10.07.2015 Views

Modelo de Tese - Unisul

Modelo de Tese - Unisul

Modelo de Tese - Unisul

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

11reivindicava autonomia para o português do Brasil porque os métodos empregados nas<strong>de</strong>scrições do léxico brasileiro foram ina<strong>de</strong>quados, apesar <strong>de</strong> o momento histórico seroportuno para tal solicitação. Seus estudos exemplificam que na história da produção doconhecimento lingüístico <strong>de</strong>ve-se levar em conta diferentes dimensões dos processos <strong>de</strong>produção do conhecimento (a dos temas, a dos sujeitos, a dimensão cronológica, a dametalinguagem entre outras). Seu corpus <strong>de</strong> análise se compôs <strong>de</strong> dicionários e trechos <strong>de</strong>artigos publicados entre os anos 1852 a 1890 e seus estudos <strong>de</strong>monstram que nem sempre aquestão indígena foi insignificante para o discurso lingüístico.Quero registrar, com este comentário, que quando há interesses políticos por partedos programas do Governo ligados ao tema, estes estudos ganham importância. O contráriotambém é verda<strong>de</strong>iro. Atualmente, as poucas discussões limitam-se às questões legais sobreterritórios e alguns estudos sobre línguas basicamente, esquecendo-se <strong>de</strong> toda umaconstituição i<strong>de</strong>ntitária <strong>de</strong> um povo.A leitura do artigo <strong>de</strong> Gualberto e Almeida (2003) referindo-se aos seus estudossobre os mitopônimos (topônimos relativos às entida<strong>de</strong>s mitológicas) mostrou como os nomes<strong>de</strong> lugares possibilitam a compreensão e interpretação <strong>de</strong> costumes, tradições e crenças <strong>de</strong> umpovo. Conheci, através da pesquisa <strong>de</strong>stas autoras, alguns significados da nomenclatura <strong>de</strong>localida<strong>de</strong>s em torno da escola on<strong>de</strong> atuo. Percebi que não há questionamentos, estudos oucuriosida<strong>de</strong> sobre o que nos ro<strong>de</strong>ia, mas já se tornou natural (por esquecimento, apagamento)o <strong>de</strong>saparecimento <strong>de</strong> tradições populares tão ricas da cultura local. Assim como quaseninguém sabe sobre sua história local (topônimos, festas como a do boi-<strong>de</strong>-mamão, artesanato<strong>de</strong> palha e renda, lendas típicas etc.), também <strong>de</strong>sconhecem e não questionam <strong>de</strong> on<strong>de</strong> vem acultura que se está adotando (oriunda do mo<strong>de</strong>lo capitalista, do marketing, da tv em suamaioria). Não cabe aqui fazer julgamentos, mas o que se vê é um crescente apagamento dai<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> local provocado pelo comercial e, muitas vezes, reforçado pelos discursos <strong>de</strong> quem

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!