GUIA DE CAMPO - Sema-MT - Governo do Estado de Mato Grosso
GUIA DE CAMPO - Sema-MT - Governo do Estado de Mato Grosso
GUIA DE CAMPO - Sema-MT - Governo do Estado de Mato Grosso
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Profundida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Solo<br />
Nesse item optou-se pela diferenciação <strong>de</strong> solo raso e profun<strong>do</strong>, utilizan<strong>do</strong> o critério<br />
da Embrapa (1997). Os solos rasos apresentam profundida<strong>de</strong> máxima menor ou igual<br />
a 50 cm e os solos profun<strong>do</strong>s acima <strong>de</strong> 50 cm. A pouca profundida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> indicar<br />
a ocorrência <strong>de</strong> fisionomias abertas e as formas <strong>de</strong> vida que se adaptaram a esses<br />
ambientes. A tarefa <strong>de</strong> examinar a profundida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> se tornar complexa caso se<br />
queira precisar a espessura <strong>do</strong> solo. Entretanto, neste guia, o objetivo é obter a diferenciação<br />
entre solos extremamente rasos, on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong>m verificar afloramentos<br />
rochosos ou inferir a profundida<strong>de</strong> por meio <strong>de</strong> barrancos em beira <strong>de</strong> estradas ou<br />
rios, <strong>de</strong> solos mais profun<strong>do</strong>s.<br />
Ambiente<br />
Na caracterização <strong>do</strong> ambiente se procura relacionar as adaptações das comunida<strong>de</strong>s<br />
vegetais aos ambientes aquáticos ou semiaquáticos, ambos sujeitos às variações<br />
<strong>do</strong> nível da água. Busca-se diferenciar áreas on<strong>de</strong> os processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> materiais<br />
erodi<strong>do</strong>s são pre<strong>do</strong>minantes daquelas on<strong>de</strong> os processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>nudação/erosivos<br />
são mais atuantes. Foi realizada uma adaptação <strong>do</strong>s conceitos <strong>de</strong> Ross (1992)<br />
sobre a classificação <strong>do</strong> relevo e das formas <strong>de</strong> acumulação, utilizan<strong>do</strong> três classes:<br />
planície fluvial, <strong>de</strong>pressão úmida e terras não inundáveis.<br />
• Planície fluvial: abrange todas as áreas on<strong>de</strong> há influência direta <strong>do</strong>s rios, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />
<strong>do</strong> relevo plano ou inclina<strong>do</strong>, incluin<strong>do</strong> também as áreas <strong>de</strong> acumulação<br />
lacustre.<br />
• Depressão úmida: <strong>de</strong>stina-se a representar as áreas <strong>de</strong> acumulação inundáveis,<br />
planas, que são periódica ou permanentemente alagadas, mas precariamente incorporadas<br />
à re<strong>de</strong> <strong>de</strong> drenagem.<br />
• Terras não inundáveis: são todas aquelas em que não são verifica<strong>do</strong>s os processos<br />
<strong>de</strong> acumulação <strong>de</strong> água.<br />
Serapilheira<br />
Constituída por material <strong>de</strong> origem vegetal (folhas mortas, galhos, troncos, flores,<br />
frutos e sementes) e animal (restos animais e material fecal), <strong>de</strong>posita<strong>do</strong> na superfície<br />
<strong>do</strong> solo, que ao <strong>de</strong>compor-se supre o solo e as raízes com nutrientes e com matéria<br />
orgânica (MARTINS, 2001). A serapilheira po<strong>de</strong> ocorrer como um tapete ou mais<br />
frequentemente em manchas (GILLISON, 2006); indica a produtivida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ecossistema,<br />
isto é, cobertura vegetal <strong>de</strong>nsa produz maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serapilheira (SILVA<br />
et al., 2007; <strong>CAMPO</strong>S et al., 2008; SANCHES et al., 2009).<br />
Seção I - Base Teórica para Caracterização <strong>de</strong> Tipologias | 21