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Os Determinantes da Satisfação Organizacional Confronto de ...

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FIGURA 5 - P RIVW RELATIVA E SATISFW<br />

LUCROS DO PR6PRIO OU DO SEU GRUPO<br />

INVESTIMENTOS DO PR~PRIO ou DO SEU GRUPO<br />

SATISFAÇÁO<br />

LUCROS DE OUTRO OU DE OUTRO GRUPO<br />

INVESTIMENTOS DE OUTRO OU DE OUTRO GRUPO<br />

outros e, b) as atitu<strong>de</strong>s e necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> ca<strong>da</strong><br />

um são <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s e <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s através <strong>da</strong><br />

informação acerca do ambiente forneci<strong>da</strong><br />

pelos outros. Esta posição teórica que tem raízes<br />

nos estudos clássicos sobre o conformismo<br />

(Asch, 1952), salienta o peso normativo<br />

e informativo <strong>da</strong>s opiniões dos outros na<br />

<strong>de</strong>finição <strong>da</strong>s percepções <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um. Sendo<br />

assim, a própria satisfação po<strong>de</strong> ser vista<br />

como um produto <strong>da</strong> influência social e como<br />

um fenómeno socialmente construído, como<br />

O’Reilley e Caldwell (1979) ou White e Mitchell(l979)<br />

mostraram. Esquematicamente,<br />

po<strong>de</strong>mos representar este mo<strong>de</strong>lo <strong>da</strong> seguinte<br />

forma:<br />

Indices Sociais existentes<br />

no contexto <strong>de</strong> trabalho Auto-avaliação <strong>da</strong> satisfação<br />

Po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>rivar a seguinte hipótese <strong>de</strong>ste<br />

quadro teórico:<br />

H10: A avaliação <strong>da</strong> satisfação pelo sujeito<br />

está <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> forma como percepciona<br />

a norma do grupo:<br />

a) Se os índices sociais a que o sujeito tem<br />

acesso lhe permitirem consi<strong>de</strong>rar que os<br />

outros se consi<strong>de</strong>ram satisfeitos, o<br />

sujeito irá manifestar satisfação.<br />

b) Se os índices sociais disponíveis o levarem<br />

a consi<strong>de</strong>rar que a norma do grupo<br />

é a insatisfação, o sujeito manifestará<br />

um baixo grau <strong>de</strong> satisfação.<br />

7. Construção social <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> organizacional<br />

e satisfação<br />

Consi<strong>de</strong>rando uma organização enquanto<br />

local privilegiado <strong>de</strong> interacção social e <strong>de</strong><br />

construção <strong>de</strong> pensamento pelos grupos que<br />

a integram, pressupomos o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

no seu interior <strong>de</strong> formas diversas e nem sempre<br />

compatíveis <strong>de</strong> a pensar, isto é, pressupomos<br />

a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> co-existência <strong>de</strong><br />

diversas culturas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma mesma organização.<br />

Estas diversas culturas, enquanto<br />

entendimentos sobre a organização incluirão,<br />

ou pelo menos terão impacto, sobre os estados<br />

emocionais dos indivíduos e sobre a<br />

forma como os exprimem. Tal como na perspectiva<br />

do processamento social <strong>da</strong> informação,<br />

também aqui a satisfação aparece<br />

enquanto construção social que tem por base<br />

processos <strong>de</strong> influência social, mas em que,<br />

contrariamente a abor<strong>da</strong>gem <strong>de</strong> Salacick e<br />

Pfeffer, ca<strong>da</strong> sujeito é visto simultaneamente<br />

como fonte e alvo <strong>de</strong> influência (Moscovici,<br />

1976). A satisfação expressa pelos indivíduos<br />

e pelos grupos seria assim uma resultante<br />

<strong>de</strong>sta mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> pensamento social a que<br />

chamamos cultura organizacional. A concepção<br />

<strong>de</strong> cultura a que nos referimos é semelhante<br />

a proposta <strong>de</strong> Geertz (1973), aproxima-<br />

-se <strong>da</strong> <strong>de</strong> Schein (1985) e do conceito <strong>de</strong> clima<br />

organizacional <strong>de</strong> Schnei<strong>de</strong>r (1975), cuja relação<br />

com a satisfação foi já testa<strong>da</strong> empiricamente<br />

(e. g. Friedlan<strong>de</strong>r e Margulies, 1969).<br />

Po<strong>de</strong>mos formular a seguinte hipótese <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong>sta perspectiva:<br />

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