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Entidade comemora 28 anos em defesa dos médicos catarinenses

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EDITORIAL<br />

PRIVATIZANDO A SAÚDE OU<br />

A CONCESSÃO DE SESMARIAS<br />

O SIMESC com<strong>em</strong>orou seus <strong>28</strong> <strong>anos</strong> de fundação<br />

no momento que o SUS completa 20 <strong>anos</strong>.<br />

Enquanto festejamos as conquistas e avanços do<br />

sindicalismo, o SUS é ameaçado pela privatização<br />

numa suposta necessidade de inovar a gestão<br />

de saúde. A “inovação” de transferir para a iniciativa<br />

privada através das Organizações Sociais<br />

e para as fundações estatais, porém de Direito<br />

Privado, revela apenas a intenção de privatizar ou<br />

terceirizar os serviços públicos. Revolver o passado<br />

e transfigurar as fundações ou transmutar<br />

organizações sociais para gerir a coisa pública.<br />

Mas o SUS foi criado exatamente para deter a<br />

terceirizar e unificar a gestão de saúde. E uma<br />

das conseqüências foi a extinção das fundações<br />

que dirigiam serviços públicos. Depois de<br />

20 <strong>anos</strong> o SUS é atacado por aqueles que motivaram<br />

a sua criação. E dessa vez com a ajuda de<br />

alguns que contribuíram para o seu surgimento.<br />

É paradoxal mas os ciclos históricos repet<strong>em</strong>-se<br />

ainda que não entendamos. Defensores do SUS<br />

no passado propõ<strong>em</strong> a transferência de responsabilidades<br />

<strong>dos</strong> executores das políticas públicas<br />

para terceiros. Admissão de incompetência ou<br />

influência neo-liberal e seus interesses mercantilistas<br />

Sendo as organizações sociais s<strong>em</strong> fins<br />

lucrativos as motivações para assumir serviços<br />

públicos, alguns deles como o SAMU, estratégico<br />

e de alto risco, dev<strong>em</strong> ser de outra natureza. Se<br />

os custos for<strong>em</strong> maiores a gestão pública será<br />

julgada por improbidade, mas se os custos for<strong>em</strong><br />

menores serão os gestores julga<strong>dos</strong> pela inépcia.<br />

Ou uma simples comodidade administrativa<br />

incentivada por interesses políticos e financeiros.<br />

E no perde e ganha das mudanças, certamente<br />

os trabalhadores da saúde sairão prejudica<strong>dos</strong> e<br />

a população pagará duplamente a conta. Mas a<br />

sociedade organizada, as entidades <strong>dos</strong> profissionais<br />

de saúde e ligadas ao serviço público já<br />

iniciaram a reação e defenderão os interesses das<br />

classes trabalhadoras e da população.<br />

A Diretoria

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