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Corte transversal em vigas - Escola Superior Náutica Infante D ...

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ESCOLA NÁUTICA INFANTE D. HENRIQUE<br />

DEPARTAMENTO DE MÁQUINAS MARÍTIMAS<br />

Engenharia de Máquinas Marítimas<br />

MECÂNICA ESTRUTURAL - M39<br />

Ficha de Trabalho Nº 5-A<br />

<strong>Corte</strong> <strong>transversal</strong> <strong>em</strong> <strong>vigas</strong><br />

Victor Franco Correia<br />

(Professor Adjunto)<br />

Ano Lectivo 2001-2002


<strong>Corte</strong> <strong>transversal</strong> <strong>em</strong> <strong>vigas</strong> rectas<br />

superior<br />

Tensão de corte<br />

<strong>transversal</strong><br />

Tensão de corte<br />

longitudinal<br />

inferior<br />

A figura acima ilustra a distribuição das tensões de corte ao longo da secção <strong>transversal</strong> de<br />

uma viga sujeita a carreg<strong>em</strong>entos transversais, que resulta na força interna V - esforço<br />

transverso. Como resultado desta distribuição de tensões de corte transversais surg<strong>em</strong><br />

também as tensões de corte longitudinais que actuam ao longo de planos longitudinais da<br />

viga, como ilustrado. Em particular, note-se que nos pontos B e C, situados na face superior e<br />

inferior da viga, respectivamente, as tensões de corte longitudinais têm de ser nulas uma vez<br />

que estas superfícies não estão sujeitas a qualquer força nesta direcção. Consequent<strong>em</strong>ente as<br />

tensões de corte <strong>transversal</strong> nestes pontos têm igualmente de ser nulas.<br />

não deformada<br />

deformada<br />

No desenvolvimento das equações das tensões<br />

devidas a flexão, foi assumido que as secções se<br />

mantêm planas e perpendiculares ao eixo<br />

longitudinal após deformação. Apesar de esta<br />

consideração ser claramente violada quando<br />

uma viga está sujeita a flexão e corte<br />

<strong>transversal</strong>, pode normalmente considerar-se<br />

que o <strong>em</strong>peno da secção <strong>transversal</strong> é<br />

relativamente pequeno e por isso desprezável.<br />

Esta consideração é perfeitamente aceitável<br />

quando a viga apresenta uma baixa relação<br />

espessura/comprimento mas pode resultar <strong>em</strong><br />

erros muito consideráveis para <strong>vigas</strong> espessas.


A obtenção de uma relação entre a distribuição das tensões de corte <strong>transversal</strong>, que actuam<br />

na secção <strong>transversal</strong> da viga, e o esforço transverso resultante na secção é baseado no estudo<br />

dM<br />

das tensões de corte longitudinais e na relação V = . Considere-se a viga genérica<br />

dx<br />

representada na figura abaixo, sujeita a um carregamento arbitrário. Vamos efectuar o<br />

equilibrio das forças horizontais que actuam num el<strong>em</strong>ento infinitésimal de comprimento dx.<br />

Na figura, são apenas indicadas as forças que interfer<strong>em</strong> no equilibrio de forças horizontais,<br />

tendo sido excluído por isso o esforço transverso V e V+dV.<br />

Consider<strong>em</strong>os a área sombreada A’ cuja base t<strong>em</strong> a largura t. Então t<strong>em</strong>os<br />

∑ F x = 0 ! σ'<br />

dA'<br />

− σ dA'<br />

− τ ( t dx)<br />

= 0<br />

∫<br />

A'<br />

∫<br />

A'


∫<br />

A'<br />

M + dM<br />

y dA'<br />

−<br />

I<br />

∫<br />

A'<br />

M<br />

I<br />

y dA'<br />

− τ ( t dx)<br />

= 0<br />

dM<br />

⇒ ∫<br />

I<br />

A'<br />

y dA'<br />

= τ ( t dx)<br />

Resolvendo <strong>em</strong> ord<strong>em</strong> a τ , obtém-se<br />

1 dM<br />

τ = ∫ y dA'<br />

.<br />

I t dx<br />

A'<br />

dM<br />

Esta equação pode ser simplificada uma vez que V = . Por outro lado o integral<br />

dx<br />

∫ y dA'<br />

representa o primeiro momento da área A’ <strong>em</strong> relação ao eixo neutro, que vai ser<br />

A'<br />

representado por<br />

por<br />

∫<br />

Q =<br />

∫<br />

A'<br />

y dA'<br />

. Uma vez que a posição do centróide da área A’ é calculada<br />

y ' = y dA'<br />

/ A'<br />

, t<strong>em</strong>os também a relação Q = y' A'<br />

. Substituindo, obt<strong>em</strong>os a expressão<br />

A'<br />

para a tensão de corte <strong>transversal</strong> na secção <strong>transversal</strong> da viga num ponto localizado a uma<br />

distância y’ do eixo neutro (tensão média ao longo da largura t)<br />

V Q<br />

τ =<br />

com Q = y dA'<br />

= y'<br />

A'<br />

I t<br />

∫ (1)<br />

A'<br />

sendo I o momento de inércia de toda a secção <strong>em</strong> torno do eixo neutro, t a largura ou<br />

espessura da secção <strong>transversal</strong> no ponto <strong>em</strong> que vai ser calculada a tensão de corte τ . Q<br />

será o primeiro momento da área A’ que é s<strong>em</strong>pre uma parte (superior ou inferior) da secção<br />

<strong>transversal</strong> da viga, definida a partir da secção onde se pretende calcular τ .<br />

A obtenção desta equação foi efectuada através das tensões de corte longitudinais, mas aplicase<br />

igualmente às tensões de corte transversais porque, como se verificou atrás, elas são<br />

compl<strong>em</strong>entares e numericamente iguais.


Tensões de corte <strong>em</strong> <strong>vigas</strong> com secção <strong>transversal</strong> rectangular<br />

Consider<strong>em</strong>os a viga com secção <strong>transversal</strong> rectangular, com largura b e altura h, como<br />

representado na figura abaixo (a). A distribuição de tensões de corte ao longo da secção<br />

<strong>transversal</strong> pode ser obtida através do cálculo da tensão de corte a uma distância y arbitrária a<br />

partir do eixo neutro (b). Assim, vamos usar a área A’ para o cálculo de τ recorrendo à<br />

equação (1).<br />

(c)<br />

(a)<br />

(b)<br />

Q =<br />

y'<br />

A'<br />

=<br />

⎛<br />

⎜<br />

⎝<br />

y +<br />

1<br />

2<br />

⎛ h<br />

⎜ −<br />

⎝ 2<br />

⎞⎞<br />

y ⎟⎟<br />

⎠⎠<br />

⎛<br />

⎜<br />

⎝<br />

h ⎞<br />

− y ⎟ b =<br />

2 ⎠<br />

1<br />

2<br />

⎛<br />

⎜ h<br />

⎜<br />

⎝<br />

4<br />

2<br />

− y<br />

2<br />

⎞<br />

⎟ b<br />

⎟<br />

⎠<br />

V<br />

V Q<br />

τ = =<br />

I t<br />

⎛ 2<br />

1 ⎞<br />

⎜ h 2<br />

− y ⎟ b<br />

2 ⎜ ⎟<br />

⎝<br />

4<br />

⎠ 6V<br />

=<br />

⎛ 1 3 ⎞<br />

⎜ bh ⎟ b b h<br />

⎝12<br />

⎠<br />

3<br />

⎛<br />

⎜ h<br />

⎜<br />

⎝<br />

4<br />

2<br />

− y<br />

2<br />

⎞<br />

⎟<br />

⎟<br />

⎠<br />

Este resultado mostra que a tensão de corte <strong>transversal</strong> apresenta uma distribuição parabólica<br />

ao longo da secção <strong>transversal</strong> (c), variando desde zero para y = ±h / 2 até ao valor máximo<br />

que ocorre no eixo neutro, y=0.<br />

Para a secção rectangular, A = b h, t<strong>em</strong>os para y=0<br />

2<br />

6V h 3V<br />

3 V<br />

τ max = = = .<br />

3<br />

4bh<br />

2bh<br />

2 A


Tensões de corte <strong>em</strong> <strong>vigas</strong> com secção I e H<br />

Consider<strong>em</strong>os as <strong>vigas</strong> com secção <strong>transversal</strong> do<br />

tipo I e H, (perfis IPE, IPN, HEA, HEB, etc.) como<br />

ilustrado na figura (a). Recorrendo a uma análise<br />

similar à que foi efectuada para a secção rectangular,<br />

pode obter-se a distribuição das tensões de corte<br />

transversais que actuam na secção <strong>transversal</strong> da<br />

viga.<br />

Os resultados estão ilustrados nas figuras (b) e (c).<br />

Como no caso da secção rectangular, as tensões de<br />

corte têm uma variação parabólica ao longo da altura<br />

(h) da viga, dado que a secção <strong>transversal</strong> pode ser<br />

tratada como três troços rectangulares. Um primeiro<br />

com a largura do banzo (b), um segundo com uma<br />

largura igual à espessura da alma (t w ) e de novo um<br />

último troço com a largura do banzo.<br />

Deve notar-se que existe uma descontinuídade na<br />

tensão de corte na zona de junção da alma com o<br />

banzo superior ou inferior, porque a largura t da<br />

secção <strong>transversal</strong> varia bruscamente nestes pontos.<br />

Em termos comparativos a alma ‘suporta’ uma<br />

parcela muito superior da força de corte <strong>transversal</strong><br />

do que os banzos.<br />

(ver ex<strong>em</strong>plo numérico seguinte)<br />

Banzos<br />

(Flanges)<br />

Alma<br />

(Web)<br />

Tensões de corte <strong>transversal</strong><br />

(b)<br />

(a)<br />

Distribuição das tensões de corte<br />

transversais numa viga I ou H.<br />

τ max


EXEMPLO 5.1<br />

(Ref. Hibbeler)


EXEMPLO 5.2


Fluxos de <strong>Corte</strong> <strong>em</strong> perfis de parede fina<br />

O fluxo de corte é definido como, q = τ t (força por unidade de comprimento). Substituindo<br />

na equação das tensões de corte <strong>transversal</strong> v<strong>em</strong><br />

V Q<br />

q = .<br />

I<br />

Admitamos que pretend<strong>em</strong>os obter a distribuição do fluxo de corte ao longo do banzo<br />

superior direito da viga I ou H representada abaixo (a). Assim consider<strong>em</strong>os o fluxo de corte<br />

q que actua no el<strong>em</strong>ento sombreado, localizado a uma distância arbitrária x da linha de<br />

simetria vertical da secção <strong>transversal</strong> (b).<br />

T<strong>em</strong>os então,<br />

Q = y´ A'<br />

= d / 2 ⋅ ( b / 2 − x)<br />

t , logo<br />

V Q V ⋅ d / 2 ⋅ ( b / 2 − x)<br />

t V t d ⎛ b ⎞<br />

q = =<br />

= ⎜ − x⎟<br />

I<br />

I<br />

2 I ⎝ 2 ⎠<br />

Verifica-se que esta distribuição apresenta uma variação linear <strong>em</strong> x, sendo q = 0 <strong>em</strong> x = b / 2<br />

e<br />

V t d b<br />

qmax = <strong>em</strong> x = 0 .<br />

I<br />

b<br />

4<br />

q max b<br />

Análises similares pod<strong>em</strong> ser efectuadas<br />

para os restantes banzos da viga,<br />

permitindo obter a variação do fluxo de<br />

corte que se ilustra na figura ao lado.<br />

q max b


A força total de corte que é absorvida <strong>em</strong> cada parcela dos banzos pode ser obtida por<br />

integração, uma vez que dF = q dx , t<strong>em</strong>os<br />

F b F b<br />

F<br />

b<br />

=<br />

q dx<br />

b / 2<br />

Vtd ⎛ b<br />

2I<br />

⎝ 2<br />

⎞<br />

x dx<br />

⎠<br />

∫ = ∫ ⎜ − ⎟ =<br />

0<br />

Vtdb<br />

16 I<br />

Na figura ao lado estão representadas as forças F b .<br />

2<br />

F b<br />

F a =V<br />

F b<br />

Uma análise similar pode ser efectuada para a alma da viga (c). Neste caso t<strong>em</strong>os<br />

d ⎛ d<br />

Q = ∑ y'<br />

A'<br />

= ⋅b t + ⎜ y +<br />

2 ⎝<br />

/ 2<br />

− y ⎞ ⎛ d ⎞ btd<br />

⎟ t ⎜ − y⎟<br />

=<br />

2 ⎠ ⎝ 2 ⎠ 2<br />

t ⎛<br />

⎜<br />

d<br />

+<br />

2 ⎜<br />

⎝<br />

4<br />

2<br />

− y<br />

2<br />

⎞<br />

⎟<br />

⎟<br />

⎠<br />

V Q<br />

q =<br />

I<br />

=<br />

V t<br />

I<br />

⎡bd<br />

⎢<br />

⎢ 2<br />

⎣<br />

1 ⎛<br />

⎜ d<br />

+<br />

2 ⎜<br />

⎝<br />

4<br />

2<br />

− y<br />

2<br />

⎞⎤<br />

⎟⎥<br />

⎟<br />

⎠⎥⎦<br />

q max b<br />

2 q maxb<br />

O fluxo de corte, na alma da viga, apresenta<br />

uma variação parabólica, tal como as tensões<br />

de corte <strong>transversal</strong>, assumindo o valor de<br />

q = 2 q max = V t d b / 2 I <strong>em</strong> y = d / 2<br />

e o valor máximo de<br />

b<br />

q = qmax<br />

= ( V t d / I ) /( b / 2 + d /8) <strong>em</strong> y = 0 . q max b<br />

a<br />

q maxa<br />

2 q maxb<br />

Para calcular a força absorvida na alma da viga, F a , calcula-se o integral<br />

F<br />

a<br />

=<br />

∫<br />

q dy =<br />

V t d<br />

=<br />

4I<br />

2<br />

d<br />

/ 2<br />

∫<br />

−d<br />

/ 2<br />

⎛ d<br />

⎜2b<br />

+<br />

⎝ 3<br />

⎡ ⎛ 2<br />

V t db 1<br />

⎢ + ⎜ d<br />

I ⎢ 2 2 ⎜<br />

⎣ ⎝<br />

4<br />

⎞<br />

⎟<br />

⎠<br />

− y<br />

2<br />

⎞⎤<br />

⎟⎥<br />

dy =<br />

⎟<br />

⎠⎥⎦<br />

V t<br />

I<br />

⎡db<br />

1 ⎛<br />

⎢ ⎜ d<br />

y +<br />

⎢ 2 2 ⎜<br />

⎣ ⎝<br />

4<br />

2<br />

y −<br />

3<br />

y ⎞⎤<br />

⎟⎥<br />

3 ⎟<br />

⎠⎥⎦<br />

d<br />

/ 2<br />

−d<br />

/ 2<br />

=


É possível simplificar a expressão anterior notando que o momento de inércia da secção é<br />

dado por<br />

⎡<br />

2<br />

1 3 ⎛ d ⎞<br />

⎤ 1<br />

I = 2⎢<br />

bt + bt⎜<br />

⎟ ⎥ + td<br />

⎢12<br />

2 ⎥ 12<br />

⎣<br />

⎝ ⎠<br />

⎦<br />

3<br />

desprezando o primeiro termo, uma vez que a espessura dos banzos, t, é pequena, t<strong>em</strong>os<br />

2<br />

td ⎛ d ⎞<br />

I ≈ ⎜2b<br />

+ ⎟ .<br />

4 ⎝ 3 ⎠<br />

Substituindo na equação da força F a , v<strong>em</strong><br />

F<br />

2<br />

a ⇒ Fa<br />

=<br />

V t d ⎛ d ⎞<br />

=<br />

⎜2b<br />

+ ⎟<br />

2<br />

td ⎛ d ⎞ ⎝ 3 ⎠<br />

4 ⎜2b<br />

+ ⎟<br />

4 ⎝ 3 ⎠<br />

V .<br />

Este resultado era óbvio. A força na alma da viga t<strong>em</strong> de equilibrar o esforço transverso V.


Da análise anterior pod<strong>em</strong>os retirar as seguintes conclusões:<br />

1. O valor do fluxo de corte q varia ao longo da secção <strong>transversal</strong>, uma vez que o valor do<br />

momento de área Q varia consoante a área A’ para a qual é calculado. Como se verificou,<br />

q varia linearmente ao longo de troços que são perpendiculares à direcção de V (banzos) e<br />

t<strong>em</strong> uma variação parabólica ao longo dos troços que são paralelos, ou eventualmente<br />

inclinados <strong>em</strong> relação à direcção de V.<br />

2. O fluxo de corte q t<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre a direcção paralela às faces de um dado troço da secção<br />

<strong>transversal</strong> da viga.<br />

3. O sentido do fluxo de corte q é tal que aparenta ‘fluir’ ao longo da secção <strong>transversal</strong>: no<br />

banzo superior no sentido da ligação à alma onde se juntam e ao longo desta na direcção<br />

de V e posteriormente separando-se ‘fluindo’ para o exterior no banzo inferior.<br />

Outros ex<strong>em</strong>plos:


EXEMPLO 5.3


EXEMPLO 5.4


Centros de <strong>Corte</strong><br />

Até aqui t<strong>em</strong>os assumido que o esforço transverso V era aplicado segundo um dos eixos<br />

principais de inércia da secção que igualmente representava um eixo de simetria da secção<br />

<strong>transversal</strong>. Vamos agora analisar o efeito que resulta da aplicação do esforço transverso<br />

segundo um eixo que não é um eixo de simetria da secção. Como anteriormente vamos<br />

assumir secções de parede fina. Um ex<strong>em</strong>plo típico é a secção U representada abaixo (a),<br />

encastrada numa extr<strong>em</strong>idade e sujeita à força P. Se a força P for aplicada segundo o eixo<br />

vertical que passa no centróide da secção <strong>transversal</strong> C, o perfil irá sofre uma flexão e<br />

igualmente uma torção no sentido horário como ilustrado na figura (a). Para se perceber a<br />

razão pela qual este fenómeno ocorre é necessário estudar a distribuição do fluxo de corte ao<br />

longo dos banzos e da alma do perfil U.<br />

q max a<br />

q max b<br />

q max b<br />

Como no caso do perfil I estudado anteriormente, a distribuição do fluxo de corte ao longo<br />

dos banzos é linear e ao longo da alma é parabólico. Quando estes fluxos de corte são<br />

integrados ao longo das áreas dos banzos dão orig<strong>em</strong> a forças resultantes F b <strong>em</strong> cada banzo e<br />

a uma força F a = V = P na alma.<br />

Se for efectuado o somatório dos momentos destas forças<br />

<strong>em</strong> torno do ponto A, pode verificar-se que o momento<br />

resultante das forças nos banzos é responsável pela torção<br />

do perfil.<br />

O perfil efectivamente torce no sentido horário devido às<br />

forças internas de reacção que equilibram as forças F b<br />

representadas.<br />

Fb<br />

F b


Para evitar a torção do perfil é necessário aplicara força P num ponto O localizado a uma<br />

distância e da alma do perfil U (ver figura abaixo), por forma a equilibrar o momento<br />

produzido pelas forças F b nos banzos.<br />

Então o objectivo é<br />

∑<br />

M<br />

= F<br />

d<br />

A b =<br />

P e , ou<br />

F d<br />

e =<br />

b<br />

.<br />

P<br />

F b<br />

F b<br />

Utilizando análises similares às que foram efectuadas anteriormente é possível exprimir F b<br />

<strong>em</strong> termos das dimensões da secção <strong>transversal</strong> da viga U e assim exprimir e <strong>em</strong> função da<br />

geometria da secção <strong>transversal</strong>. O ponto O é designado por centro de corte (‘shear center /<br />

flexural center’). Vejam-se os ex<strong>em</strong>plos ilustrativos que se segu<strong>em</strong>.


EXEMPLO 5.5<br />

(Ref. Hibbeler)


EXEMPLO 5.6

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