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anterior juntou um convite para eu voltar desfilar<br />

com a cadeira de rodas.Surpreendida com seu<br />

pedido inusitado,quase recusei. Afinal moda, beleza<br />

não parecia combinar com deficiência,apesar<br />

de manter a carinha bonita.Isto era cerca de 20<br />

anos atrás quando sequer oportunidade de vagas<br />

reservadas para idosos ou pessoas com deficiência<br />

nas ruas existiam ou mesmo provador em<br />

lojas para pessoas acima do peso; quanto mais<br />

uma modelo Cadeirante!!. Mas topei o desafio e<br />

dela pra cá fizemos inúmeros eventos resgatando<br />

os sonhos de meninas e mulheres como eu;<br />

que possuem apenas a deficiência física jamais a<br />

dos sonhos!Com isto atingimos um mercado que<br />

deve respeitar a diversidade das noivas, contemplando<br />

todas as particularidade sejam elas noivas<br />

com deficiência, acima do peso,e noivas ou mesmo<br />

acima da idade, sendo de todas as classes<br />

sociais e com isto ampliamos a visão do mercado,<br />

tendo e respeitando este público final também<br />

como consumidores.<br />

Tempo depois de alguns trabalhos realizados,<br />

numa outra oportunidade de TV ;já com meu<br />

protocolo de exigência criado a partir de algumas<br />

experiências afetivas eu idealizei o homem<br />

perfeito para compor a minha vida:tinha que ter<br />

7 letras no nome;tinha que ter olhos azuis em tom<br />

piscina; tinha que ter mais de 35 anos;não podia<br />

já ter filhos;tinha que saber tocar violão e saber<br />

cantar Elvis; que fosse um homem lindo por<br />

dentro:carinhoso; fiel etc etc. Naturalmente, eu<br />

tinha amigas que até riam e desacreditavam das<br />

minhas exigências.. Mas foram com elas que meu<br />

coração um a um item do tal protocolo foi laçado<br />

para a eternidade!!<br />

Enquanto eu fazia o programa de TV alguém<br />

em casa assistia e zapeando os canais me viu<br />

numa entrevista.Ele gravou o programa e passou<br />

dias seguidos me assistindo e tentando meu contato<br />

na emissora.A produção me ligou pedindo a<br />

autorização e então recebi um email.<br />

Era 12 de Janeiro , início de ano e acostumada<br />

com a repercussão da mídia de quando participo<br />

nestas ações não me importei com a lista<br />

de emails na minha caixa de entrada.Exceto um,<br />

que mesmo sem abrir o email cada vez que eu<br />

o via meu coração batia mais forte. Algo absolutamente<br />

inacreditável. Então quando abri o email<br />

palavras simples preenchiam meu coração. Sem<br />

saber como e quem exatamente estava do outro<br />

lado daquelas mensagens de nosso contato crescia<br />

como tinha que ser.Eu já não queria nem saber<br />

do meu protocolo ele já preenchia grande parte<br />

de tudo:o nome tinha exatamente 7 letras e seu<br />

nome suava em meus ouvidos :E d u a r d o; eu<br />

pensava: exatamente 7 letras!! Tocava violão e<br />

cantava Elvis; não tinha filhos; era querido pelos<br />

amigos e amado pela família ;acreditava nos valores<br />

da família; união e cumplicidade; valorizava o<br />

matrimônio;com tudo isto já ate falávamos até em<br />

nomes para nossos filhos:Maria Eduarda(Mahe) e<br />

José Eduardo. Mas eu não o conhecia; não sabia<br />

como ele era.Tinha curiosidade mas tudo oque<br />

eu queria ela já tinha e o mais importante, havia<br />

uma energia entre nós. Foi quando me mandou<br />

uma foto e rindo brincava comigo porque ele já<br />

sabia assim como Eu que eramos um para o outro<br />

e para sempre.<br />

Eu trabalhava como psicóloga num hospital e<br />

no trabalho com uma amiga Estela que me apoiava<br />

e me incentiva a abrir a foto, baixar o email mas<br />

não quis ver e então pedi pra ela esconder com<br />

etiquetas adesivas.<br />

Eu queria curtir a energia ,o mistério e manter<br />

a certeza de que ele era o meu amor mesmo sem<br />

conhece-lo, saberia reconhece-lo numa multidão<br />

ainda sem te-lo visto.Dias depois,12 de Janeiro<br />

daquele ano 2006,surpreendida no final dos aten-<br />

momento único 11

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