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O voo do aeroporto - Correio Alentejo

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sexta-feira2007.09.28 04REGIÃO BAIXO ALENTEJOPolítica. Verea<strong>do</strong>r socialista aceita cargo a meio-tempo ofereci<strong>do</strong> pelo presidente comunistaSocialistas avaliamatitude de José MongeConcelhia <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Socialista reúne nestasexta-feira para tomar uma decisão sobre o comportamento<strong>do</strong> verea<strong>do</strong>r que aceitou um pelouroofereci<strong>do</strong> pela maioria comunista.A comissão política concelhia deBeja <strong>do</strong> PS vai reunir esta sexta-feira,28, para tomar uma decisão sobreo comportamento de José Monge,verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong> PS na Câmara de Bejaque aceitou um pelouro na gestão<strong>do</strong> Município lidera<strong>do</strong> pela CDU. Opresidente da comissão política concelhiade Beja <strong>do</strong> PS, Paulo Arsénio,adiantou que se trata de uma reunião<strong>do</strong> órgão “com competência e poderpara tomar uma decisão”.A reunião <strong>do</strong> PS vai decorrer depoisde José Monge, um <strong>do</strong>s três verea<strong>do</strong>resda oposição socialista na Câmara deBeja, ter decidi<strong>do</strong> integrar a gestão <strong>do</strong>Município a meio-tempo, com o pelouroda Educação, depois de aceitar oconvite <strong>do</strong> presidente da autarquia, ocomunista Francisco Santos.“Fomos apanha<strong>do</strong>s de surpresae despreveni<strong>do</strong>s”, afirmou Paulo Arsénio,garantin<strong>do</strong> que “não houvequalquer negociação política entre oPS e a CDU” para a nomeação de JoséMonge como verea<strong>do</strong>r com pelouro.O mesmo responsável partidáriocriticou ainda a atitude de “pesca àlinha” por parte da CDU.Antigo presidente da comissãoconcelhia de Beja <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Socialista,José Monge passou a integrar oexecutivo comunista. Apesar da propostaser subscrita pelo presidente daautarquia, este é um facto que não sepode considerar como um acto isola<strong>do</strong>,fruto de uma conjuntura <strong>do</strong> momento.Em <strong>do</strong>is anos, Monge assumiumuitas posições contrárias aosseus colegas de bancada socialista,Carlos Figueire<strong>do</strong> e José Bernardino,sempre ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong>s comunistas.Aceitan<strong>do</strong> o convite de FranciscoSantos, o “verea<strong>do</strong>r socialista” contribuipara tornar uma maioria relativanuma maioria absoluta, à custa <strong>do</strong>principal adversário, que revela umagrande fraqueza no seio da vereaçãoe da concelhia.Alheio ao facto de Paulo Arsénio,presidente da concelhia socialista,ponderar retirar-lhe a confiança política,José Monge, que assume o pelouroda Educação, não hesita em arrogar“as responsabilidades que estaatitude traz”, justifican<strong>do</strong> que estavaEntrevista. Carlos Figueire<strong>do</strong>, verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong> PS na Câmara Municipal de Beja“CDU foi ética e politicamente incorrecta”Que comentário lhe merece tu<strong>do</strong> oque se passou na passada semana,com o verea<strong>do</strong>r socialista José Mongea aceitar o pelouro da Educação naCâmara de Beja?Foi uma decisão tomada a título puramentepessoal. As pessoas podemtomar essas posições mas não se podemesquecer que foram eleitos poruma lista de um parti<strong>do</strong> político eque se comprometeram com um determina<strong>do</strong>programa. Fiquei desencanta<strong>do</strong>com esta situação e tambémcom a posição <strong>do</strong> próprioexecutivo da CDU.Considera que oexecutivo daCDU foi, éticae politicamente,incorrecto?Claro que sim. Se a CDU queriaatribuir pelouros, apresentava issono executivo, à frente de to<strong>do</strong>s ecom toda a transparência. Estascoisas fazem-se com tempo e comuma clara dimensão ética em matériade relacionamento entre forçaspolíticas e entre membros <strong>do</strong>executivo. Isso permitiria evitar estassituações de “pesca à linha”.O PS deve retirar a confiança políticaao verea<strong>do</strong>r José Monge?Não posso falar pelos órgãos <strong>do</strong> PS.Sou militante de base, não tenhocargos partidários e, por conseguinte,acho que os órgãos competentesdevem pronunciar-se naaltura própria. Está marcada umareunião da comissão política [daconcelhia de Beja <strong>do</strong> PS] e esse órgãodecidirá o que muito bem entender.num lugar “investi<strong>do</strong> de uma grandepassividade política”, com a qual “nãoconcordava”.A inexistência de discussão emalgumas matérias levou a que “os<strong>do</strong>is verea<strong>do</strong>res que residem em Bejaaceitassem cargos na administraçãode empresas municipais”, lembra oedil, no que se entende como umacrítica ao constante afastamento deCarlos Figueire<strong>do</strong>.Recorde-se que José Monge pertenceao conselho de administraçãoda EMAS e José Bernardino está naExpobeja, situações nunca contestadaspelo PS.Reagin<strong>do</strong> às vozes críticas <strong>do</strong> PS,José Monge revelou ter si<strong>do</strong> “interpela<strong>do</strong>por um militante, rodea<strong>do</strong> deamigos e de alguns copos de vinho”,justifican<strong>do</strong> que sabia que tal iriaacontecer. “Estava prepara<strong>do</strong> paraessas manifestações de desagra<strong>do</strong>”,disse.Esta situação poderá fragilizar acapacidade de o PS fazer oposição naCâmara de Beja?Naturalmente que esta situaçãomuda a forma e as condições emque vamos operar. Não nos iludamosnessa matéria. Mas não nos fragiliza.Continuaremos a exercer o nosso papele a analisar todas as propostas.Temos feito uma oposição construtivae continuaremos a seguir, normalmente,os trabalhos e as propostasque o executivo for fazen<strong>do</strong>. E nãonos inibiremos de fazer as nossas críticas,de apresentar as nossas propostas.Continuaremos a fazer tu<strong>do</strong> isto,embora o quadro de relacionamentotenha muda<strong>do</strong>, na medida em queagora temos um verea<strong>do</strong>r que temum pelouro. Mas vamos continuar aassumir a nossa posição, com a responsabilidadeque é exigida peloseleitores que confiaram em nós.EducaçãoCarrinhatransportaestudantesde QuintosOs seis alunos de Quintos, noconcelho de Beja, que durante osprimeiros dias de aulas viajaramde táxi até à escola de acolhimentonuma aldeia vizinha, passarama ser transporta<strong>do</strong>s pela Junta deFreguesia, a partir desta segunda--feira, 24. “O Município de Bejaaceitou a proposta feita pela junta,que, desde segunda-feira assegurao transporte das crianças”,disse, o presidente da Junta deFreguesia de Quintos, FranciscoFelizar<strong>do</strong>.A Junta, através de uma carrinhaprópria e em troca de uma“compensação financeira paracobrir as despesas”, explicou oautarca, transporta as crianças,na ida para a Escola Básica nº 1(EB1) de Salvada e no regresso acasa.De acor<strong>do</strong> com Francisco Felizar<strong>do</strong>,os pais das crianças ficaram“satisfeitos” com a solução,que “acabou com as viagens <strong>do</strong>táxi”, que, durante uma semana,transportou os alunos da EB1Quintos, que fechou este ano lectivo,até à escola de acolhimento,situada a oito quilómetros, na aldeiavizinha de Salvada.Inicialmente, estava previstoque <strong>do</strong>is táxis, aluga<strong>do</strong>s pelo Municípioe pagos pela Direcção Regionalde Educação <strong>do</strong> <strong>Alentejo</strong>(DREA), iam transportar, duranteeste ano lectivo, os alunos entreQuintos e a EE1 de Salvada.No entanto, na primeira manhãde aulas apenas um táxi compareceuem Quintos para transportaros seis alunos em duasviagens separadas, três criançasde cada vez.Descontentes com a situação,os pais impediram as crianças deviajar de táxi até à EB1 de Salvada,exigin<strong>do</strong> o transporte das criançasnum único táxi ou num outrotransporte, que levasse os seisalunos de uma vez só.Para demonstrar o seu descontentamentoe exigir esta solução,os pais reuniram, no dia 16, coma responsável <strong>do</strong> Centro de ÁreaEducativa de Beja, <strong>do</strong>is técnicos<strong>do</strong>s serviços sócio-educativos <strong>do</strong>Município e com o presidente daJunta de Freguesia de Quintos,Francisco Felizar<strong>do</strong>.No final <strong>do</strong> encontro, o autarcadisse que a Junta estava “disponívelpara assegurar o transporte <strong>do</strong>sseis alunos”, desde que recebesseuma “compensação financeira” daCâmara Municipal de Beja, à qualiria entregar uma proposta.A decisão da Câmara de aceitara proposta, disse FranciscoFelizar<strong>do</strong>, foi comunicada à Juntano último dia da<strong>do</strong> pelos pais dascrianças para que a Junta de Freguesiade Quintos e a autarquiade Beja chegassem a acor<strong>do</strong>.Caso contrário, admitiram, napassada segunda-feira, 24, os paisiriam voltar a impedir os filhos deviajar num só táxi e em duas viagensseparadas. Resolvi<strong>do</strong> o problema,a medida de protesto nãofoi “accionada”!

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