GUIA DE CAMPO - Sema-MT - Governo do Estado de Mato Grosso

More documents

Recommendations

Info

Estrutura da Vegetação Altura do dossel O dossel é a cobertura superior da floresta, formado pelas copas das árvores, com presença ou não de indivíduos emergentes. No Sistema de Classificação da Vegetação Brasileira do IBGE (1992), as tipologias florestais podem apresentar dossel uniforme ou dossel emergente. Uma média da altura das árvores que compõem o dossel fornece a medida da altura da vegetação analisada. A medida é básica para diferenciação de estratos e distinção das fisionomias florestal e savânica, de acordo com o IBGE (1992). A tipologia florestal é considerada entre 6 e 30 m, podendo alcançar na Amazônia até 50 m, e nos ambientes savânicos (savana florestada) entre 6 e 20 m (Figura 2). Figura 2. Formas de dossel segundo o Sistema Fitogeográfico Brasileiro, IBGE (1992) Cobertura da vegetação Tradicionalmente se considera a cobertura total como sendo a projeção sobre o solo de todas as plantas. Árvores e outros vegetais são considerados opacos para efeito desse cálculo, quando se trata de uma floresta. Nesse sentido a avaliação da luminosidade no sub-bosque de florestas determina os processos ecológicos e fisiológicos dos vegetais (Suganuma et al., 2008). Tratando-se de fisionomias abertas, como as savânicas, esta estimativa difere, pois o efeito ecológico de uma cobertura de gramíneas não pode ter valor igual à cobertura de uma floresta, conforme Gillison (2006). Este autor propôs a diferenciação dos componentes da vegetação entre lenhoso e não lenhoso para solucionar o problema desta estimativa. Área Basal Expressa em metros quadrados a soma da seção dos caules de indivíduos que ocupam uma determinada área. O método idealizado por Bitterlich, em 1948, é de simples procedimento para obtenção de dados e sua aplicação pode ser de extrema utilidade em situações em que se necessita de um diagnóstico rápido da área basal entre outras características da vegetação. Estudo comparativo entre o método tradicional de parcelas fixas e de pontos de Bitterlich, realizado por Farias et al. (2002), demonstrou estatisticamente não haver diferença significativa entre estes na avaliação dos parâmetros de área basal, volume e altura média. Guia de Campo - Caracterização de Tipologias Vegetais de MT | 22
Índice de Furcação O índice de Furcação (fi) foi concebido por Gillison (1988) como sendo a distância entre o ápice e a primeira furcação do caule principal de uma árvore e é expresso em percentagem do total de altura da planta. A utilidade deste recurso reside na forma como a estrutura principal do tronco é influenciada pelo destino do meristema apical. Muitas plantas que são constantemente submetidas a danos de insetos, incêndios, secas ou ventos fortes, por exemplo, exibem ramificações recorrentes a partir de pontos de quebra da haste principal. Portanto, um pinheiro (Pinus spp.), com caule sem ramificação, teria um fi zero, uma mangueira (Mangifera indica) pode ter um fi de 50% e uma marmelada-de-espinho (Alibertia verrucosa), uma espécie do cerrado multicaulinar, poderia ter um fi de 100% (figura 3). FIGURA 3. Índice de Furcação Formas de Vida A classificação das formas de vida seguiu a definição e a adaptação realizada pelo IBGE (1992) sobre os conceitos elaborados por Raunkiaer (1934). O IBGE reconheceu as formas Fanerófito, Caméfito, Hemicriptófito, Geófito, Terófito, Liana e incluiu a forma Xeromórfito. Para a caracterização de tipologias de Mato Grosso foram incluídas as formas Epífita, Hidrófita, Briófita e Palmeira e excluída a forma Xeromórfito, que representa uma variação do geófito. Fanerófitos São plantas lenhosas, com as gemas e brotos de crescimento protegidos por catáfilos, com 0,25 m (plântulas) a 50 m de altura, ocorrendo em formações savânicas e florestais. Neste grupo estão incluídas as espécies arbóreas (figura 4). FIGURA 4 Vochysia divergens (Cambará) Seção I - Base Teórica para Caracterização de Tipologias | 23
Page 1 and 2: Elton Antonio Silveira Hélida Brun
Page 3 and 4: Secretaria de Estado do Meio Ambien
Page 5: agradecimentos Agradecemos a todos
Page 9: APRESENTAÇÃO Mato Grosso é um do
Page 12 and 13: Equipamentos e materiais...........
Page 15 and 16: INTRODUÇÃO Neste Guia de Campo as
Page 17 and 18: TIPOLOGIAS DE VEGETAÇÃO Em Mato G
Page 19 and 20: Tipologia de Chaco O Sistema de Cla
Page 21: Profundidade do Solo Nesse item opt
Page 25 and 26: Epífitas São plantas herbáceas q
Page 27 and 28: MÉTODOS A identificação da tipol
Page 29 and 30: cυ = σ/ μ Onde: cυ = Coeficiên
Page 31 and 32: ANÁLISE DOS DADOS A análise de da
Page 33: LORENZI, H.; SOUZA, H. M.; COSTA, J
Page 37 and 38: INTRODUÇÃO Nesta Seção é apres
Page 39 and 40: ESCOLHENDO CARACTERÍSTICA 1º pass
Page 41 and 42: PREENCHENDO ATRIBUTOS Uma vez criad
Page 43: SEÇÃO III Exemplo de dados e estu
Page 46 and 47: DESCRIÇÃO DAS UNIDADES DE MAPEAME
Page 48 and 49: TIPOS DE VEGETAÇÃO Floresta Estac
Page 50 and 51: Briófitas 16% Epífitas 1% Palmeir
Page 52 and 53: ) Formas de Vida As fanerófitas, b
Page 54 and 55: sa exibem crescimento diferenciado,
Page 56 and 57: Formação Pioneira Formação com
Page 58 and 59: CONSIDERAÇÕES No mapeamento da ve
Page 60 and 61: TABELA 2. Percentual das formas de
Page 63: ANEXOS I. Protocolo de Coleta de Da
Page 67: ANEXO I - Protocolo de Coleta de Da
Page 70 and 71: Legenda do Sistema de Classificaç
Page 72 and 73:
ANEXO III - Relação de gêneros e
Page 74 and 75:
Page 76 and 77:
Page 78:
Elton Antonio Silveira é biólogo,
show all

GUIA DE CAMPO - Sema-MT - Governo do Estado de Mato Grosso

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

Delete template?

Save as template?