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Área basal A aplicação do método idealizado por Bitterlich exige um relascópio e a sua aquisição deve levar em conta o custo benefício dos levantamentos. Um mínimo de três pontos de Bitterlich podem ser amostrados para obter a média de área basal de um sítio. Alternativamente se pode utilizar do método de área variável (quadrantes) e, neste caso, sugere-se um transecto de 50 m, com pontos de amostragem em intervalos de 10 m, totalizando 05 pontos. Em cada ponto é depositada sobre o solo uma cruzeta de madeira, contabilizando o perímetro de uma árvore por quadrante. Os cálculos são realizados com a fórmula abaixo: AB = P² / 4π Onde: AB = Área Basal P = Perímetro (m) De acordo com Rodrigues (1988), para o cálculo da área basal por hectare nos casos em que se utiliza do método de área variável é necessário o cálculo da área média. A partir da área média, calcula-se a densidade total por área (DTA), que expressa o número total de árvores, independentemente da espécie, por unidade de área. Os cálculos são realizados com a fórmula abaixo: AM = |Σd/n|² Onde: AM = Área média d = distância do indivíduo ao ponto de amostragem; N = número total de indivíduos DTA = U/AM Onde: DTA = densidade total por área; U = unidade de área (hectare) AM = área média Calculada a densidade total é possível estimar o valor da área basal por hectare por meio da estimativa da área basal média por indivíduo, multiplicado pela densidade total. Ressalta-se que o cálculo da área média baseado na distância (d) pode acusar um erro sistemático, conforme discutido por Martins (1993), devido à tomada da distância da árvore até o ponto de amostragem. Contudo, deve-se considerar que o objetivo é estimar a área basal para efeito de comparação entre tipologias e não quantificar área basal para estimar volumetria, que neste caso demanda maior esforço de amostragem e métodos específicos. Índice de Furcação A furcação das árvores é avaliada a partir de um ponto no centro do transecto e gravada para 20 indivíduos do dossel, dispostos em uma espiral do centro para fora (figura 14). A medida é fácil de se realizar, com alta replicabilidade entre os observadores. O Índice de Furcação foi desenvolvido por Gillison (1988) e é obtido a partir do coeficiente de variação percentual em torno da média. Guia de Campo - Caracterização de Tipologias Vegetais de MT | 28
cυ = σ/ μ Onde: cυ = Coeficiênte de Variação σ = Desvio Padrão da média μ = Média Aritmética FIGURA 14. Esquema de procedimento para avaliação da cobertura do dossel, das formas de vida e do índice de furcação Formas de vida As formas de vida são estimadas por meio da cobertura-abundância (Braun-Blanquet, 1979) que pode ser avaliada visualmente. Uma adaptação da escala, por Gillison (2006), proporciona melhor distribuição dos menores valores da escala, traduzindo em melhor estimativa (tabela 1). Os cálculos estão relacionados ao valor médio para cada intervalo de cobertura-abundância relativa identificado em campo e que representará a média de cobertura estimada. TABELA 1. Escala de cobertura-abundância Cobertura-abundância Escala Cobertura de 100% 10 Cobertura > 75% 9 Cobertura entre 50-75% 8 Cobertura entre 33-50% 7 Cobertura entre 25-33% 6 Cobertura de 20% 5 Cobertura de 5% 4 Cobertura pequena 3 Cobertura dispersa 2 Cobertura escassa 1 Seção I - Base Teórica para Caracterização de Tipologias | 29
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