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Tabela 1 - Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP

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sobre a possível transmissão da doença através do sangue e <strong>de</strong><br />

hemo<strong>de</strong>rivados (CDC, 1982j:653).<br />

Na semana seguinte, essa hipótese (doença causada por um agente<br />

infeccioso) ganhou força quando do relato da ocorrência <strong>de</strong> imuno<strong>de</strong>ficiência<br />

inexplicada e infecções oportunistas em crianças cujas mães pertenciam a<br />

grupos tidos como <strong>de</strong> alto risco para a Aids (haitianas, prostitutas e usuárias<br />

<strong>de</strong> drogas injetáveis) (CDC, 1982l), “o que apontaria para a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

transmissão da doença mesmo sem contato sexual, uso <strong>de</strong> drogas ou<br />

exposição a sangue ou hemo<strong>de</strong>rivados” (Camargo Júnior, 1994:67). No<br />

mesmo número da revista, o CDC faz uma atualização sobre Aids em<br />

pacientes com hemofilia A (CDC, 1982k), relatando mais quatro casos <strong>de</strong><br />

hemofílicos que tinham <strong>de</strong>senvolvido uma ou mais infecções oportunistas.<br />

Tal como os anteriormente <strong>de</strong>scritos, todos os pacientes tinham recebido<br />

concentrados <strong>de</strong> Fator VIII, e um <strong>de</strong>les ainda havia recebido outros<br />

componentes sangüíneos. Os dados sobre as ativida<strong>de</strong>s sexuais, uso <strong>de</strong><br />

droga, viagem e residência não sugeriam que a doença pu<strong>de</strong>sse ter sido<br />

adquirida “(...) através <strong>de</strong> contato pessoal entre eles, com homossexuais,<br />

com usuários <strong>de</strong> drogas ilícitas ou cm imigrantes haitianos – grupos com<br />

risco aumentado para <strong>AIDS</strong>, comparados com a população geral dos<br />

Estados Unidos” (CDC, 1982k:644). O artigo ainda enfatizava que o número<br />

<strong>de</strong> casos da doença continuava a crescer, e a Aids po<strong>de</strong>ria atribuir um risco<br />

significativo para pacientes com hemofilia.<br />

Em janeiro <strong>de</strong> 1983 é relatada imuno<strong>de</strong>ficiência celular em duas<br />

mulheres, nenhuma <strong>de</strong>las com fatores <strong>de</strong> risco conhecido, mas ambas tendo<br />

como parceiros sexuais homens com Aids. (CDC, 1983a). O artigo assinala<br />

que esses relatos reforçam a hipótese <strong>de</strong> um agente infeccioso e a<br />

possibilida<strong>de</strong> da transmissão do suposto “agente da Aids” se dar tanto na<br />

parceria homossexual masculina como na heterossexual, esta última até<br />

então não consi<strong>de</strong>rada. No mesmo número da revista, outro artigo relata<br />

casos da doença em homens prisioneiros <strong>de</strong> prisões estaduais <strong>de</strong> New York<br />

e New Jersey (CDC, 1983b). Em New York, <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1981 a<br />

<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1982, foram notificados <strong>de</strong>z casos (nove com pneumonia por<br />

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