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Em última análise, as informações a respeito do clima<br />

são obtidas através de medições próximas à superfície,<br />

feitas em estações meteorológicas cruzadas com<br />

sofisticados modelos de cálculo numérico alimentados<br />

principalmente com fotografias e medições feitas<br />

em satélites. No Brasil, a produção deste tipo de<br />

informação fica a cargo principalmente do Instituto<br />

Nacional de Meteorologia – INMET, ligado ao Ministério<br />

da Agricultura. Dados climáticos podem também ser<br />

obtidos no site do Centro de Previsão do Tempo e<br />

Estudos Climáticos – CPTEC, órgão do Instituto Nacional<br />

de Pesquisas Espaciais – INPE, ligado ao Ministério de<br />

Ciência e Tecnologia, bem como no site do Sistema<br />

de Monitoramento Agrometeorológico - Agritempo,<br />

órgão da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária<br />

- EMBRAPA. Algumas grandes empresas, como as<br />

concessionárias de energia, também mantêm estações<br />

meteorológicas, presentes também nos aeroportos.<br />

Entre os dados climáticos significativos para o<br />

planejamento bioclimático das cidades ou edificações,<br />

disponibilizados de maneira bastante diversa pelas<br />

instituições citadas acima, podemos enumerar: dados<br />

sobre radiação solar (horas de insolação, incidência<br />

global, direta e difusa sobre plano horizontal),<br />

temperatura (médias normais, máximas, mínimas e<br />

valores absolutos), umidade relativa, precipitações,<br />

nebulosidade e dados sobre os ventos (direção,<br />

frequência e velocidade).<br />

No domínio da meso e microescala, podemos dizer<br />

que a complexa dinâmica de fluxos observados nos<br />

centros urbanos configura tipologias climáticas<br />

normalmente mais adversas e de amplitudes mais<br />

extremas em comparação com as áreas urbanas<br />

periféricas. Daí a relevância dos estudos sobre clima<br />

urbano, que constituem uma categoria específica<br />

dentro da climatologia aplicada.<br />

Os climas urbanos apresentam alterações significativas<br />

em relação ao clima das áreas periféricas das<br />

cidades, devido ao grande número de fontes térmicas<br />

e ao efeito cumulativo de fatores como poluição,<br />

impermeabilização do solo, alteração do albedo<br />

urbano médio, inércia térmica dos materiais, entre<br />

outros. Nesse domínio destaca-se o fenômeno das<br />

ilhas de calor urbanas, que somado aos efeitos das<br />

mudanças climáticas globais têm contribuído para a<br />

deterioração da qualidade de vida nos grandes centros,<br />

principalmente nos países em desenvolvimento.<br />

Ao conjunto de estratégias de planejamento urbano<br />

com base em contribuições da climatologia, visando<br />

à melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, com<br />

adequada adaptação ao clima local, assegurando<br />

condições de conforto ambiental e otimizando<br />

o consumo energético dos edifícios podemos<br />

chamar de urbanismo bioclimático, tema tratado<br />

no tópico a seguir.<br />

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