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Críticas de Maria Lúcia Candeias - Livraria Imprensa Oficial

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Glo bo Rodrigo Murat faz sua estréia como dramaturgo.<br />

Não poupa nem as mulheres, nem os<br />

homossexuais, mas se <strong>de</strong>tém especialmente nos<br />

homens. Seus personagens são três amigos íntimos<br />

<strong>de</strong> meia-ida<strong>de</strong>, que se encontram num bar,<br />

para pôr as fofocas em dia, como era costumeiro.<br />

Só que <strong>de</strong>sta vez um <strong>de</strong>les começa a se colocar e a<br />

discutir seus reais problemas, levando os <strong>de</strong>mais<br />

a um procedimento equivalente. É uma profusão<br />

<strong>de</strong> relatos e comentários <strong>de</strong> morrer <strong>de</strong> rir. Para<br />

seu próprio espanto, acabam <strong>de</strong>scobrindo que<br />

suas vidas estavam muito mais entrelaçadas do<br />

que jamais po<strong>de</strong>riam supor.<br />

36<br />

Há separações, nascimentos <strong>de</strong> bebês e uma<br />

infi <strong>de</strong> lida<strong>de</strong> generalizada. Afinal, são homens<br />

bai xos. Não por uma questão <strong>de</strong> estatura e nem<br />

<strong>de</strong>vido a gran<strong>de</strong>s baixezas, simplesmente porque<br />

têm lá suas falhas e fraquezas. Das primeiras<br />

leituras do texto (no Rio, na Casa da Gávea) em<br />

São Paulo, no teatro Augusta, houve mudanças<br />

que ao nosso ver não foram favoráveis.<br />

Inse riu-se um refrão <strong>de</strong> palavrões em coro e<br />

algu mas músicas mal cantadas, <strong>de</strong>snecessárias.<br />

Soma-se a isto o fato <strong>de</strong> a direção <strong>de</strong> Fernando<br />

Guerreiro apresentar tudo <strong>de</strong> modo farsesco<br />

e não simplesmente cômico, transformando<br />

uma comédia fina, como parecia na leitura sem<br />

produção visual, numa comédia vulgar. Isso se<br />

faz notar na cenografia (Valter Men<strong>de</strong>s), que<br />

exibe um bar sem graça, e nos figurinos (Ellen<br />

Cristine), que vestem as personagens <strong>de</strong> modo intencionalmente<br />

ridículo. Por exemplo, o machão

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