análise da percepção corporal e sexual de mulheres ...

Trabalho 324
CAPÍTULO 5
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A cirurgia de histerectomia, para algumas das mulheres entrevistadas, causam
certo desconforto psicológico, social, cultural, religioso e educacional, interferindo na
visão que a mulher tem do útero e de si mesmo. Remover o útero pode significar perder
um pedaço importante de si, pois este sempre esteve associado com o poder de
criação, órgão sexual, fonte de prazer, o que implica em uma percepção ruim da autoimagem,
perda da feminilidade e da vontade de viver. Já para outras, é como se nada
estivesse acontecido, é como se o órgão permanecesse dentro de si após a realização
da cirurgia.
Por outro lado, pode surgir a descoberta de outros poderes e potencialidades
que podem significar a liberdade, o auto conhecimento e uma grande fonte de energia e
prazer sexual.
A cirurgia realizada, requer orientações para as entrevistadas, deixando bem
claro para as mulheres que elas não menstruaram mais no final de cada mês, ou seja,
terá uma menopausa precoce. E em alguns casos, principalmente as mulheres que não
tem filhos, deixar claro de que isso não mais poderá acontecer. No entanto, 88,2% das
entrevistadas, não receberam apoio psicológico anteriormente a cirurgia, enquanto que
2/3 delas tiveram orientações sobre o procedimento a ser realizado.
Então, o que pode mudar na realidade de uma mulher é a forma como a mesma
se percebe e passa a perceber após a cirurgia. Esse mudança é dependente de
crenças e valores que esta mulher possui, relacionados ao útero e ao gênero feminino.
Um fator importante na realização da cirurgia é o apoio da família, principalmente
do marido ou companheiro, o casal tem que estar ciente de tudo que poderá acontecer
antes, durante e após a realização da cirurgia, deixando claro que o procedimento terá
inicio, meio e final.
Apenas os diálogos pré e pós operatórios suficientes representam uma ajuda
efetiva para conhecer melhor a linguagem do corpo feminino.
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