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CIDADES SUSTENTÁVEIS<br />
As cidades contemporâneas têm atingido dimensões<br />
nunca antes observadas. A população urbana mundial<br />
cresceu dez vezes na última metade do século<br />
passado, estimando-se que cerca de 65% a 70% da<br />
população mundial viverá em cidades até 2030. Boa<br />
parte dessa população habitará cidades dos países<br />
subdesenvolvidos ou em desenvolvimento da Ásia,<br />
África e América Latina, regiões onde ocorrem as<br />
maiores taxas de urbanização. No caso da América<br />
Latina, já em 1990, 72% de sua população vivia em<br />
cidades, sendo esta a segunda região do mundo em<br />
densidade urbana atualmente. A figura abaixo mostra<br />
que não há tendência prevista de estabilização do<br />
crescimento nas cidades mais populosas da América<br />
do Sul nos próximos 15 anos.<br />
O crescimento sem precedentes da população e da<br />
urbanização impõe pressões sobre o ambiente natural,<br />
tais como a exploração de recursos energéticos, a<br />
extração de materiais para as diversas indústrias,<br />
inclusive a da construção civil, a alteração e/ou<br />
destruição de sistemas naturais para a captação de<br />
água potável, produção de alimentos e disposição<br />
dos rejeitos das comunidades. O impacto das cidades<br />
sobre seus sistemas naturais de suporte tem sido<br />
bastante estudado, sendo um dos mais notáveis os<br />
efeitos adversos sobre o clima local e regional. Tais<br />
efeitos estão basicamente relacionados às condições<br />
termo-higrométricas (conforto térmico), à qualidade<br />
do ar e à ocorrência de eventos meteóricos, como<br />
alterações locais no ritmo de chuvas, etc.<br />
Crescimento populacional nas 10 maiores regiões<br />
metropolitanas da América do Sul, projetadas até 2025<br />
Fonte: Urban Age, 2008.<br />
O tecido urbano e as atividades relacionadas<br />
principalmente à produção e transporte provocam<br />
alterações no balanço energético local, levando ao<br />
desenvolvimento das chamadas ilhas de calor urbano.<br />
Associadas à poluição do ar, elas não apenas trazem<br />
sérios prejuízos à saúde pública e à qualidade de vida<br />
dos cidadãos, mas criam condições atmosféricas para<br />
estender seus efeitos adversos para muito além dos<br />
limites das áreas urbanizadas. A figura abaixo mostra<br />
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