GUIA DE CAMPO - Sema-MT - Governo do Estado de Mato Grosso
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TIPOLOGIAS <strong>DE</strong> VEGETAÇÃO<br />
Em <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong> as tipologias mais representativas em área são as florestais, as<br />
savânicas e as formações pioneiras. Por tal motivo serão estas as indicadas como<br />
referência para avaliação no Protocolo <strong>de</strong> Coleta <strong>de</strong> Da<strong>do</strong>s. No entanto, o reconhecimento<br />
<strong>de</strong> outras tipologias no esta<strong>do</strong> é essencial para que, em campo, qualquer<br />
profissional consiga efetuar a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> forma correta. Nesse senti<strong>do</strong>, o guia<br />
traz uma adaptação da legenda <strong>do</strong> Sistema <strong>de</strong> Classificação da Vegetação Brasileira<br />
(IBGE, 1992) para <strong>Mato</strong> <strong>Grosso</strong> no anexo II.<br />
A i<strong>de</strong>ntificação correta das tipologias das chamadas “Áreas <strong>de</strong> Tensão Ecológica” (vegetação<br />
<strong>de</strong> transição) é igualmente importante, mas representa uma tarefa muitas<br />
vezes difícil por suas particularida<strong>de</strong>s ecológicas. De acor<strong>do</strong> com o IBGE (1992) essas<br />
áreas po<strong>de</strong>m ser constituídas por comunida<strong>de</strong>s com composição florística <strong>de</strong>finida<br />
por espécies <strong>de</strong> formações diferentes (ecótonos) ou comunida<strong>de</strong>s separadas por solos<br />
diferencia<strong>do</strong>s, resultan<strong>do</strong> em contatos edáficos (encraves).<br />
O IBGE (1992) esclarece que os ecótonos são áreas <strong>de</strong> contato entre tipologias <strong>de</strong> vegetação<br />
com fisionomia semelhante (floresta ombrófila/floresta estacional) ou com<br />
fisionomias distintas (floresta ombrófila/savana). Os encraves, por sua vez, são facilmente<br />
<strong>de</strong>limita<strong>do</strong>s pela heterogeneida<strong>de</strong> abiótica (solos) que permite a separação<br />
fisionômica e florística <strong>de</strong> distintas formações.<br />
Os contatos são particularmente relevantes no esta<strong>do</strong>, pela extensão que ocupam<br />
entre os biomas Amazônia e Cerra<strong>do</strong>.<br />
Tipologia Florestal<br />
As formações são consi<strong>de</strong>radas como tipologia florestal nos seguintes casos: Floresta<br />
Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Aberta, Floresta Estacional Semi<strong>de</strong>cidual, Floresta<br />
Estacional Decidual, Campinarana Florestada, Savana Florestada, Savana Estépica<br />
Florestada.<br />
A formação Savana Florestada (cerradão) está inserida no Sistema <strong>de</strong> Classificação da<br />
Vegetação Brasileira <strong>do</strong> IBGE (1992) na classe savana, mas com estrutura e florística<br />
próprias <strong>de</strong> tipologias florestais. Segun<strong>do</strong> o IBGE (1992) essa formação ocorre em clima<br />
tropical estacional, com pre<strong>do</strong>mínio <strong>de</strong> fanerófitos, <strong>de</strong> altura varian<strong>do</strong> entre 0,25<br />
e 20 m, e menor frequência <strong>de</strong> caméfitos, hemicriptófitos e palmeiras anãs. As espécies<br />
arbóreas típicas <strong>de</strong>sses ambientes são comuns nas formações savânicas: Caryocar<br />
brasiliense (pequi), Salvertia convallariaeo<strong>do</strong>ra (chapéu-<strong>de</strong>-couro), Bowdichia<br />
virgilioi<strong>de</strong>s (sucupira preta), Qualea grandiflora (pau-terra), Qualea parviflora (pauterra),<br />
Ana<strong>de</strong>nanthera peregrina (angico preto) e Kielmeyera coriacea (pau-santo).<br />
Seção I - Base Teórica para Caracterização <strong>de</strong> Tipologias | 17