Folha de Jacarandá - Ano XIX - n.15 - 2015

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EDITORIAL 2 AÇÃO–EDUCAÇÃO- MEDIAÇÃO Que instrumentos mais preciosos e especificamente humanos são as nossas mãos! Primeira parte do próprio corpo que o bebê se detém a olhar, primeiro brinquedo que se move, que proporciona variadas visões e sensações, essas extremidades são, depois da boca, a região mais desenvolvida do corpo logo ao nascer. Além da percepção de si, a mão é a ponte para o desconhecido. Com suas mãozinhas as crianças podem tocar o outro, fazer um carinho, alcançar um brinquedo e por aí vai... Não é à toa que as crianças veem com as mãos, colocando-as em tudo! Num semestre dedicado ao estudo das artes visuais, é significativo termos chegado às mãos como pauta principal desse número do Jornal. Na educação infantil, mais importante do que cultivar a apreciação visual e a leitura de imagens, é preciso proporcionar às crianças oportunidades de pôr as mãos na massa, de explorar seu tato e suas possibilidades de interferir nos elementos, de produzir e criar. O que fazemos com as mãos deixa um registro indelével na memória – quem se lembra de passar cola em figurinhas, de brincadeiras com palitos à mesa ou com gravetinhos na terra? O que escrevemos a mão é mais facilmente lembrado do que aquilo que digitamos num teclado. Nossas mãos deixam marcas! Na escola, procuramos deixar ao alcance das mãos os brinquedos e objetos de uso das crianças, resguardando somente aqueles que precisam de supervisão do adulto, por segurança das crianças ou por características do próprio objeto (jogo com regras, livro delicado, etc). Em casa e na escola, as crianças aprendem a usar instrumentos que requerem um refinamento cada vez maior de movimentos: os talheres, lápis, pincel, tesoura, escovas, assim como botões, zíperes, trincos... Mãozinhas curiosas querem tocar e pegar tudo, mas é preciso mediação dos adultos. Cuidar das crianças e, ao mesmo tempo, ampliar seu mundo e as possibilidades de ação é o eterno desafio da educação. Este jornal, como já foi dito há algum tempo, é feito a muitas mãos e esperamos que vocês aproveitem: depois da leitura... Mãos à obra! Um abraço, Tânia Palavra da direção Caldeirão de histórias Todo mês o Agrupa ouve uma história e se lança a fazer de verdade o prato que aparece no livro. Começaram com O Sanduíche da Maricota (Avelino Guedes) e vão percorrer outras delícias literárias e culinárias: o lanche da Chapeuzinho Vermelho, o pão da Galinha Ruiva e o bolinho do O caso do bolinho (Tatiana Belinky). B M Um varal de sons É fácil fazer um varal de sons: numa corda de varal, pendure saquinhos de tecido recheados de diferentes objetos: grãos, botões, guizos, tampinhas plásticas... cada um produz um som! Enfeitados com fitinhas coloridas, oferecem aos bebês de todas as idades uma divertida brincadeira, para suas mãozinhas curiosas e para todos os sentidos! G2 M Mãos na terra Após ouvir a história O Grande rabanete, de Tatiana Belinky, vamos plantar sementes de rabanete. Mexer na terra, regar, tirar as ervas daninhas... Que emoção será ver despontar os primeiros brotinhos! G3 T Ta Ta Tum Batendo as mãos e os pés Novo som vou encontrar. A cada batida Um ritmo tocar. O Grupo 3 se diverte Aos sons explorar. B T Primeiros livros Além da curiosidade por verem os adultos sempre com um livro na mão, os bebês têm interesse nesses objetos fascinantes: ao virar as páginas, fazem as figuras aparecerem... e desaparecerem! Alguns já começam a identificar as imagens, outros ainda preferem sentir com a boca. Os livros que oferecemos são de diferentes materiais e os bebês dedicam um bom tempo passando as mãos sobre as páginas com texturas variadas. folhajacaranda_ed15_revale.indd 2 06/05/15 16:03
NOTÍCIAS DOS GRUPOS G5 aT Brincadeira de mão Estamos fazendo brincadeiras de mão: adoleta, quaquadela, barra-manteiga, dentre outras. De mão em mão cantam, brincam e se aproximam uns dos outros por meio do contato corporal e da música! G1 M Caixa surpresa O que tem dentro da caixa-surpresa? Precisa abrir a tampa e pôr a mão lá dentro! A cada dia, a professora coloca um novo objeto ou material: folhas de jornal, argolas coloridas, embalagens vazias, pincel de barbear e outros objetos para fazer massagem... A proposta é manusear, explorar e brincar! G 3 + 4 M De mão em mão Olhar, folhear e emprestar o livro ao amigo! Os cantinhos de livros são momentos muito esperados pelo grupo e manusear os livros com cuidado é um grande aprendizado. Depois da história, em roda, ficam admirando as ilustrações e passam o livro ao colega. G5 bT Agir e transformar Fazer experimentos diversos e reinventar o uso dos materiais e instrumentos de arte é o maior interesse atual do grupo. Com papel, fazem amassados, rasgados, torcidos, enrolados. Para pintar, que tal além do pincel usar um copo para jogar a tinta de longe? Os desenhos de canetinha ganham novos contornos e cores com água ou álcool espirrado por cima. Ter liberdade de experimentar suas possibilidades de ação e observar as transformações é realmente entusiasmante: “hoje nós fizemos pintura e até mágica!” G1 T De abóbora faz melão... ... e faz tinta cor-de-abóbora! Com tintas de abóbora, cenoura, beterraba e caqui, o grupo já pintou em diversas superfícies. Alguns tocam a tinta com receio, outros se sentem à vontade para se lambuzar por inteiro! Quer experimentar? Segue a receita da tinta que ficou mais bonita: cozinhe uma beterraba em água e deixe esfriar; bata no liquidificador com um pouquinho da água e pronto! Se ficar muito rala, pode levar ao fogo com um pouco de maisena para engrossar. G5 M Meu poema favorito Nós adoramos poemas e decidimos compartilhá-los com nossos amigos dos grupos 3, 4 e 5. Nosso favorito é “O Elefantinho”, de Vinicius de Moraes. Através de bilhetes trocados com outros grupos, aprendemos novos poemas e histórias. Você tem alguma dica? G4T Esculturas de papel Inspirados na história da Tomie Ohtake e no seu Monumento 80 anos da Imigração Japonesa, as crianças criaram livremente com uma tira de papel vermelho. Estão explorando as possibilidades de fazer colagens tridimensionais - “quando faz sombrinha no papel” – com diferentes materiais (papel, palito, papel alumínio e outros). G2 T Mexe e remexe Com sucatas enviadas de casa, as crianças inventaram mil e uma brincadeiras e enfrentaram desafios de todo o tipo. Bandejinhas de isopor foram picadas e viraram comidinhas, guardadas em latas, que também serviram para rolar e bater, fazendo aquele barulho! Abrir e fechar tampas de rosca, cheirar embalagens e descobrir o sabor do suco, abrir caixinhas de papelão e empilhá-las... Como é bom ter um material que pode ser mexido e remexido sem receio! VEJA MAIS EM 3 folhajacaranda_ed15_revale.indd 3 06/05/15 16:03
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