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124<br />

grandeza de mais belo e uniforme conjunto de arquitetura<br />

colonial da América Latina, considerado pela UNESCO<br />

patrimônio da humanidade.<br />

A decadência não é apenas física. Manifesta-se<br />

também na inadimplência de comerciantes e moradores<br />

com que o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural<br />

(IPAC), órgão do Estado, firmou contratos de concessão<br />

de uso, comodato e aluguel. Chega-se a uma situação em<br />

que o Pelourinho, à falta de resultados comerciais<br />

favoráveis, tende ao abandono e à negligência ruinosos.<br />

[...]<br />

O Pelourinho abriga prédios e casarões do século<br />

18 e início do século 19. A restauração devolveu-lhes o<br />

esplendor original. Mas o modelo de manutenção revelouse<br />

desastroso no decorrer dos anos. Faltou lógica<br />

econômica ao processo de atividades traçado para soprar<br />

no Centro Histórico um permanente hálito vital.<br />

O paternalismo influenciou certos contratos.<br />

Atividades comerciais e artísticas se mostram incapazes<br />

de gerar retorno: praças de diversão fechadas, como se<br />

viu esta semana, falta de eventos culturais diversos.<br />

Resultado: desânimo e decadência. Até as Terças da<br />

Bênção, do Grupo Olodum, que atraíam multidões, são<br />

hoje pálida imagem de ontem.<br />

SEM VIDA. A TARDE, Salvador, 16 set. 2007. Opinião, p. 3. Editorial<br />

9- Com relação aos fatos focalizados no texto, é correto o<br />

que se afirma em:<br />

a) A deterioração do complexo arquitetônico e cultural do<br />

Pelourinho e adjacências é resultante do mau<br />

gerenciamento público e privado.<br />

b) A degradação do espaço histórico de Salvador vem<br />

acentuando a expansão da ocupação informal na<br />

cidade.<br />

c) O projeto de revitalização urbana do Pelourinho como<br />

novo espaço de consumo descaracterizou e desgastou<br />

o seu valor histórico.<br />

d) O quadro atual da ilegalidade da ocupação da área do<br />

Pelourinho é ignorado pelo poder.<br />

e) A transformação do Centro Histórico de Salvador em<br />

área de turismo, comércio e serviços tem incitado uma<br />

depredação do patrimônio colonial da cidade.<br />

10- “A decadência não é apenas física. Manifesta-se<br />

também na inadimplência de comerciantes e moradores<br />

com que o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural<br />

(IPAC), órgão do Estado, firmou contratos de concessão<br />

de uso, comodato e aluguel. Chega-se a uma situação em<br />

que o Pelourinho, à falta de resultados comerciais<br />

favoráveis, tende ao abandono e à negligência ruinosos”.<br />

Os termos em destaque no fragmento acima possuem<br />

respectivamente a função sintática de:<br />

a) Adjunto adnominal, complemento nominal, objeto<br />

indireto, objeto indireto<br />

b) Complemento nominal, sujeito paciente, objeto direto,<br />

objeto direto<br />

c) Adjunto adnominal, objeto indireto, complemento<br />

nominal, objeto indireto<br />

d) Complemento nominal, adjunto adnominal, objeto<br />

direto, objeto indireto<br />

e) Sujeito, predicativo, complemento nominal, objeto<br />

indireto<br />

11- Considerando os dois últimos parágrafos do texto, é<br />

correto afirmar:<br />

a) O enunciado final do texto explicita que o Grupo<br />

Olodum é irrelevante, hoje, para o Pelourinho.<br />

b) A declaração “Atividades comerciais e artísticas se<br />

mostram incapazes de gerar retorno” constitui um<br />

pressuposto no contexto.<br />

c) A expressão “certos contratos” vai ser explicitada e<br />

justificada na sequência textual.<br />

d) O último período do penúltimo parágrafo exemplifica<br />

tão somente o uso da linguagem referencial no<br />

contexto do editorial.<br />

e) O termo lhes é um elemento de coesão textual,<br />

retomando termos anteriormente expressos.<br />

QUESTÕES 12 e 13<br />

Quem tem amor em seu coração por seu<br />

semelhante tem ética. Não adianta buscar um conceito<br />

cerebral para a Ética, pois ela só é possível quando não<br />

pensamos apenas em nós mesmos. A senda da Ética é<br />

repleta de desafios. Não basta ter boas intenções, é preciso<br />

boa vontade e obstinação para segui-la. Faz-se mister<br />

estar imbuído do sentimento certo ou todo esforço será<br />

vão. Pode-se falar muito sobre Ética. Mas uma Ética só<br />

de palavras nada significa.<br />

A ética é uma afirmação das ações e não das<br />

palavras. Ela é uma possibilidade humana: a de<br />

reconhecer o outro como alguém importante e de, ao<br />

mesmo tempo, reconhecer-se nele. Reconhecer o outro<br />

como importante quer dizer imputar-lhe valor. Isso se dá<br />

quando percebemos que as outras pessoas, assim como<br />

nós mesmos, temos medos, angústias, necessidades,<br />

aspirações e esperanças; quando identificamos, em outras<br />

palavras, sentimentos semelhantes aos nossos no outro.<br />

Nesse instante, descobrimos o outro como semelhante.<br />

Tomamos consciência de que ele está próximo de nós,

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