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OBSERVATORIO DO ANALISTA EM REVISTA - 4 EDICAO

Revista eletrônica do site Observatório do Analista. Criação coletiva de Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil

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O instituto da livre nomeação para<br />

cargos de chefia foi abolido na<br />

prática. Os incidentes envolvendo<br />

pressão para a nomeação de chefias<br />

apenas de Auditores, assume força<br />

de norma desde 2001 .<br />

Não são poucos os colegas que<br />

relatam perceber esse “clima” já no<br />

curso de formação. Relembrando a<br />

definição de Schein, o padrão é<br />

ensinado a novos membros do grupo<br />

como a maneira correta de perceber,<br />

pensar e sentir com relação a esses<br />

problemas.<br />

Exemplos acabados de cultura<br />

organizacional incorporada como<br />

crença.<br />

Não nos esqueçamos ainda que há<br />

poucos anos a RFB e a Receita<br />

Previdenciária foram fundidas. Duas<br />

organizações com culturas<br />

organizacionais claramente diversas,<br />

em processo que envolveu 37 mil<br />

pessoas de vários cargos, com<br />

soluções diferentes para cada um<br />

(Auditores Previdenciários, por<br />

exemplo, foram transformados em<br />

Auditores Fiscais, enquanto<br />

Analistas e Técnicos Previdenciários<br />

permaneceram em seus cargos). As<br />

coisas se ajeitam, foi a solução dada<br />

aos conflitos à época da fusão.<br />

No editorial da revista anterior,<br />

citamos outros elementos de fundo<br />

que influenciam esse caldo cultural<br />

da RFB. Ele pode ser lido aqui.<br />

A Receita Federal vive, talvez, um de<br />

seus piores momentos. Mesmo com<br />

áreas de axcelência, reconhecidas<br />

pela sociedade, como é o caso das<br />

soluções tencnológicas que facilitam<br />

a vida dos contribuintes, poucas<br />

vezes esteve tão desprestigiada em<br />

sua área fim. Estimativas de<br />

sonegação, denúncias de depósitos<br />

em paraísos fiscais e evasão de<br />

divisas estão na pauta diária do país,<br />

passando à sociedade a impressão<br />

de inoperância.<br />

Some-se a isso a crescente<br />

insatisfação salarial de seus<br />

servidores e o círculo vicioso se<br />

completa. É preciso quebrá-lo. E não<br />

há mágica que o faça. As mudanças<br />

necessárias demandam trabalho e<br />

uma grande dose de boa vontade e<br />

firmeza de propósitos. De todos.<br />

Mas, claro, especialmente da<br />

administração da RFB.<br />

A organização conta com mais de 35<br />

mil servidores. A maioria com<br />

formação superior, muitos com<br />

especialização, mestrado e<br />

doutorado. Em diferentes áreas.<br />

Um corpo funcional assim formado é<br />

o sonho dourado de qualquer gestor.<br />

Ou o pesadelo, se a cultura<br />

organizacional conseguir colocá-los<br />

todos contra todos os outros.<br />

Estamos andando a passos firmes<br />

nessa direção. É hora de parar,<br />

refletir e mudar de rumo.<br />

O Observarório voltará ao tema para<br />

aprofundá-lo.<br />

(*) A história da fusão do ABN e do Real é<br />

contada por Betania Tanure e Roberto<br />

Patrus, em Os dois lados da moeda em<br />

fusões e incorporações

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