GUIA DE CAMPO - Sema-MT - Governo do Estado de Mato Grosso
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MÉTODOS<br />
A i<strong>de</strong>ntificação da tipologia vegetal <strong>de</strong>ve ser realizada ten<strong>do</strong> duas referências iniciais.<br />
A primeira diz respeito à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> amostrar áreas que configurem maciços<br />
<strong>de</strong> vegetação nativa. A segunda trata da coleta <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s manten<strong>do</strong>-se significativa<br />
distância das bordas e <strong>de</strong> clareiras, <strong>de</strong> forma a representar a vegetação com poucas<br />
interferências sobre suas características ecológicas originais, ou seja, em melhor esta<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong> conservação. Desta forma, evitam-se os efeitos da intensa ativida<strong>de</strong> agropecuária<br />
comum no entorno <strong>do</strong>s remanescentes <strong>de</strong> vegetação.<br />
A coleta <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s tem início com a <strong>de</strong>marcação <strong>de</strong> um transecto <strong>de</strong> 50 m, em disposição<br />
a ser <strong>de</strong>finida pelo coletor, que servirá <strong>de</strong> referência na avaliação da maioria<br />
<strong>do</strong>s parâmetros estruturais e ecológicos sob estu<strong>do</strong>.<br />
Com os da<strong>do</strong>s disponíveis o passo seguinte é <strong>de</strong>senvolver a análise, com cálculos<br />
simples, que basicamente estão restritos ao índice <strong>de</strong> furcação, à área basal pelo<br />
méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> área variável e à estimativa <strong>de</strong> cobertura das diferentes formas <strong>de</strong> vida.<br />
Existem programas específicos e disponíveis gratuitamente na internet para cálculos<br />
fitossociológicos ou <strong>do</strong> índice <strong>de</strong> furcação, como o FITOPAC (Shepherd, 1995) e o<br />
VegClass (Gillison, 2006), respectivamente. Entretanto, como os cálculos não são<br />
complexos, uma planilha eletrônica previamente formatada para resolver as fórmulas<br />
automaticamente é suficiente e eficaz.<br />
A seguir são <strong>de</strong>scritos os procedimentos para avaliação <strong>de</strong> cada parâmetro.<br />
Serapilheira<br />
A medida <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong> da serapilheira po<strong>de</strong> ser tirada com auxílio <strong>de</strong> uma régua<br />
(30 cm).<br />
Cobertura da vegetação<br />
O percentual <strong>de</strong> cobertura, <strong>do</strong> estrato lenhoso arbóreo e <strong>do</strong> arbustivo-herbáceo, são<br />
estima<strong>do</strong>s subjetivamente observan<strong>do</strong> a projeção da sombra da vegetação sobre o<br />
solo. A somatória <strong>do</strong>s percentuais <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is estratos remete à cobertura total.<br />
Altura <strong>do</strong> <strong>do</strong>ssel<br />
A amostragem <strong>de</strong>ve ser efetuada ao longo <strong>de</strong> transecto <strong>de</strong> 50 m, e somente as árvores<br />
<strong>do</strong> <strong>do</strong>ssel serão referência para estimativa da altura. Um clinômetro, relascópio<br />
ou mesmo um méto<strong>do</strong> simples como o <strong>do</strong> “galho quebra<strong>do</strong>” po<strong>de</strong>m ser utiliza<strong>do</strong>s<br />
na estimativa.<br />
Seção I - Base Teórica para Caracterização <strong>de</strong> Tipologias | 27