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UnicaPhoto - Ed.04

Revista sobre fotografia contemporânea publicada pelo curso de fotografia da Universidade Católica de Pernambuco

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esse mapeamento não consegue trazer de volta<br />

o sinal que se perde nas áreas não lineares<br />

da curva (abaixo do piso de ruído e acima da<br />

superexposição).<br />

Ajuste do ISO digital<br />

Uma das maiores flexibilidades trazidas pela<br />

fotografia digital é a possibilidade de ajuste do<br />

ISO a cada disparo, mas como isso funciona?<br />

Na verdade, na maioria das câmeras, o fotógrafo<br />

pode definir valores maiores ou menos que<br />

o ISO nativo ou nativo da câmera. Quando isso<br />

ocorre, o processamento interno da câmera é<br />

ajustado para se adequar à nova velocidade<br />

ISO.<br />

Quando o fotógrafo define um ISO mais<br />

elevado, o fotômetro utilizará esse valor para<br />

fazer suas medições, e também os dados RAW<br />

serão ajustados. Normalmente os amplificadores<br />

do circuito do sensor vão elevar o ganho<br />

(antes de enviar a leitura analógica dos poços<br />

de fótons realizada para o conversor Analógico/<br />

Digital) do sinal. Por exemplo, se em um sensor<br />

com ISO nativo de 100 é gerado um sinal de<br />

100 mV, para um ajuste de ISO 200 o amplificador<br />

vai aumentar o sinal para 200 mV, para<br />

um ISO 1600, vai multiplicar o sinal original por<br />

quatro, chegando a 400 mV, e assim por diante.<br />

Ou seja, a sensibilidade do sensor não aumenta<br />

realmente, há apenas uma amplificação do<br />

sinal, produzida em seu circuito elétrico.<br />

Amplificar o sinal tem como consequência<br />

a ampliação do ruído, e a consequente perda<br />

de qualidade da imagem. Apesar de ser um<br />

processo totalmente distinto, podemos comparar<br />

com a degradação que os grãos produzem<br />

quando “puxamos” um filme na revelação. Mas<br />

o processo tem uma grande vantagem: apesar<br />

de não elevar o ISO nativo do sensor, o aumento<br />

da velocidade ISO impacta diretamente<br />

os arquivos RAW gerados pelo conversor A/D.<br />

O comportamento varia de acordo com cada<br />

modelo de câmera. Alguns fabricantes têm sido<br />

extremamente bem sucedidos no processo<br />

de escrita dos arquivos RAW com seus novos<br />

sensores e processadores. Uma coisa é clara<br />

e quase universal: aumentar o ISO na câmera,<br />

pela otimização de sinal elétrico, resulta em<br />

uma qualidade bastante superior à simples ele-<br />

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