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Arbeid19- Jeg skjønner nå hva andre mener nårde forteller hvor slitne de er når de kommerhjem fra jobb, sa en glad Malin dahun serverte kaffen og den legendariskemarsipankaken til SFAs utsendte. Ikke sårart. For på Erlandsens conditori går det iett kjør for de i alt seks kollegene som harsitt arbeid på dagtid. Her åpnes døreneklokken åtte om morgenen og lukkes åttetimer senere. Spesielt i lunsjtiden mellomhalv tolv og to kan det være svært hektisk.InteriøretPå dette konditoriet kan gjestene ententa kaffen med ut og ta del i det yrendegatelivet eller sitte inne i den elegantespiseavdelingen i gammel stil. Her er såmye som mulig av interiøret bevart. Detoriginale, dekorerte gulvet i spiseavdelingenhar malemester og kasserer i NFUØstfold regionallag fra Sarpsborg konservertmed tre lag lakk. Gulvet skal etterhvert håndmales på nytt. Riksantikvarener kontaktet i forbindelse med den freskomalteveggen i salgsavdelingen fra tidlig1800-tallet. Som med det første skalrammes inn og bevares for ettertiden baket spesielt glass.I taket er det stukkatur og lysekroner.Et galleri i Halden sørger for at veggenetil en hver tid vil være fylt med kunst.Dagtia as får provisjon av det som selges.Erlandsens Conditori er også kjent somen av byens mest populære kulturscener.Her gis det konserter, arrangeres forfatterkvelderog andre kulturarrangementer.Flere lokale kunstnere har allerede tattkontakt etter gjenåpningen med spørsmålom de kan bruke lokalet.Erlandsens Conditori iHalden ble gjenåpnet 1.august i år.Kim Robin Johansen, DanielHarbo og Malin V. GrothPettersen stortrives i jobbenpå kafeen.De tre arbeidstakerne medutviklingshemning er ogsåhovedaksjonæreri aksjeselskapetDagtia as som leierstedet.Alle tre fikk opplæring føråpningen. De gjør alt ibakeriet og får hele tidenråd og faglig støtte.De er med på produksjonenav wienerbrød, eplestenger,Fornøyd stamgjestEn av stamgjestene, Rita Iren Henriksen,slo seg i mangel av noe annet ledig, nedved vårt bord. Hun var også glad for atErlandsens conditori var åpnet igjen. Itillegg til å rose miljøet, det spesielle lokaletog fortelle om gode barndomsminnerLETTLESTkanelsnurrer,rundstykker ogvidunderligekaker!Dessuten serverer de ogrydder i spiseavdelingen.Malin er også elev vedkokkelinjen på den videregåendeskolen på Risum.Målet er å ta fagbrev.Arbeidet på konditoriet blirkoblet opp mot opplæring ivideregående skole.Flere elever vil etter hvert fåsamme mulighet.om mange 17. mai besøk var hun imponertover de tre arbeidstakerne med utviklingshemning- De gjør en kjempejobb!Jeg håper flere få arbeid andre steder. Omjeg kommer hit igjen? Selvsagt! Det erbare en uke siden gjenåpningen. Jeg harvært her fire ganger allerede!Malin V. Groth Pettersen smører og danderer rundstykker.Statssekretær Jan Erik Øie spiste lunsj på Erlandsens Conditori der han fikk godservice av Malin V. Groth Pettersen.Samfunn for alle nr. 4/2012


G - SERVIÇOS DE APOIO À PRODUÇÃO ....................................................................................................764.2.5. Limitações, potencialidades e estratégias de ação do serviço de apoio a produção ........81H – DESEJO TEMPORAL ..........................................................................................................................84I - OUTROS PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS E NÃO GOVERNAMENTAIS .................................................854.3. ANÁLISE GERAL DA VIABILIDADE ECONÔMICA DO PLANO E RECOMENDAÇÕES........................85ANEXO 1 ..................................................................................................................................................92LISTA DE MAPASMapa de identificação do Assentamento (localização, estradas, recursoshídricos)Tipos de soloClasse de uso dos solosRelevoVegetaçãoEstratificação ambientalCapacidade de uso dos recursos naturaisLISTA DE FIGURASILUSTRAÇÃO 1 NÚMERO DE PROPRIEDADES DENTRO DO PROJETO DE ASSENTAMENTO COM CADA TIPO DERECURSO HÍDRICO..............................................................................................................................37ILUSTRAÇÃO 2 ÁREA TOTAL DE CADA TIPO DE COBERTURA VEGETAL DO PROJETO DE ASSENTAMENTOCACHOEIRA .......................................................................................................................................41ILUSTRAÇÃO 3 DIAGRAMA DE VENN DA COMUNIDADE DO ASSENTAMENTO CACHOEIRA .........................52LISTA DE TABELASTABELA 1 - SITUAÇÃO DEMOGRÁFICA DO MUNICÍPIO DE PEQUIZEIRO ........................................................15TABELA 2 - SITUAÇÃO DEMOGRÁFICA DOS MUNICÍPIOS DA MICRO REGIÃO DE PEQUIZEIRO .......................15TABELA 3 - ESTRUTURA FUNDIÁRIA DO MUNICÍPIO PEQUIZEIRO. ...............................................................16TABELA 4 - NÚMERO DE DOMICÍLIOS DISTRIBUÍDOS SEGUNDO A CLASSE DE RENDA NO MUNICÍPIO DEPEQUIZEIRO .......................................................................................................................................17TABELA 5 - NÚMERO DE ANIMAIS DE INTERESSE ZOOTÉCNICO NO MUNICÍPIO PEQUIZEIRO NOS ANOS 1996 E2000 ..................................................................................................................................................17TABELA 6 - PRODUÇÃO VEGETAL NO MUNICÍPIO PEQUIZEIRO.....................................................................19TABELA 7 - CARACTERÍSTICAS DAS AGROINDÚSTRIAS PRESENTES NO MUNICÍPIO PEQUIZEIRO ..................19TABELA 8 - ORIGEM DOS PRODUTOS, QUANTIDADE ADQUIRIDA E PREÇOS (COMERCIAL CANAÃ) ..............21TABELA 9 NÚMERO DE ESCOLAS EM ATIVIDADE NAS PRINCIPAIS CIDADES DA MICRO REGIÃO DO MUNICÍPIODE PEQUIZEIRO ..................................................................................................................................23P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 3


TABELA 10 - NÍVEIS NUTRICIONAIS ANALISADOS E RESULTADOS. ..............................................................30TABELA 11 - NÍVEIS NUTRICIONAIS ANALISADOS E RESULTADO.................................................................31TABELA 12 - NÍVEIS NUTRICIONAIS ANALISADOS E RESULTADO.................................................................31TABELA 13 - NÍVEIS NUTRICIONAIS ANALISADOS E RESULTADO.................................................................31TABELA 14 - CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO DO ASSENTAMENTO CACHOEIRA ...............................................35TABELA 15 - ÁREAS DESTINADAS À PRESERVAÇÃO PERMANENTE ..............................................................36TABELA 16 - PRINCIPAIS ANIMAIS ENCONTRADOS NO ASSENTAMENTO CACHOEIRA...................................37TABELA 17 - PRINCIPAIS ÁRVORES ENCONTRADAS NO ASSENTAMENTO CACHOEIRA .................................42TABELA 18 - OS PRINCIPAIS ESTRATOS DO AGROECOSSISTEMA DO PROJETO DE ASSENTAMENTO CACHOEIRA..........................................................................................................................................................43TABELA 19 - LIMITAÇÕES E POTENCIALIDADES (FOFA) DA ÁREA NATURAL DO ASSENTAMENTOCACHOEIRA .......................................................................................................................................46TABELA 20 - REALIDADE E DESEJO DO MEIO NATURAL DO ASSENTAMENTO CACHOEIRA...........................47TABELA 21 - ESTRATÉGIAS DE AÇÃO DO MEIO NATURAL DO ASSENTAMENTO CACHOEIRA........................48TABELA 22 - OPERACIONALIZAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS NO MEIO NATURAL DO ASSENTAMENTO CACHOEIRA..........................................................................................................................................................49TABELA - 23 DISTRIBUIÇÃO POPULACIONAL DO PROJETO DE ASSENTAMENTO CACHOEIRA........................51TABELA 24 - LIMITAÇÕES E POTENCIALIDADES EM RELAÇÃO À INFRA-ESTRUTURA DO PROJETO DEASSENTAMENTO CACHOEIRA (FOFA) ...............................................................................................54TABELA 25 - PROBLEMATIZAÇÃO DA REALIDADE DA INFRA-ESTRUTURA DO PROJETO DE ASSENTAMENTOCOCHOEIRA .......................................................................................................................................55TABELA 26 - ESTRATÉGIAS DE AÇÃO DA INFRA-ESTRUTURA DO PROJETO DE ASSENTAMENTO CACHOEIRA..........................................................................................................................................................55TABELA 27 - OPERACIONALIZAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE AÇÃO DA INFRA-ESTRUTURA DO PROJETO DEASSENTAMENTO CACHOEIRA.............................................................................................................56TABELA 28 - GRAU DE ESCOLARIDADE POR GÊNERO E FAIXA ETÁRIA DO PROJETO DE ASSENTAMENTOCACHOEIRA. ......................................................................................................................................57TABELA 29 - LIMITAÇÕES E POTENCIALIDADES DA EDUCAÇÃO, CULTURA E LAZER (FOFA). DO PROJETO DEASSENTAMENTO CACHOEIRA. ...........................................................................................................58TABELA 30 - PROBLEMATIZAÇÃO DA REALIDADE DA EDUCAÇÃO, CULTURA E LAZER. ...............................59TABELA 31 - ESTRATÉGIAS DE AÇÃO DA EDUCAÇÃO, CULTURA E LAZER....................................................59TABELA 32 - OPERACIONALIZAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DA EDUCAÇÃO, CULTURA E LAZER........................61TABELA 33 - LIMITAÇÕES E POTENCIALIDADES DA SAÚDE, SANEAMENTO BÁSICO. ....................................62TABELA 34 - PROBLEMATIZAÇÃO DA REALIDADE EM RELAÇÃO A SAÚDE E SANEAMENTO NOASSENTAMENTO CACHOEIRA ............................................................................................................63TABELA 35 - ESTRATÉGIAS DE AÇÃO REALIDADE EM RELAÇÃO A SAÚDE E SANEAMENTO NOASSENTAMENTO CACHOEIRA.............................................................................................................63TABELA 36 - OPERACIONALIZAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS REALIDADE EM RELAÇÃO A SAÚDE E SANEAMENTONO ASSENTAMENTO CACHOEIRA.......................................................................................................64TABELA 37 - DIAGRAMA DE FLUXO DO PROJETO DE ASSENTAMENTO CACHOEIRA....................................66P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 4


TABELA 38 - QUANTIDADE DE ANIMAIS DENTRO DO PROJETO DE ASSENTAMENTO CACHOEIRA...............70TABELA 39 - LIMITAÇÕES E POTENCIALIDADES DOS SISTEMAS AGROPECUÁRIOS E EXTRATIVISMO...........73TABELA 40 - PROBLEMATIZAÇÃO DA REALIDADE E DESEJO DOS SISTEMAS AGROPECUÁRIOS EEXTRATIVISMO ..................................................................................................................................74TABELA 41 - ESTRATÉGIAS DE AÇÃO DOS SISTEMAS AGROPECUÁRIOS E EXTRATIVISMO..........................75TABELA 42 - OPERACIONALIZAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DOS SISTEMAS AGROPECUÁRIOS E EXTRATIVISMO..........................................................................................................................................................76TABELA 43 - LIMITAÇÕES E POTENCIALIDADES (FOFA) DOS SERVIÇOS DE APOIO À PRODUÇÃO DOASSENTAMENTO CACHOEIRA ............................................................................................................81TABELA 44 - PROBLEMATIZAÇÃO DA REALIDADE DOS SERVIÇOS DE APOIO À PRODUÇÃO DOASSENTAMENTO CACHOEIRA. ...........................................................................................................82TABELA 45 - ESTRATÉGIAS DE AÇÃO DOS SERVIÇOS DE APOIO À PRODUÇÃO DO ASSENTAMENTOCACHOEIRA. ......................................................................................................................................82TABELA 46 - OPERACIONALIZAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE AÇÃO DOS SERVIÇOS DE APOIO À PRODUÇÃONO ASSENTAMENTO CACHOEIRA.......................................................................................................83TABELA 47 - DESEJO TEMPORAL DO ASSENTAMENTO CACHOEIRA ............................................................84P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 5


1. APRESENTAÇÃOO Plano de Desenvolvimento do Projeto de Assentamento – PDA, foiviabilizado pelo convênio entre o Instituto de Colonização e Reforma Agrária –INCRA, pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Empresas – SEBRAE. Foiconstruído pelo trabalho conjunto da equipe de técnicos consultores doSEBRAE, das famílias de produtores assentados e com o apoio dosempreendedores sociais e técnicos executores do INCRA.Este documento expressa o interesse da comunidade. Foi realizado umdiagnóstico considerando tanto os aspectos internos e externos aoassentamento, observando tanto os potenciais, como também as necessidadese dificuldades das famílias assentadas.Com base neste diagnóstico foi discutido e elaborado um plano de ação paraque sejam viabilizadas as potencialidades e diminuídas as limitações para quese chegue ao desenvolvimento sustentável da comunidade. Entretanto, paraque as expectativas das pessoas envolvidas neste trabalho possam seratendidas será necessário que os encaminhamentos sejam tomados tão logo otrabalho seja entregue, porque o processo de desenvolvimento é dinâmico e asnecessidades mudam com o passar do tempo.Espera-se que este documento sirva como ferramenta de orientação àaplicação racional dos recursos disponibilizados para os parceiros envolvidosno processo de desenvolvimento.ObjetivosO objetivo deste trabalho foi compreender junto com as famílias assentadas arealidade em que estão inseridas e construir, a partir de suas expectativas, umplano de desenvolvimento legítimo, participativo e ao mesmo temposustentável para o projeto de assentamento.MetodologiaP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 6


Este trabalho foi desenvolvido por equipes de profissionais multidisciplinares.As equipes tinham o objetivo de fazer o diagnóstico da micro-região queenvolve o assentamento, bem como de aspectos internos ao assentamento econtribuir na elaboração dos planos de ação para o desenvolvimentopretendido. Para atender ao objetivo proposto pelo trabalho foram usadasmetodologias de diagnóstico participativo, como o DRP – Diagnóstico RápidoParticipativo.O DRP é uma metodologia de diagnóstico que permite que seja feitorapidamente o levantamento de dados com a participação e interação dasfamílias. O método permite que sejam levantados dados subjetivos que nãoaparecem, por exemplo, no preenchimento de questionários objetivos. Estametodologia é composta por técnicas que foram usadas no decorrer dotrabalho e que serão descritas na seqüência em que apareceram.Além das técnicas de DRP as equipes usaram questionários com perguntasfechadas (preenchidas com “x” ou com números, simplesmente) e a FOFA. AFOFA é uma técnica em que são levantadas as potencialidades e limitaçõesinternas e externas ao assentamento.As equipes seguiram a seguinte seqüência de trabalho:- As equipes foram para o campo de posse dos dados básicos doassentamento (número de famílias e localização), nome dos técnicos doINCRA responsáveis pelo assentamento e dados do IBGE em relação aomunicípio e microrregião de influência do assentamento.- Assim que as equipes chegaram no município em que residiriam por trêsmeses, que era o período destinado para o trabalho de campo, entraram emcontato com a prefeitura do município. Apresentaram o programa ao prefeito esecretários e fizeram a primeira reunião de apresentação do trabalho para adiretoria das associações e para a comunidade, em alguns casos com aparticipação dos técnicos do INCRA.- Na primeira reunião de apresentação do trabalho com a diretoria foipreenchido o questionário 5 - Organização associativa da comunidade – queestá no ANEXO 2. Na reunião seguinte com a comunidade toda foi feita aconstrução de mapas temáticos, foi aplicada a técnica do Diagrama de Venn ea comunidade foi dividida em grupos e preenchidos os questionários 6 –P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 7


Educação – que está no ANEXO 2 e questionário 14 – Distribuição territorial,agricultura, pecuária e aproveitamento da força de trabalho, meio ambiente,saúde, transporte e lazer – que está no ANEXO 2.DIAGRAMA DE VENNO diagrama de Venn é uma técnica usada para conhecer quais entidadesgovernamentais e não governamentais são importantes para a comunidade ese elas tem atuação ou não no assentamento.Para desenvolver esta técnica é desenhado um círculo grande que deve seridentificado como o assentamento. São usados círculos de 3 tamanhosdiferentes, definidos pelos produtores, onde deve ser escrito o nome daentidade de acordo com a sua importância. O circulo menor é usado paraindicar que a entidade é pouco importante e o maior, muito importante. Oscírculos são depois colocados dentro ou fora da área definida comoassentamento de acordo com a atuação da entidade. Se a entidade for atuanteo seu círculo ficará dentro do assentamento se é pouco atuante, parte dentro eparte fora e senão é atuante fica completamente fora do assentamento.MAPA TEMÁTICOO mapa temático é uma técnica feita com as pessoas que mais conhecem aárea e sempre com a contribuição de mais pessoas. É feita com o objetivo deconhecer a área física do assentamento. Nele são desenhados o perímetro, asdivisas, o relevo, a vegetação, os recursos hídricos, os pontos de referência doassentamento (escolas, sede), os tipos de solo diferentes, as estradas e outrasinformações que forem interessantes.Os produtores usam o material de desenho que preferirem e que tiveremdisponível, ou na própria terra, ou direto no papel, ou no quadro negro e depoisos dados são transcritos para o papel.Na reunião de apresentação do programa é discutido ainda, com a diretoria onome de pessoas da comunidade, de preferência jovens ou mulheres, quepodem trabalhar junto com a equipe como pesquisadores locais. OsP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 8


pesquisadores locais teriam o objetivo de acompanhar o trabalho da equipe,participando de reuniões e demais atividades sendo referência para acomunidade em relação ao PDA. Os pesquisadores também trabalharamrealizando as entrevistas para preenchimento do questionário “por família” comas famílias do assentamento.- As equipes fizeram coleta de dados no município sobre educação, saúde emercado.- As equipes fizeram capacitação dos pesquisadores locais para que elespudessem fazer as entrevistas com as famílias. A partir do mapa temático foifeita a caminhada na área para reconhecimento das informações, coleta desolo da área e da vazão dos rios e córregos.- Os pesquisadores locais aplicaram o questionário “por família”. Noquestionário tem informações sobre histórico da ocupação, organizaçãoterritorial, infra-estrutura social, sistema produtivo, créditos e caracterizaçãoambiental. Este questionário está no ANEXO 3.- Foi feita a aplicação das técnicas Diagrama de fluxo e Calendário Sazonalpara conhecimento do sistema produtivo e da Rotina Diária para conhecimentoda distribuição de atividades entre as pessoas da família.DIAGRAMA DE FLUXO (entre e sai)O diagrama de fluxo é uma técnica que permite aos produtores ver quais osprodutos que são produzidos, quais são vendidos, quais são comprados, ondesão vendidos e onde são comprados. Isso permite que vejam quais os produtosque tem maior dependência de insumos “da cidade”, quais são usados comoestratégia de inserção da comunidade no mercado e quais são de subsistência.Para desenvolver esta técnica é apresentada uma cartolina em que deve sercolocado o que é produzido no assentamento, outra cartolina onde deve sercolocado o que é usado para produzir cada produto e onde são adquiridos osinsumos, e em outra cartolina deve ser colocado o que sai do assentamento eonde é vendido.- O diagnóstico da área foi encerrado com a aplicação da FOFA. A FOFA éuma técnica em que se levanta, de acordo com a visão da comunidade, dadosP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 9


internos sobre o assentamento (fraquezas e fortalezas) e dados externos(ameaças e potencialidades). Essa técnica fecha o diagnóstico e inicia oplanejamento das estratégias de ação para diminuir as limitações e viabilizar aspotencialidades levantadas na FOFA.CALENDÁRIO SAZONALO calendário sazonal é usado para identificar a distribuição de atividades dosistema produtivo ao longo do ano.Para a construção dessa técnica os produtores apresentam as atividadesdesenvolvidas nos meses do ano, a começar pelo mês em que começa ocalendário agrícola deles (geralmente em maio com a preparação das terras).A distribuição de atividades segue ao longo dos outros meses até fechar o anotodo.ROTINA DIÁRIAA rotina diária é uma técnica que permite compreender a distribuição deatividades entre os membros da família.Essa atividade é construída com os homens, as mulheres e com os jovens emseparado e é feita a descrição da rotina de trabalho deles durante o dia todo.Depois em plenária é apresentado para a comunidade toda o resultado.A confrontação dos dados permite que seja percebido a importância de cadaparticipante da família no processo produtivo.- Depois da FOFA foi feita a eleição de prioridades que seriam trabalhadas pelacomunidade neste momento e iniciado o planejamento das estratégias de açãocom as técnicas Realidade Desejo, Estratégias de Ação e Operacionalizaçãodas Estratégias de Ação. Ao final foram apresentados indicadores de sucessopara que a comunidade possa verificar com o passar do tempo se suaestratégia de ação foi eficiente para resolver o problema.O planejamento foi feito somente em cima das prioridades levantadas pelosprodutores.- Durante a condução do trabalho a FOFA e o planejamento das estratégias deação foram realizados em uma reunião (que em alguns casos durou mais deP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 10


um dia) e trataram dos vários temas (saúde, educação, sistema produtivo)abordados pelo diagnóstico. Entretanto, neste documento estão apresentadoso diagnóstico de cada tema e em seguida está descrito o resultado da FOFA eas estratégias de ação em relação àquele tema específico. Por isso não háneste documento uma parte específica chamada de Plano de Ação.P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 11


∆ÂÏÂ˘Ù·›· Á›ÓÂÙ·È appleÔχ˜ ÏfiÁÔ˜ ÁÈ· ÙËÓ ¤ÏÏÂÈ„Ë ÂÍÂȉÈÎÂ˘Ì¤ÓˆÓÛÙÂϯÒÓ appleÏËÚÔÊÔÚÈ΋˜ ÛÙËÓ ÂÏÏËÓÈ΋ ·ÁÔÚ¿. ‡ÌʈӷÌ ÙËÓ ÂÌappleÂÈÚ›· Û·˜ ÈÛ¯‡ÂÈ Î¿ÙÈ ·Ó¿ÏÔÁÔ Î·È appleˆ˜ ÌappleÔÚ› Ó· ÍÂappleÂÚ·ÛÙ›;∞ √ æ ∂ π ∏ ¤ÏÏÂÈ„Ë ÂÍÂȉÈÎÂ˘Ì¤ÓˆÓ ÛÙÂϯÒÓ ÛÙÔ ¯ÒÚÔ Ù˘ appleÏËÚÔÊÔÚÈ΋˜ Â›Ó·È ·Ó·ÌÊÈÛ‚‹ÙËÙ· ¤Ó· appleÚfi‚ÏËÌ·,ÙÔ ÔappleÔ›Ô Ë Î¿ı Âappleȯ›ÚËÛË appleÚÔÛapple·ı› Ó· ·ÓÙÈÌÂÙˆapple›ÛÂÈ ÛÙÔ appleÏ·›ÛÈÔ ÙˆÓ ·Ó·ÁÎÒÓ Î·È ÙˆÓ‰˘Ó·ÙÔÙ‹ÙˆÓ Ù˘. °È· ÙËÓ Altec Û˘ÁÎÂÎÚÈ̤ӷ ÙÔ appleÚfi‚ÏËÌ· Ù›ıÂÙ·È appleÔÏÏ·appleÏ·ÛÈ·ÛÙÈο, Î·È ·˘Ùfi ÁÈ·Ù›‰ÂÓ ¤¯ÂÈ ÌfiÓÔ Ó· ·ÓÙÈÌÂÙˆapple›ÛÂÈ ÙȘ ·Ó¿ÁΘ appleÔ˘ ‰ËÌÈÔ˘ÚÁÔ‡ÓÙ·È ·applefi ÙËÓ ÂÁ¯ÒÚÈ· ·ÁÔÚ¿, ·ÏÏ¿ Âapple›Û˘ӷ ηχ„ÂÈ Û ¤Ó· ÌÂÁ¿ÏÔ ‚·ıÌfi Î·È ÙȘ ·Ó¿ÁΘ ÙˆÓ ÂÎÙfi˜ ∂ÏÏ¿‰·˜ ı˘Á·ÙÚÈÎÒÓ Ù˘. ŒÓ· ηÏfi apple·Ú¿‰ÂÈÁÌ·Â›Ó·È Ë appleÂÚ›appleÙˆÛË ÙÔ˘ ¤ÚÁÔ˘ Ù˘ Petrom appleÔ˘ ·Ó·Ï¿‚·Ì appleÚfiÛÊ·Ù· ÛÙË ƒÔ˘Ì·Ó›· appleÚÔ¸appleÔÏÔÁÈÛÌÔ‡5,2 ÂηÙÔÌ̇ÚÈ· ¢ÚÒ. ∆Ô ¤ÚÁÔ ·˘Ùfi ÛÙÔ˘˜ 20 Ì‹Ó˜ appleÔ˘ ı· ‰È·ÚΤÛÂÈ Ë ˘ÏÔappleÔ›ËÛ‹ ÙÔ˘ ı· ·apple·Û¯ÔÏ‹ÛÂÈÌÂÁ¿ÏÔ ·ÚÈıÌfi Ì˯·ÓÈÎÒÓ ˘„ËÏ‹˜ ÂÍÂȉ›Î¢Û˘ ·applefi ÙËÓ ∂ÏÏ¿‰·, ÛÙȘ ‰È¿ÊÔÚ˜ Ê¿ÛÂȘ ÙÔ˘, ¯ˆÚ›˜ Ó·¡›ÎÔ˜ ∫ÔÛÎÈÓ¿˜,˘appleÔÏÔÁ›ÛÔ˘ÌÂ Î·È ÙÔ appleÚÔÛˆappleÈÎfi Ù˘ ı˘Á·ÙÚÈ΋˜ Ì·˜ appleÔ˘ ı· ÂÌappleϷΛ. ∫·Ù¿ ÙËÓ ¿appleÔ„‹ Ì·˜ ÙÔ appleÚfi‚ÏËÌ·∞Ó·appleÏËÚˆÙ‹˜ °ÂÓÈÎfi˜ı· ÂÓÙ·ı› fiÙ·Ó ı· ÍÂÎÈÓ‹ÛÔ˘Ó Ù· ¤ÚÁ· ÙÔ˘ °’ ∫ fi¯È ÌfiÓÔ ÏfiÁˆ ÙÔ˘ fiÁÎÔ˘, ·ÏÏ¿ Î·È ÂappleÂȉ‹ Ë Î·ı˘ÛÙ¤ÚËÛˢȢı˘ÓÙ‹˜ ∞ltec¤Ó·Ú͢ ¤¯ÂÈ Û˘ÚÚÈÎÓÒÛÂÈ ·ÈÛıËÙ¿ ÙÔ ¯ÚÔÓÈÎfi ÔÚ›˙ÔÓÙ· Ù˘ ˘ÏÔappleÔ›ËÛ‹˜ ÙÔ˘˜. ªÂ Ù· apple·Ú·apple¿Óˆ ‰Â‰ÔÌ¤Ó·Î·È ·Ó ÍÂÎÈÓ‹ÛÔ˘Ó Ù· ¤ÚÁ· ÙÔ˘ °’ ∫ ‰Â ı· Ì·˜ apple·Ú·ÍÂÓ¤„ÂÈ ÙÔ ÁÂÁÔÓfi˜ Ó· ‰Ô‡Ì ÂÏÏËÓÈΤ˜ ÂappleȯÂÈÚ‹ÛÂȘ appleÏËÚÔÊÔÚÈ΋˜ Ó· ·Ó·˙ËÙÔ‡ÓapplefiÚÔ˘˜ ÛÙÔ Â͈ÙÂÚÈÎfi, ›Ù ˆ˜ ˘appleÂÚÁÔÏ¿‚Ô˘˜ ›Ù ˆ˜ ÌÂÌÔӈ̤Ó˜ appleÚÔÛÏ‹„ÂȘ. ∞applefi ÙËÓ ¿ÏÏË appleÏÂ˘Ú¿ ‰ÂÓ appleÚ¤appleÂÈ Ó· apple·Ú·‚Ϥ„Ô˘ÌÂÙÔ ÚfiÏÔ ÙˆÓ ∞∂π Î·È ∆∂π, appleÔ˘ apple·Ú¿ Ù· ‚‹Ì·Ù· appleÔ˘ ¤ÁÈÓ·Ó Ù· ÙÂÏÂ˘Ù·›· ¯ÚfiÓÈ· appleÚÔÎÂÈ̤ÓÔ˘ Ó· ÌÈÎÚ‡ÓÂÈ ÙÔ ¯¿ÛÌ· ·Ó¿ÌÂÛ· ÛÙ·appleÚÔÁÚ¿ÌÌ·Ù· ÂÎapple·›‰Â˘Û˘ Î·È ÙȘ ·Ó¿ÁΘ Ù˘ apple·Ú·ÁˆÁ‹˜, Û›ÁÔ˘Ú· ˘apple¿Ú¯ÂÈ ·ÎfiÌ· ·ÚÎÂÙfi˜ ‰ÚfiÌÔ˜ Ó· ‰È·Ó‡ÛÔ˘ÌÂ. ÚÔ˜ ÙÔapple·ÚfiÓ ÔÈ ÂappleȯÂÈÚ‹ÛÂȘ ·ÓÙÈÌÂÙˆapple›˙Ô˘Ó ÙÔ appleÚfi‚ÏËÌ· Ì ÂÍÂȉÈÎÂ˘Ì¤Ó· ÛÂÌÈÓ¿ÚÈ· appleÔ˘ apple·Ú¤¯Ô˘Ó ÛÙÔ appleÚÔÛˆappleÈÎfi ÙÔ˘˜ Î·È appleÔ˘ appleÔÏϤ˜ÊÔÚ¤˜ Â›Ó·È ·Ó·Áη›· ÁÈ· ÙËÓ ·applefiÎÙËÛË appleÈÛÙÔappleÔ›ËÛ˘.∂›Ó·È appleϤÔÓ ÁÂÁÔÓfi˜ fiÙÈ Ë ·ÁÔÚ¿ Ù˘ appleÏËÚÔÊÔÚÈ΋˜ Î·È ÁÂÓÈÎfiÙÂÚ· Ù˘ ˘„ËÏ‹˜ Ù¯ÓÔÏÔÁ›·˜, ·Ó·appleÙ‡ÛÛÂÙ·È·ÏÏ¿ Î·È Û˘Á¯ÚfiÓˆ˜ ÌÂÙ·‚¿ÏÏÂÙ·È Ì ٿ¯ÈÛÙÔ˘˜ Ú˘ıÌÔ‡˜. ∏ Ú·Á‰·›· ·Ó¿appleÙ˘ÍË ÙˆÓ ÙÂÏÂ˘Ù·›ˆÓ ÂÙÒÓ ¤¯ÂÈÔ‰ËÁ‹ÛÂÈ ÛÙËÓ ÔÏÔ¤Ó· ·˘Í·ÓfiÌÂÓË ˙‹ÙËÛË ÂÍÂȉÈÎÂ˘Ì¤ÓˆÓ ÛÙÂϯÒÓ appleÏËÚÔÊÔÚÈ΋˜ appleÚÔÎÂÈ̤ÓÔ˘ Ó· ÂappleÈÙ¢¯ıÔ‡ÓÔÈ ÛÙfi¯ÔÈ ÙˆÓ Û˘ÁÎÂÎÚÈÌ¤ÓˆÓ ÂÙ·ÈÚÂÈÒÓ, ·ÏÏ¿ Î·È Ó· ·˘Í‹ÛÔ˘Ó ÙÔ Û˘ÁÎÚÈÙÈÎfi Î·È ·ÓÙ·ÁˆÓÈÛÙÈÎfi appleÏÂÔÓ¤ÎÙËÌ·ÙfiÛÔ ÂÁ¯ÒÚÈ· fiÛÔ Î·È ‰ÈÂıÓÒ˜.√È Û˘Ó¯fiÌÂÓ˜ ÂÍÂÏ›ÍÂȘ ‰ÂÓ Û˘Ì‚·‰›˙Ô˘Ó Ì ÙËÓ ·Ó¿ÏÔÁË appleÚÔÛÊÔÚ¿ ÂÚÁ·Û›·˜ ÙˆÓ ·ÓÙ›ÛÙÔȯˆÓ ÛÙÂϯÒÓÛÙËÓ ÂÏÏËÓÈ΋ ·ÁÔÚ¿. ÔÈΛÏÔ˘Ó ÔÈ ÏfiÁÔÈ ¤ÏÏÂȄ˘ Ù¤ÙÔÈˆÓ ÛÙÂϯÒÓ, ÙfiÛÔ ÁÈ·Ù› Ë ÂȉÈÎfiÙËÙ· ¤¯ÂÈ ÂÈÛ·¯ı›ٷ ÙÂÏÂ˘Ù·›· ¤ÙË ÛÙ· ·ÓÂappleÈÛÙ‹ÌÈ· fiÛÔ Î·È ÁÈ·Ù› Ù· ¿ÙÔÌ· appleÔ˘ ÊÔÈÙÔ‡Ó ÛÙÔ Â͈ÙÂÚÈÎfi ·appleÔÚÚÔÊÔ‡ÓÙ·ÈÛÙȘ ÙÔappleÈΤ˜ ·ÁÔÚ¤˜ ·applefi appleÔÏ˘ÂıÓÈΤ˜ ÂÙ·Èڛ˜ Ì ·ÓÙ·ÁˆÓÈÛÙÈÎfiÙÂÚÔ˘˜ ÌÈÛıÔ‡˜ (Û ۇÁÎÚÈÛË Ì ÙËÓ ÃÚ‹ÛÙÔ˜ ∫·ÈÓÔ‡ÚÁÈÔ˜,ÂÏÏËÓÈ΋ ·ÁÔÚ¿), ηıÒ˜ Î·È Ì appleÔÈÔÙÈο appleÚÔÁÚ¿ÌÌ·Ù· appleÂÚ·ÈÙ¤Úˆ ÂappleÈÌfiÚʈÛ˘ Î·È Âapple·Ê‹˜ Ì ÙȘ Û˘Ó¯Ҙ Úfi‰ÚÔ˜ ηȷ˘Í·ÓfiÌÂÓ˜ Ù¯ÓÔÏÔÁÈΤ˜ ÂÍÂÏ›ÍÂȘ.¢È¢ı‡ÓˆÓ ‡Ì‚Ô˘ÏÔ˜¢È·‰Èηۛ· ‡Ì‚Ô˘ÏÔÈ∏ ·Ï‹ıÂÈ· Â›Ó·È fiÙÈ ÙÔ Ê·ÈÓfiÌÂÓÔ ·˘Ùfi ÌappleÔÚ› Ó· ÌÂȈı› ·ÈÛıËÙ¿, ·Ó Ë ÂÏÏËÓÈ΋ ·ÁÔÚ¿ Û˘Ì‚·‰›ÛÂÈ appleÂÚÈÛÛfiÙÂÚÔ∂appleȯÂÈÚ‹ÛˆÓÌ ٷ ‰ÈÂıÓ‹ appleÚfiÙ˘apple· ÂÚÁ·Û›·˜ fiÛÔÓ ·ÊÔÚ¿ ÛÂ: Û˘Óı‹Î˜ ÂÚÁ·Û›·˜, apple·Î¤ÙÔ ·appleÔ‰Ô¯ÒÓ, appleÚÔÁÚ¿ÌÌ·Ù·appleÚfiÛıÂÙ˘ ÂappleÈÌfiÚʈÛ˘ (critical skills development), ÂÛÙ›·ÛË ÛÙÔÓ apple·Ú¿ÁÔÓÙ· ¿ÓıÚˆappleÔ, ÂÓ›Û¯˘ÛË Ù˘ ηÈÓÔÙÔÌ›·˜ ·ÏÏ¿ Î·È apple·Ú·Î›ÓËÛËÙˆÓ ÂÚÁ·˙ÔÌ¤ÓˆÓ ÁÈ· ÙËÓ ÂÓÂÚÁfi ÙÔ˘˜ Û˘ÌÌÂÙÔ¯‹ ÛÙȘ ·appleÔÊ¿ÛÂȘ ·ÏÏ¿ Î·È ÛÙËÓ apple·ÚÔ˘Û›·ÛË Ó¤ˆÓ ȉÂÒÓ.∂appleÈappleϤÔÓ, ı· ‹Ù·Ó ÛÎfiappleÈÌÔ Ù· ÂÎapple·È‰Â˘ÙÈο ȉڇ̷ٷ, Ù· ̤۷ Ì·˙È΋˜ ÂÓË̤ڈÛ˘ ·ÏÏ¿ Î·È Ù· ΤÓÙÚ· Âapple·ÁÁÂÏÌ·ÙÈÎÔ‡ appleÚÔÛ·Ó·ÙÔÏÈÛÌÔ‡Ó· ‰ÒÛÔ˘Ó Ì appleÈÔ ¤ÓÙÔÓÔ Î·È ·Ó¿ÁÏ˘ÊÔ ÙÚfiappleÔ ÛÙË Ó¤· ÁÂÓÈ¿ ÙÔ Ì‹Ó˘Ì· ÁÈ· ÙË ÛËÌ·Û›· Ù˘ ·Ó¿appleÙ˘Í˘ Ù˘ Ù¯ÓÔÏÔÁ›·˜ -ηıÒ˜Î·È ÁÈ· ÙȘ Ӥ˜ ı¤ÛÂȘ ÛÙÔ ¯ÒÚÔ Ù˘ appleÏËÚÔÊÔÚÈ΋˜ appleÔ˘ ‰ËÌÈÔ˘ÚÁÔ‡ÓÙ·È- ¤ÙÛÈ ÒÛÙ ӷ ÛÙÚ·ÊÔ‡Ó fiÏÔ Î·È appleÂÚÈÛÛfiÙÂÚÔÈ Ó¤ÔÈ ÛÙÔÛ˘ÁÎÂÎÚÈ̤ÓÔ ÎÏ¿‰Ô.∞ƒπ§π√-π√À¡π√ 200215


Obs. O projeto inicial era para 14 famílias, porém há hoje 16 famílias; este fatoocorreu pelo grande número de pessoas residindo no local.3. CENÁRIO SÓCIO-ECONÔMICO E AMBIENTAL DA REGIÃO DEINFLUÊNCIA DO PROJETO DE ASSENTAMENTOOs dados que constam neste capítulo são fruto de uma pesquisa realizada pelaequipe técnica do SEBRAE na região de influência do Projeto de Assentamentoe em órgãos governamentais e não governamentais. Os dados referentes àmicro região e o município onde está localizado o Projeto de Assentamentoservem como base para o planejamento das ações de desenvolvimento. Porexemplo, os dados climáticos da micro região podem nos auxiliar na definiçãoda época de plantio.Outro objetivo da coleta de dados no município é mostrar a participação doProjeto de Assentamento na região. Por exemplo, os dados sobre produçãoagropecuária do município podem ser usados para mostrar a importância daprodução do Assentamento (dados que estão no capítulo 4).O município de Pequizeiro que está localizado na região noroeste do estado doTocantins. Fazem parte da micro região de Pequizeiro os município: Juarina,Couto Magalhães, Goianorte, Colméia, Itaporã, Arapoema e Bernardo Sayão.Foram definidos como micro região os municípios que fazem divisa com omunicípio onde está o assentamento.CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DA MICRO REGIÃO DO PROJETO DEASSENTAMENTOEsses dados foram obtidos no Mapa de clima da Secretaria do Planejamentodo Estado do Tocantins – SEPLAN, na proposta de criação e Laudo de vistoriado projeto de assentamento e através de informações obtidas com as famíliasassentadas.O projeto de assentamento está localizado na Área de transição climática,segundo o mapa da SEPLAN, possuindo clima úmido, moderada deficiênciahídrica, com falta de chuva nos meses de Abril a Setembro e má distribuição dechuvas, com ocorrência de veranicos.P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 13


A precipitação pluviométrica (quantidade de chuva) média anual varia na faixaé de 1.300 a 1.900 mm e a ocorrência de chuvas está concentrada nos mesesde Outubro a Maio.A temperatura média da região é de 28º C, a umidade relativa gira em torno de75 a 80%.REPRESENTAÇÃO DA BACIA E SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DA ÁREA EMQUE ESTÁ INSERIDO O PROJETO DE ASSENTAMENTO E CONDIÇÕES DECONSERVAÇÃOEssas informações foram adquiridas com as famílias assentadas, durante aconstrução do mapa temático, por verificação “in loco”, feita pela equipedurante a caminhada pela área e extraída do laudo de vistoria feito peloINCRA.A região de influência pertence à bacia hidrográfica do rio Araguaia e a subbaciado rio Bananal.Os recursos hídricos nas áreas antes do assentamento estão sendo usadosprincipalmente para uso animal (pecuária). Em vários pontos é possívelobservar que a vegetação original em torno dos rios e córregos é comumentedesmatada para o cultivo de pastagens, e, algumas vezes, outras culturasanuais, tais como hortaliças, arroz, milho, mandioca, etc. No entanto, o uso deagrotóxicos é mínimo.A vegetação fora do assentamento, no entorno do rio Barreiras, é do tipofloresta, ocorrendo matas do tipo de transição, encontrando-se de regular aruim estado de conservação. No córrego Fala Brava, a vegetação é do tipomata de galeria e encontra-se de ruim a médio estado de conservação.SITUAÇÃO DEMOGRÁFICA, FUNDIÁRIA E SÓCIO-ECONÔMICA DOMUNICÍPIO E MICRO REGIÃO.As informações sistematizadas neste item foram baseadas em dados do IBGE,dados obtidos no município de Pequizeiro e micro região e dados fornecidospelas famílias assentadas.No município de Pequizeiro houve uma migração da zona urbana para a zonarural entre os anos 1996 e 2000, conforme a tabela 1. Pelo número total dehabitantes do município nesse período, pode-se observar que houve umP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 14


crescimento populacional de 7,60%. O projeto de assentamento corresponde a1,44% da população do município.Tabela 1 - Situação demográfica do município de PequizeiroPopulação 1996 % 2000 %Rural 1.333 37,29 1.817 46,97Urbana 2.241 62,60 2.051 53,02Número total de habitantes no 3.574 100 3.868 100municípioFonte: IBGE, ano 1996 e 2000.Tabela 2 - Situação demográfica dos municípios da micro região de PequizeiroCidades da1996 2000micro região Urbana Rural total Urbana Rural TotalCouto 1.993 2.365 4.358 1.835 2.500 4.335MagalhãesGoianorte 2.258 2.876 5.134 2.257 2.582 4.839Colméia 6.358 2.994 9.352Arapoema 5.130 3.563 8.693 5.503 1.522 7.025Itaporã 1.581 1.633 3.214 1.552 970 2.522Bernardo 1.860 2.459 4.319 1.994 2.557 4.551SayãoJuarina 943 1.433 2.376 1.142 1.191 2.333Total 13.765 14.329 28.094 20.641 14.316 34.957Fonte: IBGE, 1996 e 2000.De acordo com dados dos censos de 1996 e 2000, foi possível observar quehouve diminuição da população rural e aumento da população urbana emalguns município da micro região de Pequizeiro tais como: Juarina, no qual apopulação rural no censo de 1996 era de 60% e diminuiu para 50% em 2000; ea urbana aumentou de 40% para 50%; em Goianorte, a população ruraldiminuiu de 55% para 53% e a urbana aumentou de 45% para 47%.Já Outros municípios da micro região tiveram aumento da população rural ediminuição da urbana. Foram eles: Itaporã do Tocantins, no qual a populaçãourbana diminuiu de 52% para 38% e a rural aumentou de 46 % para 61%, nosegundo senso; Couto Magalhães, onde a população rural aumentou de 54%P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 15


no censo de1996 para 57%, no censo de 2000 e a urbana diminuiu de 46%para 43% em 2000; e Colméia, onde a população rural aumentou de 30% para32% e a urbana diminuiu de 70% para 68%Nos municípios de Arapoema e Bernardo Sayão, a população praticamente semanteve estável, pois em Arapoema a população da zona rural era de 21% eaumentou para 22% e a população da zona urbana, que era de 79%, diminuiupara 78% e em Bernardo Sayão a população rural aumentou de 56% para 57%e a população urbana diminuiu de 44% para 43%.Estrutura fundiária do município PequizeiroNo município Pequizeiro, embora existam grandes propriedades, a região éformada principalmente por pequenas propriedades, conforme a Tabela 2.Segundo dados do IBGE (1996), das 261 propriedades existentes nomunicípio, a maioria das propriedades (32,46%) se enquadra no tamanho de20 a menos 50 hectares.Alguns municípios da micro região também possuem a maioria daspropriedades nos tamanhos de 20 a menos de 50 hectares, tais comoBernardo Sayão, com 39,52% das propriedades, Couto Magalhães, com 32% eJuarina, com 44% das propriedades.Já nos municípios de Itaporã, com 22,8% e Colméia, com 26%, a maioria daspropriedades possui o tamanho de 50 a menos 100 hectares.Nos municípios de Arapoema 21% e Goianorte 24,20% o tamanho da maioriadas fazendas varia de 100 a menos de 200 hectares.Tabela 3 - Estrutura fundiária do município Pequizeiro.Propiedades 1996 %1 a menos2 ha 1 0,382 a menos de 5 3 1,115 a menos de 10 6 2,2910 a menos de 20 7 2,6820 a menos de 50 87 32,4650 a menos de100 58 22,22100 a menos de 200 38 14,55200 a menos de 500 27 10,34500 a menos de 1000 11 4,21P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 16


1000 a menos de 2000 11 4,212000 a menos de 5000 10 3,835000 a menos de 10000 1 0,3810000 a menos de 100000 1 0,38Total 261 100Fonte: IBGE, 1996.A maioria das famílias no município de Pequizeiro, tanto da zona rural quantoda zona urbana, possui renda média em torno de menos de 1 salário mínimo,conforme está expresso na tabela 4. A oferta de emprego em Pequizeiro éproveniente principalmente de cargos ofertados pelo Estado e deestabelecimentos comerciais instalados na região.Tabela 4 - Número de domicílios distribuídos segundo a classe de renda nomunicípio de PequizeiroCLASSES DE RENDIMENTO PEQUIZEIROrural urbanasem rendimento 19 93menos de 1 salário 302 222de 1 a 2 salários 172 121de 2 a 5 salários 74 87de 5 a 10 salários 18 33Fonte: IBGE, 2000Comparando os dados do censo agropecuário de 1996 e 2000, é possívelobservar que houve um aumento de 29,21% no número de cabeças bovinas,de 5,55% no número de suínos, de 7,69% no número de caprinos e de 5,90%no número de eqüídeos. Houve uma diminuição de 9,09% no número de aves,conforme os dados da tabela 5.Tabela 5 - Número de animais de interesse zootécnico no município Pequizeironos anos 1996 e 2000NÚMERO DE CABEÇASP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 17


1996 2000Bovinos 63.000 89.000Suínos 1.700 1.800Aves (galinhas) 11.000 10.000Eqüídeos (eqüinos, asininos e muares) 1.195 1.270Caprino/ovino 600 650Fonte: IBGE 1996 e 2000.No município de Bernardo Sayão houve um aumento de 62% no rebanhobovino, que era de 93.500. Houve uma diminuição de 42% no rebanho suíno,que era de 2.500. O número de aves, que era de 10.100 cabeças no censo de1996, diminuiu em 22%.Em Arapoema houve um aumento de 35,29%, sobre 102.000 cabeças debovinos, houve uma diminuição no número de suínos de 9,42% sobre 1.380cabeças e houve um aumento de 6,25% sobre 3.200 aves.Em Colméia o número de cabeças bovinas, de acordo com o ultimo censo, erade 46.000, havendo 650 suínos, e 11.000 aves (galinhas).Em Itaporã do Tocantins, houve um aumento de 51% sobre o rebanho bovinode 1996, que era de 68.500, e uma diminuição de 33,33% no número decabeças de suínos que era de 1.650 e também uma diminuição de 21% nonúmero de aves (Galinhas).No município de Goianorte, houve um aumento de 30,27% no rebanho bovino,que era de 54.500; em suínos, o aumento foi de 47% no número de cabeças,que era de 1.120; e o número de aves se manteve estável, com 10.500cabeças.Em Juarina, houve um aumento de 31,57% no rebanho bovino, que era de19.000; em suínos houve uma diminuição de 75% no número de cabeças, queera de 1.750. As aves tiveram uma diminuição de 10% em seu número decabeças, que era de 9550.Na cidade de Couto Magalhães, o número de bovinos se manteve estável em38.500, em relação ao último censo agropecuário, em suínos houve umadiminuição de 37,83% no número de cabeças, que era de 1.850; e o número deaves se manteve estável em 9.000 cabeças.P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 18


Em relação à produção vegetal, a cultura do milho é a que ocupa maior áreaplantada no município de Pequizeiro. Destacam-se ainda as culturas do arroz eda mandioca, que tiveram um aumento significativo entre os anos de 1996 a2000, conforme dados da tabela 6.Tabela 6 - Produção vegetal no município PequizeiroPRODUÇÃO Área (ha) PRODUÇÃO (t) RENDIMENTO (k/ha)VEGETAL 1996 2000 1996 2000 1996 2000Arroz 300 350 450 560 1.500 1.600Milho 350 450 630 810 1.800 1.800Feijão 60 70 18 21 300 300Mandioca 70 70 1.050 1.050 15.000 15.000Fonte: IBGE, 1996 e 2000Rendimento médio em kg/ha das principais culturas dos municípios da microregião de Pequizeiro.CULTURAS ARROZ FEIJÃO MILHO MANDIOCAPequizeiro 1.227 a 1.403 200 a 300 1.200 a 1800 22.500 a 26.000Juarina 1.227 a 1.403 200 a 300 1.200 a 1800 22.500 a 26.000Couto Magalhães 1.227 a 1.403 200 a 300 1.200 a 1800 22.500 a 26.000Goianorte 1.227 a 1.403 200 a 300 1.200 a 1800 22.500 a 26.000Colméia 1.227 a 1.403 200 a 300 1.200 a 1800 22.500 a 26.000Itaporã do Tocantins. 1.227 a 1.403 200 a 300 1.200 a 1800 12.000 a 15.500Arapoema 1.051 a 1.227 300 a 400 1.200 a 1800 12.000 a 15.500Bernardo sayão 1.051 a 1.227 300 a 400 1.200 a 1800 12.000 a 15.500Fonte: diretoria de pesquisa de informações/SEPLAM 1996Neste município existem quatro agroindústrias, sendo um laticínio, umamadeireira e duas cerealistas, conforme dados da tabela 6; e também onzecasas comerciais, sendo a maioria do ramo de secos e molhados, conformedado da tabela 7.Tabela 7 - Características das agroindústrias presentes no municípioPequizeiroP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 19


Tipo de agroindústria QuantidadeLaticínio 1Cerealista 02Madeireira 01Fonte: Censo empresarial do SEBRAETabela 7 - Casas comerciais existentes no município Pequizeiro.Casas comerciais pequizeiroexistentes na cidadeMini Mercado 04Sacolão 01Casa agropecuária 02Comercio Varejista 03Posto de Combustível 01Fonte: Fonte: Censo empresarial do SEBRAE e levantamento de informaçõesno município.Segundo o Censo Empresarial do SEBRAE, a distribuição das principais casascomerciais dos municípios da micro região de Pequizeiro está composta daseguinte maneira:Juarina possui uma agroindústria, sendo 01 Laticínio. Possui 10 casascomerciais, divididas assim: 03 mini mercados; 01 casa de produtosagropecuária; 03 comércios varejistas e 01 posto de combustível.No município de Couto Magalhães existe uma agroindústria, sendo umacerealista, e também oito casas comerciais, sendo a maioria do ramo de secose molhados.Arapoema possui duas agroindústrias, sendo um laticínio e uma cerealista;também possui 14 casas comerciais, divididas assim: 04 mini mercados; 02casas de produtos agropecuários, 07 comércios varejistas e 01 posto decombustível.Goianorte possui duas agroindústrias, sendo um laticínio e uma cerealista;também possui 20 casas comerciais, divididas assim: 04 mini mercados; 15comércios varejistas e 01 posto de combustível.P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 20


Colméia possui 09 agroindústrias, sendo: 03 laticínios, 01 cerealista, 04madeireiras e 01 beneficiadora de produtos à base de carne. Também possui22 casas comerciais, divididas assim: 02 mini mercados; 02 casas de produtosagropecuários, 17 comércios varejistas e 01 posto de combustível.Bernardo Sayão possui uma agroindústria, sendo uma cerealista; tambémpossui 10 casas comerciais, divididas assim: 01 mini mercado; 08 comérciosvarejistas e 01 posto de combustível.Itaporã do Tocantins possui duas agroindústrias, sendo, uma cerealista e umlaticínio, onde é fabricado queijo minas. Também possui 04 casas comerciais,divididas assim: 01 mini mercado; 01 casa de produtos agropecuários e 02comércios varejistas.Fonte: Fonte: Senso empresarial do SEBRAE-TO e levantamento deinformações no município.De acordo com dados da pesquisa de mercado realizada nos principaiscomércios da cidade, foi verificada a seguinte demanda: ver dados da tabela 8e 9.Tabela 8 - Origem dos produtos, quantidade adquirida e preços (ComercialCanaã)Produto Origem Unidade Qtde preço Freqüênciade comprasArroz Colinas-TO fardos 50 34,00 Quinzenalfeijão Colinas-TO fardos 20 50,00 QuinzenalTapioca/polvilho Gurupi-TO fardos 03 14,25 QuinzenalOvos Anápolis-GO caixas 02 38,00 QuinzenalDoce Anápolis-GO caixa 02 20,65 QuinzenalSalame Palmas-TO Caixa 02 22,00 QuinzenalFarinha Gurupi-TO saco 02 44,00 QuinzenalFonte: questionário de pesquisa de mercado aplicado em estabelecimentoscomerciaisTabela 9 - Origem dos produtos, quantidade adquirida e preços (Armazém SãoBento)Produto Origem Unidade Qtde preço FreqüênciaP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 21


de comprasArroz Guaraí-TO fardos 100 35,00 Quinzenalfeijão Araguaína-TO fardos 40 48,00 MensalMilho Pedro Afonso- saco 02 27,00 TrimestralTOTapioca/polvilho Gurupí-GO Kg 100 0,80 MensalOvos Anápolis-GO Dúzia 1,50 20 SemanalQueijo B. Sayão-TO Kg 20 2,80 SemanalDoce Anápolis-GO caixa 04 187,20 MensalFarinha Araguaína-TO Kg 100 0,85 MensalFonte: questionário de pesquisa de mercado aplicado em estabelecimentoscomerciais.Os proprietários de comércio consideram os preços dos atuais fornecedorescaros, e dão mais importância, na hora da aquisição dos produtos junto aosfornecedores, ao prazo de pagamento, ao preço e à qualidade, sendo que aforma preferida de compra é a prazo.A compra é realizada através de intermediários, e a reposição de estoquesvaria de acordo com o produto.Segundo os comerciantes, a quantidade de produtos atende à demanda e sehouvesse outros fornecedores, com preços competitivos e com padrão dequalidade igual ou superior eles optariam por estes. E também dariamprioridade às empresas do Tocantins, para a compra de produtos primários.Em relação à educação, o município atende a 1159 alunos do ensinofundamental, 231 do ensino médio, mais 84 alunos da creche e 110 da préescola,somando um total de 1584 alunos, divididos em 02 escolas municipaisda zona urbana, 05 da zona rural e 02 escolas estaduais da zona urbana,conforme tabela 8.Tabela - 10 Número de escolas em atividade no município PequizeiroEscola pública municipal Escola pública estadual2000 2002 2000 2002Rural urbanarural Urbanarural urbanarural urbanaP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 22


Ensino5 1 1FundamentalNº de alunos 198 487 266 260 719 510Ensino médio 1Nº de alunos 173 231Ensino SuperiorNº de alunosCreche 1Nº de Crianças 84Pré-escolaNº de crianças 228 39 71Fonte: Secretaria da Educação regional de Guaraí, do município Pequizeiro.A relação do número de escolas existentes nas outras cidades da micro regiãoestá na tabela 11.Tabela 9 Número de escolas em atividade nas principais cidades da microregião do município de PequizeiroCIDADES ESCOLAS ESTADUAIS ESCOLAS MUNICIPAISURBANA RURAL URBANA RURALCouto Magalhães 2 1 2 11Goianorte 02 01 01 16Colméia 05 01 05 19Juarina - 01 01 04Itaporã 01 - 03 6Bernardo SayãoFonte: Secretaria regional da Educação do município de Guaraí – TO, 2002Em relação aos serviços de saúde, pode-se observar que do ano 2000 emrelação ao ano 2002, não houve aumento ou diminuição na estrutura física ehumana de atendimento. O município conta hoje com 01 posto de saúde, 01ambulância, especialistas em 03 áreas, sendo 01 clínico geral e 01 dentista e01 enfermeira padrão. Há ainda 02 agentes de saúde, que atendem na zonarural do município. As pessoas com doenças mais graves são encaminhadasP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 23


do resultado das análises laboratoriais de amostras do solo e de medidas devazão dos rios e córregos.Essas informações são a base para o planejamento do aproveitamento da áreapara produção agrícola e pecuária. São principalmente os fatores solo, relevo,recursos hídricos os que limitam ou possibilitam as atividades produtivas.A - Caracterização dos solos do Projeto de AssentamentoPrincipais tipos de solo encontrados no projeto de assentamento cachoeiraOs tipos de solo encontrados no assentamento são: latossolo vermelhoamarelo distrófico, com textura média e/ ou argilosa, sendo tambémencontrados os tipos de solo litólico, concrecionário e hidromórfico. Os tipos desolo estão representados no mapa de tipo de solo em anexo.Latossolos Vermelho-Amarelo:São comumente chamados de barro vermelho amarelado. Estes solos são decoloração vermelha, alaranjada ou amarela, muito profundos (>2,00m) friáveis,bastante porosos, de textura variável, com argila de baixa capacidade de trocade cátions e fortemente intemperizados. As características morfológicas maismarcantes são a grande profundidade, porosidade e a pequena diferença entreos horizontes. A localização destes tipos de solos dentro do P.A. compreendeuma faixa de terra que vai desde o lote do Sr. Milton Ferreira da Silva até o lotedo Sr. Gendrão Claudino Barbosa.Concrecionários:São comumente chamados de terra de cascalho, sendo solos constituídos poraltas concentrações lateríticas. Suas formas variam desde frações decascalhos soltos até calhaus e mantacões nos horizontes inferiores. Os perfissão profundos, podendo apresentar horizonte B latossólicos ou texturas. Amaioria dos solos é distrófica, apresentando carência generalizada denutrientes. São fortemente ácidos e de baixo teor de carbono nos horizontessuperiores, o que contribui para uma baixa CTC. Encontra-se este tipo de solodentro do P.A., numa faixa de terra que vai do lote do Sr. Engrácio Lopes Netoate o lote do Sr. Humberto Marcos.Litossolos:(litólico/ Cambissolo)P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 25


São comumente chamados de terra pedregosa; são solos delgados, possuindoum horizonte A de espessura inferior a 40 cm, assentada diretamente sobrerocha consolidada. Em geral, ocorre em rampas muito inclinadas, áreas derelevo montanhoso e ao lado de afloramento rochoso. São solos poucodesenvolvidos ou solos azonais. Possui horizonte A, diretamente assentadosobre o horizonte C, ou rocha consolidada. São encontrados com facilidadenuma faixa de terra que vai do lote do Sr. Onofre até parte do lote do Sr.Humberto Marcos.Hidromóficos:São comumente chamados de Varjão; são solos que se desenvolvem sob ainfluência de um lençol freático alto, portanto, estão a maior parte do temposaturados com água. Esta condição ocorre comumente em regiões de climaúmido, em áreas de topografia plana, nas encostas imediatamente adjacentesaos rios e lagos, ou nas depressões fechadas. Podem ser cultivadas nestessolos variedades de arroz e pastagens que suportam encharcamento. Estessolos são encontrados em maior quantidade dentro do P.A. em alguns lotesque ficam às margens do rio Barreiras (lote do Sr. Ronailton até o lote do Sr.José Francisco) e também do córrego Fala Brava (do Lote do Sr. José Ferreiraaté parte do lote do Sr. Gendrão).CAPACIDADE DE USO DO SOLOSegundo o Manual para Levantamento Utilitário do Meio Físico e Classificaçãode Terras no Sistema de Capacidade de Uso (1993), para caracterização dasclasses e subclasses da capacidade de uso deve-se conhecer: as possíveisutilizações que se pode aplicar ao solo (grupos), as práticas de controle deerosão e as práticas complementares de melhoramentos (classes), além daslimitações do solo (subclasses). Tem-se assim:GRUPO A: terras passíveis de serem utilizadas com culturas anuais, perenes,pastagens e/ou reflorestamento e vida silvestre (comporta as classes I, II, III eIV). Em relação à capacidade de uso, os solos do projeto de assentamentoCachoeira pertencem às classes:P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 26


CLASSE lll-26,21%(faz parte desta classe o tipo de solo, Latossolo vermelhoamarelo)São terras que quando cultivadas sem cuidados especiais, estão sujeitas asevero risco de depauperamento, principalmente no caso de culturas anuais.Requerem medidas intensas e complexas de conservação, a fim de poderemser cultivadas segura e permanentemente, com produção média a elevada deculturas anuais adaptadas.Esta classe pode apresentar variações (subclasse), de acordo com a naturezado fator restritivo de uso. Os principais fatores limitadores são: declividade(moderado), drenagem deficiente, escassez de água no solo (regiões semiáridasnão irrigadas) e pedregosidade. Freqüentemente, essa limitaçãorestringe muita a escolha das espécies a serem cultivadas ou a época doplantio ou operações de preparo e cultivo do solo.Os solos que se encaixam nesta classe são excelentes para a produçãofrutífera, principalmente aquelas culturas pouco tolerantes a excessos de água,além de culturas anuais, que exigem solos bem arejados, ou cujos produtoscomerciais se desenvolvam no subsolo, como é o caso do amendoim, batatasem geral e mandioca. São áreas também especiais para a produção de caju ecoco-da-Baía, além de feijão, milho, melancia, abóbora, e também pastagens.CLASSE IV -35,94% (fazem parte desta classe os solos concrecionários)São terras que têm riscos ou limitações permanentes muito severas, quandousadas para cultivos anuais. Os solos podem ter fertilidade natural boa ourazoável, mas são adequados para cultivos intensivos e contínuos.Usualmente, devem ser mantidos com pastagens, mas podem sersuficientemente bons para certos cultivos ocasionais (na proporção de um anode cultivo para cada quatro ou seis de pastagem), ou para algumas culturasanuais, porém com cuidados especiais.Tais terras podem ser caracterizadaspelos seguintes aspectos: declividade íngreme, erosão severa, obstáculosfísicos, pedregosidade ou drenagem muito deficiente, baixa produtividade, ououtra condições que as tornem impróprias para o cultivo mecanizado regular.Estes ficam restritos apenas por apresentarem dificuldades de serempreparados para o plantio, pelo fato de terem cascalho na sua formação, noP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 27


entanto estes solos são geralmente férteis, e a maioria das culturas se dá bem,tais como mandioca, arroz, milho, caju, pastagens etc.GRUPO B: terras impróprias para cultivos intensivos, mas ainda adaptadaspara pastagens e/ou reflorestamento e/ou vida silvestre, porém cultiváveis emcaso de algumas culturas especiais protetoras do solo (comporta as classes V,VI e VII).CLASSE V –2,65 (fazem parte desta classe os solos Hidromórficos)São terras planas, com declividade muito suave, praticamente livres de erosão,mas impróprias para serem exploradas com culturas anuais, e que podem, comsegurança, ser apropriadas para pastagens, florestas, ou mesmo para algumasculturas permanentes, sem aplicação de técnicas especiais. Embora seapresentando praticamente planas e não sujeitais a erosão, não são adaptadaspara exploração com culturas anuais comuns, em razão de impedimentospermanentes, tais como muito baixa capacidade de armazenamento de água(encharcamento - sem possibilidade de ser corrigido), adversidade climática,freqüente risco de inundação, pedregosidade ou afloramento de rochas. Emalguns casos é possível o cultivo exclusivo de arroz; mesmo assim com riscode insucesso, pelas limitações advindas principalmente do risco de inundação.O solo, entretanto tem poucas limitações de qualquer espécie, para uso depastagens ou silvicultura. Pode necessitar de alguns tratos para produçõessatisfatórias, tanto de forragens, como de arbustos e árvores. Entretanto, setais fatos forem dispensados, não serão sujeitos a erosão acelerada, por isso,podem ser usados permanentemente, sem práticas especiais de controle deerosão ou de proteção do solo.Os solos que se enquadram nesta classe geralmente são ricos em matériaorgânica e outros nutrientes, no entanto, o seu uso é bastante restrito, pois seencontram sempre ou freqüentemente encharcados, ficando limitados apenasàs poucas culturas que suportam encharcamento, tais como algumasvariedades de arroz e de pastagens, tais como a Setaria kazungula, aBrachiaria humidicola e a Brachiaria dictioneura, plantadas por sementes.CLASSE-VI-26,21% (fazem parte desta classe os solos litossolos)P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 28


Terras impróprias para culturas anuais, mas que podem ser usadas paraprodução de certos cultivos permanentes úteis, como pastagens, florestas ealgumas permanentes protetoras do solo, como seringueira e cacau, desde queadequadamente manejadas. O uso dessas terras para pastagens ou paraculturas protetoras deve ser feito com restrição moderada, com práticasespeciais de conservação do solo, uma vez que, mesmo sob este tipo devegetação, são mediamente suscetíveis à danificação, pelos fatores dedepauperamento do solo.Normalmente, as limitações apresentadas são em razão da declividadeexcessiva ou da pequena profundidade do solo, ou ainda em razão dapresença de pedras, impedindo o emprego de máquinas agrícolas.Quando a pluviosidade da região é adequada para culturas, as limitações daclasse VI residem em geral na declividade excessiva, na pequena profundidadedo solo ou na pedregosidade. Nas regiões semi-áridas a escassez de umidademuitas vezes é a principal razão para o enquadramento da terra na classe VIEstes solos dentro do assentamento apresentam sérias restrições de uso, pelofato de apresentarem afloramento rochoso, dificultando desta maneira oaprofundamento das raízes das plantas, deixando assim as raízes suscetíveisao tombamento e as plantas susceptíveis aos veranicos que tradicionalmenteocorrem todo ano. No entanto, ainda podem ser cultivadas com pastagens e/oureflorestamento.GRUPO C: Terras não adequadas para cultivos anuais, perenes, pastagens oureflorestamento, porém apropriadas para proteção da flora e fauna silvestre,recreação ou armazenamento de água (comporta classes VIII).CLASSE VIII - 8,99% (parte dos concrecionários e parte dos litólicos)Terras impróprias para serem utilizadas para qualquer tipo de cultivo, inclusiveo de florestas comerciais, ou para produção de qualquer outra vegetaçãopermanente de valor econômico. Prestam-se apenas para proteção e abrigo dafauna e flora silvestre, para fins de recreação e turismo ou armazenamento deágua em açudes.P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 29


Consiste, em geral, de áreas extremamente áridas, ou acidentadas, oupedregosas, ou encharcadas (sem possibilidade de pastoreio ou drenagemartificial), ou severamente erodidas ou encostas rochosas, ou ainda dunasarenosas. Inclui-se aí a maior parte dos terrenos de mangues e de pântanos eterras muito áridas, que não se prestam ao pastoreio. São encontradas emalguns pontos da faixa que compreende o lote do José Ferreira, até o lote doSr. Gendrão.Estas áreas servem apenas para compor a reserva e também como área depreservação permanente, devido à declividade (maior que 45 o ) epedregosidade.A capacidade de uso dos solos está representada no mapa de capacidade deuso do solo em anexo.CARACTERIZAÇÃO DO SOLO SEGUNDO ANÁLISE QUÍMICA E FÍSICALABORATORIALA análise da terra é importante para a recomendação de corretivos efertilizantes e as indicações da pesquisas são indispensáveis para a corretainterpretação dos seus resultados.Com a adubação, objetiva-se colocar à disposição das plantas os nutrientesnecessários às suas exigências nutricionais, levando-se em conta os aspectoseconômicos.Os dados fornecidos abaixo são o resultado da análise realizada em váriospontos do assentamento Cachoeira, nos mês de setembro de 2003 e foramapresentados de uma forma geral, no entanto, procuramos amostras nas áreasde solos diferentes dentro do assentamento, conforme as tabelas seguintes.Foi observado que, na maioria das áreas formadas com pastagens, o históricoé o mesmo, onde os agricultores em primeiro lugar retiram as madeiras boaspara vender, depois tacam fogo na mata restante para limpar e depois plantamarroz, milho e algumas vezes feijão e logo depois, ou ao mesmo tempo,plantam o capim.Tabela 10 - Níveis nutricionais analisados e resultados.Argila 2,2% Fósforo Potássio Matéria Cálcio (Ca) Acidez (ph)(p) (k) orgânicaP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 30


Amostra 01 P= 2,2Realizada ppmna área do Ou seja,lote do muitoRenatoLuizbaixopara aGomes. maioriadasculturasK= 51 PPM 1,8% 1,0 CMOL C/DM3Ou seja, ou seja,alto médioou seja, estevalor foiconsideradobaixo.Tabela 11 - Níveis nutricionais analisados e resultado.Argila 28% Fósforo(p)Potássio(k)MatériaorgânicaCálcio CaAmostra 02 P= 2,2 K= 84 PPM 3,5% 1,6 CMOL C/DM3Realizada ppmOu seja, OU SEJA ESTE VALOR FOIna área do Ou seja,alto ALTO CONSIDERADOJosé Alves muitoMÉDIO.da Cruz baixopara amaioriadasculturasTabela 12 - Níveis nutricionais analisados e resultado.Argila 22% Fósforo Potássio Matéria Cálcio Ca(p) (k) orgânicaAmostra 03 P= 2,2pmRealizada Ou seja,na área do muitobaixoK= 201PM 3,5% 1,6 CMOL C/DM3Ou seja, ou seja,Alto Altoou seja, estevalor foiconsideradomédioPH= 4,0Consideradoácido para amaioria dasculturasAcidez (ph)PH= 4,2Consideradoácido para amaioria dasculturasAcidez (ph)PH= 4,5Consideradoácido para amaioria dasculturasTabela 13 - Níveis nutricionais analisados e resultado.Argila 23% Fósforo Potássio Matéria Cálcio Ca Acidez (ph)P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 31


(p) (k) orgânicaAmostra 04Realizadana área daDivinaNeves deOliveiraP=2,2ppmOu seja,muitobaixopara aK= 62 PPMOu seja,alto2,5%ou seja,médio2,5 CMOL C/DM3ou seja, estevalor foiconsideradomédioPH= 4,6Consideradoácido para amaioria dasculturasmaioriadasculturasAs plantas, assim como os seres humanos, precisam de água e alimentos paraviver, e quando elas estão mal alimentadas, assim como nós, as plantas ficammais propícias a contrair doenças e também a sua produtividade diminuidrasticamente. Assim sendo, o agricultor deve tomar bastante cuidado com anutrição das plantas. Logo abaixo estão algumas considerações relacionadasaos níveis dos principais elementos presentes no solo do assentamento etambém a importância dos mesmos.Fósforo (P) - De acordo com a análise do solo, foi possível observar que osníveis de fósforo (P) foram considerados muito baixos, o que é prejudicial aodesenvolvimento da maioria das plantas, uma vez que o fósforo estimula odesenvolvimento das raízes e aumenta o perfilhamento das plantas, além deestimular a floração e a frutificação em geral.Cálcio (Ca) - Os níveis de cálcio dos solos analisados foram consideradosbons, o cálcio está envolvido nas plantas no metabolismo do nitrogênio etambém influencia na rigidez dos tecidos, entre outras coisas.Potássio(k) - Os níveis de k foram considerados médios; este elementocontribui na formação de raízes e caules, aumenta a produtividade e também aresistência a doenças e pragas.Nitrogênio(N) - O nitrogênio é bastante móvel no solo. Desta maneira é difícilse fazer a análise desse nutriente. No entanto, este elemento é de sumaimportância para o desenvolvimento das plantas, pois estimula oP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 32


desenvolvimento do caule e das folhas e também é responsável pela coloraçãoverde.Acidez (pH) - De acordo com a análise realizada, os solos deste assentamentoforam considerado bastante ácidos, pois o pH geral da área ficou em torno de4,27 o que dificulta o desenvolvimento da maioria das culturas. A acidezinterfere principalmente na absorção de nutrientes, ou seja, em solos muitoácidos, as plantas têm dificuldades de se alimentar.CALAGEM: (CORRIGE A ACIDEZ DO SOLO)Em geral, as culturas não se desenvolvem satisfatoriamente em solos muitoácidos, entretanto, certas espécies toleram mais a acidez do que outras, comoé o caso do arroz de terras altas. Embora esta cultura tenha pouca resposta aocalcário, não significa que a sua recomendação deva ser prescindida, pelocontrário, deve ser feita, visando ao suprimento nutricional da planta em Ca eMg e não como meio de correção da acidez. Na rotação do arroz com culturascomo o milho e o feijão, que não toleram níveis muito altos de acidez, énecessário fornecer calcário em maior quantidade. Outra cultura que étolerante à acidez e a solos de baixa fertilidade, como é o caso doassentamento, são as pastagens.Matéria orgânica (M.O.): Os níveis de matéria orgânica nos pontos analisadosno assentamento ficaram em torno de 1,5% o que foi considerado bom. Adecomposição de matéria orgânica dá origem ao húmus, que atua como umacola forte o bastante para unir várias partículas pequenas, o que aumenta aestruturação do solo e pode, inclusive, alterar o seu comportamento. Sem esseprocesso de formação de húmus, o solo seria um amontoado de partículassoltas e não conseguiria dar suporte ao crescimento e manutenção denenhuma planta.O plantio direto e a adubação verde são práticas de manejo do solo, comefeitos positivos sobre a fertilidade, o comportamento físico-hídrico e biológicodo solo. Contribuem também para o aumento do teor de matéria orgânica e daatividade biológica do solo. A adubação verde é uma prática milenar, cujoobjetivo é melhorar a capacidade produtiva do solo, com adição de materialorgânico vegetal não decomposto de plantas cultivadas exclusivamente paraP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 33


este fim. Essas plantas podem ou não ser produzidas no próprio local e sãoutilizadas antes de completarem o ciclo vegetativo. A Adubação Verde pode serutilizada em diversas espécies vegetais, porém, a preferência pelasleguminosas está consagrada por inúmeras vantagens, entre as quais destacasea capacidade de fixar Nitrogênio direto da atmosfera, por simbiose, eainda:- Proteção do solo contra os agentes da erosão e incidência de raios solares;- Suprimento da matéria orgânica no solo;- Descompactação, estruturação e aeração do solo;- Melhoria do aproveitamento e eficiência dos adubos químicos e corretivos;- Redução da infestação de ervas daninhas;- Controle de nematóides e insetos;- Aumento da capacidade de armazenamento de água no solo;- Atenuação da variação térmica do solo;- Proteção de mudas-plantas contra o vento e radiação solar;- Rápida cobertura do solo e grande produção de massa verde em curtoespaço de tempo;- Recuperação de solos de baixa fertilidade;Por estes e outros motivos, a matéria orgânica sempre é bem vinda. Abaixoestão algumas espécies de leguminosas adaptadas aos solos do cerrado, quepodem ser usadas no assentamento: Mucuna-preta (Mucuna aterrima), Feijãode-porco(Canavalia ensiformis), Guandu (Cajanus cajan), Crotalária spectabilis(Crotalaria spectabilis), Crotalária juncea (Crotalaria juncea)A adubação e a correção dos solos devem se feitas em função da cultura a serplantada, e também do tipo de solo em questão. Desta maneira, ao optar poruma cultura, os parceleiros (através da assistência técnica) têm que ter ocuidado de analisar se os níveis de nutrição do solo da sua parcela sãosuficientes para o bom desenvolvimento da cultura em questão.B - RelevoNo assentamento o relevo se apresenta mais acentuado na área central esuave ondulado nas áreas próximas ao rio Barreiras e ao córrego Fala Brava.Nas demais partes, apresenta-se plano.P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 34


Tabela 14 - Classificação do relevo do assentamento CachoeiraCLASSE DE % DENTRO DO ÁREA EM LOCALIZAÇÃO POR FAIXA DERELEVO ASSENTAMENTO HECTARES LOTESPlano 40 271,04 Sr.Humberto, passando peloSr.Renato Luiz e até a dona Eulenie voltando para o lote do Sr.SodinitoSuave 30 203,28 José Ferreira aoonduladoSr.GendrãoRenato e Umapequena faixa entre os lotes do Sr.Sodinito ao Sr. Onofre .ondulado 30 203,28 Sr.Zuza, Sr. Nilton, Sr. Ronailton,Sr. Divino e Sr. MiltonObservando a topografia do P.A. Cachoeira é possível dizer que o relevo, emquase toda a extensão da área, permite o uso de máquinas agrícolas, destamaneira potencializado o uso do solo, com exceção das áreas com declividademuito acentuada.Nas áreas que possuem variação de relevo entre ondulado o suave ondulado érecomendado o uso de curvas de nível, depois de retirar a vegetação primitiva.Desta maneira, é possível evitar problemas com erosão.A distribuição do relevo na área do assentamento está representada no mapade relevo, em anexo.C - Recursos HídricosO projeto de assentamento Cachoeira pertence à bacia hidrográfica do RioAraguaia e a sub bacia do rio Bananal. A área do projeto é banhada pelo rioBarreiras, cuja vazão é de 1.244,87 l/s, pelo córrego Fala Brava, cuja vazão éde 76 l/s, e por 11 olhos d’água, cuja vazão média é de 2,5 l/s, havendotambém 04 cisternas e 01 represa. Estas fontes de água são permanentes,com exceção de alguma nascente que seca nos meses julho a setembro. (Asmedidas de vazão foram realizadas no mês de setembro).Os recursos hídricos estão representados no mapa de identificação da área doassentamento em anexo.P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 35


A vegetação no entorno do rio Barreiras é do tipo mata ciliar e encontra-se coma mata ciliar conservada apenas nos lotes do Sr. Milton Sr. Onofre e Sr. JoséAlves (Zuza) e degradada nos demais lotes, no entanto, os assentados dizemque esta já se encontrava assim quando vieram para o assentamento, mas amesma já está se recuperando e encontra-se em estágio de capoeira.A vegetação no entorno do córrego Fala Brava é do tipo Mata ciliar e encontrasecom a mata ciliar conservada apenas nos lotes do Sr. Gendrão e Helio edegradada nos demais lotes, no entanto, os assentados dizem que esta já seencontrava nesta situação quando vieram para o assentamento, mas a mesmajá está se recuperando e encontra-se em estágio de capoeira.Nos lugares em que a mata ciliar foi considerada ruim ou regular, isso querdizer que a mata ciliar ou foi retirada ou não está de acordo com o códigoflorestal. As matas ciliares são consideradas áreas de preservação permanente(APP) pelo código florestal (art 2º da Lei 4.771 de 15 de setembro de 1965),isto é, áreas onde a vegetação natural deve ser mantida.A faixa de preservação ao longo de ambas as margens dos córregos e riosvaria de 30 a 500 metros, dependendo da largura do curso d'água, conformedados da tabela abaixo.Tabela 15 - Áreas destinadas à preservação permanenteTipo de curso d’água Largura do cursoLargura da faixa ded’águapreservaçãoem cada margemCórregos Menor que 10 m 30 mCórregos e rios 10 a 50 m 50 mRios 50 a 200 m 100 mRios 200 a 600 m 200 mRios Maior que 600 m 500 mNascentes, veredas ou50 m de raio qualquer que seja-olhos d'águaa situação topográficaFonte: Manual para Averbação de Reserva Legal, 2001As principais fontes de água das famílias são os córregos e os olhos d’água,sendo que a distância média das casas dos assentados até as fontes de águaP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 36


é de 500 metros, tanto nos messes de seca como nos messes de chuva, o queé considerado perto, facilitando desta maneira o uso doméstico, e tambémpossibilitando o uso para pequenos projetos de irrigação.Os recursos hídricos possuem como finalidade principal o uso doméstico eanimal.14121086420rio córrego olho d'água cisterna represaIlustração 1 Número de propriedades dentro do Projeto de Assentamento comcada tipo de recurso hídricoD - FaunaA fauna primitiva existente na área do assentamento é bastante rica,destacando-se naturalmente o grupo dos invertebrados (insetos), no entanto,pouco se sabe sobre a origem desses animais.Outro grupo bastante importante da fauna da área é o dos animais vertebrados,destacando-se os de maior porte, sendo que os mais encontrados noassentamento estão citados na tabela 12.De acordo com entrevistas informais, foi verificado que muitos animaiscaracterísticos da região fazem parte da dieta alimentar dos moradores destasáreas, o que consiste em um dos motivos do desaparecimento ou dadiminuição de algumas espécies, tais como capivara, veado, anta, mutum etc.Tabela 16 - Principais animais encontrados no assentamento CachoeiraAVESP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 37


NOMECOMUMNOMECIENTIFICORolinha Columbina minutafogo-apagouanu-pretoanu-brancourubu-pretogavião-pinhéSeriemaScardafellasquammataCrotophaga aniGuira guiraIMPORTÂNCIAPropagação de sementes e equilíbrioambiental, pois come insetos.Propagação de sementes e equilíbrioambiental, pois come insetos.Propagação de sementes e equilíbrioambiental, pois come insetos.Controle de exoparasitas (carrapatos emoscas) em bovinosControle de exoparasitas (carrapatos emoscas) em bovinosCoragyps atratus Limpeza do meio ambienteMilvagochimachimaCariama cristataEquilíbrio das populações de pássarosmenores (Predador)Disseminação de sementes, e controle depopulações de insetos.Disseminação de sementes é praga napássaro-preto Gnorimopsar chopicultura do arroz.bem-te-viEmarola-caldo-defeijãoColumbinatalpacotipica-paubrancopapagaiogalegoinhambuxororóPitangussulphuratusLeuconerpescandidusAmazonaxanthopsRhea americanaCrypturellusparvirostrisPropagação de sementes e equilíbrioambiental, pois come insetos.Controle das populações de insetos; Causadanos em caules de arvores.Propagação de sementes, equilíbrioambiental, considerado predador de roças demilho.Equilíbrio ambiental, pois come insetos epequenos mamíferos ex: Ratos.Disseminação de sementes e equilíbrioambiental, pois come insetos e é usada naalimentação humana.P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 38


PerdizRhynchotusrufescensDisseminação de sementes e equilíbrioambiental, pois come insetos e é usada naalimentação humana.MAMIFEROSCaititu Tayassu tajacutatu-galinhaDasypusnovemcinctusGato do mato F. macruraRaposa Vulpes vulpesPeba EuphractussexcinctustamanduábandeiraMyrmecophagatridactylatamanduámirimTamanduatetradactylaPaca Agouti pacaPreá Cavia apereaÉ considerado praga nas roças de milho emandioca e são utilizados na alimentaçãohumanaÉ equilíbrio ambiental, se alimenta depequenos invertebrados como cupins eminhocas. É utilizado na alimentaçãohumana (muito caçado).Ataca animais de pequeno porte sendocomum a ocorrência de ataque a criações degalinhas.Ataca animais de pequeno porte, sendocomum a ocorrência de ataque a criações degalinhas.É considerada praga nas roças de milho,mandioca e batata. É utilizado naalimentação humana.Se alimenta de pequenos invertebradoscomo: cupins, minhocas, formigas; às vezesé utilizado na alimentação humana.Faz parte do equilíbrio ambiental, sealimenta de pequenos invertebrados comocupins, minhocas e formigas.Se alimenta de flores, frutas e batatas. Éconsiderada praga de roça de mandioca emilho e usada na alimentação humana.Se alimenta de frutas, palhas de cana, milho,capim e às vezes é usado na alimentaçãohumana.P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 39


CutiaRÉPTEISDasyprocta agoutiSe alimenta de frutas e cocos é tambémusada na alimentação humana.Faz parte do equilíbrio ambiental, é da classecobra-deduas-cabeçasAmphisbaena alba dos répteis e seu habitat é o subsolo. Sealimenta de terra.JibóiaJararacaCascavelCalangoTiúBoa constrictorBothrops moojeniCrotalus durissusTropidurustorquatusTupinambismerianaeFaz parte do equilíbrio ambiental, é daClasse dos répteis, porém predadora deanimais como ratos, preás, aves e não évenenosa.Faz parte do equilíbrio ambiental, é dafamília dos répteis, porém predadora depequenos vertebrados, como sapo epererecas. É muito venenosa e ataca aspessoas facilmente.Faz parte do equilíbrio ambiental, é dafamília dos répteis, porém predadora depequenos vertebrados, como sapo epererecas. É considerada uma das maisvenenosas e ataca as pessoas facilmente.Seu habitat natural é em moitas e restos deárvores.Faz parte do equilíbrio ambiental, é daClasse dos répteis e se alimenta depequenos invertebrados, como formigas,gafanhotos e cupins e seu habitat natural sãoos buracos.Alimenta-se de ovos de animais, inclusive degalinhasE - Uso do solo e cobertura vegetalP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 40


A vegetação do assentamento cachoeira está dividida da seguinte maneira: emmédia, 35% da área é deixada como reserva legal e 9% é constituído depreservação permanente, que é distribuída em torno dos rios, córregos, olhod’água e em declividades muito acentuadas (acima de 45%). Também foipossível verificar que a média da vegetação dos lotes está em torno de 18% demata, 17% de Cerrado e 21% de Cerradão. O presente assentamento aindanão foi demarcado, desta maneira não é possível dizer com exatidão qual aporcentagem de cada vegetação. Assim sendo, os dados apresentados acimasão uma estimativa da realidade, feita pelos próprios assentados e também pordados fornecidos pelo INCRA.35%18%17%matacerradocerradãopreservação permanentereserva legal9%21%Fonte: Questionário de caracterização sócio-ambientalIlustração 2 Área total de cada tipo de cobertura vegetal do Projeto deAssentamento CachoeiraA maioria da área desmatada está sendo usada para a formação de pastagens,sendo uma pequena parte usada para a produção agrícola, que é utilizadapraticamente para subsistência.Também foi possível observar, nas visitas realizadas e através de conversasinformais com os assentados, que parte da mata primitiva já foi devastada. Osassentados alegaram que quando chegaram no assentamento a vegetação jáestava destruída.Em média, são cultivados 4 ha em cada lote, sendo que as principais culturasutilizadas são o arroz, o milho, o feijão e a mandioca. Geralmente, osP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 41


parceleiros utilizam o cerradão e a mata de transição para o plantio em roça detoco. Para a formação de pastagem, os parceleiros utilizam as partes decerradão, as matas de transição e o cerrado.As principais árvores encontradas no assentamento e mencionadas pelosparceleiros estão de acordo com dados da tabela abaixo.A distribuição da vegetação no assentamento pode ser observada no mapa devegetação em anexo.Tabela 17 - Principais árvores encontradas no assentamento CachoeiraNOME POPULAR NOME CIENTÍFICO USO POTENCIALTinguiMagonia pubescens St.-Hil.Usado como madeira epara fazer sabão.Babaçu Orbygnia martiana Alimentício, oleaginoso eartesanalBacaba Oenocarpus tarampabo Alimentício e oleaginosoIpê Amarelo Tabebtaa asma Madeireiro, melífero etintorialIpê Roxo Tabebuia impetiginosa Madeireiro, melífero etintorialJatobá Hymenaea stigonocapo Alimentício, madeireiro emedicinalMacaúba Acronomia aculeata Alimentício, artesanal emedicinalMutamba Gua zuma Artesanal, madeireiro,medicinal, alimentício,ornamental, e produtorade fibra.Sucupira do Cerrado Bowdichia impetiginosa Madeireiro, medicinal eoleaginosoAroeira-do-sertãoAstronium fraxinifolium Madeira e também paraSchott. (Espécie)uso medicinal.Fonte: Informações dadas pelos assentadosP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 42


F - Reserva legal e área de preservação permanenteA reserva legal do projeto de assentamento Cachoeira está distribuída portodas as parcelas, sendo que a maioria dos assentados está respeitando amesma, porém, pelo fato de os lotes ainda não terem sido demarcados, não sesabe com exatidão quais as áreas destinadas à reserva, no entanto, pelaestimativa feita pelos assentados e por dados do INCRA, ela está em torno de35% da área de cada lote.Em relação à preservação permanente, é possível observar que os parceleirosmuitas vezes não têm consciência da importância dessa reserva, pois, como foicitado acima, as matas ciliares não estão sendo preservadas corretamente, etambém nas áreas ao redor das nascentes, o que foi observado através devisitas e também dos questionários individuais. A área de mata ciliar obrigatóriaestá citada no item 4.1.1.G - Estratificação ambiental dos agroecossistemasReconhecer as diferenças é um pré-requisito para enfrentar o desafio dagestão sustentável de uma área de assentamento, é reconhecer que o grandeespaço guarda diferenças dentro dele. Em outras palavras, o ambiente formadopela área comporta vários micro-ambientes ou sítios ecológicos, que podem sediferenciar por uma série de fatores como: topografia e posição no relevo(brejo, baixada, encosta, topo do morro, chapada, varjão, etc), ângulo deexposição ao sol (voltado para Leste, Oeste, etc), drenagem, textura efertilidade do solo, tipos de cobertura vegetal e outros. O que pode se observarperfeitamente nas informações fornecidas nos itens acima é que é possívelverificar a relação aos diversos estratos da paisagem que compõem o referidoassentamento.Tabela 18 - Os principais estratos do agroecossistema do projeto deassentamento CachoeiraVEGETAÇÃO CARACTERÍSTICAS LOCALIZAÇÃOVárzea Baixada com baixadrenagem e alta fertilidade(hidromórficos); texturaEstes estratos doagroecossistema sãoencontradosnoP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 43


argilosa; vegetação assentamento em pequenasgraminóide de brejo. áreas, localizadas àsmargens do córrego FalaBrava e rio BarreirasMata Encosta com média Estes estratos dodrenagem e média agroecossistema sãofertilidade: textura média encontrados dentro do(Concrecionário);assentamento em áreasvegetação original de mata localizadas nos lotes Joséou cerrado; ocupação atual Ferreira ao Sr. Gendrão,com pastos e lavouras Renato e uma pequenaanuais.faixa entre os lotes do Sr.Sodinito ao Sr. Onofre.Cerrado Chapada com excelente Encontrados numa faixa dedrenagem, baixa fertilidade; terra que vai desde o lote dotexturaarenosa Sr. Milton Ferreira da Silva(Latossolos); total até o lote do Srs. Gendrão eexposição ao sol; Claudino Barbosavegetação de cerrado eocupação parcial compastagens.SerrasÁrea muito declivosa, com São encontrados noafloramentos rochosos e assentamento, numa faixasolos rasos; baixa de terra que vai do lote dodrenagem; vegetação decampoSr. Onofre até parte do lotedo Sr. Humberto Marcos.Fonte: Reconhecimento da área através da técnica de caminhada e mapa temáticoA distribuição das diversas paisagens que existem no assentamento estárepresentada no mapa de estratificação ambiental, em anexo.H- Capacidade de uso dos recursos naturaisCERRADOAnalisando os diversos estratos do agroecossistema presente na área doassentamento Cachoeira, nota-se que seu uso fica restrito principalmente àP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 44


pastagem. No entanto, os tipos de solos presentes no assentamento são, emgeral, planos, contínuos e profundos, excelentes para a produção frutífera,principalmente aquelas culturas pouco tolerantes a excessos de água, além deculturas anuais, que exigem solos bem arejados ou cujos produtos comerciaisse desenvolvam no subsolo, como é o caso do amendoim, batata e mandioca.São áreas também especiais para a produção de caju e coco-da-baía.VÁRZEANessas áreas pode-se formar pastagens, no entanto é necessário que se tenhaalguns cuidados, pois os terrenos sofrem influência da água, por isso, aescolha da forrageira deve recair sobre as que tolerem, de alguma forma,condições de excesso de umidade.O capim-angola desenvolve-se muito bem, tanto em solos férteis, com variadosgraus de umidade quanto nos encharcados permanentemente. O Tanner-grasse Tangou também podem ser cultivados em varjões úmidos.Todos os capins citados são plantados vegetativamente, usando-se estolões,com aproximadamente 40 cm, em espaçamento de 1 m entre linhas e entrecovas. Nas áreas de varjões úmidos, mas que permitem trabalhos commáquinas na seca, podem ser utilizados os capins Setaria kazungula e aBrachiaria humidicola e Brachiaria dictioneura, plantadas por sementes, emsolo preparado com aração e gradagem.Antes da ocupação, havia 198 ha de pastagem no assentamento.SERRASNas áreas onde a topografia é bastante acidentada, pelas dificuldades demecanização existe a alternativa de mecanizar a terra com o uso de aradomovido a tração animal. É necessário também que o sentido do preparo desolo não acompanhe a declividade do terreno, minimizando, desta maneira, osriscos de erosão.No entanto, é preciso observar que em lugares com declividades acima de45%, não se deve desmatar, pois, de acordo com a lei ambiental, estes devemser preservadas como áreas de preservação permanentes.O assentamento é bastante rico em olhos d’água e foi observado que emalguns pontos estas nascentes se localizam em pontos altos das parcelas.Desta maneira é possível que se faça irrigação de pequenas áreas (vazão emP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 45


média de 2,5 l/s), com baixo custo, pois pode-se fazer a chamada irrigação porgravidade.MATASNas matas do Rio Barreiras e do Córrego Fala Brava é viável o uso daapicultura, pois existe naquela vegetação, abundância e diversidade de flores,das quais pode originar um mel de ótima qualidade.CERRADÃOCompreende áreas de solos profundos, ácidos e arenosos. No caso do plantiode culturas anuais, recomenda-se que seja feito plantio consorciado comleguminosas, ou se utilize o sistema de adubação verde, que consiste noplantio de leguminosas, e deixando-as em decomposição no solo, paraaumentar o teor de matéria orgânica, além de outros nutrientes e proteger osolo. Pode ser utilizado ainda para o cultivo de pastagem, com sistemaradicular profundo.A capacidade de uso dos recursos naturais está representada no mapa decapacidade de uso dos recursos naturais, em anexo.4.1.1 Limitações, potencialidades (FOFA) e estratégias de açãoem relação ao meio naturalTabela 19 - Limitações e Potencialidades (FOFA) da área natural doassentamento CachoeiraDENTRO DO ASSENTAMENTO FORA DO ASSENTAMENTOFORTALEZAS FRAQUEZAS OPORTUNIDADES AMEAÇASP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 46


- Recursos- Presença cada vez- Realizar pequenos- Estáhídricos emmenor de animaisprojetos de irrigação,contribuindoabundânciacaracterísticos daaumentando assim apara oregiãoprodução e adesequilíbrio-Preservaçãodiversificação dosdopermanenteprodutos de formaecossistema-Relevobastanteque possa melhor- Estáacidentado em váriasservir o municípiocontribuindoáreas, o que propiciapara aa erosão e dificulta adegradaçãomecanização.do meio-Falta de demarcaçãoambientedos lotes, dificultandoa identificação comprecisão das áreasde preservaçãoFonte: Aplicação da técnica limitações e potencialidades do meio natural no assentamentoCachoeiraConstatou-se, com o resultado da aplicação da FOFA, que a escassez deanimais silvestres é um ponto fraco e uma ameaça em relação ao meioambiente.Também consiste em uma ameaça o fato de o assentamento nãopossuir um plano de manejo ambiental que venha propiciar uma conservaçãoda fauna e flora do cerrado.O relevo, em vários pontos do assentamento, é bastante acidentado. Destamaneira, quando desmatada, a área se torna propícia à erosão e dificulta amecanização.Também foi citado que, pelo fato de os lotes não estarem demarcados, existeuma dificuldade para identificação das áreas de reserva legal, que sãodeixadas de forma individual.Tabela 20 - Realidade e Desejo do meio natural do assentamento CachoeiraREALIDADE CAMINHO DESEJOPresença cada vez Buscar apoio do Ter plano de preservação paraP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 47


menor de animais daregiãoPreservaçãopermanenteRelevo acidentado emvárias áreas, o quepropicia a erosão edificulta amecanizaçãoINCRA, Naturatins eIBAMA.Buscar apoio doIBAMA e NaturatinsSolicitar assistênciatécnica do INCRA.conservação das espécies dosanimais existentesTer plano de reflorestamento asmargens dos córregos comespécies nativasManejar corretamente o soloO assentamento aindanão foi demarcado,dificultando aidentificação precisadas áreas depreservaçãoBuscar apoio doINCRATer os lotes demarcadosFonte: Aplicação da técnica realidade e desejo do meio natural no assentamento CachoeiraTabela 21 - Estratégias de Ação do meio natural do assentamento CachoeiraOBJETIVOS O QUE FAZER QUEM FAZ QUANDOFAZCOMQUEMTer planoparapreservaçãodas espéciesanimaisexistentesBuscar junto aos Ronailton,órgãos competentes Nilton,e a associação dos Renato,moradores a comunidade.Janeiro de INCRA,2003. IBAMA,Naturatinseelaboração desseassociaçãoplanodedepreservação; fazermoradorescampanhas deconscientizaçãosobre a importânciaP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 48


de preservar osanimais.Ter um planoBuscarárvoresRonailton,FevereiroIBAMA,paranativas da regiãoRenato, Donade 2003NATURATIrefloresta-que tragam algumCélia.NSementodasretornoeconômicoassociaçãomargens dospara reflorestar asdecórregosmargens dos riosmoradorescomespéciesnativasControlareCobrar a vinda daRonailton,DezembroINCRA,preveniraassistênciatécnicaNilton,de 2002Naturatins,erosãopara o assentamentoRenato,Assistênciaparaensinarcomunidade.técnica emtécnicas de controlegerale prevençãoTer os lotesCobrar do INCRA aNilton,NovembroINCRAdemarcadosdemarcação.Renato,de 2002comunidade.Fonte: Aplicação da técnica estratégias de ação do meio natural no assentamento CachoeiraTabela 22 - Operacionalização das Estratégias no meio natural doassentamento CachoeiraATIVIDADESCONTRAPARTIDA DO PARCEIROSASSENTAMENTOBuscar junto aos órgãos Os assentados estãocompetentes e a dispostos a contribuirassociação dos moradores com a elaboração doa elaboração do plano de planopreservaçãoeconservação das espéciesexistentes.INCRA, IBAMA,Naturatins, associaçãodos moradoresP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 49


Buscar árvores nativas daregião para ser plantadanas beiras dos rios.Palestras sobre técnicasde prevenção e controlede erosão.Os parceleiros estãoconscientes de que sóirão desmatar as áreaspermitidasOs assentados estãodispostos a oferecerhospedagem ealimentação para ospalestrantes.IBAMA, INCRA,Naturatins, associaçãodos moradores.SEBRAE, INCRA,IBAMA.Fonte: Aplicação da técnica operacionalização das estratégias do meio natural noassentamento CachoeiraINDICADORES DE SUCESSOFazer debate e promover palestras sobre a importância do meio ambiente.Ensinar técnicas de conservação do solo. Aproveitar as áreas que já foramlimpas para o plantio, evitando assim o desmatamento de novas áreas.Reflorestar as áreas desmatadas com espécies produtivas, de forma que possapromover a sustentabilidade do assentamento para as próximas gerações.4.2. Diagnóstico do meio sócio-econômico e cultural, levantamento deproblemas, soluções e estratégias para o desenvolvimentoA - Histórico do Projeto de AssentamentoO senhor Zuza chegou na área em 1969 e encontrou a propriedadeabandonada, pois só havia banana e capoeira. Convidou o senhor Kiko e o SrJosé e eles aceitaram o convite e fizeram a invasão. Seis messes depoisapareceu um cidadão falando que era conhecido do proprietário da fazenda eque iria localizá-lo para restituir a terra, mas, depois de seis meses, ele desistiude procurá-lo.Alguns anos depois, apareceu um cidadão chamado Sr. Agustinho, querendocomprar a área e usou de todas argumentações para convencer os assentadosa vender seus lotes. Os únicos moradores que não venderam seus lotes foramo Sr. Zuza e o Sr. Miltinho.P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 50


A maioria dos moradores ficou sabendo do assentamento através de amigose parentes e tiveram como apoio as seguintes organizações: a Prefeitura e oINCRA. Os moradores relataram que vieram em busca de ser donos da própriaterra e ter uma vida digna e tiveram como a principal dificuldade parapermanecer na terra a falta de recursos.O Sr. Dionísio se dizia gerente da terra e deu parte dos assentados, mas nãoconseguiu localizar o dono. Depois disso o assentamento foi regularizado peloINCRA em 2000, porém os lotes não foram demarcados.O INCRA conseguiu localizar o proprietário da terra, em São Luiz do Maranhão,o proprietário não questionou a implantação do assentamento e foi ressarcidopela desapropriação. O assentamento nunca sofreu nenhum despejo.Aspecto relevante e cultural:Violência: Nunca houve nenhum tipo de conflito nem entre os assentado, nementre autoridades.B - População e organização socialO projeto de assentamento Cachoeira possui hoje 16 famílias, sendo que osprodutores - donos das parcelas - têm origem nos seguintes estados: 62% doGoiás, 12% de Minas Gerais, 6% da Bahia, 7% do Ceará, 7% Maranhão e 6%do Tocantins (total de 16 homens). As Mulheres: 64% do Goiás, 21% de MinasGerais; e 14% do Tocantins (14 mulheres). A maioria das famílias chegou em1998 (56%) e as outras nos anos seguintes: 1999 (6%), 2000 (12%), 2001(12%) e 2002 (12%).Os municípios de origem dos homens são: Brejo Paraibano, Colméia, Feira deSantana, Goiandira, Goianésia, Jaguaretama, Jandai, Ouvidor, Patos de Minas,Rubiataba, Vila Dourado.Os municípios de origem das mulheres: Arco, Catalão, Colméia, Goianésia,Jandai, Niquelândia, Ouvidor, Pequizeiro, Pilar, Rubiataba, Uruaçu,Varzelândia, Vila Dourado.No assentamento existem 63 pessoas, distribuídas por faixa etária e sexo,conforme a tabela seguinte.Tabela - 23 Distribuição populacional do projeto de assentamento CachoeiraAdultos acima de Adolescentes de 14 a Crianças de 0 a 14P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 51


18 anos 18 anos anosHomens 19 01 17Mulheres 17 02 07Total 36 03 24Fonte: Questionários aplicados no assentamento SEBRAE-TO 2002.A maioria dos homens pratica a venda de diárias, que acontece nos meses demaio, março, junho, julho.No assentamento Cachoeira, a maioria das pessoas é da religião católica(76,19%), mas existem também pessoas da religião evangélica (23,8%). Noassentamento não há igrejas, nem católica e nem evangélica, e asmanifestações religiosas são realizadas no município de Pequizeiro, que selocaliza a 08 km do assentamento.A maioria das famílias assentadas tem como diversão o festejo de SantoAntônio, Srº do Bonfim e festa de reis em Pequizeiro. Dentro do assentamentonão há nenhum tipo de festa.A associação do assentamento foi criada em 11/11/2001, pelo Sr. Renato LuizGomes, sendo o mesmo presidente para um período de dois anos, escolhidoatravés de votos.A relação das famílias do assentamento Cachoeira com as entidades e órgãosligados ao desenvolvimento do assentamento é bem diversificada. Através datécnica Diagrama de Venn, foi possível verificar que a comunidade tem umarelação mais estreita com INCRA. A Prefeitura também foi citada pelacomunidade como sendo de grande importância no auxílio, tanto na área socialcomo na área de produção, porém, ultimamente, esta não está atuando dentrodo assentamento.Ilustração 3 Diagrama de VENN da comunidade do assentamento CachoeiraP.A.CachoeiraINCRAPrefeituraP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 52


C - Serviços sociais básicos - Infra-estrutura social, econômica e física(organização territorial, habitação, energia elétrica e rede viária)O assentamento foi criado para a acomodação de 14 famílias, conforme ocadastro realizado pelo INCRA, no entanto, hoje lá residem 2 famílias, queestão autorizadas pelo empreendedor do INCRA, mas as mesmas não têmcadastro no INCRA. O total é de 16 famílias.O projeto de assentamento possui uma escola, de alvenaria, que está empéssimo estado de conservação, ou seja, precisa de uma reforma urgente,embora o estado de conservação seja considerado regular pelos moradores.No projeto de assentamento não há nenhuma infra-estrutura ligada à saúde,como o posto de saúde.As vias de acesso dentro do assentamento são constituídas de estrada de terrae trieiro, sendo que 100% das famílias chegam até seus lotes por estrada deterra e 6% alem da estrada de terra, podem chegar a seus lotes através detrieiro.Em sua maioria, as vias de acesso são consideradas em bom estado deconservação, permitindo o acesso o ano inteiro. 56% das famílias moram a 1Km de distância da estrada principal, considerada curta por eles. Outros 44%das famílias moram a 3 Km de distância da estrada principal. A distância médiapercorrida até a área comunitária é de 3 km em média.O acesso a Pequizeiro, que é a principal cidade de influência no projeto deassentamento, é feito pela TO-336, num percurso de 08 Km, e os principaismeios de transporte utilizados são o carro próprio, bicicleta, moto e carona. Ovalor médio gasto por eles em cada viagem é de R$ 5,00.Apesar de o assentamento ficar em média a 3 km da rede de energia elétrica, omesmo não é servido com energia elétrica e os assentados atribuem esse fatorà falta de recursos financeiros para levar a rede até as casas.Todas as famílias possuem benfeitoras em seus lotes. Entre as benfeitoriascitadas nos questionários, a maioria deles possui pasto (16), casas (12),estradas (15), curral (8), cisternas (7) e cercas (14).As casas do assentamento Cachoeira são feitas de: adobe (36%), tijolo (21%),palha (21%) madeira (14%) e taipa revestida (7%). 36% das casas sãoP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 53


cobertas com palha e 64% com telha e o piso, em sua maioria, é de chãobatido. Essas casas são construídas de acordo com a arquitetura popular e,segundo a maioria dos assentados, com a chegada do crédito habitação, estascasas vão virar depósito.A renda média mensal gira em torno de R$ 300,00, sendo que o governobeneficia 50% das famílias com as seguintes ajudas: aposentadoria invalidez,bolsa escola e pioneiros mirins. A venda de diárias não é uma prática comumentre os moradores.A maioria das famílias vai à cidade todo o dia e o custo da viagem fica em tornode R$ 5.00. O meio de locomoção mais usado pelos assentados é o carropróprio.4.2.1. Limitações, potencialidades (FOFA) e estratégias de ação emrelação à Infra–estrutura social, econômica e física(organização territorial, habitação, energia elétrica e redeviária)Tabela 24 - Limitações e potencialidades em relação à infra-estrutura doprojeto de assentamento Cachoeira (FOFA)DENTRO DO ASSENTAMENTO FORA DO ASSENTAMENTOFORTALEZAS FRAQUEZAS OPORTUNIDADES AMEAÇASEstradas vicinais Habitação Escoar a produção. Dificuldade nae rodovia TO-336 Energia Vêem a rede de fixação dosenergia elétrica moradores nocomouma assentamento,oportunidadeexterna,devido à falta depois casas.permitirá, odesenvolvimento devárias atividadesdentrodoassentamento.P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 54


Fonte: Aplicação da técnica Limitações e Potencialidades da infra-estrutura doprojeto de assentamento CachoeiraO assentamento Cachoeira é privilegiado, por estar ligado à TO-336, o quefacilita o acesso até o assentamento e também contribui positivamente para oescoamento da produção do projeto de assentamento.As famílias do projeto vêem a rede de energia elétrica como uma oportunidadeexterna, pois permitirá o desenvolvimento de várias atividades dentro doassentamento.Tabela 25 - Problematização da realidade da infra-estrutura do projeto deassentamento CochoeiraREALIDADECAMINHODESEJOHabitação Liberação do crédito Construção das casashabitação junto ao INCRAEnergia Buscar parceria com o Ter energia elétrica nasINCRA e Governo Estadual casaspara instalação do programade eletrificação rural.Fonte: Aplicação da técnica Problematização da realidade da infra-estrutura doprojeto de assentamento CachoeiraTabela 26 - Estratégias de Ação da infra-estrutura do projeto de assentamentoCachoeiraOBJETIVOS O QUE FAZER QUEM FAZ QUANDOFAZCOMQUEMHabitação Construção das casas Renato,Logo após INCRA,de alvenariaRonailton, neto, o terminoJosé Alves e do PDAinteressados dacomunidade.P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 55


EnergiaEnergia elétrica nosTodosdaJaneiro deINCRA,elétricalotescomunidade2003PrefeituraCeltins.Fonte: Aplicação da técnica Estratégias de ação da infra-estrutura do projeto deassentamento CachoeiraTabela 27 - Operacionalização das estratégias de ação da infra-estrutura doprojeto de assentamento CachoeiraATIVIDADES CONTRAPARTIDA DO PARCEIROASSENTAMENTOConstrução de casas Mão-de-obra para INCRA (liberação doconstrução das casas credito habitacional)Energia elétrica Oferecer a mão de obra INCRAFonte: Aplicação da técnica Operacionalização das estratégias da infraestruturado projeto de assentamento CachoeiraIndicador de sucesso: as casas de alvenaria melhorariam as condições de vidados assentados, de forma que a moradia facilitaria a permanência deles emseus lotes. A energia elétrica e as estradas facilitariam tanto as condições deprodução como as condições sociais, dotando o projeto de infra-estrutura físicae social básica, em consonância com as necessidades comuns.D – Educação, cultura e lazerOs produtores do Projeto de assentamento Cachoeira consideram o ensinodentro do assentamento regular, sendo que a escola conta com umaprofessora com 2º grau completo, paga pela Prefeitura de Pequizeiro, quetambém é responsável pela distribuição da merenda e do material didático.Em relação à merenda servida na escola do assentamento, a mesma baseia-seprincipalmente no arroz, feijão, verduras, farinha, leite, milho, rapadura, carnede galinha e carne de gado. Deve se ressaltar que o assentamento não fornecenenhum produto para a merenda, uma vez que a mesma é fornecidaintegralmente pela Prefeitura de Pequizeiro.P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 56


Atualmente estão matriculados 09 alunos no ensino fundamental nos turnosmatutino e vespertino de 1º(primeira) a 4º(quarta) série, sendo que o sistemade ensino na escola do assentamento é multiseriado. Os produtores doAssentamento Cachoeira afirmam que o mau estado de conservação da escolaé um fator que contribui para o mau desempenho, tanto dos alunos quanto daprofessora. No assentamento atualmente há uma grande evasão escolar.Segundo os assentados, isso é proveniente principalmente do mau estado deconservação da escola, da falta de mais professores e da falta da divisãocorreta das turmas.O Projeto de Assentamento Cachoeira conta também com 15 alunos queestudam no Município de Pequizeiro. O transporte desses alunos é realizadopor uma camioneta cedida pela Prefeitura Municipal de Pequizeiro.O lazer das famílias do projeto de assentamento Cachoeira fica restritobasicamente aos jogos de futebol, banhos de rio, pesca e aos festejosrealizado no município de Pequizeiro.Os aspectos culturais são costumes e crenças passado de pai para filho como,por exemplo, os remédios, utilizados pelos moradores, a festa religiosa,realizada pelos moradores, de modo que existe uma forte tendência àreligiosidade.A tabela abaixo demonstra como está distribuído o grau de escolaridade dasfamílias dentro do assentamento Cachoeira, por gênero e faixa etária.Tabela 28 - Grau de escolaridade por gênero e faixa etária do Projeto deAssentamento Cachoeira.Adultos (acima de 18 anos)EnsinoFundamentalEnsino Médio(2º grau)Ensino(Superior)NãoAlfabetizado(1ª a 8ª série)Homens 12 07 - -Mulheres 10 05 - 07Total 22 12 - 07Adolescentes (14 a 18 anos)Ensino Ensino Médio Ensino NãoP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 57


Fundamental (2º grau) (Superior) Alfabetizado(1ª a 8ª série)Homens 01 - - -Mulheres - - - -Total 01 - - -Crianças (0 a 14 )EnsinoFundamentalEnsino Médio(2º grau)Ensino(Superior)NãoAlfabetizado(1ª a 8ª série)Homens 12 - - 05Mulheres 03 - - 05Total 15 - - 104.2.2. Limitações, potencialidades (FOFA) e estratégias de ação emrelação à educação, cultura e lazerTabela 29 - Limitações e potencialidades da educação, cultura e lazer (FOFA).Do projeto de Assentamento Cachoeira.DENTRO DO ASSENTAMENTO FORA DO ASSENTAMENTOFortalezas Fraquezas Oportunidades AmeaçasSaber local 2 pessoas têm o AlgunsAlto índice de2º grau assentados analfabetismocompleto, os dominam técnicasdemais não artesanais, comocompletaram 5 fabricação deanos de estudo e tapetes e aa maioria são maioria domina aanalfabetos arquiteturapopularCurso deFalta umacapacitaçãodiversificaçãomaior de mão-deobra,P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 58


impossibilitandonovasoportunidadesparaosassentados.Escola . Evasão de alunosda sala de aula.Falta de salãocomunitário pararealização dasfestas-Fonte: Aplicação de Técnica Problemas, Oportunidades e Estratégias de Ação da Educação,cultura e lazer.Tabela 30 - Problematização da realidade da educação, cultura e lazer.PROBLEMADESEJOCAMINHOA maioria é Ter cursos voltados Buscar esse curso através daanalfabetapara a educação de prefeitura localjovens e adultos.CursodecapacitaçãoTer o curso de Buscar através da secretaria dacapacitação dos educação do municípioprofessoresEscola Melhoria da infraestruturaBusca junto ao incra ee ampliação Prefeitura do municípioda mesma.Salão comunitário Possuir o salão Prefeitura e associação dospara realização das comunitáriomoradoresfestasFonte: Aplicação da Técnica Realidade Desejo.Tabela 31 - Estratégias de ação da educação, cultura e lazer.P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 59


OBJETIVOS O QUE FAZER QUEM FAZ QUANDO FAZ COM QUEMCombater o Buscar parceria Renato, Logo após o INCRAanalfabetismo junto à secretaria Ronailton, neto, termino do PDA Prefeiturade ensino um José Alves e osprojeto de interessados daeducação de comunidadejovens e adultos,Melhoria deinfra-estruturada escola.Capacitaçãoprofissional dosassentadosBuscar junto à Todos da Janeiro de INCRA,Prefeitura uma comunidade 2003Prefeituramelhoria nainfra-estruturapara osprofessores ealunos teremcondições deexercerem suasatividadesImplantar cursos Gendrão, Após o término INCRAde capacitação Emgracio, do PDA ONGpara os Donaprofessores; Arzino.buscar junto àsecretaria deeducação,cursosprofissionalizantespara haveruma maiordiversificaçãoprofissionaldento doassentamento.Divina,P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 60


SalãoAdquir o material TodosdaMarço 2003Associaçãocomunitáriocomunidadedospara realizaçãomoradores edas festasPrefeituralocalFonte: Aplicação da Técnica Estratégias de Ação.Tabela 32 - Operacionalização das estratégias da educação, cultura e lazer.ATIVIDADESCONTRAPARTIDA DO PARCEIROASSENTAMENTOCombater o analfabetismo Organizar grupo de INCRA e Prefeituraestudo para erradicar oanalfabetismoMelhoria de infra-estrutura Organizar um mutirãopara construçãoINCRA e PrefeituradaescolaCapacitação profissional dosassentadosComercialização feita deforma conjunta entre osassentadosSalão comunitário pararealização das festasBuscar parcerias para INCRA, SEBRAE-TOrealização de cursos Prefeitura e RURALTINSprofissionalizanteSerá usando parte do INCRA e Prefeiturafinanciamento retiradoatravés do PRONAFOferecer a mão de obra INCRA e PrefeituraFonte: Operacionalização daS Estratégias De Ação.INDICADORES DE SUCESSOSeria a erradicação do analfabetismo, melhoria da infra-estrutura,diversificação da mão de obra no assentamento, a ampliação do acesso àeducação formal e de qualidade, e a criação de espaços para a educaçãoinformal, valorizando a experiência e a cultura local.P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 61


E – Saúde e saneamento básicoO atendimento na área de saúde no assentamento é feito por um agente doprograma de agentes comunitários de saúde, que realiza visitas irregularmente.Para atendimentos específicos, recorre-se ao posto de saúde no município dePequizeiro, a cerca de 2 km de distância. Utiliza-se também, em alguns casos,a ajuda de benzedeiras, parteiras e líderes religiosos.Em relação à saúde dos moradores, todos os assentados têm o hábito deescovar os dentes e a maioria vai ao dentista só quando precisa. Apenas 4pessoas do assentamento tomam remédio controlado para a pressão,comprado na farmácia. Apenas duas pessoas são deficientes físicas.A alimentação básica da comunidade do assentamento constituída de: arroz,feijão, ovos, carne de galinha, queijo, leite, verdura, mandioca e farinha.As instalações sanitárias nas residências são precárias, sendo usadasprincipalmente áreas a céu aberto. As crianças em idade de vacinaçãorecebem as doses durante as campanhas.A água utilizada para o consumo das famílias origina-se de cisternas ecórregos, após ser filtrada. A água usada para beber é considerada de boaqualidade por parte dos moradores. A distância média entre as casas e a fontede água fica em torno de 500 metros, a qual é considerada curta pelosassentados, inclusive na época da seca.O destino mais comum do lixo é a queima, porém, em alguns casos é jogado acéu aberto ou enterrado.4.2.3. Limitações, potencialidades e estratégias de ação em relaçãoà saúde e do saneamento básicoTabela 33 - Limitações e potencialidades da saúde, saneamento básico.DENTRO DO ASSENTAMENTOFORA DO ASSENTAMENTOFORTALEZAS FRAQUEZAS OPORTUNIDADES AMEAÇASPosto de saúde -Assistência medica -Falta de banheironas residências,A incidênciamaior dedoençasP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 62


Falta de salãocomunitário pararealização dasfestas-Fonte: Aplicação de Técnica Problemas, Oportunidades e Estratégias de Ação da Saúde.Não foi verificada a existência de um posto de saúde no assentamento, ouqualquer outra forma de assistência médica, que possibilite, pelo menos, aprestação de primeiro socorros. Dessa forma, a quase totalidade dosmoradores se vê obrigada a deslocar-se até a sede dos municípios de Colinas,Colméia, Guaraí e Araguaína, onde são atendidos pelo SUS.Constatamos que as famílias do assentamento vivem em precários níveis decondições sanitárias, pois o lixo e os dejetos geralmente são jogados no fundodo quintal, causando sérios riscos à saúde dos moradores.Tabela 34 - Problematização da realidade em relação a saúde e saneamentono Assentamento CachoeiraPROBLEMAFalta deassistênciamédicaPosto desaúde.Banheiro nasresidênciasDESEJOCAMINHOTer assistência médicaSecretaria da saúdeTer o posto de saúde PrefeituraConstrução de fossas e Prefeitura e INCRAbanheirosFonte: Aplicação da Técnica Realidade Desejo.Tabela 35 - Estratégias de ação realidade em relação a saúde e saneamentono assentamento CachoeiraOBJETIVOS O QUE FAZER QUEM FAZ QUANDO FAZ COM QUEMTer assistênciamédicaBuscar parceria Renato, Junho, julho de INCRA,junto à Ronailton, neto, 2003Prefeitura e à José Alves ePrefeitura,Secretaria daP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 63


Secretariadainteressados daSaúdeSaúdecomunidadePosto deAdquiriroTodosdaAgosto de 2003INCRA esaúde.materialcomunidade,que temPrefeitura.problemas comfertilidadeeacides do solo.Banheiro nasresidênciasConstruirbanheirosfossaseGendrão,Emgracio,Dona Divina,Outubro2003deINCRA eSaneatinsArzino.Fonte: Aplicação da Técnica Estratégias de Ação.Tabela 36 - Operacionalização das estratégias realidade em relação a saúde esaneamento no Assentamento CachoeiraATIVIDADES CONTRAPARTIDA DO PARCEIROASSENTAMENTOTer assistênciamédicaPosto de saúdeOrganizar comitiva parabuscar assistência médica INCRA, Prefeitura eSecretaria da SaúdeOferecer a mão de obra INCRA e Prefeiturapara construção do postoBanheiro nas Oferecer a mão de obra Saneatins e PrefeituraresidênciasFonte: Operacionalização das Estratégias de Ação.INDICADORES DE SUCESSOSeria a diminuição da incidência de doenças como a pressão alta e asverminoses nas crianças, além de uma melhoria nas condições de lazer dacomunidade.P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 64


F - Sistema produtivo e mercadoASPECTOS DOS SISTEMAS AGROPECUÁRIOS, EXTRATIVISMO E DARENDA MÉDIA ATUALNeste item, serão apresentados dados coletados do diagnóstico relacionado aosistema produtivo e ao mercado e sugerimos aos leitores que leiam o textoMERCADO, em anexo. Esse texto tem o objetivo de dar uma idéia do que é omercado e que fatores devem ser levados em consideração na hora deplanejar produzir para o mesmo.Das famílias assentadas, 94% já haviam trabalhado com agricultura. Asprincipais culturas que já foram plantadas no assentamento são: arroz (100%das famílias já plantaram), feijão (60%), milho (73%), mandioca (73%),hortaliças (20%) e frutas (7%).Antes de morar no assentamento, a maioria das famílias trabalhava com roça egado e também já tinham cultivado arroz, milho, feijão, mandioca, hortaliças efrutas, além de pastagem, sendo que trabalharam com essas culturas por maisde 3 anos e a mais de 3 anos atrás, de modo que a maioria já havia plantadoem sua propriedade as seqüentes culturas: arroz (6 famílias), milho (11famílias), mandioca (7 famílias), pasto (10 famílias), frutas (8 famílias) ehortaliças (6 famílias).Algumas famílias não plantaram por quê não tiveram trator para preparar aterra e faltaram os recursos financeiros para comprar adubo e sementes.Os produtores não possuem adubo ou corretivo para o preparo da terra oplantio é feito em roça de toco. Não é utilizado nenhum tipo de maquinário,somente equipamentos convencionais, como o machado, a enxada, a foice e amatraca.A produtividade e baixa, devido à falta de tecnologia e ao ataque da cigarrinhae da vaquinha nas pastagens e em culturas como arroz e milho, acarretandoperdas na produção. Falta assistência técnica para orientá-los sobre aprodução e sobre os aspectos sociais.A produção agrícola do P.A. Cachoeira destina-se praticamente à subsistênciae excedente é vendido na região, para comerciantes, fazendeiros eatravessadores, sendo também utilizado como pagamento ou na troca deprodutos.P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 65


De acordo com os resultados obtidos através da aplicação do diagrama defluxo e conversas informais, pudemos observar e analisar quais as estratégiasde mercado e de subsistência das famílias do P.A. Cachoeira.Tabela 37 - Diagrama de Fluxo do Projeto de Assentamento CachoeiraO QUE ENTRA VALOR (R$) O QUE PRODUZ O QUE SAI VALOR(R$)Óleo 2,15 Farinha Farinha 0.50 LAçúcar 0,75 Laranja Laranja 08,00CentoSabão 0,30 Melancia Melancia 01,50 kgCarne 4,50 Porco Porco 27,00 @Pasta de dente 2,00 Galinha Galinha 07,00Arame 130,00 Gado Gado 30,00@Foice 12,00 Alface Alface 0,50 PéAnalgésico 1,00 Frango Frango 07,00Aguardente 2,00 Arroz Pequi 01,00 LCalça 20,00 milho Milho 0.10EspigaBotinas 16,00 bananaSementes de 75,00 abóboracapimAdubos 30,00 canainhamePequi Pequi 1 DúziaFeijão feijão 60 SacaSistema de plantioARROZ08 produtores plantam arroz, utilizando 9,6 ha da área do P.A., numa média de1,5 ha por lote. A maioria desses produtores planta arroz por já possuirexperiência e por ser a cultura em que a terra melhor produz. 38% das pessoasplantam sempre na mesma área, porque a terra é forte (67%) e também porquenão há outra área disponível (33%). No entanto 62% das pessoas que plantamP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 66


arroz mudam de área anualmente, pois dizem que o solo é fraco e para evitarproblemas com pragas. Quando ocorre a mudança de área, geralmente éformado pasto na área antiga.Os principais problemas constatados por eles foram: a falta de trator parapreparar a terra, o alto custo de adubos e sementes, a falta de assistênciatécnica e o ataque de pragas (cascudo, cigarrinha, lagarta e periquito). Aprodução total do assentamento é de 12 t, sendo que a metade destina-se àsubsistência.MERCADOO arroz é vendido limpo e ensacado, ao preço de R$ 25,00 a saca de 60 k, nosmeses de junho a agosto.FEIJÃO2 produtores plantam o feijão, as quais utilizam 5,2 ha da área do P.A., em umamédia de 2,6 ha por lote, optando por essa cultura por já possuir experiência epor ser o que a terra produz.Eles mudam de área anualmente, pois dizem que o solo é fraco e para evitarproblemas com pragas e doenças, sendo que a área antiga é destinada parapastagens.Os principais problemas constatados por eles foram a falta de trator parapreparar a terra e o excesso de chuva. A produção total do assentamento é de1,4 t, sendo que a metade destina-se à subsistência.MERCADOO feijão é vendido na feira do município, ao preço de R$60,00 no mês demarço.MILHOA área plantada no assentamento é de 38,7 ha, dividida entre 9 parceleiros. Ametade dos produtores muda de área todo ano e forma pasto na área antiga.Já a outra metade não muda de área, pois consideram a terra forte.A produção total obtida é de 25 t, sendo que a metade da produção é destinadaà subsistência e 12% são usados na troca por outros produtos.Os principais problemas por eles enfrentados são: falta de trator para preparara terra, falta de adubos e sementes e ataque de animais. A produtividademédia do milho no assentamento é de 645 kg/ha.P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 67


MERCADOParte da produção de milho é trocada por outros produtos no assentamento,ou vendida na feira da cidade e para fora do assentamento, ao preço de R$0,10 a espiga e de R$ 25,00 a saca de 60 kg.MANDIOCAForam plantados 10 ha de mandioca em todo o assentamento, por 08parceleiros, sendo que a metade desses produtores muda de área de 2 em 2anos, formando pasto na área antiga. A outra metade não faz a mudança deárea por não possuir outra disponível.O principal problema enfrentado pelos produtores de mandioca é a falta detrator para preparar a terra e o ataque de bichos que comem a produção. Aprodução total obtida é de 16 t, sendo que 33% do produto fica parasubsistência. A produtividade média de mandioca no assentamento é de 0.625t /ha.MERCADOA mandioca é trocada por outro produto dentro e fora do assentamento etambém é vendida no mercado da cidade. O produto é vendido como farinha(33% do total), polvilho (17%), e in natura (50%). A farinha é feita em casas defarinha não mecanizadas, sendo vendida a R$ 0,50 o litro.HORTAA média da área plantada é de 26,66 m 2 , no entanto, um parceleiro (RenatoLuiz Gomes) possui uma área de 500 metros quadrados. Os principaisprodutos cultivados são no assentamento são a alface, a cebolinha e o coentro,sendo que os principais problemas enfrentados são o ataque de pragas, asdoenças e a falta de adubo.Esses produtos são comercializados na feira do município e também dentro doassentamento, todos pelo custo de R$ 0,50.FRUTASAs principais frutas plantadas pelos parceleiros são o abacate, a laranja e amanga, sendo que estas são plantadas na maioria das vezes nos arredoresdas casas, fornecendo sombra para as mesmas. No entanto, a produção obtidaé apenas para o consumo. Os principais problemas enfrentados por eles naP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 68


plantação de frutas são o ataque de pássaros e a ocorrência de insetos edoenças cujo controle não é feito.PASTAGEM E PECUARIAA pecuária é a principal atividade da região e do assentamento. Atualmente,existe no P.A. 458 ha de pastagem, sendo que os principais capins utilizadossão Braquiaria Brachiaria brizanta (264 ha), Quicuio Brachiaria humidicola (132ha) e Andropogon Andropogon guaniences.85% dos assentados pretendem aumentar suas pastagens. Estes pastos sãogeralmente grandes, com tamanho médio de 10 ha, usados para alimentaçãobovina, não sendo comum o uso da larga e campineira.A quantidade de animais no assentamento é de 372 cabeças e a vacinação éfeita duas vezes ao ano contra Aftosa, Brucelose e Manqueira. Apenas 08pessoas vacinam contra botulismo e esta aplicação também é feita duas vezesao ano. A vacinação contra vermes é realizada três vezes ao ano.Os principais problemas enfrentados são a mosca do chifre, as plantas tóxicase também a cigarrinha das pastagens.Apenas uma família aluga ou pega pasto emprestado. O tamanho dessespastos é de (9.7 ha).Com relação à comercialização, os principais produtos vendidos são o leite,que é vendido por 85% das pessoas para o laticínio, ao preço médio de R$0,20 e também os bezerros de 1 ano, que são vendidos para atravessadoresfora do assentamento, por R$ 245,00 em média.CAPINEIRANo assentamento, duas pessoas possuem capineira, perfazendo um total de0.4 ha, dos quais uma parte é destinada para o trato de animais, sendotratados 6 animais durante cerca de 2 meses e o restante é usado para fazerrapadura ou para chupar.MERCADOOs principais produtos vendidos são: o leite que é vendido por quatro famíliaspara o laticínio ao preço médio é de R$ 0,20; o bezerro de 1 ano que é vendidopara atravessadores fora do assentamento por R$ 245, em média.AVESP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 69


Os animais são criados soltos, sendo alimentados principalmente com milho equirela de arroz. Os principais problemas enfrentados por eles são o gogoaviário e o alto índice de mortalidade dos pintos.Os animais são vendidos e trocados ou são usados no consumo da família. Porano, são vendido: 23 cabeças de gado, 3 porcos e 35 galinhas, além de 200ovos.Tabela 38 - Quantidade de Animais Dentro do Projeto de AssentamentoCachoeiraANIMAISNÚMERO DE CABEÇASMACHOFÊMEABovino adulto 16 184Bovino de dois anos a 6 66adultoBovino do desmame até 20 33dois anosBovino até desmame 0 35Cavalo 39 2Burro, mula, jegueSuíno 9 9Aves (galinhas/galo) 214Outras aves (ganso,pato)Fonte: questionário preenchido pelas famílias do assentamento CachoeiraSegundo as famílias, os produtos e animais que ficam para subsistência porfamília são: 1 cabeça de gado, 1 cabeça de porco, 11 galinhas, 56 ovos, 1.020litros de leite.Duas famílias produzem lingüiça, suíno abatido e limpo e frango abatido elimpo, os quais são vendidos na cidade.AS PRINCIPAIS ATIVIDADES REALIZADAS DURANTE O ANO SÃO:Calendário anual de atividadesJaneiroP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 70


Ordenha das vacas e vacinação do gado.FevereiroColheita de arroz e milho, reforma das cercas e roçagem de pastos.MarçoOrdenha das vacas, colheita de arroz, milho, abóbora e hortaliças; plantaçãode feijão e de hortaliças.AbrilPlantio de melancia e hortaliças, ordenha de vacas, roçagem de pastos,colheita de hortaliças e aplicação de remédios no gado.JunhoRoça de toco, conserto de cercas, construção de cercas, ordenha das vacas,vacinação do rebanho e fabricação de farinha.JulhoRoça de toco, construção de cercas e aceiros, roçagem de pastos, vacinaçãodo gado, fabricação de farinha e colheita de melancia.AgostoOrdenha, plantio de roça de toco, construção de aceiros, fabricação de farinhae polvilho, colheita de melancia, vacinação contra vermes, e aplicação deveneno contra a mosca do chifre.SetembroRoçagem e plantio de pasto de pastos, realização de queimadas, plantio demilho, arroz, mandioca, banana, abóbora, capina, reforma de cercas e ordenha.OutubroRoçagem de pastos, realização de queimadas, plantio de milho, arroz,mandioca, banana e abóbora, reforma de cercas, capina, ordenha e plantio depastagem.NovembroVacinação contra aftosa e manqueira, plantio de hortaliças e ordenha.DezembroPreparo do solo para o plantio de capim, abacaxi, banana e batata, colheita dearroz milho e abóbora, ordenha, vacinação contra aftosa e manqueira.Através do calendário sazonal foi possível verificar que as atividades dosparceleiros são distribuídas durante o ano inteiro. Foi também possívelP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 71


observar que as atividades agrícolas estão sendo realizadas de formacronologicamente correta, no entanto, os índices de produtividade do arroz, domilho, do feijão, da mandioca e da criação de gado estão abaixo da média.a - Distribuição da mão-de-obraO processo produtivo envolve toda a família (homens, mulheres e crianças),desde o plantio até a comercialização dos produtos.A prática da venda de diária é comum na região, no entanto, nesseassentamento é empregada em pequena escala. A força de trabalho hoje doassentamento conta com 19 pessoas do sexo masculino e 17 pessoas do sexofeminino, todos adultos; 1 pessoa do sexo masculino e 2 do sexo feminino,adolescentes; 17 crianças do sexo masculino e 7 do sexo feminino.A renda média das famílias varia entre 01 e 02 salários mínimos mensaisEm relação ao trabalho, as atividades são distribuídas entre todos, exceto ospequenos. Os homens e os filhos maiores cuidam da criação e da plantação,sendo que em épocas de maior exigência de mão de obra, como na hora doplantio e da colheita, toda a família participa, inclusive mulheres e crianças,porém, existem duas pessoas com trabalho fixo dentro do assentamento, um éagente de saúde e o outro é comerciante.A rotina diária dos homens é constituída da seguinte forma: às 6 hs da manhã,tomam o café da manhã, trabalhando das 6 hs em diante na roça, até às 11 hs,que é horário de almoço, com um intervalo de uma hora. Às 13 hs retomam otrabalho na roça, até às 16 hs, quando voltam para o banho para o jantar,servido às 18 hs, havendo um tempo livre de duas até às 20 hs, quando vãodormir.A rotina diária das mulheres e constituída da seguinte forma: às 6 hs preparamo café, às 7 hs começam a arrumar a casa, às 9 hs começam a fazer o almoço,às 12 hs arrumam a cozinha, das 13 hs em diante arrumam a casa e lavamroupa, às 17 hs fazem o jantar, às 18 hs tomam banho e logo após o jantar,arrumam a cozinha e às 20 hs vão dormir.P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 72


- Estudo de mercadoA comercialização dos produtos é feita basicamente nos municípios deColméia, Couto Magalhães, Guaraí e Pequizeiro, com os quais os assentadostêm uma relação comercial mais forte.Os principais produtos vendidos são o arroz a farinha, o gado e o porco; estesprodutos são vendidos em feiras e de porta em porta (ambulante). A venda dosprodutos é realizada no período da safra, o que causa uma queda no preçopago além das dificuldades de venda, devido à grande oferta.Já a comercialização feita dentro do assentamento é realizada através detrocas entre os próprios assentados, de forma que a maioria dos produtos quesão produzidos por eles é usada para sua subsistência.Os assentados não fazem qualquer tipo de controle do custo de produção. Aspoucas iniciativas nesse sentido são apenas a anotação do que é gasto, não sefaz projeção de preço e cálculo de lucro. A produtividade é baixa, devido àbaixa tecnologia utilizada.4.2.4. Limitações, potencialidades e estratégias de ação do sistemaprodutivo e mercadoTabela 39 - Limitações e Potencialidades dos Sistemas Agropecuários eextrativismoDENTRO DO ASSENTAMENTO FORA DO ASSENTAMENTOFORTALEZAS FRAQUEZAS OPORTUNIDADES AMEAÇASAbundância de Adubos e Venda do pequi na Solo pobre,pequi na região corretivos região, e também no baixa produção.Pará, onde existe altademanda desse esteproduto.Falta deDificuldade emmaquináriopreparar o soloFalta deDificuldades deassistênciatécnica.produzirP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 73


Poucos animaisFalta depara criaçãosustentabilidadeno assentamentoDiminuição daAssoreamentovegetaçãodos córregos enativarios,edesaparecimentode espéciesfrutíferas.Fonte: aplicação da técnica FOFA com a comunidadeNa pecuária, há pouca criação de gado, devido ao baixo poder aquisitivo dosassentados, porém, estão esperando liberação do crédito financeiro paraintensificar essa atividade.Para as famílias do assentamento, a grande quantidade de pequi é um fator designificativa importância, que pode contribuir para o desenvolvimentoeconômico do assentamento através da transformação desse produto em óleoe conserva e também para o consumo in natura.Tabela 40 - Problematização da Realidade e Desejo dos SistemasAgropecuários e extrativismoPROBLEMADESEJOCAMINHOFalta de trator Ter o trator disponível na Buscar financiamentoépoca correta para o preparo (PRONAF) para aquisição dedo soloum trator e implementosagrícolasBaixa Ter adubo e corretivo para Buscar financiamentofertilidade corrigir as deficiências do (PRONAF) para aquisição desoloadubo e corretivoFalta de Ter auxilio técnico na área Buscar assistência técnicaassistênciatécnicasocial e na produção para área social e para a áreade produçãoFalta de Possuir rebanho nos pastos,criação auxiliando na renda dasBuscar financiamento(PRONAF) para aquisição deP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 74


famíliasanimaisFonte: aplicação da técnica Realidade-desejo com a comunidadeTabela 41 - Estratégias de Ação dos Sistemas Agropecuários e ExtrativismoOBJETIVOS O QUE FAZER QUEM FAZ QUANDO COM QUEMFAZTer um trator Buscar financiamento Renato, Ronailton, Logo após INCRA edisponível na (PRONAF) para Neto, José Alves e o termino Prefeituraépoca correta aquisição de um trator demaisdo PDApara o preparo e implementos interessados dado solo agrícolascomunidadeTer adubo e Buscar financiamento Todos da Janeiro de INCRA,corretivo para (PRONAF) para comunidade, que 2003 Prefeituracorrigir as aquisição de adubo e enfrentamdeficiências corretivoproblemas comdo solobaixa fertilidade eacidez do soloTer auxilio Buscar assistência Gendrão, Após o INCRAtécnico na técnica para área Emgracio, Dona termino doárea social e social e para a área de Divina, Arzino. PDAna produção produçãoPossuirBuscarfinanciamentoTodosdaNofinalINCRA,rebanhonos(PRONAF)paracomunidadequedo verão,atravésdapastos,aquisição de animaistêm desejo depoisestaliberação doauxiliando napossuir ou deé a épocaPRONAFrendadasaumentar o seudemenorfamílias.rebanhopreçosetembrode 2003P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 75


Tabela 42 - Operacionalização das Estratégias dos Sistemas Agropecuários eExtrativismoATIVIDADES CONTRAPARTIDA DO PARCEIROASSENTAMENTOTer o trator Será disponibilizada uma INCRA e Prefeituradisponível na época parte do financiamento paracorreta para o aquisição deste bempreparo do solo comunitárioTer adubo e Será usada parte do INCRA e Prefeituracorretivo para financiamento retiradocorrigir as através do PRONAFdeficiências do soloTer auxilio técnico Será fornecido alimento e INCRA, SEBRAE-TO,na área social e de hospedagem para os Prefeitura e RURALTINSproduçãotécnicos durante os trabalhode assistênciaPossuir rebanhonos pastos, e assimauxiliando na rendadas famílias.Será usada parte do INCRA e Prefeiturafinanciamento retiradoatravés do PRONAAs informações a respeito dos problemas citados são oriundas dos resultadosnão só da aplicação das técnicas acima detalhadas, como também deconversas informais e depoimentos dos assentados.INDICADORES DE SUCESSOAproveitamento de áreas que já foram limpas para o plantio, introduzir espéciescom valor comercial a longo e médio prazo, aumento da produtividade naagricultura e na pecuária.G - Serviços de apoio à produçãoASSISTÊNCIA TÉCNICAO assentamento não conta com assistência técnica. As técnicas de produçãoutilizadas são apenas as do conhecimento empírico, porém, existe umaP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 76


consciência da comunidade sobre a necessidade de orientação técnica porparte dos órgãos competentes.CRÉDITOOs assentados praticamente não têm experiência no recebimento de qualquertipo de financiamento para a produção e esperam que sejam orientados pelostécnicos quando forem trabalhar com o dinheiro financiado.A maioria dos assentados já tinha ouvido falar sobre o PRONAF, porém, nãosabiam o que o PRONAF poderia financiar e quais as condições depagamento. Os principais interesses em investimento são gado de leite, gadode corte, porco, mandioca, arroz, milho, feijão e formação de pastagem. Asfamílias aplicariam os financiamentos nestas atividades, porque têmexperiência e segurança com as mesmas e porque o preço de venda é melhor.Separamos aqui as famílias, de acordo com o seu interesse de investimento -se o crédito estivesse disponível hoje no assentamento:- Grupo de interessados em formar pasto (08 famílias)AZINO NUNES MARTINSDIVINO BARBOSA DE OLIVEIRAGENDRAO CLAUDINO BARBOSAINGRACIO LOPESJOSE FRANSISCO REISMILTON FERREIRA DA SILVARONAILTON MARTINS PEREIRASOLDINITO FELIX PEREIRA- Grupo de interessados em criar gado de corte (11 famílias)ALBECI FELIX DE JESUSAZINO NUNES MARTINSDIVINA NEVES FERREIRA DE OLIVERADIVINO BARBOSA DE OLIVEIRAEULENI FERREIRA COSTAGENDRAO CLAUDINO BARBOSAP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 77


INGRACIO LOPESJOSE FERREIRA DA SILVAJOSE FRANSISCO REISMILTON FERREIRA DA SILVARONAILTON MARTINS PEREIRA- Grupo de interessados em criar gado de leite (13 famílias)ALBECI FELIX DE JESUSAZINO NUNES MARTINSDIVINO BARBOSA DE OLIVEIRAGENDRAO CLAUDINO BARBOSAINGRACIO LOPESJOSE ALVES DA CRUZJOSE FERREIRA DA SILVAMILTON FERREIRA DA SILVANILTON JOSE DE LIMAONOFRE FARIAS PEREIRARENATO LUIZ GOMESRONAILTON MARTINS PEREIRA- Interessado em adquirir implementos agrícolas (01 família)GENDRAO CLAUDINO BARBOSA- Interessado em adquirir carroça (01 família)GENDRÃO CLAUDINO BARBOSA- Grupo de interessados em criar galinha, plantar milho e feijão (03 famílias)AZINO NUNES MARTINSMILTON FERREIRA DA SILVASOLDINITO FELIX PERE- Grupo de interessados em plantar mandioca (05 famílias)P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 78


AZINO NUNES MARTINGENDRAO CLAUDINO BARBOSAJOSE FERREIRA DA SILVAJOSE FRANSISCO REISMILTON FERREIRA DA SILVA- Grupo de interessados em plantar arroz (4 famílias)AZINO NUNES MARTINSMILTON FERREIRA DA SILVARONAILTON MARTINS PEREIRASOLDINITO FELIX PERE- Grupo de interessados em criar suínos (07 famílias)AZINO NUNES MARTINSDIVINO BARBOSA DE OLIVEIRAGENDRAO CLAUDINO BARBOSAINGRACIO LOPESRENATO LUIZ GOMESRONAILTON MARTINS PEREIRASOLDINITO FELIX PEREIRAAs 16 famílias disseram que receberiam dinheiro do PRONAF para trabalhar,sendo que dez destas famílias estariam dispostas a aplicar parte dofinanciamento de forma coletiva, na compra de produtos e preparo da área.O PRONAF (Programa Nacional de Agricultura Familiar) é um programa doGoverno Federal, que serve para financiar atividades ligadas à terra, cujaexploração é efetuada diretamente pelo agricultor e sua família, absorvendolhestoda a força de trabalho e garantido-lhes a subsistência e o progressosocial e econômico. É o PRONAF do Grupo “A” que financia as primeirasatividades de investimento e custeio do assentado. Para ter direito a receberfinanciamentos do PRONAF - “A”, o assentado tem que estar morando noassentamento com sua família.O que pode ser financiado?P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 79


- perfuração de poços artesianos;- aquisição de kit irrigação;- aquisição de adubos, calcário, sulfato de amônio e uréia;- aquisição de pulverizador e outros pequenos implementos agrícolas;- aquisição de trator, grade, arado, cultivador, plantadeira e outros;- aquisição de colheitadeira, debulhadeira, triturador e outros equipamentos;- compra de animais de pequeno, médio e grande porte;- aquisição de equipamentos para criação de abelhas;- construção de açudes para consumo de animais e criação de peixe;- plantio de culturas permanentes, semipermanentes e temporárias;- compra de arame, estaca e construção de cercas e currais;- construção de casa de farinha e usina de beneficiamento de arroz;- construção de galpões para criação de galinhas em confinamento;- instalação de agroindústrias rurais, para fabricação de doces, derivados deleite despolpadeiras de frutas e outros;- aquisição de equipamentos, instalação de fábrica de ração e construção detanques para criação de camarão;- artesanato e turismo rural;- outras atividades agrosilvopastoril.Nem tudo que o assentado quer financiar é conseguido, já que depende dacapacidade de pagamento e viabilidade técnica do projeto. Cada asssentadotem direito de financiar um ou até dois projetos pelo PRONAF, que vai de nomínimo R$ 4.000,00 até no máximo R$12.000,00. Caso o assentado queirafazer dois projetos, o valor deles não deve ultrapassar R$ 12.000,00 e o valordo primeiro projeto não poderá ser maior que R$ 8.000,00.CAPACITAÇÃO PROFISSIONALOs assentados não receberam nenhum curso de capacitação profissional, massentem a necessidade da realização de vários cursos de capacitaçãoprofissional, além de um programa para alfabetização de adultos no próprioassentamento.P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 80


4.2.5. Limitações, potencialidades e estratégias de ação do serviçode apoio a produçãoTabela 43 - Limitações e Potencialidades (FOFA) dos Serviços de Apoio àProdução do Assentamento CachoeiraDENTRO DO ASSENTAMENTOFORA DO ASSENTAMENTOFORTALEZAS FRAQUEZAS OPORTUNIDADES AMEAÇAS- Crédito financeiro - Solo- Foi liberado no - Solo pobre em(fomento); foi - Águavalorde nutrientes essenciaisliberado no valor de - Tecnologia. R$1400,00 sendo aobomR$1400,00 sendo - Comercialização R$1000 para desenvolvimento dasR$1000,00 para -Transporte para produção e plantasdeprodução e escoar a R$400,00 para subsistência. (baixaR$400,00 para produção alimentação, fertilidade)alimentação,possibilitando a - A água não épossibilitando apermanência no represada o quepermanência docampodificultaaassentado na área- Beneficiar a disponibilidade para osprodução, desta animais,maneira estariam principalmente nosagregando valores meses de secadificultando a criaçãode animais de formaque prejudica apermanência deles noassentamento.- Trabalhar de formaindividual.- Impróprio (bicicleta,animais), o quedificulta o escoamentoFonte: Aplicação da técnica, Limitações e Potencialidades dos Serviços Apoioà Produção do Assentamento Cachoeira.P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 81


Tabela 44 - Problematização da Realidade dos Serviços de Apoio à Produçãodo Assentamento Cachoeira.REALIDADECAMINHODESEJO- Água - Construção de represas - Construir represas nas parcelas- Solo - Buscar financiamento - A aquisição de adubo e corretivo(PRONAF) para aquisiçãode adubo e corretivo- Tecnologia - Buscar assistência para - Buscar novas formas de trabalhoárea social e para a área de racional e sustentávelprodução, possibilitandouma forma de trabalhoracional e sustentávelComercialização - Formar grupos de - Comercialização feita de formainteressecoletiva entre os assentados- Transporte - Após a liberação do - Ter uma camionete ¾para escoar a financiamento, tentarprodução organizar as pessoas queestejam interessadas emadquirir uma camioneteFonte: Aplicação da técnica, Problematização da Realidade dos Serviços deApoio à Produção do Assentamento Cachoeira.Tabela 45 - Estratégias de Ação dos Serviços de Apoio à Produção doAssentamento Cachoeira.OBJETIVOS O QUE FAZER QUEM FAZ QUANDOFAZCOMQUEMTer represas Buscar junto à Renato, Ronailton, Logo após o INCRA ePrefeitura umamáquina para fazeras represas nasparcelasA aquisição de Buscarneto, José Alves e termino do Prefeiturainteressados da PDAcomunidadeTodos da Janeiro de INCRA eadubo e financiamento comunidade, que 2003 Prefeitura.corretivo para (PRONAF) para têm problemasP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 82


maior virilidade aquisição de adubo com fertilidade edo solo e corretivoacidez do soloBuscar novas Buscar assistência Gendrão,Após o INCRAformas de técnica para áreatrabalhoracionalsocial e para áreae de produçãosustentávelComercialização Organizar os gruposdos produtos de de interesseorigem animal evegetal feita deEmgracio, Dona termino doDivina, Arzino PDATodos da Em dezembro Associaçãocomunidade, que 2002 dostêm desejo demoradoresaumentar a suaeforma coletivacomercializaçãoPrefeituraentre oslocalassentadosTer uma Buscarcamionete ¾ financiamento(PRONAF) paraaquisiçãoRenato, Ronailton, Após aneto, José Alves e liberação dointeressados da financiamentocomunidade (PRONAF)INCRAFonte: Aplicação da Técnica Estratégias de Ação dos Serviços de Apoio àProdução no Assentamento Cachoeira.Tabela 46 - Operacionalização das Estratégias de Ação dos Serviços de Apoioà Produção no Assentamento Cachoeira.ATIVIDADES CONTRAPARTIDA DO PARCEIROASSENTAMENTOTer represas Fornecer parte do óleo do tratorpara a construção das represas INCRA e Prefeituranas parcelasAdubo e corretivo Será usada parte do INCRA e Prefeiturafinanciamento retirado atravésdo PRONAFBuscar novasSerá fornecido alimento eINCRA, SEBRAE-TO,formas de trabalhohospedagem para os técnicosPrefeitura e RURALTINSracional edurante os trabalho deP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 83


sustentável durante os trabalho deassistênciaComercialização Se organizarem em grupos de INCRA e Prefeiturados produtos de interesseorigem animal evegetal, feita deforma coletivaentreosassentadosTer uma camionete¾.Será usando parte do INCRA e Prefeiturafinanciamento retirado atravésdo PRONAFFonte: Aplicação da Técnica Operacionalização das Estratégias dos Serviçosde Apoio à Produção no Assentamento Cachoeira.INDICADORES DE SUCESSOSeria a melhoria, na produção agropecuária é a formação de uma cooperativaentre os assentados para facilitar a comercialização.H – Desejo temporalAo término de todas as discussões, a comunidade expressou o seu desejo emrelação ao futuro da comunidade, o qual está expresso na tabela seguinte:Tabela 47 - Desejo Temporal do Assentamento CachoeiraANO OBJETIVOS LIMITAÇÕES1 Trator, semente, adubo, cerca, Falta de apoio dos órgãos ligados aoassistência técnica, criação, desenvolvimento do assentamentorepresa, energia elétrica, falta de recursos, falta de apoio datelefone público, licença para Prefeitura e inoperância dademarcação, poço artesiano, associaçãoposto de saúde e escola5 Poço artesiano Falta de acesso aos créditosP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 84


10 Pagar o PRONAF Não foi liberado o financiamentoFonte: Aplicação da Técnica Desejo Temporal no Assentamento Cachoeira.Esta técnica pode demonstrar a expectativa dos assentados em relação aodesenvolvimento do assentamento em um determinado espaço de tempo etambém para ilustrar a visão que eles têm em relação às dificuldades quepoderão enfrentar para alcançar seus objetivos.I - Outros programas governamentais e não governamentaisOito famílias do assentamento Cachoeira recebem benefícios do governocomo: Bolsa escola (4 famílias), auxílio invalidez (1 família), pioneiro mirim (1família) e aposentadoria (2 famílias). Esses programas pouco contribuem paracomplementar a renda mensal das famílias, mas no caso de famílias que sódispõem deste benefício como fonte de renda é importante, uma vez que elasnão vendem parte da produção e não dispõem de trabalho fixo.4.3. Análise geral da viabilidade econômica do plano e recomendaçõesAs recomendações foram feitas ao longo do texto, em cada tópico específico.A análise da viabilidade deveria ser uma análise da relação custo benefício detodas as ações destinadas ao plano de desenvolvimento do assentamento,entretanto, é inviável fazê-la dessa forma nesse momento.A análise da viabilidade econômica foi elaborada com a intenção de mostraraos produtores a viabilidade de cada tipo de atividade de interesse, objetivandocontribuir na decisão dos agricultores em investir em uma das atividades. Aseguir colocamos uma análise de algumas atividades que geralmente são dointeresse dos agricultores.GADO DE LEITEPara a criação de gado de leite, há a necessidade de se ter pasto suficientepara os animais, água disponível e à vontade, cerca, sal mineral, vacinação evermifugação. Para uma família receber o financiamento destinado a criaçãode gado de leite será necessário fazer um financiamento de cerca de R$11.083,50. Os itens financiados são:P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 85


ITEM QUANTIDADE VALOR UNITÁRIO VALOR TOTALR$R$Vacas 9 600,00 5.400,00Touro 1 900,00 900,00Represa 20 h/m 50,00 1.000,00Cerca 1 km 2.450,00 2.450,00Formação de 3 ha 444,50 1.333,50pastagemTOTAL 11.083,50Calculou-se que somente 70% das vacas parem durante o ano e que cadavaca dará em torno de 4 litros por dia, durante 180 dias. O valor do leite paravenda será de R$ 0,20 e dos bezerros de R$ 260,00. Assim, a receita que seobtém com o leite e os bezerros ao longo de dez anos é:RECEITA ANOS1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Leite 864,00 864,00 1.296,00 1.728,00 2.736,00 2.736,00 2.736,00 2.736,00 2.736,00 2.736,00Bezerro 840,00 840,00 1.400,00 1.680,00 2.800,00 2.800,00 2.800,00 2.800,00 2.800,00 2.800,00TOTAL 1.704,00 1.704,00 2.696,00 3.408,00 5.536,00 5.536,00 5.536,00 5.536,00 5.536,00 5.536,00Os custos dessa atividade compreendem o valor das parcelas dofinanciamento e a formação de pastagem para suportar o número crescente deanimais e o custo com sal mineral, vacinas e vermifugações dos animais.Para cada cabeça de gado é necessário se ter 1 ha de pasto, por isso oprodutor que quiser criar o gado de leite terá que ter pelo menos 7 ha ou 21tarefas no primeiro ano do projeto. O gasto anual com sal, vacina e vermífugofica em R$ 19,00 por cabeça. Assim, temos:CUSTOANOS1 2 3 4 5 6 7 8 9 10parcelas dofinanciamento carência carência 860,16 870,05 880,06 890,18 900,42 910,77 921,24 931,84Gasto com osanimais 242,25 285 313,5 384,75 475 475 475 475 475 475P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 86


Gasto com aformação de pasto 1.333,50 1.333,50 1.333,50 4.445,00 4.445,00 4.445,00 4.445,00 4.445,00 4.445,00TOTAL 242,25 1.618,50 2.507,16 2.588,30 5.800,06 5.810,18 5.820,42 5.830,77 5.841,24 5.851,84O valor das parcelas do financiamento já está calculado com o rebate de 40% aque o produtor tem direito se pagar em dia suas parcelas.Depois de descontar os gastos, o que sobra de receita para o produtor é:FLUXOANOS1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Receita 1.704,00 1.704,00 2.696,00 3.408,00 5.536,00 5.536,00 5.536,00 5.536,00 5.536,00 5.536,00Custo 242,25 1.618,50 2.507,16 2.588,30 5.800,06 5.810,18 5.820,42 5.830,77 5.841,24 5.851,84Sobra por ano 1.461,75 85,50 188,84 819,70 -264,06 -274,18 -284,42 -294,77 -305,24 -315,84Sobra por mês 121,81 7,12 15,73 68,30 -22,00 -22,84 -23,70 -24,5 -25,4 -26,32A criação do gado de leite, com seus custos normais e com a venda do leitepara os laticínios, não é rentável para o produtor se for financiada e se for aúnica atividade produtiva, cuja receita será usada para pagar o financiamento.A linha de financiamento do PRONAF “A#” não financia gado de corte, atéporque a receita do gado de corte é insuficiente para a manutenção da família.Apesar do bezerro custar hoje até R$ 300,00 não há a receita do leite.MANDIOCAA mandioca é uma cultura rústica, que produz bem nas áreas de cerrado,entretanto, é recomendado o plantio em terras mais férteis para se ter melhoresresultados. O custo de implantação de 1 ha de mandioca (sem calcular o valorgasto com o desmatamento) é de R$ 1.268,00. Estima-se que 1 hectare demandioca produza 18.000 kg de raízes e que o preço de venda do quilo sejaR$ 0,25. A receita obtida por ano com a venda da mandioca na batata (innatura) é de R$ 4.500,00.Considerando-se que o plantio de mandioca seja financiado, a sobra porprodutor é de:FLUXOANOS1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Receita 4.500,00 4.500,00 4.500,00 4.500,00 4.500,00 4.500,00 4.500,00 4.500,00 4.500,00P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 87


Custo do replantio 3.232,00 3.232,00 3.232,00 3.232,00 3.232,00 3.232,00 3.232,00 3.232,00 3.232,00Parcelas dofinanciamento 155,66 157,45 159,26 161,09 162,94 0,00 0,00 0,00 0,00Sobra por ano 1.112,34 1.110,55 1.108,74 1.106,91 1.105,06 1.268,00 1.268,00 1.268,00 1268,00Sobra por mês 92,70 92,50 92,40 92,20 92,10 105,70 105,70 105,70 105,70O valor das parcelas do financiamento já está calculado com o rebate de 40% aque o produtor tem direito se pagar em dia suas parcelas.MILHOO milho é uma cultura exigente para o solo do cerrado, sendo que o custo deimplantação de 1 ha é de R$703,00. A produção esperada do milho é de 3.600kg por hectare, que podem ser vendidos a R$ 0,30. A receita com a venda domilho seco é de R$ 1.080,00Se o milho for financiado, o que sobra para o produtor é:FLUXOANOS1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Receita 1.080,00 1.080,00 1.080,00 1.080,00 1.080,00 1.080,00 1.080,00 1.080,00 1.080,00 1.080,00Custo do replantio 703,00 703,00 703,00 703,00 703,00 703,00 703,00 703,00 703,00 703,00Parcelas dofinanciamento 261,41 Por ser um custeio o valor total é pago no primeiro ano do financiamento.Sobra por ano 377,00 115,59 377,00 377,00 377,00 377,00 377,00 377,00 377,00 377,00Sobra por mês 31,42 9,63 31,42 31,42 31,42 31,42 31,42 31,42 31,42 31,42O milho não é uma cultura rentável para ser produzida com recursos dofinanciamento. O plantio com a finalidade de comercialização só é rentável sefor conseguido um preço mais alto pelo produto, como por exemplo, quando sevende o milho verde ou quando se vende o milho seco na entressafra.ARROZO arroz é uma cultura exigente para o solo de cerrado. O custo de implantaçãode 1 ha de arroz de sequeiro é de R$ 499,00. A produção de arroz é de cercade 1200 kg por hectare, que é vendido por R$ 0,30 o quilo, ou R$ 18,00 o sacode 60 kg. Então, a sobra para o produtor é de:P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 88


FLUXOANOS1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Receita 360,00 360,00 360,00 360,00 360,00 360,00 360,00 360,00 360,00 360,00Custo do replantio 499,00 499,00 499,00 499,00 499,00 499,00 499,00 499,00 499,00Parcelas dofinanciamento 201,90 Por ser um custeio o valor total é pago no primeiro ano do financiamento.Sobra por ano 159,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0Sobra por mês 13,25 0 0 0 0 0 0 0 0 0PORCO (SUÍNO)Para a criação de suínos é necessária a construção de instalações que nãoprecisam ser muito sofisticadas. Os suínos se adaptam bem em sistemas decriação ao ar livre, desde que estejam em locais gramados, com proteção dosol e água à vontade. Os animais indicados para esse tipo de criação sãoanimais mais rústicos, entretanto melhorados. Há necessidade da construçãode um abrigo, que pode ser usado como maternidade ou engorda. Umfinanciamento para a criação de suínos é feito com os seguintes itens:ITEM QUANTIDADE VALOR UNITÁRIO VALOR TOTALPorcas 5 380,00 1.900,00Cachaço 1 380,00 500,00Cercas e abrigo 1 1912,00 1.912,00(8m 2 )Ração 8436 kg 0,62 5.294,43Formação de 1 ha de quicuio 419,25 419,25pastagemTOTAL 10.025,68Estima-se que das 5 porcas apenas 4 irão parir durante o ano. Em cada partoas porcas darão 8 leitões e elas terão 2 partos por ano. Os leitões serãovendidos com 60 kg de peso vivo, com o quilo custando R$ 3,50. Assim asobra por ano para o produtor é de:FLUXOANOSP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 89


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Receita 13.440,0 13.440,0 13.440,0 13.440,013.440,0 13.440,0 13.440,0 13.440,0 13.440,00 0 0 0 13.440,00 0 0 0 0 0Custo com aração 5294,00 10588,00 10588,00 10588,00 10588,00 10588,00 10588,00 10588,00 10588,00 10588,00Parcelas dofinanciamento carência carência 466,84 472,21 477,64 483,13 488,69 494,31 499,99 505,74Sobra por ano 8146,00 2852,00 2.385,16 2.385,16 2.385,16 2.385,16 2.385,16 2.385,16 2.385,16 2.385,16Sobra por mês 678,83 237,67 198,76 198,76 198,76 198,76 198,76 198,76 198,76 198,76O valor das parcelas do financiamento já está calculadas com o rebate de 40%a que o produtor tem direito se pagar em dia suas parcelas.Essa atividade é rentável para o produtor e permite que ele tenha uma rendapróxima de um salário mínimo por mês.GALINHA CAIPIRAA criação de galinha caipira é uma atividade viável para os produtores,principalmente se houver facilidade de escoamento do produto. A criação defrangos para corte, que aqui é chamada de criação de galinha caipira, pode serfeita em sistema de criação aberto (semi-intensivo). Para esse sistema énecessário ter área de pastagem cercada de tela para abrigar os animais e umgalpão para abrigo dos pintinhos.Assim, para fazer um financiamento para a criação de galinha caipira sãonecessários os seguintes itens:ITEM QUANTIDADE VALOR UNITÁRIO VALOR TOTALPintos 50 1,5 75,00Cerca e tela 0,10 km 2.000,00 200,00Ração e vacinas 12 160,25 por lote 1923,00Formação de 1 há de quicuio 419,25 419,25pastagemTOTAL 2617,25São planejados, nesse caso, a criação de lotes mensais de 50 pintos e a vendamensal de 50 frangos a R$ 7,00 cada uns. Assim, a sobra para o produtor é de:P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 90


FLUXOANOS1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Receita 4200,00 4200,00 4200,00 4200,00 4200,00 4200,00 4200,00 4200,00 4200,00 4200,00Custo com aração 1923,00 1923,00 1923,00 1923,00 1923,00 1923,00 1923,00 1923,00 1923,00 1923,00Parcelas dofinanciamento carência carência 190,41 192,60 194,81 197,05 199,32 201,61 203,93 206,28Sobra por ano 2277,00 2277,00 2086,59 2084,40 2082,19 2079,95 2077,68 2075,39 2073,07 2070,72Sobra por mês 189,75 189,75 173,88 173,70 173,52 173,33 173,14 172,95 172,76 172,56É também uma atividade que dá viabilidade de pagamento, embora a rendanão seja muito alta. Se o produtor usar alimentos alternativos, pode diminuir ogasto com a alimentação e aumentar a renda do produtor.P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 91


ANEXO 1TEXTO 1 - MERCADOSua definição, de acordo com alguns dicionários, é: lugar público onde secompram mercadorias postas à venda, ponto onde se faz o principal comérciode certos artigos, centro de comércio ou simplesmente comércio. Nas cidadesda antiguidade, Roma e Grécia, já se observava a existência de mercadosformais de entregas diferidas de bens. Na Idade Média, surgem as primeirasfeiras, que tinham como principal característica a entrega física do produto,mas já se esboçavam as primeiras contratações de produtos. Mas é no Japãoque está a verdadeira origem do mercado, onde foi registrado o primeirocomércio organizado.Também definido como uma rede de relações entre compradores evendedores, que resulta na fixação da quantidade de bens, produtos e serviçosoferecidos e preços pagos por eles. Num mercado ideal, os preços sãoregulados pela lei da oferta e da procura, exemplificado claramente naprodução agrícola de milho. Ocorre que quando existe uma grande produçãode milho em um determinado estado ou país, o preço tende a diminuir, emfunção da quantidade produzida. Assim também funciona com outros produtose outros bens de consumo. Nenhum participante tem poder de influir sozinhosobre o conjunto da produção. O quadro ideal é aquele em que existeconcorrência plena. No entanto, a realidade é bastante diferente, existindovárias práticas e situações.O que se percebe é que existem características diferentes para cada relaçãocomercial, que depende de uma série de fatores como: localização, preçospraticados, produção adequada com a realidade da região e principalmente oconhecimento do mercado da região onde se atua ou se pretende atuar.Ressaltamos, então, que o fator que faz a diferença para quem atua nestarelação de compra e venda de produtos é o conhecimento. O recomendado éque, se você pretende ser um ótimo vendedor, conseqüentemente tambémseja um ótimo comprador, ou seja, tudo o que é produzido, ou simplesmentecomercializado, depende da sua capacidade de negociação na compra dosinsumos ou produtos. Portanto, para atuar no mercado, não basta apenas oconhecimento, mas, na maioria das vezes, a sua capacidade de negociarP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 92


preço, prazo e entrega. Isto significa que para atuar no “mercado”, não existeuma capacidade que sobressaia à outra, mas, sim, um conjunto de fatores quedefine o sucesso ou o fracasso do empreendimento.Para quem está iniciando no mercado, fica difícil ser ótimo em todas ascaracterísticas, como:conhecimento do mercado consumidorconhecimento do mercado fornecedor;capacidade de negociação;habilidade em vendas;conhecer os concorrentes, etc.Portanto, o ideal é ter uma noção geral de todos os fatores que farão adiferença para a atuação no mercado, e se aperfeiçoar naquilo que mais lheinteresse. Deste modo funciona o mercado, com uma interdependência defatores de sucesso.Existem casos de empreendimentos em que não percebemos a razão dosucesso ou fracasso, ficando difícil perceber se determinado produto ou serviçovendeu mais ou vendeu menos por causa do seu preço, qualidade, prazo, etc.Portanto, para cada transação comercia,l sempre um dos fatores sobressai emrelação ao outro, cabendo então ao participante dessa relação ter a capacidadede perceber o seu diferencial no mercado. Este diferencial dependerá dacapacidade de observar e agir com cuidado nas oportunidades que surgem.Para quem atua no mercado, outra característica que sempre está relacionadaao sucesso, seja para quem busca um novo negócio, ou para quem já possuiuma atividade é perceber uma outra forma de alcançar novos clientes.Cabe agora então, para cada participante, seja ele um empreendedor quepretende atuar sozinho no mercado, ou para um grupo de pessoas que tem omesmo objetivo, transformar a sua realidade atual em uma grandeoportunidade. É importante frisar, que para atuar no mercado não existe umareceita pronta que define o sucesso, pois se existisse não haveria tantosempreendimentos indo por água a baixo. Claro que o sucesso depende dealguns fatores comentados acima: qualidade, preço, conhecimento,oportunidade, etc. E não esquecer também, que tudo isso depende de muitotrabalho e persistência, e que o segredo do sucesso para atuar nesse mercadoP.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 93


super competitivo pode estar muito mais perto do que você imagina, dentro devocê.P.A. Cachoeira – Pequizeiro - TO 94


OPA - CachoeirinhaMapa de Identificação da Área do AssentamentoHumbertoMarcosEscolaEstradaMAPA DE IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA DO ASSENTAMENTOEste mapa é usado para que se possa identificar pontos de referênciada área do assentamento e também localizar as estradas, córregos e rios.GendrãoSodinitoR IL A BF AE GC O R RV AR ADivinoHélioRonailtonNiltonO B AJosé AlvesR R E IR A SOnofreJoséFranciscoNJoséFerreiraMiltonArzinoRenato LuizEngrácio EuleniIM{VELÁREA DEMARCADA COM GPS - 688,1325 haÁREA REA DOS LOTES, 18 + VILA - 433,8246 haÁREA REA DE RESERVA LEGAL - 241,2625 haÁREA REA DEMARCADA COM GPS - 688,1325 haÁREA REA DE ESTRADAS -13,0454 haMINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIOINSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIASUPERITENDÊNCIA REGIONAL DO TOCANTINS SR(26)GRUPAMENTO DE CADASTRO RURAL - CGRUPO DE CARTOGRAFIA E RECURSOS NATURAIS - C2ANTE-PROJETOÁREA688,1325 haSEBRAEOLREG. COD.DATAJUNHO/2002MUNICÍPIO / UFPA - CACHOEIRINHAPEQUIZEIRO/TOPER)METROESCALA12,692,95 m1:20.000SDESENHORESP. TÉCNICO CONFERE VISTO


OPA - CachoeirinhaMapa de VegetaçãoCerradoCerradãoMata CiliarPastoMataMAPA DE VEGETAÇÃOEste mapa é usado para localizar os diferentes tipos de vegetação que existem naárea do assentamento. A descrição da vegetação já foi feita no item 4.1 letra D.R IO B AV AR R E IR A SR AL A BF AE GC O R RÁREA DEMARCADA COM GPS - 688,1325 haÁREA REA DE RESERVA LEGAL - 241,2625 haÁREA REA DE ESTRADAS -13,0454 haÁREA REA DOS LOTES, 18 + VILA - 433,8246 haÁREA REA DEMARCADA COM GPS - 688,1325 haSEBRAEMINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIOINSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIASUPERITENDÊNCIA REGIONAL DO TOCANTINS SR(26)GRUPAMENTO DE CADASTRO RURAL - CNIM{VELGRUPO DE CARTOGRAFIA E RECURSOS NATURAIS - C2ANTE-PROJETOÁREA688,1325 haOLREG. COD.DATAJUNHO/2002MUNICÍPIO / UFPA - CACHOEIRINHAPEQUIZEIRO/TOPER)METROESCALA12,692,95 m1:20.000DESENHORESP. TÉCNICO CONFERE VISTOS


PA - CachoeirinhaMapa de Tipos de SoloR AV ATerra Pedregosa (Litossolo)Terra Preta (Hidromórfico)Terrra Vermelha Amarela (Litossolo Vermelho Amarelo)BR ICascalho (Conressionário)OL AB A R RE IR A SMAPA DE TIPOS DE SOLOEste mapa é usado para localizar os tipos de solo que existemna área do assentamento. As características de cada tipo de soloestão descritas no item 4.1, na letra A.F AOE GC O R RÁREA DEMARCADA COM GPS - 688,1325 haÁREA REA DE RESERVA LEGAL - 241,2625 haÁREA REA DE ESTRADAS -13,0454 haÁREA REA DOS LOTES, 18 + VILA - 433,8246 haÁREA REA DEMARCADA COM GPS - 688,1325 haSEBRAEMINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIOINSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIASUPERITENDÊNCIA REGIONAL DO TOCANTINS SR(26)NGRUPAMENTO DE CADASTRO RURAL - CGRUPO DE CARTOGRAFIA E RECURSOS NATURAIS - C2IM{VELANTE-PROJETOÁREA688,1325 haOLREG. COD.PA - CACHOEIRINHAPER)METRO12,692,95 mDATAJUNHO/2002MUNICÍPIO / UFPEQUIZEIRO/TOESCALA1:20.000SDESENHORESP. TÉCNICO CONFERE VISTO


BPA - CachoeirinhaMapa de RelevoR AV APlanoSuave OnduladoOnduladoMAPA DE RELEVOEste mapa é usado para localizar as alterações de relevo que existemna área. A descrição do relevo já foi feita no item 4.1 letra B.R IOL AB A R RE IR A SF AOE GC O R RNÁREA DEMARCADA COM GPS - 688,1325 haÁREA REA DOS LOTES, 18 + VILA - 433,8246 haÁREA REA DE RESERVA LEGAL - 241,2625 haÁREA REA DEMARCADA COM GPS - 688,1325 haÁREA REA DE ESTRADAS -13,0454 haMINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIOINSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIASUPERITENDÊNCIA REGIONAL DO TOCANTINS SR(26)GRUPAMENTO DE CADASTRO RURAL - CGRUPO DE CARTOGRAFIA E RECURSOS NATURAIS - C2SEBRAEIM{VELANTE-PROJETOÁREA688,1325 haOLREG. COD.PA - CACHOEIRINHAPER)METRO12,692,95 mSDATADESENHOJUNHO/2002MUNICÍPIO / UFPEQUIZEIRO/TORESP. TÉCNICO CONFERE VISTOESCALA1:20.000


PA - CachoeirinhaMapa de Extratificação AmbientalR AV AVarjãoReservaChapadaMAPA DE EXTRATIFICAÇÃO AMBIENTALEste mapa é usado para identificar onde estão as diferentes paisagens que existemna área do assentamento. A descrição das paisagens já foi feita no item 4.1 letra F.BR IEncostaOL AB A R RE IR A SF AOE GC O R RNÁREA DEMARCADA COM GPS - 688,1325 haÁREA REA DOS LOTES, 18 + VILA - 433,8246 haÁREA REA DE RESERVA LEGAL - 241,2625 haÁREA REA DEMARCADA COM GPS - 688,1325 haÁREA REA DE ESTRADAS -13,0454 haMINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIOINSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIASUPERITENDÊNCIA REGIONAL DO TOCANTINS SR(26)GRUPAMENTO DE CADASTRO RURAL - CGRUPO DE CARTOGRAFIA E RECURSOS NATURAIS - C2SEBRAEIM{VELANTE-PROJETOÁREA688,1325 haOLREG. COD.PA - CACHOEIRINHAPER)METRO12,692,95 mDATAJUNHO/2002MUNICÍPIO / UFPEQUIZEIRO/TOESCALA1:20.000SDESENHORESP. TÉCNICO CONFERE VISTO


PA - CachoeirinhaMapa de Capacidade de uso do SoloNOSLR AV AClasse VIIClasse VClasse IIIMAPA DE CAPACIDADE DE USO DO SOLOEste mapa é usado para localizar no assentamento onde está cada classe decapacidade uso do solo. As classes de uso já foram descritas no item 4.1 na letra A.BRClasse IVOIL AB A R RE IR A SF AOE GC O R RÁREA DEMARCADA COM GPS - 688,1325 haÁREA REA DOS LOTES, 18 + VILA - 433,8246 haÁREA REA DE RESERVA LEGAL - 241,2625 haÁREA REA DEMARCADA COM GPS - 688,1325 haÁREA REA DE ESTRADAS -13,0454 haMINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIOINSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIASUPERITENDÊNCIA REGIONAL DO TOCANTINS SR(26)GRUPAMENTO DE CADASTRO RURAL - CGRUPO DE CARTOGRAFIA E RECURSOS NATURAIS - C2SEBRAEIM{VELANTE-PROJETOÁREA688,1325 haREG. COD.PA - CACHOEIRINHAPER)METRO12,692,95 mDATAJUNHO/2002MUNICÍPIO / UFPEQUIZEIRO/TOESCALA1:20.000DESENHORESP. TÉCNICO CONFERE VISTO


PA - CachoeirinhaMapa de Capacidade do uso da TerraR AV AMilhoGalinhaArrozAbacaxiMandiocaMelanciaBR IOBananaCôcoPorcoAboboraMaxixiCajuLaranjaF AL AB A R RE IRAPeixeBoiCavaloOE GC O R RÁREA DEMARCADA COM GPS - 688,1325 haÁREA REA DE RESERVA LEGAL - 241,2625 haÁREA REA DE ESTRADAS -13,0454 haÁREA REA DOS LOTES, 18 + VILA - 433,8246 haÁREA REA DEMARCADA COM GPS - 688,1325 haSEBRAEMINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIOINSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIASUPERITENDÊNCIA REGIONAL DO TOCANTINS SR(26)NGRUPAMENTO DE CADASTRO RURAL - CGRUPO DE CARTOGRAFIA E RECURSOS NATURAIS - C2IM{VELANTE-PROJETOÁREA688,1325 haOLREG. COD.PA - CACHOEIRINHAPER)METRO12,692,95 mDATAJUNHO/2002MUNICÍPIO / UFPEQUIZEIRO/TOESCALA1:20.000SDESENHORESP. TÉCNICO CONFERE VISTO

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