Julho 2007 - Cremers
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Ensino Médico<br />
<strong>Cremers</strong>: ações com resultados concretos<br />
Ensino Médico<br />
A<br />
terceira turma de jovens oriundos<br />
do Movimento dos Trabalhadores<br />
Rurais Sem Terra (MST)<br />
formados em medicina na Escola Latino-Americana<br />
de Medicina (Elam), em<br />
Havana, chega ao Brasil neste mês de<br />
agosto. Vão juntar-se a outros graduados<br />
na Elam e que ainda não tiveram seus<br />
diplomados reconhecidos no país.<br />
Jovens estudam por meio de um<br />
programa do Ministério de Educação<br />
Superior de Cuba, que oferece bolsas<br />
para estudantes indicados por partidos,<br />
instituições públicas, organização<br />
sociais e MST.<br />
De acordo com a legislação brasileira,<br />
qualquer estudante (brasileiro<br />
ou não) que obtém um diploma no<br />
exterior não pode exercer a profissão<br />
Nova leva de médicos brasileiros<br />
formados na Elam, em Cuba, retorna ao país<br />
sem antes ser aprovado em exame de<br />
revalidação - aplicado por universidades<br />
públicas federais.<br />
O presidente do <strong>Cremers</strong>, Marco<br />
Antônio Becker, afirma que não é contra<br />
o ingresso de médicos formados no<br />
exterior, desde que eles cumpram o que<br />
determina a legislação: “Nós precisamos<br />
saber se esse profissional está bem preparado<br />
e tem condições de exercer a<br />
medicina no Brasil".<br />
Becker enfatiza que a legislação vale<br />
para todos os médicos diplomados no<br />
exterior, não apenas para aqueles que<br />
vêm de Cuba. “Não podemos permitir<br />
que médicos sem provar a sua qualificação<br />
e sem revalidar o diploma venham<br />
exercer a medicina no país, colocando<br />
em risco a vida dos pacientes”, reforça.<br />
“Não podemos permitir que médicos sem provar a sua<br />
qualificação e sem revalidar o diploma venham exercer a<br />
medicina no país, colocando em risco a vida dos pacientes.”<br />
Dr. Marco Antônio Becker<br />
Fidel e Chávez: projeto é formar<br />
100 mil médicos em dez anos<br />
Ao participar da primeira graduação de médicos (1.610 de 28<br />
países da América Latina e do Caribe) pela Escola Latino-Americana<br />
de Medicina, em Havana, em agosto de 2005, o presidente<br />
da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou, ao lado de Fidel Castro,<br />
que iria fundar uma Elam em seu país, semelhante à que existe<br />
em Cuba. Chávez disse que Venezuela e Cuba “se converterão<br />
numa grande universidade” e, segundo os seus cálculos e os de<br />
Fidel, nos próximos 10 anos os dois países formariam “cerca de<br />
100.000 médicos”, número que poderia duplicar se outros países<br />
aderissem ao projeto.<br />
Cuba tem 65 mil médicos para 11 milhões de habitantes, um<br />
médico para 170 cubanos.<br />
Mais de 2 mil profissionais da saúde<br />
graduados pela Elam em julho<br />
Na terceira formatura da Escola Latino-Americana de Medicina<br />
(ELAM), 2.220 profissionais da saúde foram graduados<br />
no dia 24 de julho. A maior parte desses graduados é composta<br />
por médicos. Os profissionais são originários de cerca de 30<br />
países vinculados à Escola, que possui 21 faculdades em Cuba e<br />
já formou cerca de 5 mil alunos nos últimos dois anos.<br />
As graduações de Ciências Médicas incluem as especialidades<br />
de Estomatologia, Licenciatura em Tecnologia da Saúde<br />
e Enfermagem. A Elam, que tem sede em Havana, foi criada em<br />
1998. Anualmente, recebe cerca de 1.500 estudantes de dezenas<br />
de países. Hoje, conta com 10 mil estudantes estrangeiros,<br />
sendo que aproximadamente 600 são brasileiros.<br />
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JORNAL DO CREMERS ● JULHO <strong>2007</strong>