
a combinação pode ser<br />
com itens presentes nas mesmas<br />
ocasiões de consumo do panetone,<br />
como geleias, patês e biscoitos<br />
para o café da manhã. Mais perto<br />
do <strong>Natal</strong>, disponibilize combos<br />
com itens associados ao período,<br />
a exemplo de frutas secas, vinho,<br />
espumante ou caixa de bombons.<br />
Outra tática comum é espalhar<br />
o produto pela loja, incluin‐<br />
dica prática<br />
Como liberar espaço de estoque<br />
Um dos maiores problemas do <strong>Natal</strong> é o aumento da quantidade<br />
de produtos que precisam ser estocados. Para acomodar as<br />
mercadorias, é preciso liberar espaço nos depósitos e centros de<br />
distribuição, uma vez que nem sempre compensa financeiramente<br />
alugar um galpão extra. “Os meses de setembro a outubro<br />
podem ser utilizados para pôr a casa em ordem. Ou seja, é a<br />
hora de desenvolver um processo de otimização dos estoques”,<br />
diz Ronaldo Teixeira Coelho Jr., sócio da RTC Consultoria. Veja o<br />
que ele recomenda. As dicas servem para qualquer tipo de produto<br />
da época que não necessita de refrigeração:<br />
AvAliAr estoques pArAdos: segundo ele, essa tarefa diária requer<br />
maiores esforços nesse período. A ideia é identificar produtos parados.<br />
Feito isso, deve ‐se criar ações para fazê ‐los girar, como ofertas, exposições<br />
em locais atrativos e até presença em tabloides<br />
orgAnizAr: muitos depósitos acabam virando uma bagunça no dia a<br />
dia. É preciso arrumar os produtos, agrupando os similares. A medida é<br />
simples e disponibiliza espaços para lançamentos, por exemplo.<br />
trocAs: vale identificar as mercadorias separadas para serem trocadas<br />
junto ao fornecedor e agilizar esse processo, uma vez que o local onde ficam<br />
também pode ser utilizado para armazenar os produtos de <strong>Natal</strong>.<br />
rever entregAs: é possível negociar com fornecedores de produtos<br />
de alto giro que não são típicos da época que as entregas aconteçam<br />
com maior frequência – se o normal é receber uma vez por semana, aumentar<br />
para duas, por exemplo – e diminuir o espaço dedicado a eles<br />
nos estoques. Essa área pode ser ocupada por produtos como panetones,<br />
cujas vendas crescem no fim de ano.<br />
joão de freitas<br />
O sabor chocolate continua crescendo pelo<br />
seu apelo à indulgência junto ao público<br />
do áreas de alto tráfego. Para Delcio Fim Favoretto,<br />
sócio ‐proprietário do BC <strong>Supermercado</strong>s (ES), um<br />
local interessante são as pontas de gôndola. “Elas<br />
transmitem a ideia de que os itens estão em promoção,<br />
incentivando a compra”, diz o dono da loja,<br />
que faz parte da Central de Compras – associação<br />
que se reuniu para realizar negociações conjuntas.<br />
Para este <strong>Natal</strong>, Favoretto traz uma lição do ano<br />
passado. “Comprei uma pequena quantidade do<br />
panetone de 4 quilos que a Bauducco lançou em<br />
2010 para dar de brinde ao pessoal dos bancos aqui<br />
da cidade, com quem me relaciono bastante. Como<br />
o tamanho é muito grande, não pensei em introduzir<br />
no mix. Mas, depois da distribuição, alguns funcionários<br />
dos bancos começaram a vir aqui à loja a<br />
fim de comprar para suas comemorações”, conta. Se<br />
a fabricante tiver a versão neste ano, o supermercadista<br />
está inclinado a introduzir no sortimento. Em<br />
outras palavras, as festas de fim de ano são feitas<br />
de detalhes. Por essa razão, é preciso abrir o olho<br />
também para a participação de cada segmento nas<br />
vendas. O estudo da Around Research aponta que,<br />
apesar de ainda ser alto, o percentual de pessoas<br />
que afirmam consumir panetones de frutas na data<br />
caiu de 88% em 2010 para 75% neste ano. Já a versão<br />
chocolate ficou estável, com 83% das citações.<br />
Segundo a fabricante Pandurata, dona das marcas<br />
Bauducco e Visconti, a versão tradicional responde
57 | <strong>Natal</strong> | <strong>Supermercado</strong> m oderno • setembro 2011<br />
Pesquisa panetone<br />
exclusiva<br />
cuidado com<br />
o Sortimento<br />
A RTC Consultoria<br />
dá dicas para evitar<br />
erros na hora de<br />
definir o mix:<br />
o primeiro pAsso é olhar os<br />
históricos de vendas. A partir deles,<br />
além de identificar os mais vendidos,<br />
o supermercadista deve agrupar as<br />
diferentes versões por segmento<br />
– para presentes, tradicional frutas,<br />
versões chocolate, com recheio.<br />
Assim fica mais fácil identificar o que<br />
está contribuindo mais para os<br />
resultados e o que deve permanecer<br />
ou sair do sortimento.<br />
tAmbém com<br />
bAse nessa análise é<br />
possível identificar os<br />
segmentos em que é<br />
mais interessante<br />
incluir novos produtos.<br />
nos segmentos<br />
de maior giro – os<br />
mais tradicionais –<br />
deve ‐se trabalhar<br />
com variedade maior.<br />
como o pAnetone chega mais cedo às lojas<br />
do que outros itens de época, o varejista pode<br />
aproveitar para fazer testes e identificar os que<br />
mais agradam ao consumidor. A partir disso, a<br />
ideia é reforçar os pedidos dessas versões,<br />
visando aos dias que antecedem o <strong>Natal</strong>. Isso<br />
pode ser feito por meio de degustações.<br />
nA horA de introduzir uma nova versão,<br />
o supermercadista pode balizar a compra<br />
buscando histórico de vendas de sabores<br />
semelhantes.<br />
por 61% do volume, contra 39% da de chocolate.<br />
“Mas esse sabor cresce ano a ano devido ao apelo à<br />
indulgência que atrai os jovens”, comenta Rodrigo<br />
Mainieri, gerente de produtos sazonais.<br />
A boa aceitação do público e a necessidade de<br />
atrair jovens para a categoria estimulam os fabricantes<br />
a concentrar boa parte dos lançamentos nessa<br />
versão. A Village, por exemplo, tem três linhas<br />
de panetones de chocolate e, neste ano, vai lançar<br />
mais dois tipos. A Bauducco ainda não revela novidades,<br />
mas habitualmente faz um rodízio, tirando<br />
alguns itens e incluindo outros a cada <strong>Natal</strong>.<br />
Dica da Around é testar ilhas formadas meio a<br />
meio com os dois sabores. A ideia é que um estimule<br />
a compra do outro. Para Daniela, vale colocar<br />
perto da versão fruta – a mais vendida – lançamentos<br />
de chocolate, para não passarem despercebidos.<br />
A pesquisa mostra, ainda, alta no percentual de<br />
consumidores que compram duas marcas, de 38%<br />
em 2010, para 42% neste ano. “Diferentemente do<br />
que acontece com as carnes, o consumidor pode<br />
comprar panetones de fabricantes que nem sempre<br />
conhece e experimentar antes das festas, para<br />
se certificar da qualidade”, explica Daniela. Para<br />
Wagner Campos, especialista em consumo da True<br />
Consultoria, essa variação se explica por vários fatores.<br />
“Há marcas que oferecem excelentes panetones<br />
de chocolate, mas não são boas nos de frutas.<br />
Outras têm boa qualidade nesse sabor, mas o preço<br />
é expressivo, fazendo o cliente optar por outra<br />
marca de custo acessível que conhece”, exemplifica.<br />
João Antônio Binato Jr, diretor comercial da Casa<br />
Avenida, 21 lojas na região de Assis<br />
(SP), confirma esse comportamento.<br />
Ele explica que é comum<br />
o cliente comprar um produto<br />
famoso para a ceia e outro mais<br />
simples para o dia a dia. Apesar<br />
disso, Daniela, da Around, lembra<br />
que marca é um atributo importante<br />
para a categoria: 25% dos<br />
ao contrário das carnes, o cliente pode<br />
testar a qualidade de panetones de<br />
marcas que não conhece antes do <strong>Natal</strong><br />
respondentes declararam que ela<br />
influencia a escolha. Para a executiva,<br />
isso se deve aos investimentos<br />
em mídia dos principais fabricantes.<br />
Por isso, entenda a preferência<br />
do cliente da sua loja e saiba que<br />
ele não vai economizar. Portanto,<br />
não poupe esforços para facilitar a<br />
compra de panetones.<br />
Sm<br />
mAis informAções<br />
Around research: (11) 3255 ‐7294<br />
bc supermercados: (28) 3552 ‐2349<br />
casa Avenida: (18) 3302 ‐4200<br />
coop: (11) 4991 ‐9500<br />
grupo carvalho: (86) 3216 ‐2240<br />
pandurata: (11) 2142 ‐9400<br />
true consultoria: (19) 3444 ‐9599<br />
village: (11) 2342 ‐6644
58 | <strong>Natal</strong> | <strong>Supermercado</strong> moderno • setembro 2011<br />
Pesquisa<br />
exclusiva<br />
Por Alessandra Morita | amorita@lund.com.br<br />
Novos tipos de carnes engordam a ceia<br />
Embora as versões típicas<br />
ainda sejam as mais<br />
consumidas, o brasileiro está<br />
variando as opções de carne<br />
nas festas. Ganham espaço<br />
as embaladas e as<br />
consumidas em churrascos.<br />
Uma mesa com diferentes tipos de carnes. Essa<br />
será a cara da ceia do brasileiro neste fim de<br />
ano. A conclusão é de uma pesquisa feita pela<br />
Around Research para SM sobre os hábitos de consumo<br />
no <strong>Natal</strong>. Segundo o estudo, as carnes tradicionais continuam<br />
sendo valorizadas e estarão presentes nas festas<br />
de fim de ano de 95% dos respondentes. Mas o varejista<br />
precisa ficar atento às mudanças para não ser pego de<br />
surpresa com um planejamento fora da realidade.<br />
Para se ter uma ideia, neste ano, houve uma queda<br />
de 5 pontos no percentual de pessoas que afirmam con-<br />
74%<br />
59%<br />
As carnes que o consumidor<br />
mais compra no <strong>Natal</strong><br />
(MÚLTIPLA ESCOLHA)<br />
56% 54%<br />
28%<br />
23%<br />
21%<br />
13%<br />
Vai consumir<br />
carne natalina<br />
95%<br />
Sim<br />
Peru Tender Pernil Chester Lombo Churrasco Carne Outras<br />
bovina<br />
embalada<br />
59%<br />
51%<br />
As carnes mais consumidas<br />
no Ano Novo<br />
(MÚLTIPLA ESCOLHA)<br />
46% 44%<br />
31%<br />
26%<br />
15%<br />
13%<br />
28%<br />
Mais de<br />
três<br />
5%<br />
Não<br />
Quantas peças costuma<br />
consumir nas festas<br />
28%<br />
Duas<br />
31%<br />
13%<br />
Três Uma<br />
Peru<br />
Pernil Tender Chester Lombo Churrasco Carne<br />
bovina<br />
Outras<br />
embalada
| 59<br />
sumir carnes natalinas no fim do ano. Para Wagner<br />
Campos, especialista em consumo da True Consultoria,<br />
o aumento da renda do brasileiro fez com que<br />
as operadoras de turismo ampliassem a oferta de<br />
pacotes de <strong>Natal</strong> e réveillon. Por isso, muita gente,<br />
principalmente da classe média para cima, não tem<br />
comemorado a data em casa. Se o poder de compra<br />
continuar crescendo, esse é um novo perfil de<br />
cliente que exigirá do varejista muito esforço para<br />
atrair. Em vez de produtos para ceia, ele vai precisar<br />
de hidratante, protetor solar, entre outros itens para<br />
viagem. Mas convém lembrar que esse ainda é um<br />
nicho que precisa ser observado mais de perto.<br />
De acordo com o levantamento, também diminuiu<br />
a quantidade dos que afirmam adquirir três<br />
peças de carnes no período – de 34% em 2010 para<br />
A importância da marca<br />
na escolha do cliente<br />
Sempre compra<br />
a mesma marca<br />
Compra pelo<br />
menos duas<br />
marcas diferentes<br />
Marca é fundamental<br />
na escolha<br />
Não dá<br />
importância à marca<br />
18%<br />
23%<br />
21%<br />
38%<br />
31% agora –, enquanto subiu o<br />
percentual dos que pretendem<br />
comprar apenas uma unidade:<br />
13% em 2011, contra 10% da pesquisa<br />
anterior. Daniela Casabona,<br />
coordenadora de atendimento da<br />
Around Research, explica que isso<br />
não significa queda no consumo<br />
desses produtos como um todo.<br />
“O que acontece é que as famílias<br />
se reúnem para comemorar a<br />
data e é hábito cada um levar um<br />
prato. Por isso, os consumidores<br />
compram menos peças individualmente,<br />
mas as carnes natalinas<br />
estão todas presentes à mesa”,<br />
comenta. Tanto é que, segundo a<br />
pesquisa, 76% dos respondentes<br />
afirmam que passam a ceia com<br />
mais de cinco pessoas juntas.<br />
Outra mudança apontada pelo<br />
estudo é o tipo de carne presente<br />
nas festas. Há queda no percentual<br />
de respondentes de praticamente<br />
todas as tradicionais,<br />
como peru, aves especiais, lombo,<br />
pernil e tender – embora os percentuais<br />
continuem altos, acima<br />
77%<br />
72%<br />
As marcas preferidas<br />
do consumidor<br />
(MÚLTIPLA ESCOLHA)<br />
Com qual antecedência<br />
compra carnes no <strong>Natal</strong><br />
15 dias antes<br />
28%<br />
23%<br />
10% 3%<br />
13%<br />
3%<br />
6 a 2 dias antes<br />
30 dias antes<br />
20 dias antes<br />
13%<br />
18%<br />
23%<br />
Sadia<br />
Perdigão Seara Batavo Resende Marfrig Outras<br />
7 dias antes<br />
18%
60 | <strong>Natal</strong> | <strong>Supermercado</strong> m oderno • setembro 2011<br />
Pesquisa c arne<br />
exclusiva<br />
dica prática<br />
Ajude o seu cliente<br />
Fazer o consumidor ter a percepção de que pode fazer uma ceia<br />
diferente, seja sofisticando a compra ou incrementando os pratos<br />
preparados todos os anos. É nisso que o supermercadista deve<br />
apostar, na opinião de Márcio Rolla, especialista em comportamento<br />
do consumidor da ESPM-RJ. Quem concorda é Daniela Casabona,<br />
da Around Research. Veja as dicas para sua loja:<br />
Para Daniela, Degustação é funDamental nessa época<br />
do ano. “Recebo e-mails do Pão de Açúcar com algumas receitas<br />
diferentes e isso me chama a atenção. O supermercadista<br />
pode reunir algumas envolvendo as carnes típicas e explicar o que<br />
pode acompanhá-las para enviar eletronicamente aos clientes<br />
cadastrados”, sugere. Quem não tem um mailing desse tipo pode<br />
optar pelo tradicional correio (nesse caso, é preciso avaliar o custo)<br />
ou pelos tabloides de ofertas. Harmonizações de pratos natalinos<br />
com vinhos, diz ela, também são bastante interessantes<br />
(veja matéria nesta edição)<br />
ainDa falanDo em Degustação, Márcio Rolla acredita que<br />
uma forma de estimular o cliente a fazer a receita sugerida em<br />
casa é o varejista prepará-la para os consumidores experimentarem<br />
na loja. “Isso pode ser feito com a ajuda de fornecedores. Se<br />
não for possível, não acredito que o investimento seja alto”, diz ele.<br />
joão de freitas<br />
o esPecialista Da esPm-rJ também lembra que é da cultura<br />
do brasileiro superestimar a quantidade de comida nas comemorações,<br />
com receio de que falte. O resultado são muitas sobras.<br />
Nessa linha, o Hiper DB, de Manaus (AM), publicou em seu site no<br />
ano passado algumas referências de quantidades ideais de alimentos<br />
e bebidas por pessoa. Entre as informações, por exemplo,<br />
a rede indicava que 200 g de carne, peixe ou frango servem um<br />
participante num jantar ou almoço; 150 g de batata e vegetais<br />
para cada pessoa; 30 g de saladas; e, na entrada, seis canapés por<br />
convidado. E isso só para citar alguns exemplos divulgados.<br />
Para o grupo da<br />
classe c, a carne da<br />
festa é a do churrasco<br />
de 50%. Elas cedem espaço para<br />
a bovina embalada, que saiu de<br />
17% para 21% dos que vão comprar<br />
carne, e para as de churrasco<br />
– alta de 21% para 23%. Aumentou<br />
ainda o percentual dos que citam<br />
‘outras carnes’, que alcançou<br />
13% , contra 2% em 2010.<br />
“Esse movimento se deve a<br />
uma mudança na faixa<br />
etária do decisor de<br />
compras. Tem muita<br />
gente mais nova definindo<br />
o que vai comprar,<br />
o que faz com<br />
que a tradição perca um pouco<br />
de força”, afirma Márcio Rolla, especialista<br />
em comportamento do<br />
consumidor da ESPM-RJ. Com o<br />
aumento do poder de compra, as<br />
pessoas também puderam acrescentar outros tipos à<br />
sua cesta natalina. Há ainda, segundo ele, a questão<br />
da ascensão da classe C. “Para esse grupo, a carne<br />
da festa é a do churrasco, pois é a que eles compartilham<br />
nos momentos de comemoração”, explica.<br />
Na Casa Avenida, rede com 21 lojas no interior<br />
de São Paulo, a previsão é de consumo estável nas<br />
carnes natalinas, enquanto outros tipos devem<br />
crescer 10% neste ano. João Antônio Binato Jr., diretor<br />
comercial, nota que tem havido uma migração<br />
na data para peixes, como salmão e bacalhau.<br />
Também é forte o consumo de carne bovina nessa<br />
época, além da de carneiro e de porco.<br />
Loja independente de Alegre (ES), o BC <strong>Supermercado</strong>s<br />
tem na picanha uma das estrelas da data.<br />
O aumento nas vendas chega a 30% durante as festas<br />
de fim de ano em relação à média dos demais<br />
meses. “Graças aos ganhos de renda, os clientes puderam<br />
incluir essa carne nas compras. Agora não<br />
querem abrir mão desse novo padrão”, conta Delcio
62 | <strong>Natal</strong> | <strong>Supermercado</strong> moderno • setembro 2011<br />
Pesquisa carne<br />
exclusiva<br />
nÃo Se eSQueÇa<br />
A RTC Consultoria chama a atenção<br />
para alguns pontos na hora do<br />
planejamento do <strong>Natal</strong>:<br />
Para calcular a QuantiDaDe<br />
ideal de compra, avalie as vendas dos anos<br />
anteriores semana a semana. Com isso, é possível<br />
identificar os picos de consumo e estabelecer as<br />
quantidades certas. E o mais importante:<br />
essa informação ajuda a planejar as entregas<br />
parceladas com o fornecedor.<br />
Fim Favoretto, sócio-proprietário. A<br />
picanha não é alvo de ofertas no supermercado,<br />
nem mesmo nas comemorações<br />
natalinas. “O consumidor<br />
está disposto a pagar mais por ela.<br />
Tirar dois ou três reais não vai fazer<br />
diferença. Por isso, a picanha ajuda a<br />
rentabilizar o negócio”, explica ele.<br />
Justamente em função do crescimento<br />
das carnes bovinas e para churrasco<br />
foi identificada uma queda na<br />
importância da marca. O levantamento<br />
apontou que diminuiu de 36% para<br />
21% o percentual de pessoas que valorizam<br />
esse atributo nas escolhas. Em<br />
compensação, aumentou de 10% para<br />
18% os respondentes que afirmam não<br />
dar importância à marca. “Quando o<br />
assunto é a carne bovina, que não vem<br />
embalada, o consumidor entende mais<br />
não se DeVe confunDir<br />
menor ritmo de crescimento com<br />
retração nas vendas. Para a consultoria,<br />
não haverá queda no consumo, mas um<br />
aumento menor em relação à alta<br />
do ano passado.<br />
estaBeleça uma margem<br />
de segurança considerando atrasos na<br />
entrega em função de produção, dificuldade<br />
de movimentação nos grandes cen-<br />
tros urbanos, entre outros.<br />
“NÃO vOu ecONOMiZaR<br />
NesTe NaTal”,<br />
DIZ CONSUMIDORA<br />
As comemorações de <strong>Natal</strong><br />
na casa da vendedora Ana<br />
Lúcia Costa, de 47 anos, reúnem<br />
cerca de dez pessoas. Nessa<br />
ocasião, o tender e o pernil<br />
não podem faltar. Perdigão, Sadia e Aurora são as marcas<br />
preferidas. “Gosto delas porque são de boa qualidade e<br />
de confiança. Avalio entre elas qual tem o preço melhor”,<br />
conta. Também tem vez à mesa da família o frango assado.<br />
“Diferente de outras aves, o frango agrada a todos”,<br />
explica Ana. Neste ano, a consumidora acredita que vai<br />
comprar a mesma quantidade de carnes do ano passado:<br />
uma peça de pernil e de frango e duas de tender. “Não<br />
acredito que precisarei economizar em função da crise financeira”,<br />
ressalta ela, que costuma adquirir esses produtos<br />
cerca de 15 dias antes do <strong>Natal</strong>.<br />
porque está habituado a comprar no dia a dia.<br />
Ele acredita que tem expertise para julgar a carne”,<br />
explica Rolla, da ESPM-RJ.<br />
Já nas carnes típicas, mais associadas a um<br />
fabricante, a história é diferente. Quem garante<br />
é Daniela, da Around Research. Para ela, as<br />
pessoas não querem errar no preparo da ceia.<br />
Por isso, definem um grupo de duas ou três<br />
marcas já testadas e nas quais confiam. Na<br />
hora da escolha, avaliam o preço entre elas e<br />
acabam levando a que estiver mais barata.<br />
Como você vê, mais uma vez, o estudo<br />
Around/SM traz à tona uma lição velha<br />
conhecida do varejista: conhecer as<br />
preferências de quem frequenta a loja<br />
é fundamental. Aproveite o mês de<br />
outubro e converse com seus clientes<br />
para entender se há mudanças em seu<br />
comportamento. Isso é vital para o <strong>Natal</strong><br />
deles e também para o seu.<br />
Sm<br />
mais informaçÕes<br />
around research: (11) 3255-7294<br />
Bc supermercados: (28) 3552-2349<br />
casa avenida: (18) 3302-4200<br />
esPm-rJ: (21) 2216-2000<br />
true consultoria: (19) 3444-9599<br />
dario de freitas
64 | <strong>Natal</strong> | <strong>Supermercado</strong> moderno • setembro 2011<br />
Pesquisa<br />
exclusiva<br />
Por Fernando Salles |<br />
salles@lund.com.br |<br />
bebidas<br />
A vez das sofisticadas<br />
O<br />
tráfego na seção de bebidas<br />
neste fim de ano<br />
será ainda mais intenso<br />
do que o habitual no período.<br />
Principalmente nos corredores<br />
destinados à exposição de produtos<br />
alcoólicos. A constatação<br />
vem da pesquisa realizada pelo<br />
instituto Around Research com<br />
200 consumidores de todo o Brasil.<br />
Feito com exclusividade para<br />
Vai comprar ou consumir<br />
bebidas alcoólicas no<br />
<strong>Natal</strong> ou Ano Novo<br />
2%<br />
Não<br />
98%<br />
Sim<br />
5%<br />
Não<br />
95%<br />
Sim<br />
Vai comprar ou<br />
consumir bebidas<br />
não alcoólicas no<br />
<strong>Natal</strong> ou Ano Novo<br />
esta publicação, o estudo mostra que nada menos<br />
de 98% dos entrevistados pretendem comprar ou<br />
consumir pelo menos uma variedade de bebida<br />
alcoólica nas Festas, um crescimento de 7 pontos<br />
percentuais em relação ao ano passado, quando o<br />
índice de pessoas foi de 91%.<br />
Daniela Casabona, coordenadora de atendimento<br />
da Around Research, lembra que muitas<br />
pessoas associam o consumo de bebida alcoólica à<br />
comemoração e celebração com família e amigos.<br />
Esse fator, aliado a uma renda maior e ao otimismo<br />
em relação aos rumos<br />
econômicos do<br />
País, elevam o consumo<br />
desses produtos<br />
no período.<br />
Com o crescimento da renda,<br />
aumentou o interesse do<br />
consumidor por vinho tinto e<br />
uísque. No entanto, os<br />
“básicos” cerveja e refrigerante<br />
ainda garantirão maior giro nas<br />
comemorações do <strong>Natal</strong>.<br />
65%<br />
Cerveja<br />
65%<br />
Vinho<br />
tinto<br />
62%<br />
Espumante<br />
38%<br />
Vinho<br />
branco<br />
Que bebidas alcoólicas<br />
pretende comprar ou<br />
consumir<br />
28%<br />
22%<br />
12%<br />
Uísque Vodca Bebida<br />
Ice<br />
8%<br />
Sidra<br />
15%<br />
Outras
| 65<br />
o brasileiro no próximo <strong>Natal</strong>.<br />
Espumante também está na lista<br />
de compras de 62% dos entrevistados.<br />
Entre os fabricantes nacionais<br />
consultados pela reportagem<br />
de SM, o período de <strong>Natal</strong><br />
é aguardado com otimismo. Na<br />
Vinícola Aurora, uma das prinvinHO<br />
tintO<br />
65% dos clientes querem<br />
O crescente interesse pelas bebidas alcoólicas foi<br />
puxado pelo vinho tinto, alvo da intenção de compra<br />
de 65% dos consumidores. O resultado coloca o<br />
produto no topo do desejo de consumo, empatado<br />
com a cerveja. O desempenho é ainda mais expressivo<br />
se considerarmos que no ano passado apenas<br />
55% dos pesquisados pretendiam comprar vinho<br />
tinto para comemorar as festas de fim de ano.<br />
Especialista no mercado de bebidas, Adalberto<br />
Viviani, presidente da consultoria Concept, lembra<br />
que o aumento na renda da população tornou o<br />
produto acessível. “O vinho sempre foi associado<br />
à sofisticação, mas muita gente não tinha acesso a<br />
ele, pelo menos nas versões de qualidade. Hoje o<br />
cenário é diferente, e grandes datas reforçam o interesse<br />
por uma bebida mais nobre”, afirma.<br />
Em outra pesquisa recente da Around Research,<br />
ficou claro que o vinho virou sinônimo de produto<br />
especial. Os consumidores, sobretudo das classes B<br />
e C, associavam a qualidade de algumas marcas de<br />
cerveja ao vinho. “Quando gostavam de uma cerveja,<br />
diziam que era como se estivessem bebendo<br />
um vinho tinto”, conta Daniela Casabona.<br />
Mas não é só o vinho tinto que deve mobilizar<br />
divulgação<br />
Quais bebidas não alcoólicas<br />
pretende comprar ou consumir<br />
Vinho tinto<br />
virou sinônimo<br />
de bebida de<br />
qualidade<br />
Com qual antecedência compra<br />
bebidas no <strong>Natal</strong><br />
7 dias antes<br />
6 a 2 dias antes<br />
15 dias antes<br />
40 dias antes<br />
30 dias antes<br />
20 dias antes<br />
No dia do <strong>Natal</strong><br />
5%<br />
3%<br />
10%<br />
13%<br />
18%<br />
18%<br />
33%<br />
Refrigerante cola<br />
Refrigerante guaraná<br />
Suco de frutas<br />
Água mineral<br />
Refrigerante limão<br />
Água saborizada/<br />
refrigerante levemente<br />
gaseificado<br />
Refrigerante laranja<br />
Refresco em pó<br />
Chá pronto<br />
Outras<br />
3%<br />
3%<br />
79%<br />
54%<br />
51%<br />
44%<br />
28%<br />
15%<br />
10%<br />
10%
66 | <strong>Natal</strong> | <strong>Supermercado</strong> m oderno • setembro 2011<br />
Pesquisa bebidaS<br />
exclusiva<br />
Ilhas de<br />
vinhos,<br />
espumantes<br />
e destilados<br />
elevam as<br />
compras por<br />
impulso<br />
cipais do País, a expectativa é de<br />
crescimento em torno de 10% nas<br />
vendas de vinhos e espumantes. Já<br />
a Cereser, que aumentou em 11%<br />
as vendas de vinhos no último trimestre<br />
do ano passado, espera em<br />
2011 um aumento modesto, mas<br />
ainda assim importante, de 6%. A<br />
empresa também tem tradição na<br />
fabricação de sidras, segmento no<br />
qual espera elevar as vendas em<br />
cerca de 5% neste <strong>Natal</strong>.<br />
UísqUe<br />
Bebida em alta<br />
Segundo a pesquisa da Around<br />
Research, as sidras devem ser<br />
procuradas por apenas 8% dos<br />
consumidores. Melhor desempenho<br />
teve o uísque, alvo do interesse<br />
de 28% dos entrevistados,<br />
resultado superior aos 25% do<br />
divulgação<br />
ano passado. Para Marco Quintarelli, consultor de<br />
varejo do Grupo Azo, o consumidor cada vez mais<br />
se permite consumir bebidas diferentes, para não<br />
fazer feio nas reuniões com amigos e familiares. “A<br />
bebida alcoólica é um produto de inclusão social.<br />
Bons destilados e vinhos ajudam a referenciar melhor<br />
as pessoas nos seus grupos sociais”, explica.<br />
Os destilados também são escolhidos para presentear.<br />
Muitos, inclusive, são apresentados em caixas<br />
desenhadas para essa finalidade. Sabendo disso,<br />
a rede de supermercados Futurama, nove lojas em<br />
São Paulo, deve reforçar a exposição já no fim deste<br />
mês. “Costumamos alocar os destilados, vinhos e<br />
espumantes em ilhas e pilhas decoradas. Começamos<br />
a fazer isso no fim de setembro para estimular<br />
a compra antecipada, pois há clientes que começam<br />
a pesquisar preço de presentes nessa época”, garante<br />
Antônio Ferreira de Souza, gerente de uma das lojas.<br />
Cervejas<br />
Ainda indispensáveis<br />
A procura por vinho e uísque cresce, mas cervejas<br />
continuam indispensáveis para os resultados. Tudo<br />
bem que a categoria ganhou concorrentes na preferência<br />
do consumidor, tanto que, neste ano, será<br />
consumida por 65% das pessoas entrevistadas, bem<br />
menos do que os 79% do ano passado. No entanto,<br />
quando se analisa a quantidade adquirida no período,<br />
a categoria continua imbatível. Ainda mais em<br />
pleno verão, estação sempre associada ao consumo<br />
de cerveja para atenuar o forte calor.<br />
Douglas Costa, gerente de marketing do Grupo<br />
Petrópolis, reconhece que a procura por vinhos e<br />
destilados cresce muito no período, mas pondera<br />
que, pela própria cultura do brasileiro, a cerveja<br />
estará presente em algum momento da comemoração:<br />
no churrasco de Ano Novo, nos preparativos<br />
das ceias e até na própria festa. Sempre tem o convidado<br />
que prefere a geladinha.<br />
Um dos destaques do portfólio de cervejas do<br />
Grupo Petrópolis é a marca Itaipava, que, na pesquisa<br />
exclusiva realizada pela Around Research,
68 | <strong>Natal</strong> | <strong>Supermercado</strong> m oderno • setembro 2011<br />
Pesquisa bebidaS<br />
exclusiva<br />
aparece em terceiro lugar na preferência<br />
do público, atrás apenas de Skol e<br />
Brahma, ambas da Ambev. A boa posição<br />
da marca tem se traduzido em<br />
crescimento nas vendas. “Itaipava já é<br />
a segunda cerveja mais consumida no<br />
Rio de Janeiro. Em São Paulo, é líder<br />
no segmento latas”, garante Costa.<br />
Um segmento que também se<br />
destaca no período são as cervejas<br />
especiais. Elas são igualmente favorecidas<br />
pelo consumo nas festas de<br />
fim de ano. A Bamberg, microcervejaria<br />
com sede na cidade paulista de<br />
Votorantim, espera faturar entre 50%<br />
e 70% mais nos meses de novembro<br />
e dezembro, em comparação com a<br />
média anual. A versão pilsen é a mais<br />
vendida da empresa, mas a comercialização<br />
de kits para presente, disponíveis<br />
o ano todo, também cresce muito.<br />
Alexandre Bazzo, sócio da Cervejaria<br />
Bamberg, recomenda que os próprios<br />
varejistas montem kits com cervejas,<br />
copos e algum petisco, pois, segundo<br />
ele, é um presente diferente que costuma<br />
agradar a muita gente.<br />
nãO alCOóliCas<br />
Sucos crescem mais<br />
O levantamento da Around Research questionou<br />
também os consumidores sobre o consumo<br />
de bebidas não alcoólicas. A exemplo do<br />
ano passado, 95% dos respondentes pretendem<br />
comprar esses produtos. Salta aos olhos,<br />
entretanto, o crescimento do suco de fruta,<br />
bebida que um ano atrás interessava a apenas<br />
38% dos respondentes e agora deverá ser consumida<br />
por 51% deles. “Esse crescimento está<br />
ligado à saúde, apelo que aparece mesmo no<br />
período de Festas, quando o consumidor tende<br />
a relaxar e ser mais indulgente consigo mesmo”,<br />
acredita Daniela Casabona, coordenadora<br />
de atendimento da Around Research. Ela também<br />
atribui a alta à maior variedade de sabores<br />
e marcas, algumas a preços acessíveis. A maior<br />
publicidade em torno da categoria também<br />
ajuda a aumentar a lembrança. “Muitos pais<br />
evitam que seus filhos bebam refrigerantes, o<br />
que estimula a compra dos sucos”, afirma.<br />
Na Vinícola Aurora, a expectativa é elevar<br />
em 20% as vendas do suco de uva integral no<br />
final deste ano. Caso confirmado, o crescimento<br />
será o dobro do estimado para os vinhos e<br />
dica prática<br />
Ajude o seu Cliente<br />
Negociação, logística, reposição. Esses e<br />
outros aspectos devem estar muito bem<br />
ajustados para o fim de ano, época em que<br />
a procura por bebidas aumenta consideravelmente,<br />
sobretudo nos sete dias que antecedem<br />
o <strong>Natal</strong>. O período é escolhido<br />
para a compra por um terço dos consumidores<br />
ouvidos na pesquisa da Around Research.<br />
Para ajudá-lo na preparação, pedimos<br />
algumas dicas a Marco Quintarelli,<br />
consultor de varejo do Grupo Azo. Confira.<br />
PrOgramaçãO anteCiPada é<br />
essenCial. A exposição de bebidas<br />
para as Festas deve estar montada já<br />
no início de novembro<br />
Planeje bem a lOgístiCa de<br />
abasteCimentO e não se esqueça<br />
de prever um reforço na segunda quinzena<br />
do mês de dezembro<br />
POntOs extras sãO bOns<br />
diferenCiais. Incentivam a compra<br />
por impulso, bastante comum nessas<br />
categorias de produto<br />
vOlUme de COmPra e sOrtimentO<br />
devem ser montados com base no histórico dos<br />
anos anteriores, na previsão de vendas para<br />
este ano e nos lançamentos do período<br />
ações de trade marketing e<br />
disponibilização de materiais de merchandising<br />
devem ser intensificadas no último mês do ano<br />
Para estimUlar as vendas de itens novos e<br />
de giro mais baixo, uma sugestão é negociar<br />
degustações e promoções do tipo “leve e<br />
ganhe”, além de descontos promocionais
70 | <strong>Natal</strong> | <strong>Supermercado</strong> m oderno • setembro 2011<br />
Pesquisa bebidaS<br />
exclusiva<br />
79% dos<br />
consumidores<br />
pretendem<br />
comprar<br />
refrigerante<br />
tipo cola neste<br />
<strong>Natal</strong><br />
espumantes. Aprovado pela Sociedade<br />
Brasileira de Cardiologia,<br />
o suco de uva é muito associado à<br />
prevenção de uma série de doenças<br />
cardiovasculares.<br />
refrigerantes<br />
Maior tráfego de clientes<br />
Apesar do crescimento dos sucos,<br />
o não alcoólico mais vendido ainda<br />
é, de longe, o refrigerante. A<br />
pesquisa mostra que o sabor cola<br />
joão de freitas<br />
será procurado por 79% dos consumidores. Em segundo<br />
lugar aparece o refrigerante sabor guaraná,<br />
na mira de 54% dos pesquisados. Adalberto Viviani,<br />
da consultoria Concept, destaca que a categoria<br />
é geradora de tráfego, fato que pode ser aproveitado<br />
com crossmerchandising, aproximando outros<br />
produtos da gôndola. Vale ainda reforçar o mix dos<br />
refrigerantes em embalagens maiores, as mais vendidas<br />
no período, para consumo familiar. “O preço<br />
por litro diminui quando o cliente leva embalagens<br />
grandes”, afirma Antonio Ferreira de Souza, gerente<br />
de uma das lojas do Futurama. Ele explica que<br />
esse é o raciocínio de grande parte dos shoppers<br />
na hora de definir a compra. A solução encontrada<br />
por ele é tirar as embalagens pequenas das prateleiras,<br />
deslocando-as para as geladeiras. Flexibilidade<br />
para definir esse tipo de mudança é fundamental<br />
para garantir bons resultados. Não faltarão, portanto,<br />
oportunidades para transformar as bebidas em<br />
mais uma boa fonte de lucro na data sazonal.<br />
m ais i nfO rmações:<br />
around research: (11) 3255-7294<br />
bamberg: www.cervejariabamberg.com.br<br />
Cereser: www.cereser.com.br<br />
Concept: www.conceptnet.com.br<br />
futurama: www.superfuturama.com.br<br />
grupo azo: www.grupoazo.com.br<br />
grupo Petrópolis: www.grupopetropolis.com.br<br />
vinícola aurora: www.vinicolaaurora.com.br
72 | <strong>Natal</strong> | <strong>Supermercado</strong> moderno • setembro 2011<br />
Pesquisa bebidaS<br />
exclusiva<br />
Cervejas e vinhos:<br />
harmonização eleva vendas<br />
Nos próximos meses, centenas<br />
de consumidores<br />
irão ao seu supermercado<br />
comprar carnes típicas para as<br />
ceias e confraternizações de fim de<br />
ano. Boa parte desse público, você<br />
sabe, também comprará bebidas<br />
para consumo nas mesmas ocasiões.<br />
Para facilitar essa compra<br />
e, sobretudo, estimular a escolha<br />
de bebidas de alto valor agregado<br />
e boa rentabilidade, considere a<br />
possibilidade de indicar o tipo de<br />
vinho e de cerveja adequados para<br />
cada tipo de carne. Afinal, além<br />
do público gourmet – cada vez<br />
mais numeroso – você pode atingir<br />
clientes ávidos por conhecer<br />
novos produtos e sofisticar o consumo.<br />
A época de comemorações<br />
é um bom momento para estimular<br />
tal experiência, pois é quando<br />
o consumidor está mais disposto<br />
a gastar e se " autopresentear". SM pediu a dois especialistas<br />
sugestões de bebidas que combinam bem<br />
com os pratos mais tradicionais no <strong>Natal</strong> e réveillon.<br />
As informações sobre vinhos são de Fernando Rodrigues,<br />
sommelier e diretor da Lusitano Import,<br />
importadora de vinhos com rótulos exclusivos das<br />
melhores castas de Portugal e Chile. Já as dicas para<br />
harmonização de cervejas foram enviadas por Alexandre<br />
Bazzo, sommelier de cerveja e proprietário<br />
da Bamberg, cervejaria especializada na elaboração<br />
de versões artesanais. As dicas podem ser usadas nos<br />
tabloides, em folhetos alocados na área de bebidas e<br />
carnes, em cursos de culinária sobre pratos natalinos<br />
e em momentos de degustação. Vale a pena traçar<br />
parceria com fornecedores o quanto antes e já<br />
acertar as ações e promoções na loja. Afinal, consumidoras<br />
como Teresinha Mira (veja quadro abaixo)<br />
sentem falta desse tipo de atendimento nos supermercdos.<br />
Ela e muitos outros clientes planejam ceias<br />
bem preparadas e harmonizadas com bebidas que<br />
deem um toque especial à comemoração. Veja nas<br />
próxima páginas as dicas dos especialistas e busque<br />
alternativas para intensificar suas vendas.<br />
arQuivo Pessoal<br />
“FalTa NOs suPeRMeRcaDOs ORieNTaÇÃO sOBRe<br />
HaRMONiZaÇÃO cOM viNHO”<br />
Quando vai ao supermercado, teresinha mira, organizadora de eventos e<br />
empresária do ramo de turismo, costuma passar na seção de vinhos para<br />
conferir as novidades. Ela prefere lojas com adegas bem ambientadas, se possível<br />
climatizadas. “Para a ceia de <strong>Natal</strong>, costumo escolher um vinho tinto seco,<br />
geralmente elaborado com a uva cabernet sauvignon, que acompanha bem carnes<br />
e algumas massas”. A empresária lamenta apenas o fato de a maioria dos<br />
supermercados não disponibilizar orientações sobre harmonização. “Geralmente<br />
recorro à internet para buscar as melhores combinações”, conta. No réveillon, a<br />
empresária costuma optar por comidas leves, como saladas e salmão. “Para<br />
acompanhar, escolho um prosecco ou lambrusco, que caem muito bem”, diz. Na hora de presentear, Teresinha<br />
se interessa por kits de destilados, vinhos ou mesmo cervejas especiais. “Tenho visto muitas opções de caixas<br />
com bebida e a taça ou copo indicado. É um presente que as pessoas gostam”, garante.
74 | <strong>Natal</strong> | <strong>Supermercado</strong> moderno • setembro 2011<br />
Pesquisa bebidaS<br />
exclusiva<br />
Bacalhau<br />
viNHOs Carne de peixe tenra salgada<br />
e seca de excelente sabor. Deverá ser harmonizada<br />
com vinhos tintos bem jovens de<br />
corpo leve, macios em boca e com pouquíssimos<br />
taninos. Outra opção são os brancos<br />
leves com boa acidez e grande refrescância.<br />
Exemplos de uvas tintas indicadas são<br />
touriga franca, caladoc e trincadeira. Arinto<br />
e sauvignon blanc são as uvas brancas<br />
recomendadas para harmonização.<br />
ceRveJas As cervejas de trigo (weizenbier)<br />
costumam cumprir bem o papel<br />
de degustar esse prato com sal marcante.<br />
Chester<br />
viNHOs Trata-se de uma carne branca<br />
de ave tenra, macia e suculenta. O ideal<br />
é harmonizar com vinhos tintos jovens,<br />
elegantes, não muito frutados e de corpo<br />
leve, baixa acidez e taninos controlados.<br />
Dependendo do tempero também poderá<br />
ser harmonizado com vinhos brancos<br />
frisantes leves e macios. Exemplos de uvas<br />
tintas: trincadeira, aragonês e cabernet<br />
franc. Entre as uvas brancas, chardonnay,<br />
arinto e alvarinho dão bons resultados.<br />
ceRveJas Por ser um prato leve,<br />
forma bom par com cervejas igualmente<br />
leves, a exemplo das pilsen, helles e de<br />
trigo (weizen).<br />
Churrasco<br />
viNHOs Carne vermelha de sabor forte<br />
e muita gordura, sempre assada com sal<br />
grosso, combina bem com vinho tinto forte,<br />
de presença marcante, com muitos taninos<br />
e de estrutura complexa. A bebida deve<br />
ter boa adstringência e, de preferência, um<br />
toque amadeirado. Para acertar, escolha<br />
rótulos elaborados com as seguintes uvas:<br />
cabernet sauvignon, syrah, tannat, tinta<br />
Roriz e touriga nacional (portuguesa).<br />
ceRveJas Carnes vermelhas são<br />
boa companhia para uma cerveja escura<br />
schwarzbier; uma altbier com sua cor avermelhada,<br />
além, é claro, do estilo rauchbier,<br />
feito com malte defumado e comumente associado também ao<br />
consumo de charutos.<br />
Pernil<br />
viNHOs Carne de porco com certo teor de gordura, que requer<br />
muito tempero e deve ser bem assada, precisa ser harmonizada<br />
com vinhos jovens e encorpados, com taninos presentes e acidez<br />
controlada. Exemplos de uvas que combinam: merlot, tannat e<br />
cabernet sauvignon.<br />
ceRveJas A gordura dessa carne pede uma cerveja um<br />
pouco mais encorpada, entre as quais as münchen, altbier e<br />
rauchbier. Essa regra também vale para a harmonização com o<br />
lombo, outra carne muito consumida nas Festas.<br />
Peru<br />
viNHOs Carne branca de sabor suave e com pouca gordura,<br />
deve ser harmonizada com vinhos leves, jovens, delicados e com<br />
poucos taninos. As uvas que melhor combinam são: merlot, malbec,<br />
pinot noir e carmenére.<br />
ceRveJas Quando assado, torna-se um prato leve.<br />
Assim, a exemplo do chester, combina com cervejas pilsen, helles e<br />
weizen (de trigo).<br />
Sobremesas<br />
viNHOs Doces com compota e bem adocicados deverão ser<br />
harmonizados com vinhos também doces. A regra básica é utilizar<br />
sempre um vinho mais forte e doce do que a sobremesa. No caso<br />
de sobremesas mais leves e finas, um bom espumante ou prosecco<br />
demi sec são ótimas opções de harmonização.<br />
ceRveJas Quando o doce é à base de chocolate, uma<br />
alternativa é servir na companhia das cervejas escuras do estilo<br />
schwarzbier ou stout.<br />
Tender<br />
viNHOs Esta é uma carne branca de sabor marcante que<br />
combina com molhos doces e vai bem assada com farofa. Para<br />
fazer a harmonia perfeita, o ideal é que o acompanhamento seja<br />
um vinho tinto ou branco jovem, de corpo leve, com boa acidez<br />
ou taninos presentes, mas que deverá ter um toque adocicado<br />
para combinar com o tempero. As uvas tintas recomendadas são:<br />
caladoc e tempranillo. Já as brancas mais indicadas são sauvignon<br />
blanc e arinto.<br />
ceRveJas Prato à base de carne defumada pede uma cerveja<br />
feita com malte defumado. Esse estilo, criado na cidade alemã de<br />
Bamberg, é chamado de rauchbier.<br />
Sm
77 <strong>Natal</strong> <strong>Supermercado</strong> m oderno • setembro 2011<br />
Por Adriana Silvestrini | adriana.santos@lund.com.br<br />
Festa para os<br />
funcionários<br />
Ainda hoje há muitas empresas que se esquecem da importância das<br />
comemorações de fim de ano para a equipe. São companhias que só<br />
enxergam custo e ignoram os benefícios da comemoração para o negócio<br />
e para a alma. Conheça uns bons exemplos e inspire-se.<br />
Todos os anos, no último domingo<br />
de novembro, cerca de<br />
700 pessoas se reúnem para<br />
a confraternização de <strong>Natal</strong>.<br />
Sim, elas comemoram a data<br />
bem antes das festas de fim de<br />
ano. Afinal, boa parte estará<br />
trabalhando pesado em dezembro, o mês mais cheio<br />
de correrias, atropelos e pressão. Muitos estarão<br />
inclusive de plantão nos dias 24 e 31 de dezembro<br />
(dias de maior sufoco). Merecem,<br />
portanto, festejar a data com<br />
tranquilidade e pompa. Pelo<br />
menos é nisso que acreditam<br />
os donos da rede Hippo,<br />
duas lojas em Florianópolis<br />
(SC). Há anos,<br />
eles organizam a festa<br />
para os funcionários e<br />
suas famílias – cônjuges<br />
e filhos até 14 anos<br />
–, convencidos de que<br />
o amor ao próximo é<br />
coisa séria e começa em casa. “Não<br />
dá para pensar nos profissionais<br />
como meros executores de tarefas.<br />
Eles estão ligados afetivamente ao<br />
<strong>Natal</strong> como todo mundo. Precisam<br />
ser lembrados, presenteados,<br />
festejados”, defende Rosângela Saquete,<br />
sócia e gestora de Recursos<br />
Humanos da rede.<br />
O exemplo da rede Hippo
78 | <strong>Natal</strong> | <strong>Supermercado</strong> m oderno • setembro 2011<br />
funcionárioS<br />
O Hippo inicia a<br />
confraternização<br />
com café da<br />
manhã. Lá, a<br />
equipe não é só<br />
executora de<br />
tarefas.<br />
não é o único. Em todo o Brasil<br />
inúmeras empresas organizam<br />
festas ou se lembram da equipe<br />
de alguma maneira. Mas muitos<br />
empresários passam batido pela<br />
data, encarando qualquer investimento<br />
no funcionário como um<br />
‘custo’ desnecessário. É verdade<br />
que nem todo mundo tem recursos<br />
para bancar uma festona e é<br />
verdade também que não é preciso<br />
um grande evento. Mas quem<br />
investe, não se arrepende.<br />
No Hippo, a comemoração<br />
começa com um café da manhã,<br />
seguido de uma missa de ação de<br />
graças e de um almoço. À tarde<br />
segue com um baile, a chegada do<br />
Papai Noel com presentes para as<br />
crianças e o sorteio de brindes<br />
doados por fornecedores, como<br />
TVs, câmeras fotográficas, bicicletas,<br />
eletrodomésticos. Além<br />
dessa confraternização, o Hippo<br />
presenteia cada funcionário com<br />
um kit geralmente formado por<br />
uma ave especial, espumante e<br />
chocolate. E nos dias 24 e 31 de<br />
dezembro, a rede oferece um almoço<br />
especial no refeitório.<br />
divUlgação<br />
“O retorno das pessoas é muito positivo. Os colaboradores<br />
comentam por vários dias o que aconteceu<br />
e interagem melhor com os colegas. É uma<br />
iniciativa que motiva a equipe e a prepara para trabalhar<br />
com garra durante as festas”, diz Rosângela.<br />
Festas preparam a equipe<br />
para os dias de trabalho duro<br />
Outra rede que acredita nos benefícios da festa para<br />
a produtividade e comprometimento da equipe é a<br />
Villarreal, cinco lojas no interior de São Paulo. Hilton<br />
da Silva, gerente de desenvolvimento da empresa,<br />
conta que a festa de fim de ano acontece desde<br />
a inauguração da primeira unidade, em 2003. “Festejamos<br />
sempre no primeiro<br />
domingo de dezembro.<br />
Alugamos uma chácara com<br />
piscina e campo de futebol<br />
e oferecemos churrasco e<br />
bebidas – 92% dos funcionários<br />
participam”, diz Silva.<br />
Os colaboradores também<br />
são presenteados com cesta<br />
de <strong>Natal</strong> ou aves especiais.<br />
Para Antônio Josias da<br />
Silva, diretor da Ajlen Consultoria,<br />
as empresas devem<br />
contemplar em seu calendário uma confraternização<br />
entre os funcionários, mesmo que seja um<br />
encontro rápido para agradecer pelo trabalho já<br />
realizado e cumprimentar pelo <strong>Natal</strong> e Ano Novo.<br />
“Não fazer isso demonstra falta de reconhecimento<br />
e interesse pelas boas relações pessoais”, esclarece.<br />
Para quem está sem ideia de como confraternizar,<br />
sugestões não faltam. Pode ser café da manhã, almoço,<br />
coquetel ou jantar – na empresa ou em uma chácara,<br />
hotel-fazenda, salão de eventos. O importante é<br />
levar em conta o funcionário e nunca a empresa e seus<br />
proprietários. O consultor afirma que o planejamento<br />
é a receita para o sucesso. “Ouvir os colaboradores é<br />
uma boa medida porque, ao envolver as pessoas, as<br />
chances de acerto são maiores,” afirma.<br />
muitos empresários<br />
deixam a data<br />
passar em branco<br />
para sua equipe. eles<br />
acham que investir no<br />
funcionário é<br />
um “custo”.
80 | <strong>Natal</strong> | <strong>Supermercado</strong> m oderno • setembro 2011<br />
funcionárioS<br />
Fonte: Antônio JosiAs dA silvA<br />
Como realizar uma<br />
boa confraternização<br />
Faça uma festa sob medida para seus funcionários.<br />
Não pense em “promover” a empresa ou os proprietários.<br />
▼<br />
inclua na programação atividades que permitam<br />
a integração entre as pessoas.<br />
▼<br />
aposte na veia artística dos funcionários. Convide-os a apresentar<br />
músicas, peças, contos. a arte revela habilidades e faz fluir a emoção.<br />
▼<br />
a festa deve ser planejada com antecedência<br />
e sem custo para o funcionário.<br />
▼<br />
evite escolher local de difícil acesso aos funcionários e evite também<br />
discursos longos, além de apresentação de metas e resultados.<br />
▼<br />
servir bebidas alcoólicas é permitido mas, no máximo,<br />
dois tipos, junto com o almoço ou jantar.<br />
▼<br />
Para evitar roupas fora do contexto, entregue<br />
camisetas comemorativas.<br />
▼<br />
Não se esqueça de comunicar ao funcionário<br />
o horário de início e fim da festa.<br />
▼<br />
a confraternização deve ser encarada como evento<br />
importante para o negócio. os funcionários precisam<br />
se sentir reconhecidos pela empresa.<br />
▼<br />
as empresas que realizam festas transmitem<br />
o sentimento de união, paz e esperança.<br />
enVolVer o próprio time<br />
garante mais satisfação<br />
Na rede carioca Prezunic, a equipe costuma ser<br />
consultada. Em 2006, por exemplo, a empresa<br />
propôs, além da festa interna, ajudar pessoas<br />
carentes oferecendo cestas de <strong>Natal</strong>. O pessoal<br />
de cada uma das 31 lojas escolhia as famílias<br />
contempladas. “Os funcionários receberam a<br />
proposta com tanta empolgação que, por conta<br />
própria, se reuniram para dar também presentes<br />
e roupas. Foi uma das melhores festas de<br />
<strong>Natal</strong> que a empresa já fez”, comenta Genival<br />
Beserra, diretor do Prezunic. Outra iniciativa<br />
da rede é envolver o time no próprio entretenimento<br />
da festa. Os colaboradores fazem apresentações<br />
de peças teatrais, corais e divulgam<br />
mensagens com reflexão sobre o que viveram<br />
no ano. Ou seja, eles são os donos da festa.<br />
Isso não significa que comemorar o fim do<br />
ano com sorteios e brindes para os colaboradores<br />
esteja superado. Algumas redes investem<br />
nesse formato e deixam funcionários satisfeitos<br />
e motivados. É o caso da paulistana Futurama,<br />
com oito lojas. Segundo o gerente Antônio<br />
Ferreira de Souza, a empresa sorteia TVs, geladeiras,<br />
fogões e rádios, entre outros produtos<br />
enviados pelos fornecedores. “Os funcionários<br />
ficam ansiosos com a chegada do fim de ano e<br />
com a possibilidade de ganhar prêmios valiosos”,<br />
comenta.<br />
Para Futurama, Hippo ou Prezunic, investir<br />
nos funcionários, na data mais importante do<br />
ano, não é só uma maneira de tornar mais fáceis<br />
os esforços e desafios do período. É uma forma<br />
de celebrar o relacionamento entre as pessoas.<br />
Afinal, como diz Rosângela Saquete, “o amor ao<br />
próximo é coisa séria e começa em casa.”<br />
Sm<br />
divUlgação<br />
É interessante consultar os funcionários sobre o formato da festa<br />
de fim de ano e o tipo de entretenimento que desejam<br />
m ais inF ormações:<br />
ajlen assessoria e Consultoria: (14) 3641-0434<br />
Futurama: (11) 3825-9946<br />
Hippo: 0800-48-03-04<br />
prezunic: 0800-28-22-999<br />
Villarreal: (12) 3904-7000
82 | <strong>Supermercado</strong> m oderno • setembro 2011<br />
megamercado<br />
Arroz Namorado oferece e-book<br />
de receitas gratuito em seu site<br />
Nestlé apresenta o<br />
blog Vida de Mãe<br />
Com a finalidadE de proporcionar maior interação com seus<br />
consumidores, a marca Namorado oferece em seu site um e-book,<br />
o Livro de Receitas Arroz Namorado, assinado pelo chef Rogério<br />
Luce. Os internautas que gostam de cozinhar podem acessar o www.<br />
slcalimentos.com.br e fazer o download gratuitamente. O livro,<br />
atualizado mensalmente, tem 18 páginas e oito receitas, como Nhoque<br />
Integral de Arroz Namorado e Feijoada Invertida. mm<br />
Pesquisa da Nivea revela conexão<br />
entre tipo de pele e personalidade<br />
Estudo EnvolvEndo 8 mil pessoas de diferentes países (incluindo o Brasil),<br />
aponta a correlação entre biografia, personalidade e tipo “percebido” de pele.<br />
A pesquisa conduzida pela Nivea revela que a pele não é afetada apenas<br />
por genética, clima e dieta, mas também por aspectos como humor, estado<br />
emocional e principalmente pela personalidade. Com base nas informações<br />
obtidas, a Nivea definiu cinco diferentes personalidades de pele, o que será<br />
considerado pela empresa no desenvolvimento de novos produtos. mm<br />
Está no ar o ambiente virtual<br />
desenvolvido pela área de<br />
Nutrição Infantil da Nestlé para as<br />
mães que buscam informações<br />
diversas sobre a maternidade.<br />
Concebido como um espaço para<br />
troca de experiências, o www.<br />
comecarsaudavel.com.br conta<br />
com a colaboração de mães<br />
blogueiras, que compartilham<br />
conhecimento, histórias e dicas. mm<br />
divulgação
| 83<br />
Inscrições abertas para a 2ª edição<br />
do concurso “Garota Bic Comfort Teens”<br />
divulgação<br />
ChEga à 2ª Edição o concurso Garota BIC Comfort Teens 2011. As inscrições<br />
estão abertas até 23 de outubro pelo site www.garotabic.com.br. Para<br />
participar, basta fazer cadastro e upload de uma foto de corpo inteiro,<br />
além de responder: “Por que você gostaria de ser a Garota BIC Comfort<br />
Teens”. Em 30 de outubro, no evento “No Capricho”, a BIC anunciará a<br />
ganhadora, que, além de estampar as peças publicitárias da campanha<br />
BIC Comfort Teens, ganhará uma balada exclusiva em uma limusine. mm<br />
Ambev é parceira do governo de São Paulo<br />
contra o consumo de álcool por menores<br />
a ambEv, que desde 2003 mantém um programa de consumo<br />
responsável, firmou parceria com o governo do Estado de São<br />
Paulo no combate à venda de bebidas alcoólicas a menores de<br />
idade. Ambos anunciaram o projeto de lei que prevê ações de<br />
conscientização e fiscalização de bares para reduzir o consumo<br />
pelos jovens. A empresa tem desenvolvido campanhas de<br />
conscientização para a população em pontos de venda, como bares<br />
e supermercados, além de programas educativos. mm<br />
divulgação
84 | <strong>Supermercado</strong> m oderno • setembro 2011<br />
megamercado<br />
Castelo Alimentos<br />
aposta nas redes sociais<br />
divulgação<br />
Com foCo na força das redes sociais, a Castelo Alimentos,<br />
presente há mais de 105 anos no segmento de vinagres,<br />
coloca no ar sua página no Facebook (http://www.facebook.<br />
com/CasteloAlimentosVidaLeve) e um perfil no Twitter<br />
(twitter: @castelovidaleve). O lançamento dos novos canais<br />
de interação faz parte do planejamento de comunicação<br />
da empresa, que inclui ainda a reformulação do site. Os<br />
consumidores podem acessar conteúdos como receitas,<br />
dicas de saúde e práticas que promovem o bem-estar. Em<br />
breve, a marca promete apresentar conteúdo institucional e<br />
receitas também para aparelhos mobile. mm<br />
Guaraná Antarctica lança<br />
websérie “Caçadores de Energia”<br />
a idEia dE ConECtar pessoas ao redor de uma história, baseada na saga de João Maia para<br />
convencer sua amiga Natália Cardoso a ficar no Brasil, fez com que a marca Guaraná<br />
Antarctica lançasse a websérie “Caçadores de Energia”. A ação já começou na internet<br />
e vem ganhando a simpatia de fãs do ator João Maia e da estudante Natália. O Guaraná<br />
Antarctica entra na vida deles como um aliado. A marca propõe um desafio e apoia o<br />
rapaz a encontrar brasileiros que tenham a “energia que contagia”. mm<br />
Juliana Paes e seu<br />
filho Pedro estrelam nova<br />
campanha da Pom Pom<br />
a Campanha da nova linha de fraldas Pom Pom<br />
Top Confort, estrelada pela atriz Juliana Paes<br />
e seu filho Pedro, tem como objetivo mostrar<br />
a emoção do relacionamento entre mães<br />
e filhos. O produto também traz o conceito<br />
de moda bebê, que transforma a fralda em<br />
um acessório de moda. As quatro opções<br />
de estampas exclusivas e unissex têm<br />
cobertura respirável, abas elásticas, fitas<br />
agarradinhas Flex, camada superabsorvente<br />
e proteção por até 12 horas. A nova<br />
identidade visual da marca foi inspirada<br />
na textura dos tecidos dos enxovais e na<br />
decoração do quartinho do bebê. mm<br />
divulgação
87 Categoria SUPERMERCADO MODERNO • SETEMBRO 2011<br />
Por Viviane Sousa |<br />
viviane.sousa@lund.com.br |<br />
Quando a vaidade<br />
masculina<br />
enche os cofres do<br />
concorrente<br />
No Brasil, existem hoje<br />
mais de 93 milhões de<br />
homens. Eles movimentam<br />
anualmente US$<br />
2,29 bilhões em produtos<br />
de higiene e beleza específicos<br />
para o público<br />
masculino, o que representa pouco mais de 8% dos<br />
US$ 26,59 bilhões faturados pelo mercado mundial<br />
de perfumaria, segundo dados do instituto de pesquisas<br />
internacional Euromonitor.<br />
Essa participação faz do País o segundo<br />
maior mercado de cosméticos<br />
para homens, atrás apenas dos<br />
Estados Unidos. Outra boa notícia<br />
é que o principal canal de compras<br />
ainda é o autosserviço. E aí vem<br />
um alerta: aos poucos, porém, outros<br />
tipos de varejo estão atraindo<br />
mais esses consumidores, motivo<br />
Preocupados com a<br />
aparência, os homens<br />
começam a procurar<br />
outros canais em<br />
busca de atendimento<br />
personalizado e<br />
informações sobre<br />
produtos de beleza.<br />
Cuidado, você já viu<br />
esse filme antes.<br />
JOÃO DE FREITAS
88 | Categoria | SUPERMERCADO MODERNO • SETEMBRO 2011<br />
HOMENS<br />
pelo qual o setor precisa acender<br />
seu sinal de alerta.<br />
Uma razão para bloquear a<br />
concorrência enquanto ainda é<br />
o principal canal de vendas diz<br />
respeito ao potencial da categoria.<br />
Os produtos masculinos ampliaram<br />
sua presença nos lares<br />
brasileiros entre 2009 e o primeiro<br />
trimestre deste ano. Saíram de<br />
72,7% para 75,3%, segundo o<br />
estudo “O mercado e o shopper<br />
masculino”, realizado pela Nielsen.<br />
Parte do impulso veio da<br />
renda. De 2002 a 2011, a massa<br />
salarial dos homens subiu 43,1%<br />
– o dado é de outro levantamento,<br />
feito pelo Data Popular. Além<br />
disso, esses consumidores estão<br />
cada vez mais preocupados com<br />
a aparência.<br />
O QUE PENSAM OS HOMENS<br />
Tiago Tadeu de Oliveira, 30 anos, web designer, e Wilson Della<br />
Villa Filho, 46 anos, corretor de imóveis, fazem questão de<br />
comprar seus próprios produtos de higiene e beleza. Durante<br />
muito tempo, o autosserviço foi o principal canal de compra<br />
para ambos. Mas, hoje, já frequentam outros tipos de lojas.<br />
Oliveira vai aos supermercados comprar apenas o básico, como<br />
desodorante, shampoo e creme parar barbear. “Quando quero<br />
atendimento diferenciado e produtos mais sofisticados, como<br />
um perfume, procuro catálogos,<br />
lojas especializadas e drogarias.<br />
Quando encontro esses produtos<br />
nos supermercados, as marcas<br />
são inferiores demais”, conta. Wilson<br />
relata o mesmo problema. E<br />
acrescenta que o setor precisa<br />
entender que os homens querem<br />
conhecer as novidades. O corretor<br />
inclusive diz sentir falta de<br />
promoções personalizadas. ”Se<br />
os supermercados oferecessem<br />
tudo isso, me conquistariam.”<br />
DARIO DE FREITAS<br />
DARIO DE FREITAS<br />
Para se ter uma ideia do avanço de outros canais<br />
de varejo, a pesquisa da Nielsen aponta que, apenas<br />
na categoria de desodorantes, a participação dos<br />
super e hipermercados caiu de 61,2% no primeiro<br />
trimestre de 2010 para 59,8% no mesmo período<br />
deste ano. Parte das vendas migrou para o porta a<br />
porta, cuja participação subiu de 14,5% para 16%.<br />
ESPAÇO EXCLUSIVO<br />
Ambientação e sinalização destacam segmento<br />
“Sempre encontro<br />
os mesmos<br />
produtos e um ou<br />
outro lançamento.<br />
Então acabo<br />
recorrendo a<br />
perfumarias”<br />
Wilson Della Villa Filho,<br />
46 anos, corretor de imóveis<br />
Segundo Ricardo Alvarenga, gerente de atendimento<br />
da Nielsen, o mesmo tem acontecido com<br />
outras categorias. “Os concorrentes dos supermercados<br />
têm seus diferenciais e é isso que atrai mais<br />
consumidores”, destaca. Para enfrentar o problema,<br />
a recomendação é investir em mix e atendimento.<br />
“O comportamento dos homens mudou e hoje<br />
eles querem ser atendidos de forma personalizada,<br />
com ações dirigidas<br />
e comodidade, além de<br />
ampla variedade de itens<br />
e marcas – atributos que o<br />
autosserviço não oferece”,<br />
observa Alvarenga.<br />
O ideal seria os super-<br />
Tiago Tadeu de Oliveira: falta<br />
variedade no supermercado
90 | Categoria | SUPERMERCADO MODERNO • SETEMBRO 2011<br />
HOMENS<br />
mercados reunirem o que cada<br />
concorrente tem de melhor: a variedade<br />
do porta a porta, a praticidade<br />
das drogarias e o preço baixo<br />
do atacarejo. Como isso nem sempre<br />
é possível, o jeito é buscar sua<br />
Lojas pequenas podem sinalizar e<br />
agrupar os itens masculinos de um<br />
lado da gôndola para atrair o cliente<br />
própria maneira de se diferenciar.<br />
Uma sugestão dos especialistas é<br />
criar um espaço exclusivo para os<br />
homens dentro da seção de higiene<br />
e beleza, uma espécie de “mundo<br />
masculino”, com ambientação e<br />
comunicação próprias.<br />
Com essa solução, o supermercadista<br />
garantiria praticidade<br />
e comodidade na<br />
compra. Mas, e quem não<br />
tem espaço na loja Nesse<br />
caso, os consultores recomendam<br />
agrupar os itens<br />
para homens<br />
de um lado<br />
da gôndola<br />
e os femininos, do outro. Também é recomendado<br />
sinalizar cada segmento com a utilização de painéis.<br />
“Os itens que servem para ambos os sexos podem<br />
ficar dos dois lados da gôndola para motivar<br />
a compra”, recomenda Danilo Costa, analista de<br />
mercado da consultoria Factor de Solução. Também<br />
é possível promover demonstração de produtos<br />
e distribuir prêmios como tratamento em clínicas<br />
de estética. Para o consultor, é preciso quebrar<br />
o paradigma de que apenas as mulheres se interessam<br />
por campanhas desse tipo. “Os homens também<br />
têm curiosidade quanto ao desempenho e à<br />
eficácia dos produtos, principalmente quando são<br />
lançamentos”, diz Costa.<br />
Com 5 lojas no Vale do Paraíba (SP), o Villarreal<br />
é uma das redes que apostam na presença de promotoras<br />
para divulgar novos produtos da linha masculina<br />
de beleza que chegam às gôndolas. Segundo Hilton<br />
da Silva, gerente de desenvolvimento, por conta<br />
disso, o desempenho de vendas dos lançamentos<br />
tem sido bom. “Quem sabe o nosso próximo passo<br />
não seja realizar demonstrações, começando com<br />
aparelhos e cremes de barbear”, diz.<br />
INCREMENTE O SORTIMENTO<br />
Só o básico não agrada aos homens<br />
O primeiro passo para uma definição melhor do<br />
mix é conhecer as categorias mais importantes do<br />
segmento. A pesquisa da Nielsen aponta oito que<br />
DIVULGAÇÃO<br />
INDÚSTRIA APOSTA NO PÚBLICO MASCULINO<br />
Atenta ao crescimento do mercado masculino, a indústria de cuidados pessoais<br />
tem apostado em lançamentos para esse público. Estudos já preveem um crescimento<br />
superior a 10% ao ano na produção mundial do segmento.<br />
Recentemente, chegou ao mercado o Palmolive For Men, da Colgate. Já a<br />
Dove, da Unilever, investiu R$ 24 milhões na linha de desodorantes Dove Men +<br />
Care, fruto de uma pesquisa com homens acima de 30 anos. A fabricante Baruel,<br />
por sua vez, apostou suas fichas na imagem do craque do Santos Neymar<br />
para elevar as vendas do Tenys Pé Baruel, além de ser patrocinadora da seleção<br />
brasileira de futebol. “Com o Neymar, a ideia também é atingir os mais<br />
jovens, o que rejuvenesce a marca”, diz Daniel Tiraboschi, diretor comercial.
92 | Categoria | SUPERMERCADO MODERNO • SETEMBRO 2011<br />
HOMENS<br />
ENTENDA O MERCADO MASCULINO<br />
DE HIGIENE E BELEZA<br />
32,6%<br />
Lâminas<br />
Participação das versões<br />
masculinas na Top Cesta de<br />
higiene e beleza*<br />
36,5%<br />
2009 2010<br />
30,7%<br />
Sabonetes<br />
0,1%<br />
Loção<br />
para pele<br />
37,7% 37,3%<br />
0,4%<br />
Pós-<br />
-shampoo<br />
2011<br />
*DESODORANTES, SABONETES, TINTURAS,<br />
PÓS-SHAMPOO, SHAMPOO, LOÇÃO PARA PELE,<br />
LÂMINAS E PRODUTOS PARA BARBEAR. DADOS<br />
SE REFEREM AO 1º TRIMESTRE DE CADA ANO<br />
Gastos com produtos de beleza para homens<br />
2009 R$ 20,4<br />
2011 R$ 27,4<br />
1º trimestre de cada ano<br />
PARTICIPAÇÃO DAS CATEGORIAS NA<br />
SEÇÃO DE HIGIENE E BELEZA MASCULINA<br />
26,6%<br />
Desodorantes<br />
5,1%<br />
Shampoo<br />
3,9%<br />
Produtos para<br />
o barbear<br />
0,5%<br />
Tinturas<br />
mais se destacam: desodorantes, sabonetes, lâminas,<br />
tinturas, shampoos, pós-shampoos, creme<br />
para a pele e produtos para barbear. Chamadas de<br />
Top Cesta, suas vendas cresceram 22% entre o primeiro<br />
trimestre de 2009 e o de 2011, quando alcançaram<br />
faturamento de R$ 4,8 bilhões.<br />
Entre elas, três produtos representam praticamente<br />
90% da receita total da Top Cesta: lâminas<br />
(com 32,6% de participação), sabonetes (30,7%);<br />
e desodorantes (26,6%). Apesar da concentração,<br />
Costa, da Factor de Solução, defende a importância<br />
de os supermercados definirem um sortimento que<br />
contemple todas as categorias da cesta masculina.<br />
Ele também sugere acrescentar outras utilizadas<br />
por esse público, como gel para cabelo e talco para<br />
os pés. “A ideia é trabalhar com uma boa variedade<br />
de versões, incluindo sempre as três com maior<br />
participação”, recomenda.<br />
Oferecer linhas mais sofisticadas é regra para<br />
conquistar o público masculino. O conselho é válido<br />
inclusive para lojas que atendem público C e D.<br />
Para Alvarenga, da Nielsen, só básico já não satisfaz<br />
os homens quando o assunto é higiene e beleza.<br />
Quem concorda é o Villarreal. Em suas lojas, as<br />
vendas de aparelhos de barbear descartáveis cresceram<br />
menos de 5% em 2010. Já os aparelhos descartáveis<br />
mais sofisticados e as lâminas registraram<br />
alta superior a 10%. “Diante disso, decidimos aumentar<br />
o sortimento dos itens de melhor qualidade.<br />
Com essa medida, esperamos dobrar as vendas<br />
em 2011”, comenta Silva, gerente da rede.<br />
Para reter esses consumidores, convém ainda<br />
estudar a fundo os hábitos específicos dos que frequentam<br />
seu supermercado e descobrir o que eles<br />
gostariam de encontrar nas gôndolas da sua loja.<br />
ACOMPANHE NO PORTAL DE SUPERMERCADO MODERNO<br />
A partir do mês de outubro, confira no Portal SM (www.sm.com.<br />
br) reportagem sobre o potencial de crescimento das principais<br />
categorias da cesta masculina de higiene e beleza.<br />
SM<br />
MAIS INFORMAÇÕES:<br />
Factor de Solução: www.factordesolucao.com.br<br />
Nielsen: br.nielsen.com<br />
Villarreal: www.villarreal.com.br
94 | <strong>Supermercado</strong> m oderno • setembro 2011<br />
novos produtos<br />
divulgação<br />
arroz<br />
preto: fonte<br />
de proteína e rico<br />
em fibras<br />
Grãos arredondados, macios,<br />
com sabor acastanhado,<br />
coloração preta quando crus e curiosamente roxos<br />
após cozidos. Essas são as características do novo<br />
Arroz Preto Tio João, produzido pela Josapar. Além<br />
desses pontos importantes, o produto pode ser<br />
usado na prevenção de doenças cardíacas e diabetes.<br />
Pesquisas revelam que essa variedade contém 20%<br />
mais proteína e 30% mais fibras do que a versão<br />
integral. Informações: 0800 531 800<br />
linha de frios<br />
especiais é novidade da Ceratti<br />
Pensando em quem não consome carne vermelha ou<br />
está em regime alimentar, a Ceratti apresenta sua<br />
nova linha de frios especiais, composta por três<br />
versões do presunto de frango: tradicional; com<br />
tomate seco e com azeitonas. Todos contêm 100%<br />
de peito de frango, menos de 1% de gordura e níveis<br />
baixos de sódio. Informações: 0800 77 12 822<br />
divulgação
| 95<br />
Caipirinha pronta à base de saquê e frutas<br />
Aproveitando a paixão do brasileiro pela caipirinha, a Destilaria Stoliskoff criou uma nova versão<br />
inspirada na bebida: a Sakerita. Feita à base de saquê e frutas, ela já vem pronta para o<br />
consumo. Com apenas 7% de graduação alcoólica e uma coloração característica, o produto<br />
é apresentado em três sabores: abacaxi, kiwi e morango. A novidade já está disponível para<br />
venda em super e hipermercados. Informações: (11) 4711-1631<br />
divulgação<br />
divulgação<br />
saco de lixo<br />
para quem pensa em sustentabilidade<br />
Com foco na coleta seletiva e na reciclagem, a Dover-Roll lança o saco de lixo<br />
Super Forte Reciclado. Produzido com plásticos reciclados, o produto possui<br />
uma exclusiva fita para fechar, além de tubete para ser acoplado ao porta-rolos doméstico.<br />
A fábrica investiu cerca de R$ 5 milhões no lançamento da linha, com aquisição de equipamentos<br />
recicladores, processos de seleção e reciclagem de matéria-prima. Informações: (21) 3295-2450
96 | <strong>Supermercado</strong> m oderno • setembro 2011<br />
novos produtos<br />
empalux lança lâmpada<br />
espiral econômica<br />
divulgação<br />
Novidade da Empalux, as Fluorescentes Compactas Espirais T2 duram até oito vezes<br />
mais que as lâmpadas incandescentes comuns. Apesar de ser um produto pequeno,<br />
sua tecnologia garante melhor luminosidade, longa vida útil, boa eficiência e índice de<br />
reprodução de cores superior a 80%. Informações: 0800 600 3465<br />
demaquilante bifásico<br />
mantém hidratação natural da pele<br />
A Nivea desenvolveu para as brasileiras o Nivea Double Effect Demaquilante Bifásico. O<br />
produto foi criado para remover todo tipo de maquiagem à prova d’água, contando com<br />
fórmula suave de óleo de girassol. Além de limpar, tonifica a pele sem afetar a sensível<br />
área dos olhos. Livre de perfume, é aprovado por oftalmologistas e pode ser usado por<br />
quem usa lentes de contato. Informações: 0800 77 64 832<br />
divulgação
| 97<br />
divulgação<br />
antitranspirante para homens<br />
promete 48 horas de<br />
proteção<br />
Após realizar pesquisa entre homens<br />
com mais de 30 anos, a Unilever<br />
lançou o Dove Men + Care Energy<br />
Dry. O desodorante antitranspirante<br />
promete proteção por 48 horas.<br />
O produto possui uma fragrância<br />
exótica, misturando ingredientes<br />
como gengibre, pimenta verde da<br />
Índia, pimenta negra de Madagascar,<br />
flores, musk e âmbar. O lançamento<br />
está à venda nas versões aerossol e<br />
roll-on, com preços sugeridos de R$<br />
9,90 e R$ 6,40, respectivamente.<br />
Informações: 0800 707 7512<br />
laranja<br />
Caseira light<br />
traz adoçante natural<br />
A marca Del Valle acaba de<br />
disponibilizar o novo suco pronto de<br />
caixinha Del Valle Laranja Caseira<br />
Light com trúvia, um adoçante<br />
natural extraído das folhas de<br />
estévia. Por essa característica na<br />
formulação, a bebida possui baixo<br />
teor de calorias. A expectativa do<br />
Grupo Femsa, responsável pela comercialização da<br />
marca da Coca-Cola, é de que o novo sabor conquiste<br />
muitos consumidores, devido à crescente procura por<br />
alimentos saudáveis. Disponível em dois tamanhos:<br />
250 ml e 1 litro. Informações: 0800 02 12 121<br />
divulgação
98 | <strong>Supermercado</strong> m oderno • setembro 2011<br />
cenas do varejo<br />
Flores e plantas<br />
bonitas por mais tempo<br />
Com problemas para conservar a beleza das<br />
flores e plantas que estão à venda no<br />
seu supermercado o taquaral, loja<br />
independente de campinas, interior de são<br />
paulo, encontrou uma boa solução para evitar<br />
perdas excessivas, principalmente nos dias<br />
quentes. vasos e arranjos saíram da entrada da<br />
loja e foram parar na seção de refrigerados. o<br />
ambiente mais fresco evita que murchem<br />
rapidamente. a nova exposição também<br />
ajudou a deixar a área mais bonita.<br />
EnviE uma foto curiosa do passado ou prEsEntE para o E-mail: vivianE.sousa@lund.com.br<br />
sm sElEcionará as mElhorEs.