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PORTO sempre004. sumário003 EditorialForça: nós somos capazes033O Que Há de NovoMaior esforço na recolha de lixo070DesportoCartão municipal005009013016EntrevistaAbílio Pinto VieiraComandante Metropolitano da PSPSea Life CenterSea Life Center abre as portas esteVerãoPrimeiro PlanoParque Oriental: um pedaço de paraísoestá a nascer em CampanhãPrimeiro PlanoPousada <strong>do</strong> Freixo: obras entraramna fase final040046052053O Que Há de NovoRecuperação <strong>do</strong>s bairros municipaisO Que Há de Novo<strong>Porto</strong> assina compromissointernacionalDepoimentoEmídio FerreiraAnimação<strong>Porto</strong> na Moda071074075076Junta Metropolitana <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>Aeroporto Francisco Sá CarneiroJustiçaEm Tribunal: Câmara julgada por…não atribuir subsídioPortuenses IlustresEduar<strong>do</strong> Santos SilvaRuaRua de Azeve<strong>do</strong> - Campanhã020Em FocoReabilitação da Baixa: um processoem curso054AnimaçãoRua Miguel Bombarda077Postal026Em FocoNasce no <strong>Porto</strong> um Palácio de Talentos060CiênciaLaboratório Aberto à cidade078PassadeiraPerguntas a quem passa na rua028Em FocoMerca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Bolhão - IGESPAR aprovouprograma preliminar061Roteiro cultural080Sala de Visitas031O Que Há de NovoInovação: Investimento no futuroMaior rede de fibra óptica da Europa068ClubeGrupo Desportivo Nau Vitória082<strong>Porto</strong> de A a ZHélder PachecoReabilitação da parte oriental da cidadeFicha Técnica<strong>Porto</strong> Sempre nº22Abril 2009DirecçãoRui RioCoordenação EditorialFlorbela GuedesCoordenação RedactorialGabinete de Comunicação eImagem da Câmara <strong>Municipal</strong><strong>do</strong> <strong>Porto</strong>RedacçãoAníbal SacramentoFlorbela GuedesHugo SilvaPaulo NevesSusana TavaresFotografiaRui de MeirelesFotografia da capaImagem de bancoEdição e PropriedadeCâmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>Praça General HumbertoDelga<strong>do</strong>4049-001 <strong>Porto</strong>imprensa@cm-porto.ptwww.cm-porto.ptDesign e ComposiçãoGráficaB+ ComunicaçãoImpressãoHeska - Indústria TipográficaS.A.PublicidadeGabinete de Comunicação eImagem da Câmara <strong>Municipal</strong><strong>do</strong> <strong>Porto</strong>Depósito Legal198544/03Tiragem150.000 ExemplaresPeriodicidadeTrimestral


. entrevistaPORTO sempre005Abílio Pinto VieiraComandante Metropolitano da PSP“O <strong>Porto</strong> é, em termos europeus, uma cidade segura”Que principais desafios secolocam, actualmente, aoComan<strong>do</strong> Metropolitano <strong>do</strong><strong>Porto</strong> da PSP, no que respeita àsua operacionalidade e eficácia?Qualquer Polícia tem comoobjectivo e razão de ser aprotecção e o apoio aos cidadãos,a prevenção e repressão dasactividades delituosas, a garantiada segurança da sociedade e oregular funcionamento dasinstituições.Sen<strong>do</strong> a PSP uma Polícia integral,com valências ao nível daprevenção, ordem pública,investigação criminal, trânsito ede Polícia administrativa, oprincipal desafio que se coloca éa harmonização, articulação eadaptação de todas estasvalências às novas realidadessociais e criminais, que seencontram em constante mutação.Isto requer, da nossa parte, umacapacidade maior de resposta,mais exigente, inova<strong>do</strong>ra ecientífica. Para isso é, também,fundamental, o reforço e aqualificação <strong>do</strong>s nossosprofissionais, bem como amelhoria das suas condições detrabalho.Em termos de segurança, comocaracteriza – ou, se quiser, comoqualifica – a cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,ten<strong>do</strong> em vista que osentimento de insegurança <strong>do</strong>scidadãos nem sempreacompanha o aumento puro eduro da criminalidade?Da<strong>do</strong> os índices objectivos dacriminalidade denunciada, acidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> deve serconsiderada, em termos europeus,uma cidade segura.Para<strong>do</strong>xalmente, os estu<strong>do</strong>sefectua<strong>do</strong>s ao sentimento desegurança vivencia<strong>do</strong> pelos seuscidadãos são contrários à realidade<strong>do</strong>s números, verifican<strong>do</strong>-se, até,a experiência de maior sensaçãode insegurança em locais ehorários em que ocorrem menoscrimes.A Polícia tem de actuar não sóno combate à criminalidade, mastambém sobre a percepção queos cidadãos têm da sua segurança.Após o grave surto de crimesviolentos ocorri<strong>do</strong>s na noiteportuense, parece assistir-se,neste momento, a uma certadescompressão e até, digamos,a uma certa acalmia.Corresponderá esta percepção,puramente intuitiva, àrealidade?A descompressão que mencionacorresponde aos da<strong>do</strong>s de quedispomos. Apesar daqueles crimesterem traduzi<strong>do</strong> um pico inusita<strong>do</strong>de violência, implementámos umconjunto de iniciativas, como oprograma de policiamento “NoiteSegura”, de forma a melhoracompanhar e intervir na realidadeda noite portuense.A ser assim, estará este cenáriorelaciona<strong>do</strong> com uma maiorvisibilidade das forças desegurança, principalmente emlocais mais vocaciona<strong>do</strong>spara a diversão nocturna?A PSP <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> vemaprofundan<strong>do</strong> o conceitode policiamento deproximidade, alargan<strong>do</strong>a sua cobertura localcom vista a aumentare consolidar osentimento desegurança <strong>do</strong>scidadãos. Avisibilidade policialé um <strong>do</strong>sinstrumentos de quetemos feito uso paraincrementar seja asegurança efectiva,seja o sentimento desegurança. Estavisibilidade tem si<strong>do</strong>desenvolvida numaestratégia preventiva,de proximidade,visibilidade,informação e prevenção, e numa estratégiarepressiva, de fiscalização e reacção, através deoperações direccionadas ao combate específico decertas práticas delituosas. É natural que se sintauma maior tranquilidade.Como analisa a relação funcional entre a PSP ea Polícia <strong>Municipal</strong>, à qual a Câmara tem dedica<strong>do</strong>um esforço assinalável com vista à <strong>do</strong>tação demeios?Entre o Coman<strong>do</strong> Metropolitano e a Polícia <strong>Municipal</strong>existem as melhores relações funcionais einstitucionais. De facto, desenvolvemos umaarticulação permanente de intervenções e operaçõesem vastos <strong>do</strong>mínios, numa óptica de rentabilizaçãode recursos. O recente reforço, quer de recursoshumanos, quer de meios materiais, de que a PM foialvo, veio <strong>do</strong>tá-la de uma maior capacidade deactuação, contribuin<strong>do</strong>, assim, para, de formaconjunta, aumentar a qualidade de vida <strong>do</strong>smunícipes.“Implementámos um conjunto deiniciativas, como o programa depoliciamento “Noite Segura”, deforma a melhor acompanhar eintervir na realidade da noiteportuense.”


PORTO sempre006. entrevista“O urbanismo tem de constituir um factor de segurança,através de estruturas e bairros que não segreguem nemestigmatizem as comunidades”Uma das principaispreocupações da CMP no querespeita à prevenção e até àdissuasão da criminalidadeurbana está directamenterelacionada com a requalificação<strong>do</strong>s bairros sociais e mesmocom a demolição – jáconsumada ou em marcha – dealguns <strong>do</strong>s mais problemáticos,como são os casos <strong>do</strong> Bairro S.João de Deus (já demoli<strong>do</strong>) eo <strong>do</strong> Aleixo (cujodesaparecimento está já,igualmente, traça<strong>do</strong>). Como temvisto a importância desteprocesso de intervenção socialda autarquia, enquantocontributo para uma cidade maissegura e inclusiva?A urbanização é um fenómenoincontornável da sociedade actual.É necessário tirar parti<strong>do</strong> <strong>do</strong>svaliosos contributos para aprevenção da delinquência e paraa melhoria da qualidade de vidadas pessoas que um planeamentoe gestão adequa<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s espaçospúblicos e a sua interligação como espaço priva<strong>do</strong> podem gerar. Aprevenção tem de ser encaradanão só na sua vertentesituacional, através da reduçãodas ocasiões, mas também na suavertente social, através dapromoção <strong>do</strong> desenvolvimentosocial das pessoas e dascomunidades. Isto mesmo foireferi<strong>do</strong> num seminário sobre“Urbanismo, Segurança e Lei”,realiza<strong>do</strong> nesta cidade, em 2007,pelo Instituto Superior de CiênciasPoliciais e Segurança Interna.Para a Polícia, o urbanismo temde constituir um factor desegurança, através das estruturasarquitectónicas, da qualificaçãoe dinamização <strong>do</strong>s centroshistóricos, e de bairros que nãosegreguem nem estigmatizem ascomunidades, mas que sejamfactor de inclusão e departicipação social, promoven<strong>do</strong>os valores da cidadania. Todas asmedidas neste senti<strong>do</strong> facilitama actividade policial.Não teme que o agravamento da crise, com oaumento exponencial <strong>do</strong> desemprego, suscite umrecrudescimento da criminalidade, tal como já foiprognostica<strong>do</strong> pelo próprio PGR? Estará a PSP <strong>do</strong><strong>Porto</strong> preparada para enfrentar esse eventualcenário, no âmbito das competências que lheestão atribuídas?A PSP acompanha em permanência a evolução dasociedade e <strong>do</strong>s fenómenos sociais, proceden<strong>do</strong> auma cuida<strong>do</strong>sa análise que serve de base aoplaneamento da sua intervenção operacional. Aglobalização actual <strong>do</strong>s fenómenos sociais, a suacrescente mutabilidade e imponderabilidade,constituem desafios adicionais para os quaisconstantemente nos preparamos. A aposta naformação, no reequipamento, na implementação deformas inova<strong>do</strong>ras de policiamento e na maioraproximação à comunidade, estabelecen<strong>do</strong> parceriasde actuação, bem como no incremento da partilhade informação e da coordenação com as outras Forçase Serviços de Segurança, permitem-nos considerarque encaramos de forma responsável as adversidadessituacionais que possam surgir. Seguin<strong>do</strong> o nossolema “Vencemos Desafios”, uma das chavespara enfrentarmos esse eventual cenáriopassa pela monitorização constante daevolução criminal, procuran<strong>do</strong> de formaágil encontrar as respostas necessárias.“A criminalidade dirigida para novos alvos, a violência com queé efectuada e a crescente exclusão social constitui preocupação”Quais os principais problemas<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, <strong>do</strong> ponto de vistada segurança? Qual o tipo decriminalidade que mais opreocupa e quais as zonas dacidade mais sensíveis emtermos de patrulhamento?A criminalidade que se dirigepara novos alvos,nomeadamente no que toca afurtos/roubos, a violência comque é efectuada e o fenómenode crescente exclusão social,de pessoas sem-abrigo ededicadas a actividadesmarginais, com maiorvisibilidade em alguns bairrosda cidade, constitui motivo depreocupação e enfoque danossa acção de policiamento.Mas, também nos preocupamas designadas incivilidades,que apesar de não constituíremilícitos criminais causam elevadaintranquilidade nas pessoas,traduzin<strong>do</strong>-se em sentimento deinsegurança. Falo, em concreto,de situações de ruí<strong>do</strong> provenientee associa<strong>do</strong> às actividades dediversão nocturna, queincomodam fortemente osresidentes locais, da degradaçãocausada pelos estacionamentosanárquicos e da danificação <strong>do</strong>sespaços e <strong>do</strong>s equipamentospúblicos.Ten<strong>do</strong> por base opermanente estu<strong>do</strong> eacompanhamentodas situações, estaPolícia flexibilizae direcciona oseupatrulhamento para as áreas quecareçam de maior atenção.


. entrevistaPORTO sempre007 005Abílio Pinto VieiraComandante Metropolitano da PSP“A toxicodependência e a exclusão social estão entre as causas quemais contribuem para o sentimento de insegurança <strong>do</strong>s cidadãos”Como vê a criação de umObservatório de Segurança no<strong>Porto</strong>, cria<strong>do</strong> através de umaparceria entre a autarquia e aEscola de Criminologia daFaculdade de Direito?Todas as iniciativas que contribuampara o aprofundamento <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>das questões ligadas à segurançae que permitam uma melhorconcretização <strong>do</strong>s factores quepotenciam o sentimento local deinsegurança constituem uminstrumento importante para oestabelecimento de programaspreventivos por parte da Polícia.Após a supressão, por iniciativa <strong>do</strong> Governo, <strong>do</strong>«<strong>Porto</strong> Feliz», um projecto de combate àtoxicodependência e à exclusão extrema que a CMPvinha desenvolven<strong>do</strong> através de um protocolo como IDT, uma grande quantidade de arruma<strong>do</strong>res – nasua maioria com problemas associa<strong>do</strong>s à droga –regressaram às ruas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Tem conhecimento dealgum programa oficial, em que a PSP esteja presente,que venha colmatar esta carência?A toxicodependência e a exclusão social estão,seguramente, entre as causas que mais contribuem parao sentimento de insegurança <strong>do</strong>s cidadãos. A intervençãoneste âmbito não pode assentar exclusivamente naactuação policial, sen<strong>do</strong>, assim, fundamental umaintervenção multidisciplinar e multi-sectorial, quecongregue sinergias aos mais diversos níveis.“Durante este ano, pretende-se alargar o programa depoliciamento de proximidade a todas as esquadras da cidade”Quais as perspectivas e principais objectivos <strong>do</strong> Coman<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> ao nível <strong>do</strong> policiamento preventivo, como pareceser matriz <strong>do</strong> Programa Integra<strong>do</strong> de Policiamento de Proximidade?O Programa Integra<strong>do</strong> de Policiamento de Proximidade assenta numa perspectiva integra<strong>do</strong>ra, transversal e institui<strong>do</strong>rade uma lógica de conjunto <strong>do</strong>s diversos programas especiais de policiamento implementa<strong>do</strong>s. Pretende-se melhorar aqualidade <strong>do</strong> serviço presta<strong>do</strong> ao cidadão, incrementar os índices de eficiência e eficácia da actuação policial, através daarticulação das diversas valências de prevenção da criminalidade/ proximidade, de ordem pública e de investigação criminal.Este programa envolve uma abordagem pró-activa <strong>do</strong> serviço público presta<strong>do</strong> pela PSP, implican<strong>do</strong> uma extensão dasfunções tradicionalmente desempenhadas pelos elementos policiais. Numa perspectiva essencialmente preventiva, os agentespassam também a estar adstritos à resolução e gestão de alguns tipos de conflitos, ao reforço da relação polícia/cidadãoe à detecção de situações que possam constituir problemas sociais, ou <strong>do</strong>s quais possam resultar práticas criminais.Trata-se de uma abordagem orientada para os problemas, amplian<strong>do</strong>-se a atenção policial para a solução de problemasda comunidade e resolução das causas da criminalidade e incivilidades.Pretende-se alargar o Programa Integra<strong>do</strong> de Policiamento de Proximidade a todas as Esquadras da cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,durante este ano.“O meu grande objectivo é conseguir que daqui a três anosas pessoas estejam mais seguras”No que ao <strong>Porto</strong> dizrespeito, que efeitospráticos espera da Estratégiade Segurança Interna para2009, recentementeapresentada pelo Ministro daAdministração Interna?Registamos com satisfação a intençãomanifestada no reforço <strong>do</strong> efectivopolicial, na valorização <strong>do</strong>s recursoshumanos, no investimento,modernização <strong>do</strong>s equipamentos e deinfra-estruturas de segurança e norecurso às novas tecnologias, na medidaem que tais medidas contribuirão decisivamente para umamelhor prestação da nossa parte. Por outro la<strong>do</strong>, asiniciativas em parceria com as autarquias permitirão odesenvolvimento de um trabalho importante para aconsolidação <strong>do</strong> sentimento de segurança das pessoas emconjunto com as outras medidas de combate à criminalidade.


PORTO sempre008 006. entrevistaA requalificação física das esquadraspode ser um <strong>do</strong>s aspectoscontempla<strong>do</strong>s no plano divulga<strong>do</strong>?Recor<strong>do</strong> que na cerimónia <strong>do</strong>aniversário <strong>do</strong>s 141 anos daPSP/<strong>Porto</strong>, o Sr. Comandantedenunciou, no seu discurso e peranteo Ministro da tutela, que ascondições em que os profissionaisda Polícia trabalham “não estão, deforma alguma, em consonância comas exigências policiais que são feitas,nem com a qualidade e dignidadede que se deve revestir um serviçopúblico desta natureza”.A criação de melhores condições detrabalho para to<strong>do</strong>s os profissionaisda PSP, bem como para os cidadãosque se deslocam às nossas instalações,é crucial para o desenvolvimento danossa acção.Existe um plano global de intervençãorelativamente às instalações policiais,que na cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> apresentamdeficientes condições defuncionamento. Está a ser feito umgrande esforço no senti<strong>do</strong> de promovera requalificação física <strong>do</strong>s edifíciosafectos aos serviços policiais. Das váriasintervenções em curso, a título deexemplo, podemos referir a recentemudança para novas instalações, nopassa<strong>do</strong> dia 15 de Janeiro, da 3.ªEsquadra, da Rua Pinto Bessa para aRua <strong>do</strong> Heroísmo, as obras em cursono antigo edifício da DREN para acolher,temporariamente, os serviços aindainstala<strong>do</strong>s no ex-edifício sede <strong>do</strong>Coman<strong>do</strong> Metropolitano e o início, emAbril, da requalificação total daEsquadra da Foz. Outras intervençõesestão planeadas, como a mudança delocalização da Esquadra <strong>do</strong> Lagarteiro,perspectivan<strong>do</strong>-se outras mudançasnos próximos tempos.Quais os pontos fundamentais dasua actuação ao longo destes trêsanos de comissão de serviço à frente<strong>do</strong> Coman<strong>do</strong> Metropolitano <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>da PSP?O grande objectivo daminha actuação éconseguir que daqui atrês anos as pessoasestejam maisseguras. Para isso,consideroessencialintensificar o controlo das principaisfontes de perigo, com a finalidade deprevenir, reprimir e reduzir acriminalidade, bem como outroscomportamentos susceptíveis de pôrem causa a segurança e a tranquilidade<strong>do</strong>s cidadãos. É, também, importante,consolidar o policiamento deproximidade junto das comunidadeslocais, de forma a aumentar osentimento de segurança da população,com o aprofundamento <strong>do</strong>s programasorienta<strong>do</strong>s para a protecção de vítimasespecialmente indefesas (como ascrianças, as pessoas i<strong>do</strong>sas e as vítimasde maus-tratos e de violência<strong>do</strong>méstica), orientan<strong>do</strong> a polícia parao cidadão e respectivos problemas.Afigura-se ainda essencial reforçar osentimento da autoridade da Polícia,quer pela legitimidade e firmeza daactuação, quer pela prontidão,capacidade e eficácia da resposta.“A criação de melhorescondições de trabalhopara to<strong>do</strong>s osprofissionais da PSP,bem como para oscidadãos que sedeslocam às nossasinstalações, é crucialpara odesenvolvimento danossaacção.”. perfil Abílio Pinto VieiraO primeiro ComandanteMetropolitano <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> não militarAbílio Pinto Vieira nasceu em Luanda, em 1965. Depoisde ter completa<strong>do</strong> o ensino secundário no <strong>Porto</strong>,formou-se na Escola Superior de Polícia, actual InstitutoSuperior de Ciências Policiais e Segurança Interna(ISCPSI), onde, em 1989, concluiu a Licenciatura emCiências Policiais, tornan<strong>do</strong>-se assim no primeiroComandante Metropolitano <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> não militar.Iniciou a carreira policial no distrito de Coimbra, ondeexerceu diversas funções de coman<strong>do</strong> e chefia,salientan<strong>do</strong>-se a de comandante da 3.ª Esquadra naSecção Policial da Figueira da Foz, Chefe da Secçãode Fiscalização, Comandante da Secção de Trânsitoe Chefe da Área de Operações e Segurança <strong>do</strong> Coman<strong>do</strong>Distrital da Polícia de Coimbra.De 2000 a 2002, prestou serviço na Inspecção-Geralda Administração Interna, como Inspector Superior,ten<strong>do</strong> regressa<strong>do</strong> a Coimbra para o exercício <strong>do</strong> cargode Comandante Distrital daquela Polícia.Em Abril de 2007 assumiu as funções de 2.ºComandante <strong>do</strong> Coman<strong>do</strong> Metropolitano <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> daPSP, passan<strong>do</strong> a desempenhar as actuais funções emJunho de 2008.Integrou a Comissão de Coordenação e Planeamentoda PSP para o Euro 2004.Possui diversos cursos de formação, <strong>do</strong>s quais sedestacam o Curso de Direcção e Estratégia Policial,o Curso de Coman<strong>do</strong> e Gestão de Incidentes Táctico-Policiais e o Curso de Defesa Nacional.Participou em diversas conferências e seminários,sen<strong>do</strong> de referir a European Improving PolicingConference, Manchester (2001), o Seminário sobreControlo de Distúrbios Civis em Grandes EventosDesportivos, Lisboa (2004), representou a Políciaportuguesa, como ora<strong>do</strong>r, no workshop internacional“Partnerships in Crime Prevention”, Bulgária (2006)e participou no Seminar Concerning The Best PoliceTactical Practises At The Scene Of School Shooting,Finlândia (2009).Tem averba<strong>do</strong> no seu registo biográfico diversoslouvores e condecorações.


. sea life centerPORTO sempre009O <strong>Porto</strong> mais competitivo:Sea Life Center abre as portaseste VerãoO <strong>Porto</strong> prepara-se para acolher mais um equipamento de qualidade: trata-se <strong>do</strong>Sea Life Center – um centro de vida marinha, que irá mostrar, ao vivo, o prodigiosomun<strong>do</strong> subaquáticoInstala<strong>do</strong> na Praça GonçalvesZarco (junto ao Castelo <strong>do</strong>queijo), numa zona que hámuito necessitava de profundarequalificação, oempreendimento a cargo daMerlin Entertainments Group –líder europeu em atracções delazer sedea<strong>do</strong> em Inglaterra eque este ano celebra o seu 30ºaniversário – será inaugura<strong>do</strong>em Junho próximo,representan<strong>do</strong> um investimentona ordem <strong>do</strong>s 10 milhões deeuros.Com 2.200 metros quadra<strong>do</strong>s eespaço para futura expansão,o novo Oceanário pretendereceber 200 mil visitantes porano distribuí<strong>do</strong>s pelos seus 31diferentes aquários, queconterão quase um milhão delitros de água. Só o aquário <strong>do</strong>oceano terá uma capacidadepara 500 mil litros e medirá 10 metros de altura,nove de largura e seis de profundidade.Pelo seu peso e dimensão, esta infra-estruturaque recebeu apoio e empenhamento da CMPrepresenta, na óptica <strong>do</strong> Presidente da autarquia,que se deslocou expressamente à Alemanha paragarantir a sua fixação na Invicta, uminvestimento marcante para a cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,uma vez que se enquadra na lógica <strong>do</strong> reforçoda atractividade da cidade, assumin<strong>do</strong>-se,também, como uma mais valia na economialocal e regional.


PORTO sempre010. sea life centerAo longo de 12 áreas distintas, que vão desde uma paisagem alusiva ao Parque Nacional <strong>do</strong> Douro até a umtanque-oceano em homenagem a Vasco da Gama, o Sea Life <strong>Porto</strong> albergará 5.800 criaturas marinhas e de água<strong>do</strong>ce, abarcan<strong>do</strong> uma centena de espécies diferentes, desde camarões e estrelas-<strong>do</strong>-mar, a cavalos-marinhos, raiase tubarões.O equipamento disporá de instalações adequadas a visitas escolares e uma área SOS dedicada ao trabalho deprotecção e bem-estar animal em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>, desenvolvi<strong>do</strong> pela rede Sea Life. Para isso, contará com umaequipa de 10 pessoas, mais 25 colabora<strong>do</strong>res sazonais.CaracterizaçãoA visita ao futuro Sea Life <strong>Porto</strong> é uma fascinante viagem emfamília por rios e oceanos. De entre as muitas novidades que iráoferecer, o Centro temático reproduzirá alguns <strong>do</strong>s míticos elementosque fazem parte <strong>do</strong> imaginário e simbolismo da cidade.Enquanto navegam desde a nascente de água <strong>do</strong>ce <strong>do</strong> Rio Douroaté ao Atlântico, rumo aos mares tropicais, os visitantes serãosurpreendi<strong>do</strong>s por apontamentos como os socalcos das encostas<strong>do</strong> Douro, a histórica Ponte D. Luiz I, ou as tradicionais fachadas<strong>do</strong>s edifícios da Ribeira.O percurso reflecte justamente essa viagem, multicolor emultisensorial. Há várias salas, cada uma das quais recrian<strong>do</strong> umambiente particular e o espaço ideal para observar as espécies aíinstaladas, alimentan<strong>do</strong> ao mesmo tempo a fantasia de pequenose graú<strong>do</strong>s.


. sea life centerPORTO sempre011Divertir aprenden<strong>do</strong>Mais <strong>do</strong> que uma pausade lazer eentretenimento paratoda a família, o SeaLife assume-se comoum desafio didácticoà aprendizagem eeducação das crianças. Haverá túneis e grutasa que só elas terão acesso, haverá tesourospara descobrir com questionários quedesafiarão a sua imaginação e apelos àpreservação e conservação de espécies que,de forma criativa, estimularão a solidariedadee a consciência ambiental.Sea Life Center: uma mais valia naeconomia local e regionalApresentação <strong>do</strong> Sea Life Center <strong>Porto</strong>


PORTO sempre012. sea life centerVisita guiada pelos ambientes marinhosA Câmara Escura é a primeiraintrodução <strong>do</strong> visitante nouniverso Sea Life. É uma sala comprojecção de imagem e vídeosobre o fantástico mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>soceanos e sobre as maravilhosasespécies que os habitam.O Túnel é o elemento maisemblemático <strong>do</strong> Sea Life.É uma passagem noaquário central (que vaiter a altura e perspectiva<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is pisos <strong>do</strong> edifício),dan<strong>do</strong> a ilusão de queestamos submersos nohabitat natural <strong>do</strong>sanimais. A única barreiraé mesmo o vidro...O Reino <strong>do</strong>Nemo, um <strong>do</strong>sfavoritos dapequenada.Muito colori<strong>do</strong>e interactivo.O Rio Douro, comreprodução deespécies de água<strong>do</strong>ce e alusão aalguns <strong>do</strong>sícones da cidadee da região: osbarcos Rabelos ea Ponte D Luiz I.O Alto Mar, visível a partir<strong>do</strong> casco de um velhonavio afunda<strong>do</strong>.A Sala SOS, onde seapela à participaçãoactiva das pessoasem causas deconservação epreservação da vidamarinha e ondedamos a conhecer osprincipais projectosdesenvolvi<strong>do</strong>s peloSea Life a este nível.


. primeiro planoPORTO sempre013Zona Oriental em requalificaçãoParque Oriental- um pedaço de paraíso está a nascer em CampanhãO <strong>Porto</strong> vai contar com umnovo parque urbano, na zonaOriental, com incidência notroço <strong>do</strong> Vale <strong>do</strong> Rio Tinto,entre a Rotunda <strong>do</strong> Freixo ePêgo Negro. A primeira fase,correspondente a cerca de 100mil metros quadra<strong>do</strong>s, seráaberta ainda este ano.Em síntese, o objectivo é claro,embora inscrito na sua própriacomplexidade: trata-se de fazer<strong>do</strong> futuro parque um pólo deatracção e potencia<strong>do</strong>r <strong>do</strong>desenvolvimento de uma partebastante deprimida da cidade,como refere Álvaro Castello-Branco, vice-Presidente da CMPe responsável pelo pelouro <strong>do</strong>Ambiente.Mas não se pense que a metaestá logo ali, ao virar daesquina. Para Sidónio Pardal, oautor <strong>do</strong> projecto, para quemo grande desafio criativoconsiste na tentativa de recriarum pedaço de paraíso que otempo se encarregou de engolir,a concepção <strong>do</strong> modelo nemsempre se compadece com arealidade.O arquitecto Prof. Sidónio Pardal«A cidade é um trabalho queexige uma atitude e umempenho visionário.São obras lentas, que abrangem gerações».Daí que o Professor de arquitectura fale num«sonho» a longo prazo, «talvez daqui a 20 anos,quan<strong>do</strong> as pessoas se habituarem a visitar oVale <strong>do</strong> Rio Tinto com o mesmo prazer com quehoje se dirigem à Foz, à Ribeira, ao Parque daCidade, ou à Rua de Santa Catarina».Campanhã:Pólo de atracção epotencia<strong>do</strong>r <strong>do</strong>desenvolvimento departe que ainda seencontra deprimida.


PORTO sempre014. primeiro planoO novo Parque Oriental é «menos arrisca<strong>do</strong>»<strong>do</strong> que o actual Parque da CidadeComparativamente ao quesucedeu com o actual Parqueda Cidade, o trabalho deconcepção <strong>do</strong> Parque Oriental– cuja área total é cerca demetade – suscita outro tipo deproblemas e desafios, comoexplica, na primeira pessoa, oautor de ambos os projectos.Uma obra de artecom poucos riscos.«O Parque Oriental é um sítiocom uma geomorfologia e comum enquadramento na suarelação com o rio e a cidade, completamentediferentes», refere, explicitan<strong>do</strong>: «Fazer umaobra de arte é sempre entrar no desconheci<strong>do</strong>.No entanto, o projecto <strong>do</strong> parque Oriental parecememenos arrisca<strong>do</strong>, porque parto de umapaisagem estimável e ternurenta, na qual meposso apoiar, o que parece tornar o trabalhomenos aventureiro e incerto e, portanto, maisprevisível».Um espaço interclassistae funcionalPara o autor <strong>do</strong> desenho <strong>do</strong> Parque Oriental,«um urbanismo bem concebi<strong>do</strong> e compolíticas de gestão correctas não fazsegregação social». Pelo contrário. «Deverácriar comunidades interclassistas, ondeexiste uma forte interdependência e respeitoentre to<strong>do</strong>s os cidadãos», o que, na suaóptica, «se traduz numa grande entreajuda»,fundamento da criação de «uma sustentaçãosocial».«A ideia é criar um espaço aberto, nãosegrega<strong>do</strong>r e completamente inclusivo,disponível e não refém de grupos ouacontecimentos que lhe diminuam essadisponibilidade», afirma.


. primeiro planoPORTO sempre015Respeito pela alma <strong>do</strong>s sítiose pela antiga paisagem ruralDe acor<strong>do</strong> com o conceito de Sidónio Pardal, trata-se de integrareste espaço – o futuro Parque - na cidade, através deuma operação urbanística que seja sensível aos valorese à memória <strong>do</strong> que ali já existe.«O desafio passa pela recuperação e qualificaçãourbanística das aldeias pré-existentes,transforman<strong>do</strong> e amplian<strong>do</strong> aquelas casas,<strong>do</strong>tan<strong>do</strong>-as de infra-estruturas, melhoran<strong>do</strong> osacessos, sempre sem perder de vista a alma <strong>do</strong>ssítios, o seu carácter e expressão arquitectónicae paisagística, exploran<strong>do</strong> a sua centralidade etambém o potencial de conforto paisagísticoexistente em to<strong>do</strong> aquele vale», observa.Este objectivo global exige, por isso, um trabalhourbanístico interdisciplinar, que abarque umconjunto de tarefas, incluin<strong>do</strong> a despoluição <strong>do</strong>Rio Tinto, «um elemento estruturante em to<strong>do</strong>este projecto».A minimização – ou até a neutralização – <strong>do</strong>impacto das vias rápidas circundantes é, parao especialista, «outro desafio complica<strong>do</strong>».«Os antigos campos agrícolas serão, agora,transfigura<strong>do</strong>s e reconverti<strong>do</strong>s num parque, masa sua arquitectura não irá apagar a memória dacompartimentação da antiga paisagem rural»,garante.«O Parque estáocupa<strong>do</strong> pelopróprio Parque»O facto de se tratar de umespaço aberto e, de algummo<strong>do</strong>, «indefeso» peranteeventuais «agressões»externas preocupa oprojectista. «O Parque é algoque está plenamenteocupa<strong>do</strong> pelo próprio Parque.Há quem não compreendaesta realidade e queira lácolocar tu<strong>do</strong> e mais algumacoisa, como se ele fosse umespaço vazio», alerta,recordan<strong>do</strong> que, em tempos,houve quem quisesse«meter» no Parque da Cidade– cujo projecto também éda sua autoria – nada mais,nada menos que a Casa daMúsica…Primeira fase <strong>do</strong> Parque Oriental será aberta ainda este anoTo<strong>do</strong> o trabalho que tem vin<strong>do</strong> a ser desenvolvi<strong>do</strong> pela CMP desde 2007, com aconstrução de muros, a partir da Rotunda das Areias, e que se prolongou por 2008,aponta para a possibilidade de a primeira fase, com cerca de 10 hectares, ficar àdisposição de to<strong>do</strong>s quantos queiram visitá-lo ainda durante o ano em curso.Nesta etapa, o Parque Oriental contará apenas com quatro unidades paisagísticasdevidamente tratadas e modeladas, que compreendem uma grande diversidade arbórea.A intervenção incide sobre uma parte da margem esquerda <strong>do</strong> Rio Tinto, que acompanhaa Alameda de Azeve<strong>do</strong>.«Vamos criar uma trecho de paisagem» - explica Sidónio Pardal - «com uma expressãomuito naturalista e preparada para poder ser, a muito breve prazo, utilizada como umespaço de lazer».


PORTO sempre016. primeiro planoZona Oriental em requalificaçãoPousada <strong>do</strong> Freixo: obrasentraram na fase final- Parceria público-privada gera o maior complexo <strong>do</strong> género em PortugalO empreendimento, que porduas vezes tinha si<strong>do</strong>chumba<strong>do</strong> pela oposição noanterior mandato, está a nascerno Freixo (Campanhã), numadas zonas mais deprimidas <strong>do</strong>concelho, para a qual énecessário um outro olhar queponha fim a décadas deaban<strong>do</strong>no e estagnação.A cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> vai contar, embreve, com a maior unidadehoteleira da cadeia Pousadas dePortugal, um empreendimento acargo <strong>do</strong> Grupo Pestana, que, em2003, adquiriu à ENATUR osdireitos de exploração daquelarede ligada ao turismo dequalidade.A nova infra-estrutura, quenasceu de uma parceria com aCMP e o Grupo Pestana, cujasobras prosseguem a bom ritmoe que abrirá portas no final <strong>do</strong> verão, ficaráinstalada na antiga Fábrica de Moagens Harmonia,contígua ao Palácio <strong>do</strong> Freixo, que fará tambémparte daquele complexo hoteleiro, assumin<strong>do</strong>-se– juntamente com os respectivos jardins – comoa sua «sala de visitas».O Palácio manterá, todavia, a sua traça monumentalsem qualquer vocação para contemplar instalaçõesdestinadas a alojamentos. Será apenas <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> derecepção, espaços lúdicos, salas de refeições, deestar e de lazer, ou seja, uma verdadeira unidadede apoio a to<strong>do</strong> o complexo.A ligação entre o palácio e a zona de quartos, ginásio e SPAserá feita através de um corre<strong>do</strong>r subterrâneo, - sem prejuízo<strong>do</strong>s acessos externos - de acor<strong>do</strong> com os imperativos <strong>do</strong>Instituto de Gestão <strong>do</strong> Património Arquitectónico e Arqueológico(IGESPAR), entidade que acompanhou e aprovou, de mo<strong>do</strong>rigoroso, os trabalhos de reconversão da antiga fábrica.De acor<strong>do</strong> com as estimativas <strong>do</strong>s seus promotores, a Pousada<strong>do</strong> Freixo será apresentada ao público, em regime de préabertura,no Verão, deven<strong>do</strong> o seu processo de exploraçãoentrar em velocidade de cruzeiro no Outono deste ano.Para o Presidente da CMP, o objectivo <strong>do</strong> empreendimento visaa criação de um importante pólo de desenvolvimento económico,numa área fundamental para a cidade e para a região, assenteno turismo de qualidade e onde já existe a Marina <strong>do</strong> Freixo.


. primeiro planoPORTO sempre017Fábrica <strong>do</strong> sabão para Centro de Eventos: fim de uma sucataO Grupo Pestana está ainda disponível para recuperar o outro edifício contíguo – a antiga Fábrica de Sabões – que temservi<strong>do</strong> para depósito de automóveis aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>s, propriedade de um grupo empresarial priva<strong>do</strong>. Para tanto, decorremnegociações com os respectivos proprietários, deven<strong>do</strong>, todavia, a Câmara <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> comprometer-se a retirar dali odepósito de sucata, que será transferi<strong>do</strong> para um espaço fecha<strong>do</strong>.Caso as negociações entre os diversos interessa<strong>do</strong>s no projecto tenham sucesso, também a recuperação daquela antigafábrica será acompanhada pelo IGESPAR, a quem compete zelar pelo património arquitectónico industrial ali existente.Numa primeira fase, o Grupo Pestana poderá vir a instalar ali um Centro de Eventos, o qual, pelas razões referidas, aindanão tem defini<strong>do</strong> um calendário de execução.To<strong>do</strong>s os espaços <strong>do</strong> futuro Complexo Turístico serão interliga<strong>do</strong>s entre si, mas mantêm a sua autonomia, sem impactovisual externo.Museu da Imprensa vai ser reabilita<strong>do</strong>Também o Museu da Imprensa tem em curso um projecto de reabilitação das suas instalações e de desenvolvimentode actividades.A concretizar-se, tal projecto – cuja candidatura a fun<strong>do</strong>s da União Europeia já foi apresentada – fechará o ciclode reabilitação de toda aquela área.É oportuno referir que a zona ribeirinha de Campanhã irá ainda beneficiar <strong>do</strong>s efeitos <strong>do</strong> programa Polis deGon<strong>do</strong>mar, que tem vin<strong>do</strong> a ser desenvolvi<strong>do</strong> de nascente para poente, e que fará a sua amarração ao territórioda cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, justamente na fronteira com a Pousada <strong>do</strong> Freixo.Campanhã em requalificaçãoMarina <strong>do</strong> Freixo- um importante complemento à actividade da pousadaPeça igualmente relevante neste contextoturístico de Campanhã é a Marina <strong>do</strong> Freixo, umcentro de recreio e lazer que desempenhará umpapel relevante de complementaridade àsactividades da Pousada.O Sport Clube <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e as Pousadas de Portugalpretendem celebrar um acor<strong>do</strong> de parceria comvista à criação de condições para proporcionarpasseios turísticos no Douro com barcosdestina<strong>do</strong>s a clientes da Pousada.O clube pretende adquirir <strong>do</strong>is iates de médiadimensão, que desenvolverão a sua actividadede uma forma articulada com programas turísticosconjuntos entre a Marina e a Pousada.Para tal, será utilizada a plataforma de atracagemjá existente frente ao Palácio e que tambémdará acesso à Marina. Esse espaço destina<strong>do</strong> àatracagem e ao estaleiro de embarcações irá,aliás, ser alarga<strong>do</strong> para os terrenos da margemdireita <strong>do</strong> Rio Tinto.


PORTO sempre018. primeiro planoCircuito da Boavista volta a ganhar vida em JulhoModernidade e classicismo andarão, de novo, de mãos dadas, numa dupla jornadade adrenalina e nostalgia.Nos <strong>do</strong>is primeiros fins-desemanade Julho, o Circuitoda Boavista será, uma vezmais, palco de grandesemoções automobilísticas. De3 a 5, será a vez da velocidadepura e dura, com mais umaetapa <strong>do</strong> Campeonato <strong>do</strong>Mun<strong>do</strong> de Carros de Turismo(WTCC), juntamente comprovas <strong>do</strong> CampeonatoNacional de Turismo (PTCC),Copa Seat Léon e FórmulaAbarth, uma das novidadesda edição deste ano. Umasemana depois, de 10 a 12,entram em cena osparticipantes no GrandePrémio Histórico <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> deFórmula 1, para além demuitos outros automóveis queo tempo transformou emclássicos.Sintetizan<strong>do</strong> o objectivo daorganização, o Presidente daCMP foi claro e conciso naapresentação oficial <strong>do</strong>evento, que representa umamarca importante para o <strong>Porto</strong>e para o país e que tem decontinuar a ser fortalecida:«Assumimosresponsabilidadescom o sucesso dasduas anteriores ediçõese, para esta, começámospor mudar o modelo degestão. Vamos separar oque é desportivo <strong>do</strong> quenão é, vamosespecializar, fazen<strong>do</strong>mais barato e melhor».A organização <strong>do</strong>Circuito da Boavista,que conta com o apoioinstitucional <strong>do</strong> Turismo dePortugal e da Secretaria de Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Desporto,é da responsabilidade da CMP através da<strong>Porto</strong>Lazer, em parceria com a empresa PALeading.Contam como principais parceiros a FederaçãoPortuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK),a empresa francesa Laujac Automobiles e oAutomóvel Clube de Portugal (ACP).Nem só de corridas viverá a BoavistaPara além de usufruir das corridas, quem se deslocar à Boavista terá ao seu dispor variadíssimas actividades de lazer,desde zonas de restauração, até exposições, venda de produtos relaciona<strong>do</strong>s com o evento, ou visitas ao «pad<strong>do</strong>ck».Poderá, assim, «aliar o útil ao agradável» e assistir a tu<strong>do</strong> o que acontece por detrás da «cortina», ou seja, nosbasti<strong>do</strong>res <strong>do</strong> desporto automóvel.


. primeiro planoPORTO sempre019Circuito da Boavista em viagem pela EuropaCom o objectivo de lheconferir ainda maisvisibilidade, o evento seráobjecto de diversas acções depromoção além fronteiras,designadamente em Espanha,onde, em Maio, marcarápresença no “Motor ShowRacing Vigo 2009”.Depois disso, ainda haverátempo para viajar até ao ReinoUni<strong>do</strong>, a fim de participar numimportante show automóvel, em Birmingham.Tu<strong>do</strong> isto em nome da valorização de umacontecimento que tem cresci<strong>do</strong> de ano paraano, em emoção, diversidade de provas equalidade.Race of Champions pela primeira vez em PortugalA cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> vai acolher,nos dias 6 e 7 de Junho, umaedição da Race of Champions,que pela primeira vez serealiza em Portugal.O palcoescolhi<strong>do</strong>será oEstádio<strong>do</strong>Dragão, no qual váriospilotos oriun<strong>do</strong>s de diferentesáreas <strong>do</strong> desporto motoriza<strong>do</strong>(F1, Le Mans Series, WTCC,MotoGP, entre outras) tripulamcarros iguais, numa pistaparalela desenhada dentro <strong>do</strong>recinto.Estão já confirma<strong>do</strong>s alguns<strong>do</strong>s melhores pilotos <strong>do</strong>mun<strong>do</strong>, tais como Carlos Sainz,Andy Priaulx, Daniel Sor<strong>do</strong>,Massimo Biasion, StigBlomqvist, Ggi Galli, JaimeAlguersuari, Carlos Sousa,Armin<strong>do</strong> Araújo eFilipe Albuquerque.Este acontecimentoautomobilístico, constituí<strong>do</strong>por quatro provas ao longo de<strong>do</strong>is dias, é organiza<strong>do</strong> pelaGNI Events, empresaespecializada neste e noutrotipo de eventos de grandedimensão.Red Bull Air RaceAses voa<strong>do</strong>res regressam ao<strong>Porto</strong> em SetembroOs aviões da Red Bull estão de volta ao rioDouro, nos dias 12 e 13 de Setembro, paramais um fim-de-semana de grandes emoções.Trata-se da quinta etapa <strong>do</strong> campeonato, quese inicia este mês de Abril, em Abu Dhabi,nos Emira<strong>do</strong>s Árabes Uni<strong>do</strong>s, com aparticipação de 15 pilotos, incluin<strong>do</strong> quatroneófitos neste género de competição,equiparada à Fórmula 1 <strong>do</strong>s ares.O «circo voa<strong>do</strong>r», que este ano regressa aBarcelona e que visita pela primeira vezBudapeste (Hungria), está ainda maiscompetitivo, devi<strong>do</strong> a algumas alteraçõesregulamentares.Iniciativa premiadaO Red Bull Air Race, espectáculo aéreopromovi<strong>do</strong> pela empresa Extreme Conteú<strong>do</strong>s,Lda, com o apoio da Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong><strong>Porto</strong> foi o vence<strong>do</strong>r, na categoria «Animação& Eventos», <strong>do</strong>s prémios Turismo de Portugal2008.Os «Óscares de Turismo» têm como objectivodestacar os melhores projectos, públicos epriva<strong>do</strong>s, que contribuem para odesenvolvimento <strong>do</strong> Turismo no país.As corridas de aviões, que conhecerão, esteano, a sua terceira edição em Portugal, são<strong>do</strong>s eventos que mais pessoas mobilizam,quer a nível de público, quer em termos deorganização.


PORTO sempre020. em focoReabilitação da Baixa – um processo em cursoO recurso a investi<strong>do</strong>res priva<strong>do</strong>s tem poupa<strong>do</strong> dinheiros públicos e anima<strong>do</strong>investimentosApesar da sua complexidade,a reabilitação da Baixa é,hoje, sob a batuta da <strong>Porto</strong>Vivo, SRU, uma realidadeimparável. Constitui, aliás,o principal e o mais longocapítulo da “revolução” emcurso em termos <strong>do</strong> volumede investimentos efectua<strong>do</strong>sno <strong>Porto</strong>. Ao abrigo deparcerias público-privadasfoi já possível caminhar nosenti<strong>do</strong> da requalificação dediversos equipamentosemblemáticos da cidade, ouna criação de outros, comopor exemplo o Sea LifeCenter, Merca<strong>do</strong> FerreiraBorges, Palácio de Cristal,Bolhão, Pousada <strong>do</strong> Freixosão alguns <strong>do</strong>s frutos dessalinha estratégica delineadapelo actual Executivo. Umaorientação que, <strong>do</strong> ponto devista económico, representa,de resto, uma duplapoupança para a autarquia,que, para além de nãorecorrer a capitais públicos, ainda recebeuma renda pela concessão <strong>do</strong> espaço, emvez de pagar os prejuízos de uma exploraçãoque, normalmente, o sector público semostra incapaz de realizar com rigor eeficácia.A conclusão, ainda este ano, da reabilitação<strong>do</strong> quarteirão de Carlos Alberto será aprimeira amostra, palpável e concreta, dadimensão de um processo inicia<strong>do</strong> em 2005e que hoje adquiriu já uma dinâmica própriaao nível da sua intervenção regenera<strong>do</strong>rana Baixa. O coração <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> palpita erenova-se…Quarteirão de Carlos Albertoquase prontoCarlos Alberto é o primeiro <strong>do</strong>scinco quarteirões-plioto(Car<strong>do</strong>sas, D. João I, TrindadeCoelho e Cais das Pedras) a ficartotalmente reabilita<strong>do</strong>.Foi o primeiro a ter o respectivoDocumento Estratégicoaprova<strong>do</strong>, pelo que a suaintervenção teve início em 2007.Dispõe de 24 prédios com acor<strong>do</strong>de reabilitação firma<strong>do</strong> com a<strong>Porto</strong> Vivo, SRU, sete <strong>do</strong>s quaisestão a ser intervenciona<strong>do</strong>sdirectamente pela Sociedade deReabilitação Urbana em parceriacom a Edifer, ao abrigo de umacor<strong>do</strong> protocolar celebra<strong>do</strong> emSetembro de 2006.O “Pátio Luso” – assim se chamaesse empreendimento – deveráestar em condições de serhabita<strong>do</strong> no próximo Verão.A reabilitação <strong>do</strong>s restantesprédios é da responsabilidade<strong>do</strong>s respectivos proprietários,sob o impulso e supervisão da<strong>Porto</strong> Vivo.


. em focoPORTO sempre021Reabilitação urbana – um processo difícil e burocraticamente complexoO gigantismo da tarefa em causa não se compadece com imediatismos, nem com calendários eleitorais. No caso<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, trata-se de um projecto estratégico, porventura geracional, que, segun<strong>do</strong> os seus responsáveis, temencontra<strong>do</strong> nos procedimentos jurídico-administrativos relativos aos processos de expropriação uma das suas maioresdificuldades, decorrentes da excessiva divisão patrimonial <strong>do</strong>s edfícios.Por outro la<strong>do</strong>, a situação criada no merca<strong>do</strong> da habitação por uma legislação pouco apetecível tem dissemina<strong>do</strong>um conjunto cada vez mais vasto de proprietários descapitaliza<strong>do</strong>s e empobreci<strong>do</strong>s, o que dificulta em muito –para não dizer que, pura e simplesmente, impossibilita – a recuperação e reabilitação atempada <strong>do</strong>s imóveis, emparticular nos grandes centros urbanos.Finalmente, as dificuldades encontradas no processo de realojamento temporário <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res – sem o qual nãoé possível efectuar obra – constituem outro <strong>do</strong>s obstáculos aponta<strong>do</strong>s.“Pátio Luso” já comercializou mais de metade<strong>do</strong>s apartamentosEmbora ainda em fase finalde acabamentos, oempreendimento “Pátio Luso”já dispõe de compra<strong>do</strong>res paramais de metade <strong>do</strong>sapartamentos (equivalente a12 fracções), o que atesta aaceitação e a procura dehabitação de qualidade emplena Baixa portuense.Estão ainda disponíveis trêsT2, um <strong>do</strong>s quais em formatotriplex, três T1, <strong>do</strong>is <strong>do</strong>s quaisDuplex, e um T0, para alémde quatro espaços destina<strong>do</strong>sa escritórios e trêsestabelecimentos comerciais,entre os quais o célebre CaféLuso.A Edifer Imobiliária prevêatingir 90% das vendas atéMaio próximo.


PORTO sempre022. em focoCafé Luso vai continuar a existirUm <strong>do</strong>s edifícios mais emblemáticos da PraçaCarlos Alberto é o <strong>do</strong> antigo Café Luso, que aliperdurará, embora agora completamenterequalifica<strong>do</strong>.O imóvel tornou-se histórico por ter funciona<strong>do</strong>,no <strong>Porto</strong>, como sede da campanha presidencialde Humberto Delga<strong>do</strong> e de cuja varanda, mesmopor cima <strong>do</strong> conheci<strong>do</strong> Café, o General Sem Me<strong>do</strong>proclamou, em 14 de Maio de 1958, num comícioapoteótico perante uma multidão estimada emcerca de 200 mil pessoas, a histórica frase: “Omeu Coração ficará no <strong>Porto</strong>!”.Foi da varanda que seencontra por cima <strong>do</strong>Café Luso, que oGeneral Sem Me<strong>do</strong>disse: “O meu Coraçãoficará no <strong>Porto</strong>!”.Dos 24 prédios, só três ainda não têm processo de reabilitaçãoDos 24 prédios em condições de serem objecto de intervenção, só três ainda não dispõem deprocesso de reabilitação inicia<strong>do</strong>, um deles devi<strong>do</strong> a questões jurídicas relacionadas com apropriedade, outro por estar em fase de expropriação e o restante a aguardar aprovação <strong>do</strong>Programa RECRIA.Dos outros 21, um encontra-se em fase de projecto, 18 em obra e <strong>do</strong>is já concluí<strong>do</strong>s.


. em focoPORTO sempre023Opinião de um futuro mora<strong>do</strong>r da Baixa reabilitadaComprei, em Dezembro, um T 1 na Rua de S. João, no coração da Ribeira, porque acredito no trabalho da <strong>Porto</strong> Vivo,SRU, que desde sempre acompanhei. Trata-se de um projecto bastante aliciante e, também, de uma oportunidade deinvestimento. Estou convicto de que a Baixa <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, designadamente a Ribeira, que é um “ex libris” da cidade, seráuma das zonas privilegiadas em termos habitacionais, à semelhança <strong>do</strong> que sucede na generalidade das capitais europeias.Vai ser um privilégio poder viver naquela zona, devi<strong>do</strong> ao seu peso histórico e patrimonial, bem como à qualidade devida que, no futuro, eu penso que terá.Paulo Lima Carvalho, 27 anos, solteiro, Gestor de Recursos HumanosPerfil <strong>do</strong>s compra<strong>do</strong>res:jovens e com profissões liberaisSegun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s forneci<strong>do</strong>s pela Edifer Imobiliária, a empresaresponsável pela comercialização das habitações, cerca de 80% <strong>do</strong>scompra<strong>do</strong>res e futuros mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> novo empreendimento têmidades compreendidas entre os 25 e os 40 anos. São maioritariamenteprofissionais liberais e com profissões ligadas às artes.Ainda segun<strong>do</strong> a mesma fonte, trata-se de clientes cosmopolitas,que procuram na Baixa <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> condições para viver que já conhecemde outras cidades da Europa, como por exemplo Paris, Viena, Barcelonaou Amesterdão.14 quarteirões em obraNeste momento, a <strong>Porto</strong> Vivo, SRU está a intervirem 14 quarteirões, correspondentes a uma áreabruta da ordem <strong>do</strong>s 240 mil metros quadra<strong>do</strong>s,para além <strong>do</strong>s nove <strong>do</strong> Morro da Sé, querepresentam uma área de 60 mil metros quadra<strong>do</strong>se que dispõem de uma equipa própria para a suaoperacionalidade.


PORTO sempre024. em focoArlin<strong>do</strong> CunhaPresidente <strong>do</strong> Conselho de Administração da <strong>Porto</strong> Vivo, SRU“Processo de reabilitação da Baixa levantou vooe já não tem recuo!”Que balanço é já possívelfazer, ainda que de mo<strong>do</strong>sintético, <strong>do</strong> processo dereabilitação da Baixaportuense, conduzi<strong>do</strong> pela<strong>Porto</strong> Vivo, SRU, ao longodestes anos de actividade?Costumo dizer, nestascircunstâncias, que a obracomeça agora a sair <strong>do</strong>scaboucos. Todavia, o balanço éjá positivo. As obras começama ser visíveis.Estes primeiros quatro anosforam dedica<strong>do</strong>s aoplaneamento e preparação <strong>do</strong>strabalhos de intervenção nosquarteirões. Quem conhece bemos processos de reabilitaçãourbana, aqui ou em qualquerparte <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong>, sabe que, paranão descaracterizarem o meio,serem sustenta<strong>do</strong>s eirreversíveis, nunca sãoprocessos rápi<strong>do</strong>s. Mas podemosdizer que entrámos agora numafase de operacionalidade noterreno. Dos 38 quarteirões emque estamos a trabalhar, 23 játêm Documento Estratégico(Plano deReabilitação)aprova<strong>do</strong>,estan<strong>do</strong> nestemomento adecorrer afase denegociaçãocom osproprietários,com vista àcelebração<strong>do</strong>scontratos de reabilitação deto<strong>do</strong>s os proprietários <strong>do</strong>s 520prédios envolvi<strong>do</strong>s. Todavia, atéDezembro de 2008, já foipossível celebrar 107 acor<strong>do</strong>sde reabilitação.Há cerca de12.000 m 2 de áreabruta deconstrução em obrae cerca de13.000 m 2 em fasede projectoActualmente, decorrem obrasem 9 quarteirões: Carlos Alberto;D.João I, Car<strong>do</strong>sas, TrindadeCoelho, Corpo da Guarda, <strong>Porto</strong>Vivo, Sousa Viterbo, FerreiraBorges e Infante. Em suma,encontram-se cerca de 12.000m 2 de área bruta de construçãoem obra e cerca de 13.000 m 2em fase de projecto, prestes apassar também à fase de obra.Em parceria com a Agência daEnergia, participámos na criaçãode um Observatório para asustentabilidade energéticoambiental, que visasalvaguardar a gestão <strong>do</strong>srecursos energéticos nosedifícios, desde a primeirahora da aprovação de umanova intervenção noedifica<strong>do</strong>.Refira-se, por fim, que otrabalho de reabilitaçãorealiza<strong>do</strong> e em curso induziuinvestimento adicionalem reabilitaçãopor parte deproprietários e investi<strong>do</strong>res individuais, mesmofora <strong>do</strong>s quarteirões intervenciona<strong>do</strong>s,encontran<strong>do</strong>-se em obra um número jásignificativo de edifícios. Ou seja, o projectode reabilitação da Baixa, nesta nova abordagemsistémica e integrada, levantou voo e já nãotem recuo!Qual a duração previsível da visibilidade <strong>do</strong>sefeitos deste trabalho, ao nível da criaçãode um movimento de retorno (e fixação) aosgrandes centros urbanos?O projecto de reabilitação urbana é um projectode longo prazo, cujos resulta<strong>do</strong>s só serão visíveisdentro de anos, conforme referi.O objectivo <strong>do</strong> projecto de reabilitação é quese verifique um regresso ao Centro da Cidade.Trata-se de um projecto multi-sectorial que nãose prende apenas com uma intervenção ao nível<strong>do</strong> edifica<strong>do</strong>, mas que tem que integrar ascomponentes reabilitação, dinamização dasactividades económicas e serviços e coesãosocial.Há também novas famílias a adquirir prédiospara reabilitar e residir. Contu<strong>do</strong>, a questão <strong>do</strong>retorno ao Centro tem que ser equacionada numquadro mais vasto, a nível metropolitano, eEspera-se que o retorno àBaixa vá aumentan<strong>do</strong> àmedida que o projectoavançanuma perspectiva de desenvolvimento urbanosustentável: diminuir a duração <strong>do</strong>s transportespendulares e o recurso ao automóvel, controlara extensão <strong>do</strong>s perímetros urbanos, comconsequências adversas em termos dabiodiversidade, da preservação <strong>do</strong>s espaçosnaturais, <strong>do</strong> custo de fornecimento de bens eserviços públicos essenciais, por exemplo.Embora já se assista a um retorno à Baixa,espera-se que este fluxo se intensifique à medidaque o projecto avance.


PORTO sempre026. em focoNasce no <strong>Porto</strong>Um Palácio de Talentosonde as Artes e a Cultura são fabricadas pelo saber e criatividade de jovens artistasApós ter si<strong>do</strong> alvo de uma profunda recuperação, o EdifícioDouro, em pleno Centro Histórico <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, reabre portas paraacolher o “Palácio das Artes – Fábrica de Talentos”, um projectoambicioso que a Fundação da Juventude pretende que seja ummultifaceta<strong>do</strong> pólo de criatividade e inovação, por parte dejovens cria<strong>do</strong>res aposta<strong>do</strong>s no desenvolvimento de projectosartísticos.O desafio consiste, segun<strong>do</strong> Maria Geraldes,Directora Geral da Fundação da Juventude, emeleger um espaço comum que apoie, acompanhee acarinhe o espírito criativo <strong>do</strong>s jovens, dan<strong>do</strong>lhescondições – meios e espaços de trabalho– para poderem conceber, desenvolver e aplicarprojectos inova<strong>do</strong>res capazes de se imporempela diferença e que abordem técnicasdiversificadas.Trata-se, igualmente, de um espaço de aberturaao mun<strong>do</strong>, já que a maioria <strong>do</strong>s jovens talentosé, na óptica daquela responsável, composta porpessoas normalmente fechadas no seu meio. “Oque queremos é ajudá-los a ultrapassar essasbarreiras – que podem não ser apenas físicas,mas também de oportunidades – e fazê-losentrar num mun<strong>do</strong> global”, observa aquelaresponsável.Uma ponte entre a formação escolar e o merca<strong>do</strong> de trabalhoUm <strong>do</strong>s aspectos quecaracteriza a singularidade<strong>do</strong> projecto é o facto deprocurar afirmar-se comouma ponte entre aformação escolar e omerca<strong>do</strong> de trabalho.Mas também – observamos seus mentores – tem aaspiração de se tornar numespaço de discussão eexperimentação sobre asociedade contemporânea,sobre a sua produção culturale criatividade, em suma, numlocal de encontro entre osdiferentes sectores da economia, geran<strong>do</strong>e promoven<strong>do</strong> a criação de valor em tornoda criatividade.“É, também, um projecto pioneiro, porquenão é um projecto tradicional de incubação,mas antes um espaço destina<strong>do</strong> aos jovense geri<strong>do</strong> de acor<strong>do</strong> com os interesses <strong>do</strong>spróprios jovens”, esclarece Maria Geraldes.Um vasto campo de intervençãoActuan<strong>do</strong> em áreas como oCinema, Arquitectura,Literatura, Ourivesaria, Designe Publicidade, o projecto apostaainda nas Novas Tecnologias eMultimédia, já que reconheceo seu impacto nodesenvolvimento de novosprocessos criativos, ao nível denovas estéticas artísticas edifusão de novas formas deconsumo cultural.Contempla, também, a área dasArtes Visuais, como a Pintura,a Escultura e a Fotografia, bem como as ArtesPerformativas, nas quais se incluem a Música,o Teatro ou a Dança.Por isso, como principais Centros de Recursos,a «Fábrica» contará com espaços destina<strong>do</strong>s asalas de formação, laboratórios criativos, ateliers,sala multimédia, galeria e salas polivalentes.


. em focoPORTO sempre027Edifício Dourouma jóia arquitectónica carregada de HistóriaSitua<strong>do</strong> no Largo de S.Domingos, o “Palácio dasArtes – Fábrica de Talentos”vai ocupar o espaço físico<strong>do</strong> Edifício Douro, um antigoconvento <strong>do</strong> século XIII,que em tempos albergou adelegação portuense <strong>do</strong>Banco de Portugal, ten<strong>do</strong>si<strong>do</strong>, igualmente, a primeiracontrastaria da cidade.O histórico edifício mantevegrande actividade comercialdesde o século XIV e era nosseus famosos alpendres quese realizavam as reuniõescamarárias e onde funcionavao Tribunal da Cidade e Leilões.Em 1834, foi sede <strong>do</strong> Banco de Lisboa(mais tarde Banco de Portugal) e,posteriormente, entre 1934 e 1989, acolheua extinta Companhia de Seguros Douro, deonde, aliás, provém o nome por que ficouconheci<strong>do</strong>.As ossadas, cofres e caixas fortes que asobras puseram a descoberto constituemreminiscências dessa longa ancestralidade…Um restaurante e uma lojaPara além da sua recuperação constituir uma mais-valia para a Baixa da cidade, designadamentepara o seu Centro Histórico, o Palácio das Artes vai acolher alguns equipamentos de referência,que contribuirão para o reforço <strong>do</strong> seu papel enquanto pólo de atracção.Trata-se de uma área destinada a restaurante, concessionada ao chefe Rui Paula (e quefuncionará com um espaço de formação de cozinha de autor), e de uma loja de designdirigida pelo arquitecto Paulo Lobo, que procurará “trabalhar em cima de elementostradicionais portugueses e não só, redesenhan<strong>do</strong>-os, transforman<strong>do</strong>-os, para uma linguagemcontemporânea, não esquecen<strong>do</strong> o apoio aos jovens cria<strong>do</strong>res”.Feiras Francas– o retomar de uma tradiçãoCom a reabertura <strong>do</strong> EdifícioDouro, é igualmente retomadaa velha tradição das FeirasFrancas, um projecto quemarcará esta nova fase daexistência <strong>do</strong> vetusto imóvel.Este ciclo será subordina<strong>do</strong> aotema «objectoscontemporâneos».As Feiras Francas remontam aoano de 1451 e realizavam-seto<strong>do</strong>s os dias 1 de cada mês,nas arcadas <strong>do</strong> Edifício <strong>do</strong> Largode S. Domingos, ten<strong>do</strong>-seconserva<strong>do</strong> ao longo de 111anos.O objectivo <strong>do</strong> “Palácio dasArtes – Fábrica de Talentos” écriar um espaço deexperimentação e um centro decriatividade e inovação, quepossa tornar a cultura e acriatividade em factoresfundamentais para um novodesenvolvimento económico esocial <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e <strong>do</strong> país.


PORTO sempre028. em focoMerca<strong>do</strong> <strong>do</strong> BolhãoIGESPAR aprovou programa preliminarO IGESPAR aprovou, naíntegra, o programapreliminar para a reabilitação<strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Bolhãoproposto pela CMP, em Janeiroúltimo. Ultrapassada estafase, o IGESPAR irá agoratrabalhar no projecto base <strong>do</strong>Merca<strong>do</strong>, cujas linhasorienta<strong>do</strong>ras já foramdefinidas pela autarquia.Com a reabilitação <strong>do</strong> Bolhão,que manterá a sua traça e cunhotradicional, a autarquia pretendetornar esse espaço numa marcade excelência e um local dereferência, de sociabilidade,prestígio, identidade esentimento colectivo, numcontexto dinamiza<strong>do</strong>r de umaBaixa requalificada e moderna.Encontro de sabores e aromastradicionais com a animaçãoe a cultura.O conceito <strong>do</strong> novo Bolhãoaponta para um equipamentocom condições de se assumircomo um local de encontro desabores e aromas tradicionais,em comunhão com as exigênciase desafios coloca<strong>do</strong>s pelassolicitações da modernidade. UmMerca<strong>do</strong> que continue a fazerjus ao seu passa<strong>do</strong>, basea<strong>do</strong> nafrescura <strong>do</strong>s seus produtosnaturais e capaz de atrair, nofuturo, consumi<strong>do</strong>resqualifica<strong>do</strong>s e turistas.O programa preliminar prevê um Merca<strong>do</strong> comuma instalação comercial de grande qualidade,ao nível <strong>do</strong>s melhores da Europa, e uma zonadedicada à restauração tradicional (tasquinhas).Contempla, igualmente, a vertente lúdica, comum espaço de cultura e festa, com animaçãopermanente, música ao vivo, artesanato, feirase exposições, à semelhança <strong>do</strong> que sucede noutrosespaços congéneres de algumas grandes cidadeseuropeias.Recorde-se que o financiamento da obra seráassumi<strong>do</strong> pela CMP, através <strong>do</strong>s recursos jádivulga<strong>do</strong>s, o principal <strong>do</strong>s quais consiste navenda de acções que o município detém noMerca<strong>do</strong> Abastece<strong>do</strong>r. Ou seja, trata-se de trocaresse activo financeiro por um Bolhão reabilita<strong>do</strong>,o que não implicará qualquer esforço orçamentalsuplementar.“Os edifícios emblemáticos da cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> são para recuperar, se possívelatravés de parcerias público-privadas, evitan<strong>do</strong> recorrer ao dinheiro público emáreas onde existe conhecimento e dinheiro priva<strong>do</strong> para o efeito. Só quem nãotem o devi<strong>do</strong> respeito pelos dinheiros <strong>do</strong>s contribuintes acha que os orçamentospúblicos que temos à disposição – no meu caso o da CMP – são para usar dequalquer maneira pelo simples facto de que não são nossos. Isso é um erro.Primeiro, porque eu também sou contribuinte; e depois, a responsabilidade quetenho relativamente ao orçamento municipal ainda é maior <strong>do</strong> que a que tenhoem relação ao meu próprio orçamento familiar”Declaração por ocasião da Assinatura <strong>do</strong> protocolo com o Ministério da Cultura para arequalificação <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Bolhão. Rui Rio


. em focoPORTO sempre029Merca<strong>do</strong> Ferreira BorgesHard Clubselecciona<strong>do</strong> para oPrémio de IndústriasCriativasO projecto Hard Club – Centrode Animação cultural para oMerca<strong>do</strong> Ferreira Borges foiselecciona<strong>do</strong>, entre 171projectos, para a segunda fase<strong>do</strong> concurso Prémio Nacionalde Indústrias Criativas.Segun<strong>do</strong> o júri, os 10 projectosselecciona<strong>do</strong>s revelam novostalentos e compreendemactividades inova<strong>do</strong>ras ecriativas, capazes de respondereficazmente à realidade <strong>do</strong>merca<strong>do</strong> nacional perante aactual conjuntura económica.Recorde-se que o Hard Club foia entidade com a qual a CMPfirmou um contrato deconcessão e exploração desteemblemático espaço portuense,que assim recupera o brilho deoutrora, enquanto palcomultidisciplinar e aglutina<strong>do</strong>rde um vasto leque de apostasartísticas, recreativas eculturais, abrangen<strong>do</strong>expressões tão distintas comoa música, pintura, escultura,fotografia, dança, cinema e teatro.A obra já devia ter começa<strong>do</strong> há muito, masinfelizmente, o IGESPAR tem vin<strong>do</strong> a criardificuldades, o que tem impedi<strong>do</strong> o projecto deavançar e, assim, ajudar a dinamizar a economiae o emprego.Parque da CidadeNa sequência <strong>do</strong> acor<strong>do</strong>assina<strong>do</strong> em Dezembro, a CMPcumpriu integralmente a parteque lhe competia, ou seja, aaprovação em reunião deExecutivo e Assembleia<strong>Municipal</strong>. No entanto, oconsórcio <strong>do</strong>no <strong>do</strong>s terrenos <strong>do</strong>Parque tem ti<strong>do</strong> dificuldade emvender os terrenos que a CMPlhe dá em pagamento, maisconcretamente, em transformarde imediato em dinheiro(liquidez) esses mesmosterrenos que recebe daautarquia. Esta tem si<strong>do</strong>, nofun<strong>do</strong>, a grande dificuldade parase conseguir encerrar já um<strong>do</strong>ssier que se arrasta há maisde 12 anos.


PORTO sempre030. em focoTeatro Rivoli continua a atrair público à Baixa“A Gaiola das Loucas” estreia brevementeDepois <strong>do</strong>s êxitos alcança<strong>do</strong>sno Teatro Rivoli com osespectáculos “Jesus CristoSuperstar”, “Música noCoração” e “Um Violino noTelha<strong>do</strong>” – este último vistopor cerca de 165 milespecta<strong>do</strong>res – Filipe Lá Fériaprepara-se para apresentar,na cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, “A Gaioladas Loucas”.“La cage aux folles” (A gaioladas loucas) é um musical daBroadway, que foi um <strong>do</strong>smaiores sucessos de sempre emto<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>.O musical tem a sua históriabaseada na peça teatral e filmehomónimos, produzi<strong>do</strong>s emFrança, em 1973 e 1978,respectivamente.A peça recebeu seis prémiosTony, incluin<strong>do</strong> os de melhormusical, melhor actor nestegénero e melhor direcção de ummusical. Uma segunda produção,em 2004, recebeu outros <strong>do</strong>isprémios (melhor reencenação emelhor coreografia).Filipe La Féria reuniu umconjunto de grandes actorespara a versão portuguesa de “LaCage aux Folles” como JoséRaposo, Rita Ribeiro, CarlosQuintas, Helena Rocha, JoelBranco e Hugo Rendas, à frentede um elenco de 58 actores,cantores, bailarinos e músicos,numa megaprodução.“A Gaiola das Loucas” é umacomédia musical de crítica aoscostumes, que põe em cena adicotomia Lisboa/ <strong>Porto</strong>(Norte/Sul), as suasidiossincrasias, os seuspreconceitos e tradições, numencadeamento de situaçõeshilariantes.Trata-se <strong>do</strong> espectáculo idealpara a época de crise de valores materiais eideológicos em que vivemos e que, seguramente,agradará a to<strong>do</strong>s os públicos.Nove candidaturas já aprovadas,representan<strong>do</strong> um investimento decerca de 20 milhões de eurosCandidaturas ao QREN - Reforçoda competitividade urbana epromoção da coesão socialAs apostas <strong>do</strong> actual Executivo, no âmbito <strong>do</strong>Quadro de Referência Estratégico Nacional(QREN), centram-se no reforço dacompetitividade urbana e na promoção da coesãosocial, tornan<strong>do</strong> o <strong>Porto</strong> uma metrópole moderna,competitiva e coesa. Com 28 processos decandidatura (nove já aprovadas), as apostasvão para a regeneração urbana, com particulardestaque para a reabilitação <strong>do</strong> Centro Histórico,os equipamentos estruturantes – sen<strong>do</strong> de realçara requalificação <strong>do</strong> Pavilhão Rosa Mota – amodernização administrativa, direccionada paraum melhor desempenho <strong>do</strong>s serviços municipaisem benefício <strong>do</strong>s munícipes e <strong>do</strong>s cidadãos emgeral, e a formação profissional <strong>do</strong>s colabora<strong>do</strong>res<strong>do</strong> município. Estas candidaturas representamum investimento em prol da cidade de 86 milhõesde euros, continuan<strong>do</strong> a aguardar-se a aberturade novos concursos para os quais o municípiotem vários projectos e iniciativas a apresentar.


. o que há de novoPORTO sempre031Inovação: o investimento no futuroMaior rede de fibra óptica da Europa– 99% da cidade coberta até 2013Nos próximos cinco anos vaiser construída na cidade <strong>do</strong><strong>Porto</strong> uma rede de fibra ópticaem que serão implementa<strong>do</strong>smais de 1000km de fibra, queconstituirão uma Rede deNova Geração que servirá todaa população da cidade, comum potencial que rondará os360 mil utiliza<strong>do</strong>res e a quecorresponde um investimentode 80 milhões de euros. Oprojecto resulta de umaparceria público privada entreo consórcio constituí<strong>do</strong> porempresas <strong>do</strong> Grupo DST e aAssociação <strong>Porto</strong> Digital.“Com a rede de nova geraçãoalargada a toda a cidade, o<strong>Porto</strong> posiciona-se na linhada frente em termos decompetitividade territorial àescala global”, destaca oVerea<strong>do</strong>r da Educação,Juventude e Inovação,Vladimiro Feliz. Até 2010, e<strong>Porto</strong> posiciona-se na linha dafrente em termos decompetitividade territorialpara além <strong>do</strong>s bairros sociais, a rede de fibraóptica contemplará todas as escolas <strong>do</strong> ensinopúblico e priva<strong>do</strong> da cidade.Criada Unidade de Digitalização CentralProjecto vai possibilitar a emissão, na hora, de certidões destinadas ao Imposto <strong>Municipal</strong> sobre ImóveisA Direcção <strong>Municipal</strong> deUrbanismo (DMU) terá emfuncionamento um “Sistema deInformação de Apoio aoPlaneamento e à GestãoUrbanística”, actualmentedesigna<strong>do</strong> por SIURB. Estesistema contemplará adesmaterialização total deprocessos e estará plenamenteintegra<strong>do</strong> com outros sistemasexistentes, nomeadamente oSistema de Informação Geográfica(Geo<strong>Porto</strong>) e o Sistema de GestãoDocumental (DocIn<strong>Porto</strong>),tornan<strong>do</strong> o processo maistransparente quer para o munícipequer para os decisores deprocesso. Este projectocontribuirá decisivamente paraa concretização <strong>do</strong> LicenciamentoUrbanístico Digital ea emissão, na hora, de certidões destinadas aoImposto <strong>Municipal</strong> sobre Imóveis (IMI). A faseexperimental já está em curso, com a digitalizaçãode processos antigos, considera<strong>do</strong>s úteis, e,paralelamente, to<strong>do</strong>s os correntes,regista<strong>do</strong>s no Gabinete <strong>do</strong>Munícipe. Estima-se que serápossível digitalizar cerca dequatro mil<strong>do</strong>cumentos/dia.Como funcionaNesta fase, a digitalização de processos decorrerápreferencialmente na Unidade Central de Digitalização(UCD), criada no âmbito da Divisão <strong>Municipal</strong> deArquivo Geral. As imagens digitalizadas serãoarmazenadas num repositório comum, cujo acessoserá permiti<strong>do</strong>, através de soluções informáticas, nãosó aos gestores <strong>do</strong>s processos como também aosmunícipes, na consulta via Web.


PORTO sempre032. o que há de novo<strong>Porto</strong> cidade anfitriã <strong>do</strong> Winter School 2009O <strong>Porto</strong> recebeu a terceira edição<strong>do</strong> Winter School 2009 <strong>do</strong>Réseau Cités des Métiers,juntan<strong>do</strong>-se assim a Milão eBarcelona como cidadesanfitriãs. As jornadas de trabalhotiveram lugar no espaço da Cidade das Profissões(Rua das Flores, 152) e no Auditório da Biblioteca<strong>Municipal</strong> Almeida Garrett. A Cidade das Profissõesintegra a rede internacional Réseau Cités desMétiers, organização criada em França, na décadade 90, e com representação em diversos países.CMP conta com <strong>do</strong>is DatacentersNum esforço de modernizaçãoe segurança <strong>do</strong>s sistemas deinformação, foi construí<strong>do</strong> deraiz um segun<strong>do</strong> datacenter noedifício <strong>do</strong>s Paços <strong>do</strong> Concelho.Pela primeira vez na história daCMP, estão criadas condiçõespara a implementação de umambiente de altadisponibilidade e tolerância afalhas para os sistemasinformáticos da autarquia. “Esteé um novo capítulo na história<strong>do</strong>s sistemas de informação daCMP e, pela primeira vez,existem condições deprocessamento ao nível de umagrande empresa”, afirma oDirector <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong>s Sistemasde Informação (DMSI), Vitor Martins. Esta novarealidade vem reforçar o claro empenho desteExecutivo na melhoria interna <strong>do</strong>s serviços como objectivo de aumentar os níveis de eficiênciae qualidade a fim de melhor servir os munícipes.<strong>Porto</strong> primeiro município com factura electrónicaAtravés <strong>do</strong> Pelouro daInovação foi coloca<strong>do</strong> emprodução um novo sistemainformático de facturaçãoelectrónica totalmenteintegra<strong>do</strong> com os restantessistemas já existentes. Apóseste primeiro passo, a CMPirá gradualmente alargar osistema aos restantesprocessos de facturação comoutras organizações eempresas.


. o que há de novoPORTO sempre033Maior esforço na recolha de lixo- Concessão, por oito anos, de parte <strong>do</strong>s serviços fica mais barata ao eráriopúblico, permitin<strong>do</strong> uma poupança de cerca de um milhão de euros por anoA recolha de lixo e limpeza dasruas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> está a ser feita,desde o início <strong>do</strong> ano, por trêsopera<strong>do</strong>res: CMP, que cobremetade <strong>do</strong> território da cidade,e duas empresas privadas. Aautarquia garante assim umamaior eficácia <strong>do</strong>s serviçospresta<strong>do</strong>s e uma poupança parao erário público. Com estamedida, a Câmara poupará cercaassim de um milhão de eurospor ano, a ser investi<strong>do</strong>s,segun<strong>do</strong> revela o Vice-Presidentee Verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Ambiente, ÁlvaroCastello-Branco, “na renovaçãoda frota municipal afecta àrecolha <strong>do</strong> lixo e limpeza urbana,que tem uma idade média muitoavançada”. A concessão de parte<strong>do</strong>s serviços a duas empresasprivadas permitiu a transferênciade mais de duas centenas decantoneiros da CMP, sem quetenham perdi<strong>do</strong> os seus direitosou garantias. “Foi semprepreocupação deste Executivoque assim acontecesse e isso foiassegura<strong>do</strong> no próprio cadernode encargos <strong>do</strong> concurso paraas duas concessões, ambas porum perío<strong>do</strong> de oito anos”,assegura Álvaro Castello-Branco,acrescentan<strong>do</strong>: “A concessãoconstitui a solução maisadequada aos dias de hoje, àsemelhança, de resto, <strong>do</strong> quesucede nas principais cidadesda Europa”.A concessão da recolha elimpeza, com duração de oitoanos, estende-se às freguesias:• Al<strong>do</strong>ar• Ce<strong>do</strong>feita• Foz <strong>do</strong> Douro• Lordelo <strong>do</strong> Ouro• Massarelos• Miragaia• Nevogilde• Paranhos• RamaldeSistema inova<strong>do</strong>rO <strong>Porto</strong> pretende ser pioneiro na recolha de resíduos sóli<strong>do</strong>s urbanos, participan<strong>do</strong> numaexperiência que visa o desenvolvimento de um sistema inova<strong>do</strong>r, basea<strong>do</strong> num conhecimentomais real das quantidades de lixo depositadas nos contentores, que permita ajustar os meiosàs necessidades <strong>do</strong>s munícipes. A ideia está consubstanciada num protocolo assina<strong>do</strong> entrea CMP, através <strong>do</strong>s serviços municipais de limpeza urbana, e a Associação Fraunhofer PortugalResearch, que lidera o projecto.Renovação da frota – O Pelouro <strong>do</strong> Ambienteestá a renovar a frota, em particular dalimpeza urbana. As primeiras viaturas,nomeadamente, ligeiras de merca<strong>do</strong>riaspara recolha selectiva multimaterial epesadas para a recolha de resíduosorgânicos, foram fornecidas pela LIPOR,empresa a que o Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>pertence.


PORTO sempre034. o que há de novoObras na cidadeCâmara está areorganizar serviçosde manutençãoA Empresa <strong>Municipal</strong> de Gestãode Obras Públicas (GOP) temvin<strong>do</strong> a desenvolver projectosde beneficiação de algumasimportantes vias da cidade. Sãoexecutadas faseadamente paraminimizar, tanto quantopossível, os incómo<strong>do</strong>sprovoca<strong>do</strong>s pela inclusão denovas infra-estruturas.Rua de Costa CabralObras que ascendem a maisde um milhão de euros eque passam pela instalaçãode condutas deabastecimento de água,reformulação das redes desaneamento e águaspluviais, iluminação públicae telecomunicações,instalação de contentoresenterra<strong>do</strong>s destina<strong>do</strong>s aosresíduos sóli<strong>do</strong>s e urbanose pavimentação erequalificação da via e <strong>do</strong>spasseios.Rua Dionísio Santos SilvaRua da VilarinhaOs trabalhos incluem novospavimentos, passeios, infraestruturasde água e gás, águaspluviais, saneamento, iluminaçãopública, tubagem para passagemde fibra óptica, telecomunicaçõese equipamentos destina<strong>do</strong>s aodepósito de resíduos sóli<strong>do</strong>surbanos. A conclusão datotalidade da obra, querepresenta um investimentoglobal de mais de 680 mil euros,está prevista para finais deJunho.A requalificação, que ascendeu a meio milhão de euros, abrangeu o alargamentoda rua, requalificação <strong>do</strong>s passeios, criação de zona destinada à paragem deautocarros, remodelação de infra-estruturas já existentes e a construção deoutras relacionadas com a drenagem de águas pluviais e residuais, semaforizaçãoe nova rede de cabo digital.


. o que há de novoPORTO sempre035“Via 24”– Intervenção na via públicaA Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>reforçou o investimento namanutenção da Via Pública,requalifican<strong>do</strong> as suas ruas. Noâmbito dessa preocupação, a CMPcriou também um “Regulamentode Publicidade, PropagandaPolítica e Eleitoral e OutrasUtilizações <strong>do</strong> Espaço Público”,para pôr cobro à anarquia queexistia um pouco por toda acidade. Ao mesmo tempo, estáa fazer um esforço para recuperaros jardins e, mais recentemente,com a aquisição de uma máquinaprópria, limpar os graffitis dasparedes. Por outro la<strong>do</strong>, aDirecção <strong>Municipal</strong> da Via Pública(DMVP) tenta acompanhar esteesforço e, sempre que ameteorologia permite, equipas de conservação -“Via 24” - tapam buracos, conservam passeios,etc, 24 horas, to<strong>do</strong>s os dias de semana (incluin<strong>do</strong>fins-de-semana). Em 2008, estas equipas realizaram1800 intervenções, o que diz bem <strong>do</strong> esforço eempenho no bem-estar <strong>do</strong>s munícipes e naconservação da via pública.“Via 24” Tel: 22007777Rua Faria Guimarães(junto à entrada da Quinta <strong>do</strong> Covelo)Rua de Bordeaux(junto à Escola <strong>do</strong> Viso)Rua S. João de BritoAvenida da Boavista(corre<strong>do</strong>r BUS)Avenida Fernão MagalhãesApós alguns anosde impasse estáa decorrer umaprofunda intervençãona Rua <strong>do</strong> Heroísmo,por parte daÁguas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.


PORTO sempre036. o que há de novoEspaços verdes requalifica<strong>do</strong>sO Pelouro <strong>do</strong> Ambiente tem vin<strong>do</strong> a fazer um esforço adicional de reabilitar as áreasverdes existentes na cidade, desde pequenos canteiros até aos grandes jardins.São já alguns os espaços reabilita<strong>do</strong>s.Jardim <strong>do</strong> Largo Moreira da Silva – Requalificação integral <strong>do</strong> jardim.Abertura de caldeiras no espaço central e plantação de “Magnólia soulangeana”Alameda Eça de Queiroz – Requalificação <strong>do</strong> coberto vegetalRequalificação <strong>do</strong>s espaços verdes exteriores ao Palácio de CristalRequalificação da área verde de enquadramento junto à Estaçãode S. Bento – Av. Da PonteRequalificação <strong>do</strong>s espaços exteriores <strong>do</strong> Bairro de Fernão MagalhãesRequalificação <strong>do</strong>s espaços exteriores <strong>do</strong> Bairro <strong>do</strong> Rega<strong>do</strong>Jardim em frente à Estação de Campanhã, em parceria com a ReferRequalificação <strong>do</strong> Jardim da Praça <strong>do</strong> Marquês


. o que há de novoPORTO sempre037Mais obras nos jardinsDuranteeste anoestãoprevistas maisobras de requalificação emimportantes espaços verdes dacidade. O Pelouro <strong>do</strong> Ambienteprevê intervir, por exemplo, noPasseio Alegre e ver concluídasa reabilitação no Jardim daCor<strong>do</strong>aria, alvo de profundatransformação depois dedetecta<strong>do</strong>s erros gravesdecorrentesda requalificaçãofeita no âmbito da“<strong>Porto</strong> 2001 – Capital Europeiada Cultura”. Muitas destas obrassão realizadas por administraçãodirecta e comportampavimentos mais rígi<strong>do</strong>s,drenagem das águas pluviais,nova iluminação e mobiliáriourbano.Áreas verdes arequalificar:• Av. Camilo• Jardim de Moreda• Av. Vasco da Gama• Largo sito à Junta de Freguesiade Ce<strong>do</strong>feita• Jardim da Cor<strong>do</strong>aria• Passeio AlegreLimpar a cidade <strong>do</strong>s grafittisA Direcção <strong>Municipal</strong> de Ambiente e Serviços Urbanos (DMASU) tem vin<strong>do</strong> a fazer umesforço em termos de limpeza urbana. Numa tentativa de combater condutas quetransgridem as normas socialmente vigentes e o sentimento de insegurança, foidada prioridade à intervenção na remoção de grafittis que proliferam no espaçopúblico. Até agora foram limpos mais de seis mil metros quadra<strong>do</strong>s. A fiscalizaçãoé efectuada quer pela Polícia <strong>Municipal</strong> quer pela equipa de fiscalização daDMASU. Há também medidas complementares de sensibilização emobilização da população em torno deste esforço municipalcom a criação de sinergias que permitamuma certa “auto-fiscalização”e uma apropriaçãopositiva <strong>do</strong> espaçopúblicoenvolvente.AJUDE A MANTER A CIDADE LIMPA


PORTO sempre038Avenida Nun’ÁlvaresO Executivo municipal apreciou,no início de Março, asconclusões <strong>do</strong> relatório sobreo perío<strong>do</strong> de discussão públicaem torno da Unidade Operativade Planeamento e Gestão (UOPGNº 1), que inclui a futuraAvenida Nun’Alvares, ten<strong>do</strong>igualmente analisa<strong>do</strong> um outro<strong>do</strong>cumento relativo aosprincípios orienta<strong>do</strong>res <strong>do</strong>sprocedimentos a a<strong>do</strong>ptar daquipara a frente.Segun<strong>do</strong> o Verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong>Urbanismo, Lino Ferreira,«houve contributos muitosignificativos, quer em número,quer em qualidade», ao longo<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> de discussão pública,que decorreu de 21 de Agostoa 31 de Dezembro de 2007.Na óptica <strong>do</strong> autarca, o factode se ter regista<strong>do</strong> um eleva<strong>do</strong>número de participações leva aconcluir que existe umacrescente consciência <strong>do</strong> devercívico de participação crítica econstrutiva cada vez maisesclarecida e um manifestointeresse <strong>do</strong> cidadão <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>pela sua cidade.Princípios Orienta<strong>do</strong>resQuanto aos princípiosorienta<strong>do</strong>res <strong>do</strong> traça<strong>do</strong> daAvenida – o principal alvo <strong>do</strong>scontributos <strong>do</strong>s participantesno processo de discussão – oseu perfil será o de uma viaestruturante, que terá de sabercoser a malha regular <strong>do</strong> teci<strong>do</strong>urbano a poente e a nascente.O traça<strong>do</strong> da futura Avenida, talcomo está desenha<strong>do</strong>, obrigaapenas à demolição de uma casa.O acolhimento de um corre<strong>do</strong>rdestina<strong>do</strong> a transporte públicode alta qualidade é um <strong>do</strong>srequisitos, bem como – entreoutros – um adequa<strong>do</strong>enquadramento paisagístico,uma boa articulação com a redeviária existente e a preservaçãoda qualidade ambiental.A futura Avenida Nun’Álvaresenglobará habitações que vãode moradias unifamiliares(muitas delas já existentes) comcércea de <strong>do</strong>is ou três pisos aedifícios de habitação colectivacom cércea máxima de 21metros, tu<strong>do</strong> isto no estritorespeito pelas normas <strong>do</strong> PDMem vigor.. o que há de novoEsta UOPG dispõe de 293 metros quadra<strong>do</strong>s deárea de terreno destinada à construção, 20 milpara equipamentos e cerca de 29 mil para áreaverde de utilização pública.O total de área de intervenção é de 342.847metros quadra<strong>do</strong>s com um índice médio permiti<strong>do</strong>pelo PDM de 0,67, o que gera uma área brutatotal de construção (vivendas e edifícios) decerca de 230 mil metros quadra<strong>do</strong>s.Viaduto da Prelada: a ligação que faltava!Vinte anos depois, está finalmenteconstruída e aberta ao trânsito avia de ligação ao Viaduto daPrelada, uma obra há muitoaguardada pelos milhares demora<strong>do</strong>res daquela zona da cidadee inaugurada, em Março, peloPresidente da Câmara <strong>Municipal</strong><strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, Rui Rio. Edifica<strong>do</strong> háduas décadas sobre a Via deCintura Interna (VCI), o Viaduto encontrava-se semquaisquer acessos ro<strong>do</strong>viários que lhe dessemutilidade e constituin<strong>do</strong> uma alternativa,nomeadamente, à movimentada Rua Central deFrancos.A nova via estruturante, que liga as duas margensda VCI, mais concretamente a Rua de Teo<strong>do</strong>ro deSousa Mal<strong>do</strong>na<strong>do</strong>, a Sul, à Rua de Maria Lamas, aNorte, tem uma extensão de 550 metros e éconstituída por duas faixas de rodagem (uma emcada senti<strong>do</strong>) com estacionamento e uma ciclovia.A intervenção realizada pela Empresa <strong>Municipal</strong>Gestão de Obras Públicas implicou um investimentosuperior a 1,2 milhões de euros.Está já prevista uma segunda fase (troços norte epoente) que ligará o novo arruamento à Estrada daCircunvalação, cuja intervenção deverá ser aindalançada este ano.


. o que há de novoPORTO sempre039Batalhão de Sapa<strong>do</strong>res Bombeiros– 280 anos ao serviço da cidade“Os Bombeiros da Câmara”D. João V criou, em Janeiro de 1728, a Companhia de Fogoou de Bomba. Estava materializa<strong>do</strong> o aparecimento de umaforça organizada para o combate a incêndios na cidade,consideran<strong>do</strong>-se como origem <strong>do</strong> Batalhão de Sapa<strong>do</strong>resBombeiros (BSB). Hoje, com um efectivo total de 220 bombeiros,o Batalhão garante a segurança de pessoas, bens e ambiente,prevenin<strong>do</strong> situações que os ponham em risco ou limitan<strong>do</strong>as suas consequências, de acor<strong>do</strong> com padrões de elevadaqualidade, rigor e profissionalismo. Tornou-se, ao longo <strong>do</strong>stempos, uma unidade de referência na área de prevenção e daprestação <strong>do</strong> socorro em Portugal, graças a um esforçopermanente na formação contínua e no treino deaperfeiçoamento <strong>do</strong>s procedimentos de intervenção,demonstran<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os dias uma inexcedível prontidão naresposta a qualquer tipo de sinistro. Actualmente, o BSB estáinstala<strong>do</strong> na Rua da Constituição, onde tem o seu quartelprincipal, e dispõe de um destacamento na Estação de S. Bentoque se destina a garantir um socorro mais eficaz na zonahistórica.Em caso de emergência pode sempre ligardirectamente para o BSB: 225073700 ou 225090112• Plano de Emergência <strong>Municipal</strong> de Protecção Civil (PEMPC) – Revistoem 2007• Plano Especial de Cheias e Inundações (PECI) – Documento inéditona cidade e que decorre <strong>do</strong> PEMPC• Plano Prévio de Intervenção em Emergência no Centro Histórico--Património Mundial – Aprova<strong>do</strong> em Janeiro de 2009. Tem comoobjectivo ajudar a prevenir, combater e resolver incidentes numazona com fragilidades próprias e mais susceptível a catástrofesnaturais.ALGUMAS TAREFAS QUE O BSBDESEMPENHA:• Prestar socorro às populações em caso deincêndios, inundações, desabamentos e emto<strong>do</strong>s os acidentes ou catástrofes• Prestar socorro a náufragos e fazer buscassubaquáticas. O BSB tem 40 mergulha<strong>do</strong>res,<strong>do</strong>s melhores a nível nacional• Exercer actividades de socorro e transportede sinistra<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>entes, incluin<strong>do</strong> aurgência pré-hospitalarPolícia <strong>Municipal</strong> mais próxima <strong>do</strong>s munícipes“É importante que osmunícipes saibam que aautarquia aposta na suapolícia”, Comandante daPM, subintendente Leitãoda Silva.A Polícia <strong>Municipal</strong> (PM) <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>foi, em 2008, reforçada com mais30 novos elementos e integrou nosseus quadros os fiscais de trânsitoda Direcção <strong>Municipal</strong> da Via Pública.Tais medidas, para além daremodelação total da frota – maisadaptável à mobilidade urbana emenos poluente – permitiu, segun<strong>do</strong>o comandante da PM, “estar maispróxima <strong>do</strong> munícipe”. “É importanteque os munícipes saibam que aautarquia aposta na sua polícia.Está preocupada com a segurança, a fiscalização, mastambém com o bem-estar <strong>do</strong>s agentes”, sublinha osubintendente Leitão da Silva. A força policial incorpora,actualmente, cerca de 150 efectivos. “Não seria razoávelque a Polícia <strong>Municipal</strong> recebesse mais agentes efiscais de trânsito e não aumentasse a suaprodutividade”, reconhece o seu comandante, paraquem a existência <strong>do</strong> Código Regulamentar, <strong>do</strong>cumentopioneiro no Poder Local, “veio facilitar as nossastarefas”. Para este ano, a PM prevê ter uma nova redede rádio digital, investimento que certamente iráajudar a força policial a combater ainda mais os actosilícitos.


PORTO sempre040. o que há de novoRecuperação <strong>do</strong>s bairros municipais


. o que há de novoPORTO sempre041Recuperação <strong>do</strong>s bairros municipaisBairrosrequalifica<strong>do</strong>s:- Outeiro- Carvalhi<strong>do</strong>- Rega<strong>do</strong>- Duque de Saldanha- Fernão de Magalhães- Pio XII- Campinas (excepto aúltima fase)- Vale FormosoInvestimento na coesão social e na segurançaA requalificação <strong>do</strong>s bairrosmunicipais foi, ao longo destemandato, a principal prioridade<strong>do</strong> executivo. As intervençõespassaram pela melhoria <strong>do</strong> bemestar<strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res, peladignificação das condições dehabitação, arranjos <strong>do</strong>s espaçosenvolventes e o reforço de segurança. Oinvestimento feito pela CMP, até 2008, ascendeua mais de 104 milhões de euros, estan<strong>do</strong>orçamenta<strong>do</strong> para este ano uma verba de 22milhões. Em quatro anos, a CMP investiu 126milhões de euros nos seus bairros, verba nuncaantes dispendida para a habitação e coesãosocial.Bairros emreabilitação:- Carriçal (recuperação totalprevista para este ano)- Al<strong>do</strong>ar- Fonte da Moura- Francos- S. Roque da Lameira- Dr. Nuno Pinheiro Torres- Rainha D. Leonor- Lordelo- ContumilBairros a iniciarintervenção em 2009:- Lagarteiro (no âmbito <strong>do</strong>Programa “BairrosCríticos”)- Stª. Luzia


. o que há de novoPORTO sempre043Intervenção ambiental nos Bairros SociaisO Pelouro <strong>do</strong> Ambiente, atravésda sua Direcção <strong>Municipal</strong> deAmbiente e Serviços Urbanos eem parceria com a Empresa<strong>Municipal</strong> DomusSocial, Direcção<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> Urbanismo e Águas<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, procedeu à reabilitação<strong>do</strong>s espaços exteriores em algunsbairros municipais (Outeiro,Campinas e Rega<strong>do</strong>, fase II), comnovos circuitos pe<strong>do</strong>nais eautomóveis e implementan<strong>do</strong> deuma estrutura vegetal equilibrada.Procurou-se, simultaneamente,o aumento <strong>do</strong> sentimento deestima e apropriação positiva porparte da população, componenteindissociável na consolidação <strong>do</strong>resulta<strong>do</strong> das intervenções nosbairros <strong>do</strong> Rega<strong>do</strong>, fase I, eFernão Magalhães.Requalificaram-se em simultâneoos espaços exteriores <strong>do</strong>s bairrosPio XII e de Contumil, obras deresponsabilidade da GOP. Aintervenção nos espaços verdesnos bairros municipaiscorresponde a uma área superiora 800 mi metros quadra<strong>do</strong>s.BAIRROS REABILITADOS COM NOVOSESPAÇOS VERDES:- Outeiro- Campinas- Rega<strong>do</strong>, Fase I e II- Fernão Magalhães- Pio XII- ContumilAcção Social <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> debatida em II Encontro de ReflexãoA Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>promoveu, pelo segun<strong>do</strong> anoconsecutivo, o Encontro deReflexão sobre a Acção Social<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. A importância que osdiferentes actores sociaisdesempenham numa altura emque, devi<strong>do</strong> à crise, um cadavez maior número de famíliasprocura o seu apoio, foi o pontode partida <strong>do</strong> encontro presidi<strong>do</strong>pela Verea<strong>do</strong>ra da Habitação eAcção Social, Matilde Alves, quecontou com a participação dasdiversas instituições desolidariedade social da cidade.Na radiografia feita, as diversasinstituições elencaram comoprincipais dificuldades a falta derecursos técnicos e financeirospara fazer face ao aumento daprocura de apoio social e umamaior precariedade por parte dasfamílias, decorrentes da actualconjuntura económica. Alémdestas, também deram conta <strong>do</strong>seu desconforto relativamente àburocracia e às exigências quetêm vin<strong>do</strong> a ser feitas por parteda fiscalização da AdministraçãoCentral que, sen<strong>do</strong> necessárias,não se coadunam com o momentocrítico por que passam.Na sua intervenção, Matilde Alvesfalou <strong>do</strong>s apelos que têm chega<strong>do</strong> ao seu pelouroe da necessidade de uma concertação de esforçosentre as diversas instituições que, directa ouindirectamente, prestam apoio e contribuem paraa coesão social <strong>do</strong> concelho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, de formaa tornar possível delinear uma estratégia deacção conjunta para a cidade. Relembrou aindao diagnóstico social pedi<strong>do</strong> à Universidade Católicaque, segun<strong>do</strong> a autarca, “deverá estar finaliza<strong>do</strong>em Junho e representará uma mais valia para aidentificação concreta das necessidades sociaisda cidade”. Matilde Alves referiu ainda que “aCMP está ainda a trabalhar num sistemainformático de intranet, que permitirá, de facto,às instituições, trabalharem em rede”.


PORTO sempre044. o que há de novoEducação: aposta no futuroPrograma “<strong>Porto</strong> de Futuro”distingue Belmiro de Azeve<strong>do</strong> como um “modelo de referência” para as geraçõesmais jovensO empresário nortenhoBelmiro de Azeve<strong>do</strong> foi aprimeira personalidade a serdistinguida pelo projecto“Um mês, uma História deVida”, uma iniciativa levadaa cabo pelo Pelouro daEducação, Juventude eInovação, no âmbito <strong>do</strong>programa educativomunicipal “<strong>Porto</strong> deFuturo”, desenvolvi<strong>do</strong>através de parcerias entreos agrupamentos escolaresda cidade e algumas dasmaiores empresas da região.“Um mês, uma História deVida” consiste na divulgaçãopelas escolas <strong>do</strong> ensinobásico e secundário <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>de filmes ilustrativos da vidae carreira profissional de 11quadros das empresasassociadas ao programa, nasua maioria poucoconheci<strong>do</strong>s <strong>do</strong> grandepúblico, mas que seafirmaram através <strong>do</strong> seutrabalho, competência eresulta<strong>do</strong>s demonstra<strong>do</strong>s aolongo da sua vida escolar.O objectivo é mostrar àscrianças e jovens que osmodelos de vida muitasvezes escolhi<strong>do</strong>s por eles,por força da visibilidademediática de que são alvo, não se confinama modelos normalmente intangíveisencarna<strong>do</strong>s pelas grandes estrelas e vedetas<strong>do</strong> desporto, da informação, <strong>do</strong> “show biz”,da moda, etc.Os restantes Modelos de Referência <strong>do</strong> projectoPara além de Belmiro Azeve<strong>do</strong> e de Ana Raquel Lima (Música), cujos<strong>do</strong>cumentários já foram exibi<strong>do</strong>s, as restantes nove personalidadesseleccionadas como Modelos de Referência <strong>do</strong> projecto, assim comoas datas previstas para a exibição das respectivas películas, são asseguintes:• António Frutuoso (Engenheiro <strong>do</strong> Ambiente) - Abril• Joana Queiroz Ribeiro (Engenheira Alimentar) - Maio• Gonçalo Cadilhe (Gestor) – Junho• Luís Portela (Médico) - Outubro• José Carlos Palhares (Engenheiro em Instrumentação eQualidade Industrial) - Novembro• Raquel Seruca (Investiga<strong>do</strong>ra no IPATIMUP) - Dezembro• Sandra Sousa (Investiga<strong>do</strong>ra IBMC) – Janeiro/2010• Sérgio Cunha (Engenheiro Electrotécnico e de Computa<strong>do</strong>res)– Fevereiro/2010• Diogo Vasconcelos (Consultor da CISCO) – Março/2010


PORTO sempre. o que há de novo 047Estratégia para a Sustentabilidade apresentadaA Estratégia para aSustentabilidade da Cidade<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, apresentada emFevereiro, identifica os pontosfortes da cidade para levar acabo um processo detransformação à luz <strong>do</strong>svalores e méto<strong>do</strong>s dasustentabilidade,proporcionan<strong>do</strong>, por um la<strong>do</strong>,que o <strong>Porto</strong> se afirmeambiental e socialmenteresponsável e solidário e, poroutro, economicamenteatractivo, progressivo eequitativo.De acor<strong>do</strong> com o Presidenteda Agência de Energia, OliveiraFernandes, o <strong>do</strong>cumento,elabora<strong>do</strong> pela Agência deEnergia <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (Ade<strong>Porto</strong>)por iniciativa da autarquia,tem como principal objectivotornar-se num instrumento dereferência no que respeita àaplicação de políticasconcertadas e de planos deacção para a cidade,perspectivan<strong>do</strong> uma equitativae coerente interligação <strong>do</strong>strês níveis de actuação <strong>do</strong>desenvolvimento sustentável– o ambiental, o social e oeconómico.Oliveira Fernandes, Presidente da Agência de EnergiaRelatório de SustentabilidadeDocumento pioneiro no Poder Local portuguêsCom o Relatório, o Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> pretendeinstituir mais um marco de diferenciação na suaactuação, desenvolven<strong>do</strong> um mecanismo adicionalde transparência e de prestação de contas aos seusmunícipes, bem como à sociedade em geral.A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>é o primeiro municípioportuguês a elaborar umRelatório de Sustentabilidade.O <strong>do</strong>cumento assenta nasprioridades políticas <strong>do</strong>executivo sufragadas em 2005.Com o Relatório, o Município<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> pretende instituirmais um marco dediferenciação na sua actuação,desenvolven<strong>do</strong> um mecanismoadicional de transparência ede prestação de contas aosseus munícipes, bem como àsociedade em geral. O relatoassegura o reporte <strong>do</strong>sprincipais da<strong>do</strong>scaracteriza<strong>do</strong>res da actividade<strong>do</strong> Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e respectivos resulta<strong>do</strong>salcança<strong>do</strong>s, no quadro das tradicionaisvertentes da sustentabilidade: Económica,Social e Ambiental. O maior destaque vai paraos três vectores estratégicos fundamentaisque têm nortea<strong>do</strong> a política municipal, nosúltimos anos: Reabilitação Urbana, Promoçãoda Mobilidade e Reforço da Coesão Social. Orelatório revela, igualmente, umasustentabilidade financeira a longo prazo,através <strong>do</strong> reequilíbrio das contas <strong>do</strong> Município,a redução da dívida bancária e a fornece<strong>do</strong>res.


PORTO sempre048. o que há de novoRibeiras <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>A cidade por outros caminhosApós meses de trabalhointensivo da equipamultidisciplinar envolvida noprojecto de Requalificação dasRibeiras da Cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,foram identifica<strong>do</strong>s cinco troçosda Ribeira da Granja e um daAsprela, que reúnem ascondições necessárias deintervenção e que apresentameleva<strong>do</strong> potencial derecuperação, quer pela suaextensão, quer pela sualocalização em áreas de grandepressão urbana.A requalificação das ribeiras,suas margens e espaçosadjacentes é estudada empormenor troço a troço, de formaa proporcionar soluçõesadequadas ao carácter <strong>do</strong> local,às condicionantes da suaenvolvente e ao público a quemse destina.Começan<strong>do</strong> na foz da Ribeira daGranja para montante, podemosencontrar o Troço 1 - Foz daRibeira da Granja; Troço 2 –Lordelo; Troço 3 - Casa deRamalde; Troço 4 - Ramalde <strong>do</strong>Meio e, por fim, Troço 5 - Viso.Na Ribeira da Asprela, o Troço6 - Pólo Universitário.A estratégia de reabilitaçãoincide na limpeza e estabilizaçãodas margens, através de técnicasde bio-engenharia, <strong>do</strong> uso davegetação, da criação de espaçosde recreio e lazer e percursospe<strong>do</strong>nais e cicláveis.A estratégia de reabilitação incide na limpeza e estabilização dasmargens, através de técnicas de bio-engenharia, <strong>do</strong> uso da vegetação,da criação de espaços de recreio e lazer e percursos pe<strong>do</strong>nais ecicláveis.Sucesso <strong>do</strong> projecto passa pela ligação à rede desaneamento e pela mudança de hábitosO sucesso deste projecto está intimamente liga<strong>do</strong> ao envolvimento dapopulação, ten<strong>do</strong> em conta que um <strong>do</strong>s principais problemas continua aser a poluição das ribeiras com esgoto <strong>do</strong>méstico por falta de ligação àrede pública de saneamento, por descargas ilegais de resíduos e de entulho.A mudança deste panorama implica uma mudança de hábitoscomportamentais e uma vasta campanha de informação e sensibilização,no senti<strong>do</strong> de mudar a forma como se olha e trata estes espaços.Esta é uma oportunidade para reinventar locais de fruição comum, ondese pretende atingir um equilíbrio entre natureza e ser humano.Um desafio interessante a lançar seria o de convidar as pessoas a deslocaremseàs ribeiras da cidade, próximas da sua residência, e observarem o seuesta<strong>do</strong> actual, reflectin<strong>do</strong> sobre o tipo de ribeira que gostariam de verpara poderem acompanhar de perto a evolução deste projecto.


PORTO sempre. o que há de novo 049Águas <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>adjudicou obras de saneamento no valor de 10 milhões de eurosNo âmbito <strong>do</strong> seu Plano deInvestimentos para concluir arede de saneamento da cidadee para substituir as condutasde abastecimento de águamais antigas (as que maiscontribuem para as perdas),foram adjudicadas pelaempresa municipal Águas <strong>do</strong><strong>Porto</strong> empreitadas no valor de10 milhões de euros.Estas obras situam-se emdiversos locais da cidade (Foz,Centro, Circunvalação eCampanhã) e constam de 54 kmde condutas de abastecimentode água, 15 km de colectoresde saneamento, 1 km deaquedutos de águas pluviais, 4500 ramais de água e 1517 novosramais de saneamento (Foz,Centro, desde a Foz aCampanhã).A partir de agora, no que dizrespeito ao saneamento, faltaráapenas concursar pequenosO esforço deinvestimento ésuporta<strong>do</strong> pelaspoupanças eganhos deprodutividade jáconsegui<strong>do</strong>s,sobretu<strong>do</strong> através<strong>do</strong> combate àsperdas de água.prolongamentos de colector emextremos de rede para darresposta a novas construções.As obras, que vão mobilizar cercade 800 trabalha<strong>do</strong>res, ficarãoconcluídas, faseadamente, em2009 e 2010 e serão executadasde forma a minimizar o impactono trânsito.Salienta-se que este esforço deinvestimento é suporta<strong>do</strong> pelas poupanças eganhos de produtividade já consegui<strong>do</strong>s, sobretu<strong>do</strong>através <strong>do</strong> combate às perdas de água.Estas poupanças permitiram, também, que em2009 a água no <strong>Porto</strong> tenha subi<strong>do</strong> apenas 1%,menos que a inflação, apesar <strong>do</strong>s aumentos <strong>do</strong>preço da água adquirida à Águas <strong>do</strong> Douro ePaiva (4,9%), da electricidade (5,6%) e <strong>do</strong>ssalários (3%).AS OBRAS EM NÚMEROS• 54 km de condutas de abastecimento de água• 15 km de colectores de saneamento• 1 km de aquedutos de águas pluviais• 4 500 ramais de água• 1517 novos ramais de saneamento


PORTO sempre050. o que há de novoMedalhas Municipais vão distinguirpersonalidades ilustresBelmiro de Azeve<strong>do</strong> será agracia<strong>do</strong> com a Medalha de Honra da CidadePor proposta <strong>do</strong> seu Presidente,a Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>vai atribuir, este ano, MedalhasMunicipais a 13 personalidadesque se notabilizaram pelos seusméritos pessoais, ou feitoscívicos. O acto da entrega <strong>do</strong>sgalardões decorrerá, como temsi<strong>do</strong> hábito nos últimos anos,durante a cerimóniacomemorativa <strong>do</strong> Aniversário<strong>do</strong> 25 de Abril, que terá lugarnos Paços <strong>do</strong> Concelho.O empresário Belmiro deAzeve<strong>do</strong> será distingui<strong>do</strong> coma Medalha de Honra da Cidade.Licencia<strong>do</strong> em EngenhariaQuímica, o Presidente da SONAEtinha já si<strong>do</strong> agracia<strong>do</strong>, em2006, pelo então Presidente daRepública, Jorge Sampaio, com a Grã-Cruz daOrdem <strong>do</strong> Infante D. Henrique.Apesar de ser oriun<strong>do</strong> de uma freguesia <strong>do</strong>concelho de Marco de Canaveses, Belmiro deAzeve<strong>do</strong> fez toda a sua carreira profissional no<strong>Porto</strong>. O contributo para a melhoria e eficiênciada economia portuguesa e a força de vontadee a independência de princípios com que regea sua vida - que o elegem como um exemplo -foram as razões invocadas para a distinção.Medalha <strong>Municipal</strong> de Mérito(Grau Ouro)Os professores universitários e figuras de Ciência Daniel Serrão, Alexandre Quintanilha e Purificação Tavares,bem como o artista plástico Francisco Laranjo, o arquitecto José Carlos Loureiro, o empresário João Serrenhoe o Padre Giulio Carrara, Pároco da Paróquia da Nossa Senhora da Boavista, foram os nomes indica<strong>do</strong>s peloPresidente da CMP para receberem a Medalha <strong>Municipal</strong> de Mérito (Grau Ouro). O poeta Papiniano Carlos foi,igualmente, proposto para receber o mesmo galardão.Medalha <strong>Municipal</strong> de Mérito(Grau Prata)Alcino Sousa, presidente da Associação <strong>do</strong>s Comerciantes <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Bolhão, e Joaquim Vilela, presidenteda Associação de Voleibol <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, foram as personalidades propostas para a Medalha <strong>Municipal</strong> de Mérito (GrauPrata).Medalha <strong>Municipal</strong> de Valor DesportivoJosé Vilela Brito, símbolo <strong>do</strong> ténis nacional e actual presidente <strong>do</strong> Conselho Técnico da FPT, e Augusto MarquesDias, presidente da Associação de Atletismo <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, serão agracia<strong>do</strong>s com a Medalha <strong>Municipal</strong> de ValorDesportivo - Grau Ouro e Prata, respectivamente.


. o que há de novoPORTO sempre051RegionalizaçãoUma vantagem para Portugal?Chegou ao fim o ciclo de conferências quea CMP dedicou a uma matéria deinequívoca complexidade, cujo debate opaís tem necessariamente de fazer.Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa e Paulo RangelDuas dezenas de especialistasdas mais diversassensibilidades debateram, aolongo de um ciclo de oitoconferências, as váriasvertentes da Regionalização.A responsabilidade daorganização coube à Câmara<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, poriniciativa pessoal <strong>do</strong> seuPresidente.Como principal denomina<strong>do</strong>rcomum a to<strong>do</strong>s os debates, oprimeiro <strong>do</strong>s quais realiza<strong>do</strong> emJunho de 2008, ressalta a suaelevada adesão e participaçãopor parte <strong>do</strong>s muitos portuensesque, em regra, encheram – eaté excederam – o anfiteatro<strong>do</strong> Auditório da Biblioteca<strong>Municipal</strong> Almeida Garrett.Ao longo deste ciclo deconferências, cuja coordenaçãotécnico-científica coube ao Prof.Luís Valente de Oliveira – elepróprio um <strong>do</strong>s ora<strong>do</strong>resconvida<strong>do</strong>s – passaram poraquele fórum personalidadesligadas aos mais diversos meiospolíticos, académicos eintelectuais, tais como, entremuitos outros, Ernâni Lopes,Miguel Cadilhe, João Cravinho,Vital Moreira, Jorge Miranda,Marcelo Rebelo de Sousa,António Costa, Paulo Rangel,Artur Santos Silva, Proença deCarvalho, Rui Vilar ou Arlin<strong>do</strong>Cunha.O Não e o Sim àregionalizaçãoencerraram o ciclode debatesA culminar a série de debatesabrangen<strong>do</strong> um vasto leque devertentes – desde aregionalização e odesenvolvimento económico,passan<strong>do</strong> pelas finanças públicas,Auditório cheio nas conferênciasa experiência internacional, atribuições ecompetências das novas regiões, até ao papel<strong>do</strong>s municípios num quadro de regionalização –o ciclo encerrou com duas conferênciasmonotemáticas, estas sim explicitamenteorientadas para as duas posições em confronto:em 5 de Março, Artur Santos Silva, Daniel Proençade Carvalho e Rui Vilar defenderam o tema “Aregionalização, não!”, enquanto no passa<strong>do</strong> dia2 de Abril, Arlin<strong>do</strong> Cunha, Luís Valente de Oliveirae Mário Rui Silva debateram e advogaram a posiçãocontrária, ou seja, “A regionalização, sim!”.Refira-se que a calendarização deste ciclo deconferências foi propositadamente apontada paraum perío<strong>do</strong> que não coincidisse com a campanhaeleitoral, para que, na sua globalidade, o debatedecorresse num ambiente de total serenidade esem aproveitamentos populistas e demagógicos.Também neste propósito a iniciativa foi umsucesso.


PORTO sempre052. depoimentoEmídio FerreiraA manutenção da via pública é um trabalho muito exigente e que não se vêEmídio Ferreira é o jovemempreende<strong>do</strong>r que gere,desde 2007, a Divisão<strong>Municipal</strong> de Obras na ViaPública. Responsável por umadas áreas mais sensíveis dajá difícil Direcção <strong>Municipal</strong>de Gestão da Via Pública,numa cidade onde o volumede tráfego é <strong>do</strong>s mais altos<strong>do</strong> país, este engenheirocivil, especializa<strong>do</strong> em viasde comunicação, diz queainda há muito para melhorarna sua divisão mas quetambém há já muito trabalhode casa feito.Chefe de uma equipa que,segun<strong>do</strong> o próprio,constituiu, aquan<strong>do</strong> da suaentrada em funções, uma“agradável surpresa pela suadedicação ao trabalho”,Emídio Ferreira diz que amanutenção da via públicaé um trabalho muito exigentemas que não temvisibilidade. “Fazemosfiscalizações e fazemos omáximo de intervenções queconseguimos, mas nãoconseguimos controlar tu<strong>do</strong>a toda a hora”, afirma.Com brigadas a trabalharsete dias por semana, das 8às 21 horas, a Divisão deObras na Via Pública mantémum cadastroconstantementeactualiza<strong>do</strong> de todas asintervenções realizadase a realizar, para o qualcontribuem osrelatórios das equipasde rua e até asreclamações <strong>do</strong>scidadãos, mastambém asdeslocaçõespessoais <strong>do</strong>sfuncionários.“É um trabalho a tempointeiro que mantém estaferramenta de trabalhosempre actualizada”,salienta.Emídio Ferreira está desde2002 na Câmara <strong>Municipal</strong><strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, ten<strong>do</strong> começa<strong>do</strong>na Direcção <strong>Municipal</strong> da ViaPública como técnicosuperior. Passou depois pelaGOP, empresa municipal deGestão de Obras Públicas daCâmara <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, comogestor de empreendimento,estan<strong>do</strong>, neste momento àfrente da Divisão de Obrasna Via Pública. Considera quetoda a experiência adquiridaaté aqui lhe forneceu boasbases de trabalho eimportantes conhecimentos,algo que faz com que obalanço seja, claro, muitopositivo.Responsável por uma dasáreas mais sensíveis da jádifícil Direcção <strong>Municipal</strong>de Gestão da Via Pública,numa cidade onde ovolume de tráfego é <strong>do</strong>smais altos <strong>do</strong> país, esteengenheiro civil,especializa<strong>do</strong> em vias decomunicação, diz que aindahá muito para melhorar nasua divisão mas quetambém há já muitotrabalho de casa feito.FORA DE SERVIÇO...NOME • Emídio Alexandre Vasconcelos FerreiraPROFISSÃO • Engenheiro CivilIDADE • 34 anosESTADO CIVIL E FILHOS • Casa<strong>do</strong>. Tem uma filha.NATURALIDADE • “Sou <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e gosto <strong>do</strong><strong>Porto</strong>”HOBBIES • Leitura, música, fotografia,caminhadas na natureza e fazerturismo no <strong>Porto</strong>PRATO FAVORITO • Tripas àModa <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e cozinhainternacional. “Só digo quenão gosto depois deprovar!”VIAGEM DE SONHO •“Egipto, por toda amística da históriadaquele país”PAIXÃO • Andar deMoto


<strong>Porto</strong> na modaBaixa <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, uma marca que está na modaPORTO sempre. animação 053Fachada da loja de Luís Buchinho na Rua José Falcão“Acredito que o centro de uma cidade tem de estarrenova<strong>do</strong> e moderno, de acor<strong>do</strong> com as exigênciasde um público que gosta <strong>do</strong> seu património cuida<strong>do</strong>e de comércio tradicional. Acreditei fortemente noretorno <strong>do</strong>s cidadãos ao centro da sua cidade. Éuma tendência já muito em voga em to<strong>do</strong>s oscentros europeus e, para mim,não fazia senti<strong>do</strong> que nãose verificasse isso no<strong>Porto</strong>. Foi algo arrisca<strong>do</strong>,dada a época em quedecidi tomar estainiciativa, mas o retornorevelou--se positivo”.Luís Buchinho,estilistaALGUNS ESTILISTAS ARRISCAM ABRIRLOJAS NA BAIXA. ASSIM ACONTECEUCOM LUÍS BUCHINHO E, MAISRECENTEMENTE, COM O PORTUENSENUNO GAMA.Jovens empreende<strong>do</strong>res têm vin<strong>do</strong> ainvestir na Baixa após o processo dereabilitação, em curso, de toda a zona.Depois das galerias chegaram as lojas eos bares. De design, arquitectura, de autor.Diferentes e modernas. Também osestilistas descobriram os seus encantos.Depois de Fátima Lopes, Miguel Vieira,Augustus, Anabela Baldaque, entre outros,terem investi<strong>do</strong> noutras zonas da cidade,outros estilistas arriscam abrir lojas naBaixa. Assim aconteceu com Luís Buchinhoe, mais recentemente, com o portuenseNuno Gama. Em espaços mais amplospuderam integrar as vertentes criativas ecomerciais num ambiente mais intimista.O <strong>Porto</strong> está na moda e, em especial, asua Baixa.


PORTO sempre054. animaçãoRua Miguel BombardaReabilitada e ponto de encontro no Quarteirão das ArtesMinistro da Cultura na inauguração da via Pe<strong>do</strong>nal em Miguel BombardaDe um dia para o outro, uma rua, alastrada a um quarteirão, transformou-se num<strong>do</strong>s locais culturais mais “in” da Baixa <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. “Miguel Bombarda” tornou-se,entretanto, pe<strong>do</strong>nal, para benefício de to<strong>do</strong>s.


PORTO sempre. animação 055Miguel Bombardaagora tem arruamentope<strong>do</strong>nal comrevestimento final emplacas de granitoserra<strong>do</strong>, com setedesenhos artísticos daautoria <strong>do</strong> portuenseÂngelo de Sousa.As ruas Miguel Bombarda, <strong>do</strong>Rosário, A<strong>do</strong>lfo CasaisMonteiro, Júlio Dinis, e aindaas da Maternidade, <strong>do</strong>Breyner, e de D. Manuel IItornaram-se já um ponto deencontro obrigatório nacidade para to<strong>do</strong>s os quegostam de arte e não só. OCircuito Cultural de MiguelBombarda, com lojas, cafés,Centro Comercial Bombarda(CCB), apoia<strong>do</strong> pela Empresa<strong>Municipal</strong> <strong>Porto</strong>Lazer e quedecorre de <strong>do</strong>is em <strong>do</strong>ismeses, é já um cartaz culturalobrigatório no <strong>Porto</strong>. Nessesdias, as galerias de arteabrem as suas portas emsimultâneo, com novasexposições, e com muitaanimação de rua.Para benefício de to<strong>do</strong>s, aCâmara <strong>Municipal</strong> requalificourecentemente a Rua MiguelBombarda e todas as infraestruturasexistentes,incluin<strong>do</strong> iluminação públicae a transformação emarruamento pe<strong>do</strong>nal comrevestimento final em placasde granito serra<strong>do</strong>, com setedesenhos artísticos da autoria<strong>do</strong> portuense Ângelo deSousa. Um investimentomunicipal superior a meiomilhão de euros.Instalação de rua <strong>do</strong> artista plástico Daniel MoreiraAs ruas Miguel Bombarda, <strong>do</strong> Rosário, A<strong>do</strong>lfo CasaisMonteiro, Júlio Dinis, e ainda as da Maternidade, <strong>do</strong>Breyner, e de D. Manuel II tornaram-se já um ponto deencontro obrigatório na cidade para to<strong>do</strong>s os que gostamde arte e não só.


PORTO sempre056. animaçãoMovida à moda <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>A Baixa está em alta.Sim, é um clichê muitousa<strong>do</strong> ultimamentemas a verdade é queestá mesmo. A movidada Baixa portuenseestá a dar que falar e aculpa é <strong>do</strong>s jovensempreende<strong>do</strong>res quedecidiram pôr mãos àobra e reabilitar antigosespaços comerciais,tornan<strong>do</strong>-os em locaisde paragem obrigatóriada noite portuense. Éo investimento priva<strong>do</strong>a funcionar em pleno,em articulação com arequalificaçãourbanística e culturalda cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>promovida pelaautarquia portuense.Apesar de estar aalastra-se um poucopor to<strong>do</strong> o coração daBaixa, o novo pólo daanimação nocturnaportuense estácentra<strong>do</strong> em duaspequenas artérias: asruas Galeria de Paris eCândi<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Reis. Masesta é, no melhor <strong>do</strong>ssenti<strong>do</strong>s, uma onda dechoque que acaba porafectar positivamenteos históricos cafés <strong>do</strong><strong>Porto</strong> como o Piolho ouo Aviz, e que começa aatrair um cada vezmaior número depessoas à Baixa eCentro Histórico,objectivo que vaidirectamente deencontro a uma dasprioridades <strong>do</strong> actualexecutivo.Na Rua Galeria de Paris, os bares /restaurantes / cafés proliferam. Nãopodemos reduzi-los à designação debares pois to<strong>do</strong>s são multifuncionais eoperam, de dia, também comorestaurante ou café. A Casa <strong>do</strong> Livro, oGaleria Paris ou o Café Au Lait sãoexemplos disso. To<strong>do</strong>s decora<strong>do</strong>s comextremo gosto, recuperan<strong>do</strong> objectosantigos e aproveitan<strong>do</strong> a traça original<strong>do</strong> espaço, em que a singularidade podepassar apenas por não ter uma cadeiraigual à outra. A boa música é tambémuma constante, seja como cria<strong>do</strong>ra deambiente – nunca atrapalhan<strong>do</strong> umaboa conversa – ou na forma de concerto.Neste último caso, o palco muda-se paraa Rua Cândi<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Reis, para o jáprestigia<strong>do</strong> Plano B.


PORTO sempre. animação 057Cria<strong>do</strong>r <strong>do</strong> evento “Se esta rua fosseminha”, um programa cultural comespectáculos artísticos de váriasín<strong>do</strong>les, o Plano B não é só mais umbar, mas sim toda uma mostra demovimentos culturais. A diferençacomeça nos próprios clientes, juntan<strong>do</strong>aprecia<strong>do</strong>res de diferentes vertentesmusicais e artísticas. O hall é umaespécie de galeria de arte ondepodemos tomar o nosso café,instala<strong>do</strong>s, confortavelmente, emaconchegantes sofás, aprecian<strong>do</strong> umaexposição. A cave está reservada aobar propriamente dito e a duas salaspara a música ao vivo ou dj sets.O clichê pode estar gasto ou até em desuso mas, neste caso, não há melhor forma dedescrever o fenómeno. A Baixa está de facto em alta, está na moda e está a mexer.Durante o dia, além da referida transformação <strong>do</strong>s bares em restaurantes ou cafés, as duas artériasservem também de morada para lojas de design, onde o vintage impera tanto na decoração comona roupa e acessórios de marca. Os ecos <strong>do</strong> sucesso desta reabilitação da Baixa portuense são tantos,que até um <strong>do</strong>s mais prestigia<strong>do</strong>s nomes da moda portuguesa, Luís Buchinho, decidiu instalar-seali ao la<strong>do</strong>, na Rua José Falcão, com uma loja própria.


PORTO sempre058. culturaFeira <strong>do</strong> livro regressa à BaixaAo fim de 27 anos, a Feira <strong>do</strong> Livro vai regressar, em Maio, à Avenida <strong>do</strong>s Alia<strong>do</strong>s, voltan<strong>do</strong>assim a transformar a «sala de visitas» da cidade numa festa de cultura e cor, dedicada aoslivros e à leitura.Este retorno foi possível graças a um acor<strong>do</strong> entre aCMP e a Sociedade Portuguesa de Editores e Livreiros(APEL), váli<strong>do</strong> para o quadriénio 2009/2013.A Feira ficará instalada ao longo da placa central daAvenida, incluin<strong>do</strong> as Praças da Liberdade e GeneralHumberto Delga<strong>do</strong>.Esta decisão da autarquia, tomada em parceria coma APEL, implicará que o certame assuma um novofigurino na sua arquitectura, por força da instalaçãode novos stands expressamente construí<strong>do</strong>s para oefeito. De resto, to<strong>do</strong>s esses espaços de exposição evenda serão multicolores e <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s com todas asestruturas necessárias para resistir às condiçõesclimatéricas que se façam sentir durante aqueleperío<strong>do</strong>.Por via <strong>do</strong> acor<strong>do</strong>, o Município obriga-se acomparticipar até ao montante de 75 mil euros emcada ano (num total de 300 mil), para além dedisponibilizar outro tipo de apoios, desde a isençãode taxas e licenças até outras facilidades relacionadascom a gestão de espaço.120 stands previstosPrevê-se que marquem presença nesta próximaedição a esmaga<strong>do</strong>ra maioria <strong>do</strong>s editores elivreiros, num total de 120 stands modulares.A Feira <strong>do</strong> Livro <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> realiza-se em datasdesencontradas com a de Lisboa, abrin<strong>do</strong> asportas na última semana de Maio eprolongan<strong>do</strong>-se até mea<strong>do</strong>s de Junho, nosenti<strong>do</strong> de tirar maior parti<strong>do</strong> das condiçõesclimatéricas <strong>do</strong> Norte e de uma maioraproximação às Festas da Cidade.A fim de minimizar os custos daquelacomparticipação, a autarquia poderáangariar patrocina<strong>do</strong>res em regime demecenato.Um regresso às origensA Praça da Liberdade foi o berço da Feira <strong>do</strong> Livro <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, cuja primeira edição foi organizadaem 1931. Na década de 70, mais concretamente em 1973, segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s da APEL, o certametransfere-se para a Rotunda da Boavista, para, <strong>do</strong>is anos depois, voltar a ocupar a Praça <strong>do</strong>Município (actual Praça General Humberto Delga<strong>do</strong>), onde já tinha esta<strong>do</strong> de 1971 a 1973. Aípermanece até 1982, voltan<strong>do</strong>, no ano seguinte, à Rotunda da Boavista, onde se mantém durantedez anos, antes de se mudar para o Palácio de Cristal, actual Pavilhão Rosa Mota.


. animação 059Baixa anima-se com “Os Produtores”PORTO sempreUm <strong>do</strong>s musicais maispremia<strong>do</strong> de sempre chega ao<strong>Porto</strong>, animan<strong>do</strong> a renovadaBaixa, com um elenco de luxobem conheci<strong>do</strong> <strong>do</strong> públicoportuguês: Rita Pereira, MiguelDias e Manuel Marques. “OsProdutores” estreia no Coliseu,dia 14 Abril e estará em palcoaté dia 3 de Maio, encerran<strong>do</strong>uma tournée por várias cidades<strong>do</strong> país. Originalmente, “OsProdutores” é um filmetransforma<strong>do</strong> em comédiamusical da Broadway, cria<strong>do</strong>pelo autor, produtor e actor MelBrooks, em 1968. O sucesso <strong>do</strong>musical levou a inúmerasadaptações pelo mun<strong>do</strong> inteiro– Inglaterra, Canadá, Alemanha,Austrália, Israel, Argentina,Japão, Itália, Hungria,Venezuela, Áustria, Grécia,Espanha e Brasil. Portugal e o<strong>Porto</strong> recebem, agora, um êxitode bilheteiras.Uma história hilarianteA comédia musical conta a história de Max, um produtor da Broadway falha<strong>do</strong>(Miguel Dias) e Leo, um contabilista neurótico (Manuel Marques), que se juntampara realizar um esquema milionário que consiste em produzir o pior musical desempre. Para o fazer, Max e Leo encontram a pior peça de sempre – “Primaverapara Hitler” – um musical neo-nazi escrito pelo fanático Franz, o pior encena<strong>do</strong>rde sempre e os piores actores de sempre, incluin<strong>do</strong> Ulla, uma vistosa sueca (RitaPereira). O esquema complica-se quan<strong>do</strong> a peça acaba por ser confundida pelopúblico e críticos como uma sátira genial e se revela um sucesso.. Depoimentos“<strong>Porto</strong> é sinónimo de saber receber, sorrir e viver”.Rita Pereira, actriz“Lembro-me a primeira vez que fiz teatro no <strong>Porto</strong>. Vivia-sea euforia <strong>do</strong> Euro’2004 quan<strong>do</strong> o ‘My Fair Lady’ chegou aoColiseu. Foram dias mágicos. A alegria e carinho com quefomos recebi<strong>do</strong>s pelo maravilhoso público desta cidade fezcom que se tornasse numa experiência única. É um públicoque gosta de gostar, que acarinha os seus actores, que osrespeita e os mima. Estou muito feliz de voltar ao Coliseucom ‘Os Produtores’, um espectáculo que tem tu<strong>do</strong> paraagradar ao exigente mas sempre acolhe<strong>do</strong>r público <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>”.Miguel Dias, actorProdutora 100% nacionalA Cherry Entertainment SA, nasce num núcleode comunicação 100% nacional, compostopor um sistema de nove agências de diferentesáreas da comunicação – o grupo Ativism.Francisco Penim, Pedro Costa e Gonçalo Castel-Branco são os funda<strong>do</strong>res e o rosto destenovo conceito. Seja uma experiência de marca,uma plataforma editorial ou um espectáculo,a Cherry formata e produz conteú<strong>do</strong>s deentretenimento como ninguém.


PORTO sempre060. ciênciaLaboratório Aberto à cidadeBrincar, aprenden<strong>do</strong> com a CiênciaO Laboratório Aberto, espaçopara o ensino experimental dasCiências, cria<strong>do</strong> pelo Institutode Patologia e ImunologiaMolecular da Universidade <strong>do</strong><strong>Porto</strong> (IPATIMUP), apoia<strong>do</strong> peloCiência Viva e com a colaboraçãoda Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,acolheu, em 2008, 3.530 alunos.Para o primeiro quadrimestredeste ano tem agendadas visitasde mais de 2200 alunos que, aconcretizarem-se, representa umacréscimo de 25% de visitantes.“É uma das mais interessantesexperiências que há no Paísdedica<strong>do</strong> às ciências”, sublinhaSobrinho Simões, director <strong>do</strong>IPATIMUP. O espaço é livre eacessível a toda a comunidade.Desde alunos sozinhos ou emgrupo, até às famílias, to<strong>do</strong>spodem descobrir uma actividadediferente, o “saber fazer-saber”.Devi<strong>do</strong> à natureza das actividades,o Laboratório funciona para umnúmero mínimo de 10participantes e máximo de 30.Para que se possa optimizar oespaço e garantir o sucesso daexperiência, os grupos terão deefectuar a sua marcação, pelomenos, uma semana antes dadata pretendida para a visita.“É uma das maisinteressantesexperiências que háno País dedica<strong>do</strong> àsciências”, sublinhaSobrinho Simões,director <strong>do</strong>IPATIMUP.CENTRO DE RECURSOS EDUCATIVOS MUNICIPALRua <strong>do</strong> Tâmega4200-465 <strong>Porto</strong>As marcações serão efectuadas exclusivamente poremail: laboratorioaberto@ipatimup.ptHorário: Dias úteis • 9h00 >> 18h00Para mais informação: www.laboratorioaberto.pt<strong>Porto</strong>, Cidade de Ciência, um projecto de valor multiplicativoSobrinho Simões e Vladimiro Feliz no LaboratórioO “<strong>Porto</strong> Cidade de Ciência”,implementa<strong>do</strong> desde Janeiro de2005 através da Fundação <strong>Porto</strong>Social, tem como objectivofundamental sensibilizar asociedade para a importância daCiência, promover a divulgaçãocientífica, tecnológica e artísticae, com ela, demonstrar o enormepotencial que o <strong>Porto</strong> tem nestamatéria. “As iniciativas têm de terinteresse científico, a marca ‘<strong>Porto</strong>’,a ideia da internacionalização, nofun<strong>do</strong> um valor multiplicativo”,afirma Sobrinho Simões, director<strong>do</strong> IPATIMUP e <strong>do</strong>s “conselheiros”<strong>do</strong> projecto, conjuntamente comMaria de Sousa, António Coimbra,Oliveira Ramos, Cândi<strong>do</strong> Agra, JoséManuel Men<strong>do</strong>nça. Pretende-se adivulgação da Ciência com vistaà promoção da cultura científicanos cidadãos.. Depoimento“O <strong>Porto</strong> tem, por razões históricas, uma componente científica e culturalfortíssima. Ora, quan<strong>do</strong> alguém, como o Presidente da CMP, cria, de cima parabaixo, condições tu<strong>do</strong> funciona. É o caso <strong>do</strong> ‘<strong>Porto</strong>, Cidade de Ciência’. Associara cidade a uma ideia de Ciência é de enorme importância. Destaco, entre outrosprojectos integrantes, o da criação de residências para <strong>do</strong>centes e investiga<strong>do</strong>resestrangeiros. Ou o ‘Autocarro Vivacidade’, que tem permiti<strong>do</strong> aos mais novosvisitar instituições científicas, os ‘Serões da Bonjóia’, comos ‘Serões de Ciência’, a publicação de obras sobre o <strong>Porto</strong>(por exemplo, ‘Abel Salazar: 96 Cartas a Celestino da Costa’,‘À Sombra de Árvores com História’) ou o ciclo deconferências ‘Novos Triângulos’. Não admito que o projecto,com esta lógica, acabe. O <strong>Porto</strong> não pode continuar a servítima da divisão político-partidária nacional ou que sejainstrumentaliza<strong>do</strong>. Este projecto específico é umsalto qualitativo notável”.Professor Sobrinho Simões,Director <strong>do</strong> IPATIMUP


RoteiroculturalChegou a Primavera. Chegou a estação da vida,em que a natureza renasce, os animais dão à luze até, nós, humanos, sentimos que o nosso espíritose modifica e que estamos mais com ossentimentos à flor da pele. Os dias estão maislongos e a temperatura mais amena já convida asair de casa. Apesar de Abril ser de águas mil, aesperança é a última a morrer e sabemos que,mais ce<strong>do</strong> ou mais tarde, a Primavera se instalarádefinitivamente. Desfrute de tu<strong>do</strong> isto e fiquecom as sugestões da <strong>Porto</strong> Sempre para ospróximos três meses!


PORTO sempre062. roteiro<strong>Porto</strong>Cartoon: o riso <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong>Exposição permanenteMuseu Nacional de ImprensaTo<strong>do</strong>s os dias, das 15 às 20 horasTel: 22 530 49 66Considerada pela Federation ofCartoonist’s Organisations (FECO)como um <strong>do</strong>s principais festivaisde desenho humorístico <strong>do</strong>Mun<strong>do</strong>, o <strong>Porto</strong>Cartoon brindanoshá 10 anos com as melhoresobras de cartoonistas oriun<strong>do</strong>sde dezenas de países.Em exposição permanente noMuseu Nacional de Imprensa,situa<strong>do</strong> entre o Palácio e a Marina<strong>do</strong> Freixo, a mostra“<strong>Porto</strong>Cartoon: o riso <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong>”é constituída por meia centenade obras, apresentan<strong>do</strong> ainda ospremia<strong>do</strong>s e as menções honrosasdas dez edições <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>Cartoon– World Festival.O melhor <strong>do</strong> desenho humorísticopode ser visto to<strong>do</strong>s os dias, das15 às 20 horas. O preço <strong>do</strong>s bilhetes varia entre1 e 2 euros, para estudantes/reforma<strong>do</strong>s e adultos,respectivamente.Destaque ainda para exposição “Vitória de Obamana imprensa mundial”, patente desde Janeirodeste ano no referi<strong>do</strong> museu. Esta mostra reúnequase 300 publicações, apresentan<strong>do</strong> os maisimportantes títulos das principais capitais <strong>do</strong>mun<strong>do</strong>. Todas as publicações são posteriores a 4de Novembro e, tanto quanto se sabe, não háoutra iniciativa similar, desenvolvida por qualqueroutra instituição cultural.Visitas guiadas ao edifício <strong>do</strong>sPaços <strong>do</strong> ConcelhoNos <strong>do</strong>is primeiros <strong>do</strong>mingos decada mêsÀs 10 h e às 11h30Necessária inscrição prévia noGabinete <strong>do</strong> Munícipe.Tel: 22 209 71 35Moedas em PortugalPalacete <strong>do</strong>s Viscondes deBalsemãoExposição permanenteTo<strong>do</strong>s os dias úteis, das 10 às17h30Entrada gratuitaTel: 22 339 34 80O Gabinete de Numismática daCMP guarda uma das maisimportantes e completascolecções <strong>do</strong> País, representan<strong>do</strong>um papel fundamental no estu<strong>do</strong>das moedas Grega, Romana,Hispânica, Árabe e Portuguesa.Inclui, ainda, espécimes demedalhas de ouro, prata e bronze,condecorações e conjuntos decédulas e notas bancárias.Oficinas SazonaisVários locais da cidadeAté JulhoOrg. Pelouro <strong>do</strong> Ambiente daCâmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>Tel: 22 834 94 90“Arquivar é preciso”Casa <strong>do</strong> InfanteDe Terça a Sexta-feiraPrograma gratuito destina<strong>do</strong> aopré-escolar, 1ºciclo <strong>do</strong> ensinobásico e ATL. Necessáriamarcação prévia.Tel: 22 206 04 00Exploram-se palavras-chave comoarquivo, registo, imagens e <strong>Porto</strong>no Arquivo Histórico. Segue-sea construção de uma pasta dearquivo reaproveitan<strong>do</strong> caixas decereais.Vem navegar pelo MuseuMuseu <strong>do</strong> Vinho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>Oficina de construção de barcosrabelo.De Terça a Sexta-feiraPrograma gratuito destina<strong>do</strong> agrupos <strong>do</strong> 1º e 2º ciclo <strong>do</strong> EnsinoBásico e grupos sénior.Necessária marcação prévia.Tel: 22 207 63 00“Terças às Três”Casa <strong>do</strong> InfanteTodas as Terças-feiras às 15 horasEntrada gratuita. Necessária marcação prévia.Tel: 22 206 04 00Programa destina<strong>do</strong> ao público adulto. Visitaorientada à Casa <strong>do</strong> Infante (Núcleo Museológico,área públicas <strong>do</strong> Arquivo Histórico e exposiçãotemporária).Visitas OrientadasMuseu <strong>do</strong> Vinho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>De Terça a Sexta-feiraEntrada livre. Necessária marcação prévia.Tel: 22 207 63 00Visitas de cerca de 1 hora de duração, que explorama temática da cidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e <strong>do</strong> Comércio <strong>do</strong>vinho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.A rimar e a adivinhar à casa <strong>do</strong> Guerra Junqueirovou brincarCasa-Museu Guerra JunqueiroDe Terça a sexta-feiraDestina<strong>do</strong> a grupos de crianças e jovens. Necessáriamarcação prévia.Tel: 22 205 36 44Exploração da colecção de Guerra Junqueiro atravésde um jogo.


. roteiroPORTO sempre063Descobrin<strong>do</strong> a Sé – Percurso naenvolvente histórica <strong>do</strong> museuCasa-Museu Guerra JunqueiroDe Terça a sexta-feiraDestina<strong>do</strong> a grupos de criançase jovens. Necessária marcaçãoprévia.Tel: 22 205 36 44Um percurso pe<strong>do</strong>nal na zonaenvolvente da Casa Museu GuerraJunqueiro que, através dedesafios e obstáculos, dá aconhecer o velho burgoportuense. Sugere-se roupa ecalça<strong>do</strong> confortável, chapéu emáquina fotográficaMuseu, espelho meuCasa-Museu Guerra JunqueiroDe Terça-feira a DomingoPrograma gratuitoTel: 22 205 36 44Os Guias <strong>do</strong> projecto “Museu,espelho meu”, são publicaçõesdistribuídas pela Casa MuseuGuerra Junqueiro e cria<strong>do</strong>s parauma utilização directa pelosvisitantes durante as suas visitas.Cada Guia propõe aos seusutiliza<strong>do</strong>res itinerários lúdicos eformativos que visampotencializar os recursosofereci<strong>do</strong>s pela Casa MuseuGuerra Junqueiro, nas exposiçõespermanentes, oferecen<strong>do</strong>propostas de percursos diverti<strong>do</strong>se de reflexão às crianças e jovens,grupos escolares ou em família.“Vem viver os jardins da Quintada Macieirinha”Museu RomânticoDe Terça a sexta-feiraPrograma gratuito destina<strong>do</strong> ao1º e 2º ciclos. Necessáriamarcação prévia.Tel: 22 605 70 00O mapa indica o percurso e asparagens, que terão que fazer.Vão ter jogos, desenhos einformação sobre a história <strong>do</strong>jardim. Fazem o percurso referi<strong>do</strong>,cumprin<strong>do</strong> sucessivamente astarefas propostas. Material paracumprir os trabalhos. Actividadede exterior constituída por umamala com jogos, desafios,histórias e materiais quepermitem explorar os jardinsenvolventes, seguin<strong>do</strong> diferentespistas.Zoo de PáscoaOficina de expressão plástica(Ovos pinta<strong>do</strong>s)Biblioteca Pública <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong><strong>Porto</strong>Dias 3, 6 e 8 de Abril, às 10h30Programa gratuito destina<strong>do</strong> acrianças a partir <strong>do</strong>s 4 anos.Necessária marcação prévia.Tel: 22 519 34 80Propõe-se nesta oficina adecoração de ovos de Páscoa comos mais diversos materiais.Disfarça<strong>do</strong>s de girafa ou demacaco, eles transformam-se emautênticos fantoches.“O Mistério <strong>do</strong>s Ovos”Oficina de Descoberta Científicae de ExpressãoBiblioteca <strong>Municipal</strong> de AlmeidaGarrettDe 6 a 10 de AbrilPrograma gratuito destina<strong>do</strong> acrianças <strong>do</strong>s 6 aos 10 anos.Necessária marcação prévia.Tel: 22 608 10 00A partir da da história Os OvosMisteriosos, de Luísa DuclaSoares, iremos levar-te a umaviagem incrível pelo mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>sovos que te levará à descobertade ovos de diferente animais,desde pássaros a répteis. No fim,e porque estamos na Páscoa,terás oportunidade de pintar umovo a teu gosto para levarescontigo e fazer uma caça aosovos.Organização:BMAG/Museu deHistória Natural da Faculdade deCiências da Universidade <strong>do</strong><strong>Porto</strong>.“Os mais belos livros alemães 2007 - Prémios daFundação Buchkunst“Biblioteca <strong>Municipal</strong> de Almeida GarrettDe 6 de Abril a 5 de MaioEntrada livreTel: 22 608 10 00Exposição promovida pelo Goethe Institut com osmais belos livros edita<strong>do</strong>s na Alemanha em 2007e exibi<strong>do</strong>s numa exposição itinerante <strong>do</strong>cumentadapor um catálogo bilingue de grande qualidade. AFundação Buchkunst selecciona “Os mais beloslivros alemães” entre to<strong>do</strong>s os livros edita<strong>do</strong>sanualmente na Alemanha. Este prémio, atribuí<strong>do</strong>desde 1984, contempla livros que contribuam parapromover o moderno design de livros na duplafaceta de concepção e produção.Oficina da PáscoaCasa <strong>do</strong> InfanteAté 9 de AbrilPrograma gratuito. Necessária marcação prévia.Tel: 22 206 04 00Vem divertir-te a fazer postais de papel recicla<strong>do</strong>.Depois podes trocá-los com os teus amigos efamiliares e enviar assim os teus votos de umaPáscoa feliz.Ciclo de conferências “Novos Triângulos”Biblioteca <strong>Municipal</strong> de Almeida GarrettDia 16 de Abril: Ciência – Arte – ReligiãoDia 21 de Maio: Ciência – Cultura – Sociedade21h15Tel: 22 589 92 60Ciclo de conferência organiza<strong>do</strong> pela Câmara<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, através da Fundação <strong>Porto</strong>Social, no âmbito <strong>do</strong> projecto “<strong>Porto</strong>, Cidade deCiência”. Moderação de Luís Portela.Oficinas de PáscoaMuseu <strong>do</strong> Vinho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>Até 19 de AbrilDas 10 às 12 horas e das 14 às 17 horasPrograma gratuito destina<strong>do</strong> a grupos <strong>do</strong> 1º e 2ºciclos <strong>do</strong> ensino básico e ATL’s. Necessária marcação


PORTO sempre064. roteiroprévia.Tel: 22 207 63 00Pedipapper a realizar no interior<strong>do</strong> Museu <strong>do</strong> Vinho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.Partin<strong>do</strong> da temática da Páscoae <strong>do</strong>s costumes <strong>do</strong> Douro, vamosencontrar os ovos na cartola <strong>do</strong>barão de Forrester.O mistério <strong>do</strong>s ovos perdi<strong>do</strong>s…vem descobri-los!Casa-Museu Guerra JunqueiroAté 13 de AbrilDas 10 às 12h30 e das 14 às17h30Programa gratuito destina<strong>do</strong> acrianças <strong>do</strong>s 6 aos 12 anos.Necessária marcação prévia.Tel: 22 205 36 44Esta actividade consiste nadescoberta <strong>do</strong>s pássarosrepresenta<strong>do</strong>s nas peças dascolecções da Casa Museu GuerraJunqueiro e na procura <strong>do</strong>s seusovos no jardim. Depois de osencontrares, podes pintar e colaro teu pássaro preferi<strong>do</strong> e imaginaruma viagem com ele à volta <strong>do</strong>mun<strong>do</strong>… Material necessáriopara a execução da actividade:Balões, pasta de papel, cola,tinta e lápis de cor; tesoura,lápis.“Documento <strong>do</strong> Mês” – Aimportância da tradição oral: oAuto de FlorípesCasa <strong>do</strong> InfanteDia 16 de Abril às 15h30Entrada gratuita. Necessáriamarcação prévia.Tel: 22 206 04 00Na 3ª quinta-feira de cada mêsé promovida uma visita aoArquivo centrada na apresentaçãocomentada de um <strong>do</strong>cumento.“Qual é o Tesouro? - Jogo deexploração, a partir de um contoBiblioteca <strong>Municipal</strong> de AlmeidaGarrettDia 18 de AbrilPrograma gratuito destina<strong>do</strong> acrianças e jovens <strong>do</strong>s 8 aos 12anos. Necessária marcação prévia.Tel: 22 608 10 00A partir de um conto de ManuelAntónio Pina, alusivo à revolução<strong>do</strong> 25 de Abril, e através de váriaspistas que te serão dadas, terásde descobrir qual era o imensoe belo tesouro <strong>do</strong> povo <strong>do</strong> Paísdas Pessoas tristes. Um jogo deexploração que porá a tua astúciaà prova.Baralhan<strong>do</strong> Histórias: Oficina deescrita criativa e de expressãoplásticaBiblioteca Pública <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong><strong>Porto</strong>Dias 17 e 23 de Abril, às 10h30Dias 20 e 23 de Abril, às 15 horasPrograma gratuito destina<strong>do</strong> acrianças a partir <strong>do</strong>s 7 anos.Necessária Marcação prévia.Tel: 22 519 34 80Dan<strong>do</strong> largas à imaginação ascrianças são convidadas aconstruir uma história compersonagens de diferenteshistórias.Um postal para a mãe: Oficina deescrita criativa e de expressãoplásticaDias 24, 27 e 29 de Abril, às 10h30Dia 24 de Abril, às 14h30Programa gratuito destina<strong>do</strong> acrianças a partir <strong>do</strong>s 4 anos.Necessária Marcação prévia.Tel: 22 519 34 80Elaboração de um postal comdiferentes formatos para a mãe,a partir da leitura da história deSam Mcbratney,” Adivinha oquanto eu gosto de ti”.Um <strong>Porto</strong> GenuínoCasa <strong>do</strong> InfanteAté 24 de MaioEntrada livreTel: 22 206 04 00Exposição de fotografias deAntónio Cossa. O autor apresentao <strong>Porto</strong> com os seusparticularismos e as suas gentes.A forma de apresentação, emmosaico irregular, confere umaforma diferente de ver aexposição, fugin<strong>do</strong> a uma rotina.“Documento <strong>do</strong> Mês” – O Monumento aos Heróisda Guerra PeninsularCasa <strong>do</strong> InfanteDia 21 de Maio às 15h30Programa gratuito. Necessária marcação prévia.Tel: 22 206 04 00Na 3ª quinta-feira de cada mês é promovida umavisita ao Arquivo centrada na apresentaçãocomentada de um <strong>do</strong>cumento.XXXII FITEI - Festival Internacional de Teatro deExpressão IbéricaBiblioteca <strong>Municipal</strong> de Almeida GarrettDe 26 de Maio a 9 de JunhoTel: 22 608 10 00Porque a literatura e o teatro estão intimamenteliga<strong>do</strong>s, este ano o FITEI – Festival Internacionalde Teatro de Expressão Ibérica apresenta parteda sua programação na Biblioteca <strong>Municipal</strong>Almeida Garrett. A destacar a apresentação de“Dormir Accompagné”, com as palavras de AntónioLobo Antunes. Um espectáculo da companhiafranco-portuguesa Ici et Là.Semana da Energia e <strong>do</strong> AmbienteActividades em vários locais da cidadeDe 29 de Maio a 5 de JunhoOrganização: Agência de Energia <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> eGabinete <strong>do</strong> Ambiente da Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong><strong>Porto</strong>Telf.: 22 201 28 93Actividades Educativas «Vamos contar…moedas?!»Palacete <strong>do</strong>s Viscondes de BalsemãoAté 18 de JunhoPrograma gratuito destina<strong>do</strong> a grupos escolares<strong>do</strong> pré-escolar e 1º e 2º ciclo <strong>do</strong> ensino básico.Necessária marcação prévia.Telf: 22 339 34 80Numa abordagem teatralizada, é contada umabreve história da moeda, da antiguidade clássicaà actualidade. As visitas são complementadas comactividades oficinais em torno da temática damoeda.Construção de marca<strong>do</strong>res de livros: Oficina deescrita criativa e de expressão plásticaBiblioteca Pública <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>Dias 17, 19 e 22 de Junho às 10h30Dias 15 e 19 de Junho às 14h30


. roteiroPORTO sempre065Programa gratuito destina<strong>do</strong> acrianças a partir <strong>do</strong>s 4 anos.Necessária marcação prévia.Tel: 22 519 34 80Partin<strong>do</strong> da leitura em voz altade quadras <strong>do</strong>s santos populares,é proposto a cada criança aelaboração de um marca<strong>do</strong>r delivros com motivos alusivos àsfestas joaninas.“Lucas e Pan<strong>do</strong>ra passeiampelo <strong>Porto</strong>” – exposiçãoBiblioteca <strong>Municipal</strong> de AlmeidaGarrettDe 17 de Junho a 10 de JulhoEntrada gratuitaTel: 22 608 10 00Lucas vivia na Ribeira, junto aorio que corria sem parar. Era umgato jovem, malha<strong>do</strong>, filho deum gato vadio e da gatagorducha … Pan<strong>do</strong>ra era umagata mimada, nascida e criadanuma casa da avenida marginal.Era filha de um gatoembarcadiço e da linda gata<strong>do</strong>méstica que o namorava àsescondidas <strong>do</strong>s <strong>do</strong>nos…Inspira<strong>do</strong>s no conto Lucas ePan<strong>do</strong>ra de Álvaro Magalhães osalunos das escolas integradasna Rede de Bibliotecas Escolares<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> produziram diversostrabalhos de expressão escritae plástica que estão expostosno átrio da Biblioteca <strong>Municipal</strong>Almeida Garrett.<strong>Porto</strong>: 21 de Julho de 1969Casa <strong>do</strong> InfanteDe 19 de Junho a 27 deSetembroEntrada gratuitaTel: 22 206 04 00A propósito da comemoração <strong>do</strong>40º aniversário da chegada <strong>do</strong>Homem à lua, o Departamento de Arquivos daCMP parte para a descoberta <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> de 1969.As várias facetas da cidade são exploradas nestaexposição para revelar o quotidiano da cidadena altura em que a Humanidade realiza uma dasmais espantosas façanhas <strong>do</strong> século XX.Ciclo de Exposições de Joalharia Contemporâneaem contexto de Joalharia AntigaAté 30 de JunhoEntrada livreTel: 22 606 65 68A designer de joalharia Sara Pinto apresenta assuas mais recentes criações.O <strong>Porto</strong> nas Invasões FrancesasGaleria <strong>do</strong> PalácioAté 10 de SetembroEntrada livreTel: 22 608 10 00A exposição comemorativa <strong>do</strong> bicentenário dasGuerras Peninsulares, organizada pela Câmara<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Reunirá um importante acervo<strong>do</strong>cumental e museológico sobre o perío<strong>do</strong> dasinvasões francesas.Vai estar aberta ao público até 10 de Setembro,após a realização <strong>do</strong> Congresso Internacionalsobre as Guerras Peninsulares, organiza<strong>do</strong> pelaUniversidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, com o apoio da CMP.II Encontro de OrquestrasLigeiras4 de Abril às 21h305 de Abril às 16h00Biblioteca Almeida Garrett,Palácio de Cristal, <strong>Porto</strong>Entrada livre«Os Produtores»De 14 a 26 Abril3ª a Sába<strong>do</strong> às 21h30; Sába<strong>do</strong>s,Domingos e Feria<strong>do</strong>s às 16h00Coliseu <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>Bilhetes desde 25 a 45 euros<strong>Porto</strong>.Come25 de Abril a 10 de Maio pelos Restaurantes dacidade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>2 a 10 de Maio no Edifício Alfândega <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>Seg. a Sex. das 11h30 às 20h00. Sab. e Dom. das10h00 às 20h00www.portocome.cominfo@portocome.comNÚMERO VERDE 800 208 097Campeonato Nacional 2009Pro-Junior10 e 11 de AbrilEdifício TransparenteOrganização: Natural Factor,Produção de EventosApoio: <strong>Porto</strong>Lazer“Os Produtores” a partir de 14 de Abril


PORTO sempre066. roteiroFeira da SaúdePavilhão Rosa Mota9 e 10 de MaioPromoção, aconselhamento,sensibilização e promoção dehábitos de vida saudáveis.Organização – <strong>Porto</strong> LazerApoio – Inúmeras instituições dacidade relacionadas com a saúdeAcesso livreCampeonato Nacional de Surf-Open em Séniores9 e 10 de MaioTo<strong>do</strong> o diaEdifício TransparenteOrganização: Onda PuraApoio: <strong>Porto</strong>LazerSão várias as iniciativas de voleibol esta PrimaveraCorrida da Mulher17 de Maio10h30Inscrições: 2 euroswww.runporto.ptOrganização: Clube de Veteranos<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e Run<strong>Porto</strong>.comApoio: Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong><strong>Porto</strong>, através da <strong>Porto</strong>LazerInaugurações <strong>do</strong> QuarteirãoMiguel Bombarda30 de Maio16h00Quarteirão Miguel BombardaIX Feira Rural à moda antiga30 e 31 de Maio21h00 às 24h00Jardim de Arca d´ÁguaGira Volei30 de MaioTo<strong>do</strong> o diaCampo de futebol relva<strong>do</strong> <strong>do</strong>Parque da CidadeOrganização: Associação devoleibol <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>Apoio: <strong>Porto</strong>LazerFestival <strong>Porto</strong>LazerPiscina <strong>Municipal</strong> de Campanhã10 de Junho das 14h00 às 19h00Entrada livreOrganização da <strong>Porto</strong>LazerCaminhada pelo Ambiente10 de Junho10h30Da Rotunda Gonçalves Zarco atéAlameda Basílio TelesOrganização: Pelouro <strong>do</strong> Ambienteda Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e<strong>Porto</strong>LazerMini-voleibol: Dia <strong>do</strong> Minivoleibol10 de JunhoTo<strong>do</strong> o diaCampo de futebol relva<strong>do</strong> <strong>do</strong>Parque da CidadeOrganização: Associação devoleibol <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>Apoio: <strong>Porto</strong>LazerVoleibol ao ar livre – TorneioRegional11 de JunhoTo<strong>do</strong> o diaCampo de futebol relva<strong>do</strong> <strong>do</strong>Parque da CidadeOrganização: Associação devoleibol <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>Apoio: <strong>Porto</strong>LazerGira volei – Torneio deapuramento13 de JunhoTo<strong>do</strong> o diaCampo de futebol relva<strong>do</strong> <strong>do</strong>Parque da CidadeOrganização: Associação de voleibol <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>Apoio: <strong>Porto</strong>LazerXXVII Meeting Internacional de Natação <strong>do</strong><strong>Porto</strong>Piscina <strong>Municipal</strong> de Campanhã20 e 21 de Junho das 9h00 às 20h00Entrada livreOrganização da Associação de Natação <strong>do</strong> Nortede PortugalApoio: <strong>Porto</strong>Lazer


. roteiroPORTO sempre067Festas da CidadeJunhoConsulte o que a cidade tem paralhe oferecer em:www.portolazer.ptwww.portoturismo.ptOrganização: Câmara <strong>Municipal</strong><strong>do</strong> <strong>Porto</strong> através da <strong>Porto</strong>Lazer evárias colectividades da cidade.Desfile <strong>do</strong> Traje13 de Junho15h30Av. <strong>do</strong>s Alia<strong>do</strong>sOrganização: Inatel e <strong>Porto</strong>LazerFestival Granitos Folk11 a 13 de JunhoJardins <strong>do</strong> Palácio de Cristal,concha acústicaOrganização: Acaro, AssociaçãoCultural de Artes OrganizadasApoio: <strong>Porto</strong>LazerDia <strong>do</strong> Mini-Basquetebol10 de JunhoTo<strong>do</strong> o diaEdifício TransparenteOrganização: Associação deBasquetebol <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e<strong>Porto</strong>LazerDomingos de Yôga – Maio aSetembroSába<strong>do</strong>s de Taichi – Junho eJulhoAulas orientadasJardins <strong>do</strong> Palácio de Cristal,Parque da Cidade e no exterior<strong>do</strong> Monte AventinoDestina<strong>do</strong> à população da cidade<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>Participação gratuitaE - meeting internacional denatação20 e 21 de JunhoPiscina de CampanhãOrganização: Associação deNataçao <strong>do</strong> Norte de Portugal e<strong>Porto</strong>LazerCorrida Festas da Cidade21 de JunhoOrganização: Clube de Veteranos<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e Run<strong>Porto</strong>.comApoio: Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong><strong>Porto</strong>, através da <strong>Porto</strong>LazerConcerto de S. João24 de Junho16h00Jardins <strong>do</strong> Palácio de Cristal, concha acústicaOrganização: <strong>Porto</strong>LazerCorrida “<strong>Porto</strong> a Subir”28 de Junho10h30Da Ribeira até à SéEscadas <strong>do</strong>s Guindais e Codeçal (junto à Ponte D.Luís I)Organização: Clube de Veteranos <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> eRun<strong>Porto</strong>.comApoio: Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, através da<strong>Porto</strong>LazerDomingos de Yôga e Sába<strong>do</strong>s de Taichi espalha<strong>do</strong>s pela cidadeMais informações através <strong>do</strong> 226199860


PORTO sempre068. clubeUm símbolo com história na zona de CampanhãUm grupo de amigos decidiu,em Junho de 1963, dar corpo auma ideia que agradava àjuventude de então e que viviana zona da Rua Nau Vitória(Campanhã): criar um clube.Assim nasceu o Grupo DesportivoNau Vitória. Os “nau-vitorianos”orgulhavam-se de ter a melhorsede social entre os pequenosclubes da cidade. Ali serealizavam, com frequência,grandes bailes (substituí<strong>do</strong>s,actualmente, por tardes-noitesde fa<strong>do</strong>). Ontem como hoje,muitos são os que passam horasnaquele local, entre “<strong>do</strong>is de<strong>do</strong>sde conversa” ou a jogar damas,<strong>do</strong>minó, xadrez ou sueca.Em termos desportivos, a história<strong>do</strong> clube regista <strong>do</strong>is importantestítulos: Campeão Distrital deAma<strong>do</strong>res nas épocas 1967/68e 69/70. Actualmente, compouco de 300 sócios, tem,apenas, Futsal, com uma equipasénior, a disputar a 3ª DivisãoDistrital de Futsal, e uma outra,de juvenis, num total de 30atletas. Mas pelo Nau Vitória jápassaram centenas, inscritos emFutebol, Atletismo, Ténis deMesa, Pesca Desportiva. Acamisola branca e verde fezhistória na cultura e desportoda cidade, por exemplo, nosgrandes torneios de futebol desalão, organiza<strong>do</strong>s pelo“Académico”. “Já não há, infelizmente, tantobairrismo”, confessa o actual presidente <strong>do</strong> NauVitória. Perante tantas dificuldades, André Ferreiranão desiste. Pelo “seu” clube está pronto paratu<strong>do</strong>. Com o Futsal espera levá-lo, de novo, aáguas mais afortunadas.OS “NAU-VITORIANOS”ORGULHAVAM-SE DE TERA MELHOR SEDE SOCIALENTRE OS PEQUENOSCLUBES DA CIDADE.


. clubePORTO sempre069Presidente-joga<strong>do</strong>rAndré Ferreira, 26 anos, empresário, é presidente<strong>do</strong> Nau Vitória, desde 2008, e, sempre quepode…dá uns toques na equipa sénior deFutsal. “Pelo Nau Vitória faço tu<strong>do</strong>. O clubevive com dificuldades, mas não há-demorrer”, afirma, revelan<strong>do</strong> um sonho paraos tempos mais próximos: “a equipasénior subir de divisão”.André Ferreira é o segun<strong>do</strong>presidente mais novo <strong>do</strong>Nau Vitória. Deixa umapalavra de elogio aJoaquim Teixeira, expresidente<strong>do</strong> Boavistae o mais novopresidente na história<strong>do</strong> clube: “Foi o meupadrinho nestaslides. É um grandenau-vitoriano”.Uma família“nau-vitoriana”A história <strong>do</strong> Nau Vitóriaconfunde-se com a famíliaFerreira, que vive há jáalgumas décadas naquela zonade Campanhã. André é o último <strong>do</strong>s“Ferreiras” a ocupar um lugar na direcção <strong>do</strong>clube. O seu avô já tinha si<strong>do</strong> dirigente <strong>do</strong>clube, o seu tio, Ângelo Ferreira, antigosecretário-geral da Liga, presidente <strong>do</strong> NauVitória, a sua tia, vice-presidente, a irmã,dirigente, tal como o seu pai e mãe, quetratava da roupa <strong>do</strong>s atletas. André Ferreiraganhou o gosto, começan<strong>do</strong> por ser atleta.É caso para dizer: um amor pelo Nau Vitóriaque passa de geração em geração na famíliaFerreira.. Depoimento“Desde os seis anos que comecei a frequentara sede <strong>do</strong> Nau Vitória. Vivia naquela zona etinha ali os meus amigos. Aos 22 anoscandidatei-me à presidência <strong>do</strong> clube de coração.O Nau Vitória está dentro de mim. Faz parteda minha história pessoal. Por isso, guar<strong>do</strong>sempre com grande estima os ‘nau-vitorianos’e os seus dirigentes”.Joaquim Teixeira, ex-Presidente <strong>do</strong> Nau Vitóriae <strong>do</strong> Boavista


PORTO sempre070. desportoConheça o cartão municipal que lhe abreas portas <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> desportoAssistir às primeiras conquistas aquáticas <strong>do</strong>seu filho, dar um grande mergulho numa piscinamais profunda <strong>do</strong> que muitas das que conheceuaté hoje, estreitar os laços numa partida deténis ou squash com um amigo, suar asestopinhas numa sessão de cárdio-fitness, relaxarnuma aula de yoga, dar uns passos ao ritmo demúsicas latinas ou mesmo desafiar as leisaparentes da física ao som <strong>do</strong> hip-hop... A suacidade está equipada para lhe oferecer tu<strong>do</strong>isto, e muito mais! O cartão de associa<strong>do</strong> da<strong>Porto</strong>Lazer dá acesso a 5 diferentes instalaçõesdesportivas municipais e, com um único cartão,uma única inscrição e um único seguro, podepraticar mais de 20 modalidades desportivasdiferentes. Agora que sabe que a sua cidadeestá equipada para o desporto, equipe-setambém!Uma cidade equipada para o desportoHORÁRIO DE ATENDIMENTO: das 8h00 às 22h30MONTE AVENTINORua Monte Aventino • Tel. 225093761Ténis | Squash | Cárdio-Fitness | Restaurante Bar | Gabinetede Fisioterapia | Loja de DesportoPISCINA DE CAMPANHÃRua de Sousa Avides • Tel. 225898540Natação Pura | Pólo Aquático | Utilização LivrePISCINA DE CARTESAlameda de Cartes • Tel. 225390111Natação Bebés, Crianças e Adultos | Actividades Aquáticas(Hidroginástica) | Utilização LivrePISCINA DA CONSTITUIÇÃORua Almirante Leote <strong>do</strong> Rêgo • Tel. 225073300Natação Bebés, Crianças e Adultos | Actividades Aquáticas(Hidroterapia; Hidroginástica; Deepwater) | Hidrobikes |Cárdio-Fitness | Utilização Livre | Ginástica Sénior; Localizada| Yoga | Danças Latinas | Pilates | Ju<strong>do</strong> | Hip-hop | CircuitTrainingPISCINA ENG.º ARMANDO PIMENTELRua Diogo Botelho • Tel. 226179598Natação Bebés, Crianças e Adultos | Actividades Aquáticas(Hidroterapia; Hidroginástica; Deepwater) | Cárdio-Fitness| Utilização Livre | MergulhoInforme-se em www.portolazer.pt ou através<strong>do</strong> 226199860 (2.ª a 6.ª, das 9h00 às19h00), e comece já a pensar na sua saúdee no seu bem-estar.CARTÃO ÚNICO1 Inscrição1 seguro5 instalaçõesMais de 20 modalidades


. junta metropolitana <strong>do</strong> portoPORTO sempre071Aeroporto Francisco Sá CarneiroNorte defende autonomia de gestão com firmeza e a uma só vozO que começou por ser a posição de um conjunto de municípios da Área Metropolitana <strong>do</strong><strong>Porto</strong> (AMP) depressa se alastrou ao Norte <strong>do</strong> país, evoluin<strong>do</strong> para um movimento em tornoda defesa de um modelo autónomo de gestão para o Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Umacausa que, pela sua importância estratégica para a Região, tem vin<strong>do</strong> a consolidar-se, deforma unitária e despartidarizada, sob a liderança de Rui Rio, na dupla qualidade dePresidente da Junta Metropolitana <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e da CMP.O processo começou por ganharum desenvolvimentosignificativo com a adesão dasprincipais instituiçõesassociativas e empresariaisnortenhas, como são os casosda Associação Comercial <strong>do</strong><strong>Porto</strong> (ACP), AssociaçãoEmpresarial de Portugal (AEP),Associação Industrial <strong>do</strong> Minho(AIMinho) e AssociaçãoIndustrial <strong>do</strong> Distrito de Aveiro(AIDA), grupo ao qual viria ajuntar-se a AssociaçãoPortuguesa de Hotelaria,Restauração e Turismo. To<strong>do</strong>sestes organismos subscreveram,inclusivamente, uma cartadirigida nesse senti<strong>do</strong> aoPrimeiro-Ministro.A consolidação deste “combate”– para utilizar uma expressãode Rui Moreira, presidente daACP – viria a conhecer outropasso relevante com a reuniãode Moreira de Cónegos, emfinais de Novembro último. Esseencontro sentou à mesma mesapresidentes de câmara dascapitais de distrito <strong>do</strong> Norte(Aveiro e Braga não puderamcomparecer, mas enviarammensagens de apoio) e <strong>do</strong>sconcelhos com mais de 100 milhabitantes, para além derepresentantes das autarquiasde Guimarães, Famalicão,Barcelos, Bragança, Viana <strong>do</strong>Castelo e Arcos de Valdevez.Nessa reunião, ficou decidi<strong>do</strong>,por unanimidade, convocar oConselho Regional da CCDR-N,organismo que agrega to<strong>do</strong>s os municípios <strong>do</strong>Norte <strong>do</strong> país. O objectivo era alargar omovimento, nele envolven<strong>do</strong> o universoautárquico da Região em torno da necessidadede, perante a privatização da ANA, criar ummodelo autónomo de gestão para o Sá Carneiro,algo que Rui Rio sempre qualificou como“determinante para o desenvolvimento futuroda Região” e como, aliás, foi comprova<strong>do</strong> pelosestu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s pela Deloitte e Faculdade deEconomia <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.Um outro impulso relevante tinha igualmentesi<strong>do</strong> da<strong>do</strong>, em finais de 2008, com a sessãopromovida pela JMP no Europarque de SantaMaria da Feira, na qual, perante alguns sinaiscontraditórios <strong>do</strong> Governo, Rui Rio voltou aapelar à necessidade de o Executivo de JoséSócrates “olhar com mais atenção para a RegiãoNorte e libertar o Sá Carneiro das amarras dagestão <strong>do</strong> futuro Aeroporto de Lisboa”.16.01.2009 • Unanimidade na deliberação <strong>do</strong> Conselho Regional <strong>do</strong> Norte sobre Aeroporto Sá CarneiroSonae/Soares da Costa e Mota Engil dizem «presente»A dinâmica em torno desta causa foi, até, capaz de gerar sinergias e capacidade para não deixar passar em claroo repto lança<strong>do</strong> em tempos pelo Primeiro-Ministro, quan<strong>do</strong> publicamente desafiou as forças vivas da Região acandidatarem-se a um eventual concurso de concessão para a gestão daquela infra-estrutura aeroportuária.Um consórcio composto pela SONAE / Soares da Costa, por um la<strong>do</strong>, e a empresa Mota Engil, por outro,corresponderam ao desafio e vieram a jogo. Caberá, agora, ao Governo dar sequência ao processo e não se reclamarcomo único <strong>do</strong>no da bola…


PORTO sempre072. junta metropolitana <strong>do</strong> portoNORTE UNIDORui Rio fez périplo pelo NorteCom o objectivo de promovera discussão pública sobre umassunto considera<strong>do</strong> da maiorimportância para odesenvolvimento de toda aregião, Rui Rio participou numconjunto de sessões promovidaspela Junta Metropolitana <strong>do</strong><strong>Porto</strong> em diversas cidadesnortenhas, nomeadamente emVila Real, Ponte de Lima eBragança.«Está a aconteceralgo próximo <strong>do</strong>inédito em tornodeste objectivo»A de Ponte de Lima contoucomo público-alvo os habitantes<strong>do</strong>s distritos de Braga e Viana<strong>do</strong> Castelo e foi organiza<strong>do</strong> emparceira com a AssociaçãoIndustrial <strong>do</strong> Minho (AIMinho).Este ciclo de debates, que, aliás,já tinha si<strong>do</strong> precedi<strong>do</strong> poroutras reuniões com o mesmoteor, iniciou-se em Bragança econtribuiu para oaprofundamento de um anseio,cuja reivindicação está mesmoa gerar, na óptica <strong>do</strong> Presidenteda JMP e da CMP, uma união aNorte «próxima <strong>do</strong> inédito».Rui Rio «Nenhumoutro tema temuni<strong>do</strong> o Norte destaforma»«Está a acontecer algo próximo<strong>do</strong> inédito em torno desteobjectivo», afirmou o autarca,acrescentan<strong>do</strong> não se recordarde nenhum outro tema quetenha uni<strong>do</strong> o Norte destaforma, numa lógica «positiva edespartidarizada».Rui Rio tem vin<strong>do</strong> a reiterar queo sucesso da estratégia relativaa esta matéria depende dacapacidade de mobilização daRegião e da forma como estaconseguir demonstrar aoGoverno o seu interesse emassumir um modelo autónomode gestão para aquela infraestruturaaeroportuária,considerada fundamental parao desenvolvimento e afirmação<strong>do</strong> Norte de Portugal.Para além de Rui Rio,as sessões contaramcom a presença <strong>do</strong>Presidente da Câmara<strong>Municipal</strong> deBragança, JorgeNunes, <strong>do</strong>Presidente daAssociaçãoComercial <strong>do</strong><strong>Porto</strong> (ACP),Rui Moreira,<strong>do</strong>Administra<strong>do</strong>rExecutivo da JMP,Emídio Gomes, <strong>do</strong> Presidente da Aphort,Rodrigo de Barros, entre outros, e de Ricar<strong>do</strong>Gonçalves, na dupla qualidade de representanteda Deloitte e da Faculdade de Economia <strong>do</strong><strong>Porto</strong>, entidades responsáveis pelo estu<strong>do</strong>conjunto oportunamente encomenda<strong>do</strong> pelaJunta Metropolitana <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> sobre esta questão.CCDR-N junta-se àcausae aprova <strong>do</strong>cumentoenvia<strong>do</strong> a José SócratesPetição da FederaçãoAcadémica <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>com forte adesãoTo<strong>do</strong>s os participantesnestas sessões públicastiveram ao seu dispor apossibilidade desubscreverem a petição quea Federação Académica <strong>do</strong><strong>Porto</strong> (www.fap.pt) tem feitocircular na Internet, a qualtem vin<strong>do</strong> a registar umnúmero crescente deadesões.A Comissão de Coordenação eDesenvolvimento Regional <strong>do</strong> Norte (CCDR-N) - organismo que integra representantesde 86 municípios e de cerca de duas dezenasde organizações sociais, económicas,ambientais e científicas representativas <strong>do</strong>teci<strong>do</strong> regional - aprovou por unanimidadeuma proposta favorável à defesa daautonomia de gestão <strong>do</strong> Sá Carneiro, a qualfoi envidada ao Primeiro-Ministro.Carlos Lage, Presidente da CCDR-N, alertou,na ocasião, para o risco de os «legítimosinteresses» <strong>do</strong> Aeroporto Francisco SáCarneiro não serem convenientementedefendi<strong>do</strong>s, perante uma conjuntura deprivatização da ANA. Classificou mesmo de«terrível» um cenário que conduzisse aquelainfra-estrutura aeroportuária a uma «situaçãode satélite», relativamente ao futuroAeroporto de Lisboa.


. junta metropolitana <strong>do</strong> portoPORTO sempre073João Cottim Oliveira<strong>do</strong>is anos como Prove<strong>do</strong>r Metropolitano <strong>do</strong>s Cidadãos com DeficiênciaAcções de formação sobre a Lei dasAcessibilidades foram das iniciativas maisimportantesJoão Cottim Oliveiracompletou, no início desteano, <strong>do</strong>is anos de mandato àfrente da Prove<strong>do</strong>riaMetropolitana <strong>do</strong>s Cidadãoscom Deficiência. Através dasua acção directa junto <strong>do</strong>smunicípios que integram aÁrea Metropolitana <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>(AMP), foi possível resolver– ou, pelo menos, atenuar –importantes questões emáreas como as acessibilidades,educação, emprego eformação profissional. E se –como ele próprio diz – muitacoisa ainda falta fazer, é justosublinhar, em jeito debalanço, os passos entretantojá da<strong>do</strong>s.Para além da realização de oitoacções de formação sobre o novoRegime Jurídico dasAcessibilidades, o Prove<strong>do</strong>rdestaca ainda a apresentação deuma candidatura ao QREN de umprojecto, visan<strong>do</strong> a elaboraçãode um mapa de acessibilidadesque, numa segunda fase, seráofereci<strong>do</strong> a cada um <strong>do</strong>smunicípios da AMP.Por outro la<strong>do</strong>, foi constituí<strong>do</strong>um Conselho deAcompanhamento e deImplementação de Acessibilidadee Mobilidade para To<strong>do</strong>s(CAIAMT), que tem comoobjectivo uniformizar aintervenção a nível metropolitanona via pública, bem comoproceder ao acompanhamentode projectos urbanísticos, atravésde troca de experiências entreos diversos municípios.Outro aspecto destaca<strong>do</strong> porJoão Cottim Oliveira ao longodestes <strong>do</strong>is anos de actividadetem que ver com o facto de seter consegui<strong>do</strong> resolver,serenamente e sem grandesproblemas, diversas queixasapresentadas por cidadãos,relacionadas fundamentalmentecom barreiras arquitectónicas eincumprimento da legislaçãoreferente à quota de emprego etransportes.O Serviço de Informação eMediação para as Pessoas comDeficiência, cria<strong>do</strong> através deum protocolo entre a JuntaMetropolitana e o InstitutoNacional de Reabilitação, temda<strong>do</strong> uma resposta positiva aessas solicitações, contribuin<strong>do</strong>assim para a dignificação <strong>do</strong>trabalho desenvolvi<strong>do</strong> pelaProve<strong>do</strong>ria.Urbanismo e Educação – asgrandes prioridadesDurante o corrente ano, a Prove<strong>do</strong>riaMetropolitana terá no centro das suas prioridadesde intervenção os temas <strong>do</strong> Urbanismo/ViaPública e a Educação.Por outro la<strong>do</strong>, vai ser organiza<strong>do</strong>, na últimasemana deste mês de Abril, um seminário dedica<strong>do</strong>à Formação Profissional e Emprego, através deuma parceria com os municípios da Póvoa deVarzim e Vila <strong>do</strong> Conde, que acolherá o evento.Problemática da deficiênciavai ser discutida em AssembleiaMetropolitanaO Conselho Metropolitano de Verea<strong>do</strong>ras daEducação aprovou, em Janeiro último, aconstituição de uma AssembleiaMetropolitana, integran<strong>do</strong> representantesdas escolas desde o 1º ciclo <strong>do</strong> ensino básicoaté ao secundário, destinada a discutir aproblemática da deficiência.Existe, por outro la<strong>do</strong>, uma rede informal afuncionar, abrangen<strong>do</strong> várias ordensprofissionais e com as universidades <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,com o objectivo de estudar e medir, emtermos quantitativos, o que representa ainclusão e a exclusão social de pessoas comdificuldades ao nível da mobilidade.Fórum vai debater AcessibilidadesA Prove<strong>do</strong>ria Metropolitana vai organizar, nopróximo mês de Maio, no <strong>Porto</strong>, um Fórumdestina<strong>do</strong> a debater o tema «Acessibilidades eResponsabilidades».Na primeira parte discutir-se-ão as implicaçõesjurídicas <strong>do</strong> Regime das Acessibilidades. A segundaparte será vocacionada para a apresentação deum projecto específico em vigor numa cidadeeuropeia.Um grupo de comenta<strong>do</strong>res, queintegrará professores da Faculdade deDireito <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, da FEUP e da Ordem<strong>do</strong>s Arquitectos, irá, no final, extrairas principais conclusões <strong>do</strong> encontro,promoven<strong>do</strong>, em seguida, o debatecom a assistência.Prove<strong>do</strong>ria Metropolitana <strong>do</strong>sCidadãos com DeficiênciaLinha directa: 222097138@ jcottimoliveira@amp.pt


PORTO sempre074Em Tribunal: Câmara julgada por…não atribuir subsídio. justiçaO Teatro Art´Imagem pretendereceber um subsídio de 20.000€ para ajudar a pagar o evento“Fazer a Festa” realiza<strong>do</strong> noano de 2006.Efectivamente, quan<strong>do</strong>, nessaaltura, o Verea<strong>do</strong>r da Culturapropôs ao Executivo municipala atribuição <strong>do</strong> deseja<strong>do</strong>subsídio, este foi reprova<strong>do</strong>com os votos contra <strong>do</strong> PS e<strong>do</strong> PCP, os votos favoráveis<strong>do</strong> PSD e a abstenção <strong>do</strong>CDS/PP ou seja, 6 votoscontra, 5 a favor e 2abstenções.Pouco tempo depois, oPresidente da Câmaradecidiu não agendar maisnenhuma proposta de atribuiçãode subsídios em dinheiro e afun<strong>do</strong> perdi<strong>do</strong> por sua iniciativa,acaban<strong>do</strong> assim, em largaescala, com a notória subsidiodependência em que muitasinstituições se tinhamdeixa<strong>do</strong> cair.Este subsídio emdinheiro ao TeatroArt´Imagemchumba<strong>do</strong> pela oposição, foi, assim, um<strong>do</strong>s últimos a ser decidi<strong>do</strong> pelo actualExecutivo.Os apoios da Câmara passaram, assim,a ser to<strong>do</strong>s em espécie, salvo paraas suas próprias associadas.A companhia de Teatropretende, agora, que oTribunal altere a decisãopolítica <strong>do</strong> Executivo.Uma cláusula polémicaA oposição chumbou o subsídio porque, no contrato, que aCMP deveria assinar com o Grupo de Teatro, a autarquiapropunha que aquela entidade se abstivesse de fazer críticasa esse mesmo acor<strong>do</strong>. Entende a CMP que, quan<strong>do</strong> alguémassina um contrato, é porque está de acor<strong>do</strong> com ele e nãodeve ter a má-fé de assinar para depois criticar o que subscreveu.O PS e a CDU, que são contra esta regra de conduta, defendemque todas as instituições têm o direito de dizer mal da Câmara<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, mesmo relativamente a matérias em que estabelecemparcerias e leal colaboração.Tempos ModernosNos tempos que correm, pode acontecer o que, à partida, sepoderia julgar inverosímil em democracia e, assim, o TeatroArt'Imagem moveu uma acção à CMP para que o Tribunal mandepagar um subsídio que a CMP, por votação democrática, decidiunão dar.O “julgamento <strong>do</strong> subsídio” iniciou-se este mês de Abril, edada a importância que o Art'Imagem e a justiça atribuem àmatéria, este tem mais de 20 testemunhas e ocuparáseguramente largas horas das mais diversas pessoas. Tambémneste caso, o Presidente da CMP, Rui Rio, irá mais uma vezresponder em Tribunal pela não atribuição <strong>do</strong> subsídio.


. portuenses ilustresEduar<strong>do</strong> Santos Silvapor José da Cruz SantosÀ memória <strong>do</strong> seu filho, Dr. ArturSantos Silva, sau<strong>do</strong>so amigo,ilustre advoga<strong>do</strong>, e exemplo decoragem cívica.É <strong>do</strong> tempo <strong>do</strong> Doutor Eduar<strong>do</strong> SantosSilva como Presidente da Câmara <strong>do</strong><strong>Porto</strong>, preocupa<strong>do</strong> com omelhoramento da cidade a nívelarquitectónico, a construção <strong>do</strong>Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Bolhão, da Avenida <strong>do</strong>sAlia<strong>do</strong>s ...Quase cinquenta anos passa<strong>do</strong>s sobrea sua morte, talvez o melhor começopara esta pequena homenagem àmemória <strong>do</strong> Doutor Eduar<strong>do</strong> Santos Silvaseja lembrar as palavras de AquilinoRibeiro: Julgo que, uma vez implantadaa República, Santos Silva se repartiuentre os <strong>do</strong>entes, fazen<strong>do</strong> de cada umamigo, e a família <strong>do</strong>nde brotou umageração honrada, liberal, talentosa e semfrio nos olhos. Uma das condições <strong>do</strong>shomens de carácter é imprimir essecarácter à prole.Naquele que foi considera<strong>do</strong> o primeirocidadão <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, no dizer <strong>do</strong> grandejornalista António Ramos de Almeida,Jaime Cortesão admirava: o homem deprofunda humanidade, que exerceu ogoverno, como um mestre de civismo,tolerância e compreensão entre oshomens; a medicina como sacerdócio; eo ensino como um apostola<strong>do</strong>[…]. Felizesnós que o temos por amigo; feliz o <strong>Porto</strong>que o tem como herdeiro e símbolo dassuas melhores virtudes; feliz o povoportuguês que nele pode rever-se, comonum espelho ideal.Nestes tempos em que se procuraobscenamente apagar a memória <strong>do</strong>smalefícios e crimes de mais de quatrodécadas de fascismo salazarista, não selêem sem comoção as palavrasdesassombradas com que Eduar<strong>do</strong> SantosSilva, pouco tempo antes de morrer,num <strong>do</strong>s sinistros tribunais plenários,testemunhou a favor de Guilherme daCosta Carvalho, amigo <strong>do</strong> seu filhoOsval<strong>do</strong>, ambos resistentes antifascistase destaca<strong>do</strong>s militantes <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong>Comunista Português.Com a devida vénia, trazemos para aquialguns elementos biográficos colhi<strong>do</strong>sno importante e insubstituível trabalho<strong>do</strong> Prof. Gaspar Martins Pereira sobreEduar<strong>do</strong> Santos Silva, publica<strong>do</strong> em2002:“Eduar<strong>do</strong> Santos Silva nasceu no <strong>Porto</strong>em 1879, filho de um comerciante. Desdemuito ce<strong>do</strong> que se habituou a ouvir falar<strong>do</strong> ideal republicano, a cujo movimentoseu pai Dionísio tinha aderi<strong>do</strong>. Com 13anos Eduar<strong>do</strong> já assinava os seus escritospolíticos como “um republicano”.Paraajudar o pai, aos 16 anos foi trabalharcomo escriturário num notário em VilaNova de Gaia; ingressou em 1898 naEscola Médico-Cirurgica <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, dirigidapela grande figura de Ricar<strong>do</strong> Jorge. Em1893 apresentou a sua dissertação“Fadiga Intelectual em Pedagogia” sen<strong>do</strong>aprovada com alta classificação.Em 1906, e ten<strong>do</strong> já termina<strong>do</strong> o cursopresta provas para ingressar no ensinosecundário.Acumula o cargo de médico adjunto de<strong>do</strong>enças infecciosas no Hospital JoaquimUrbano com as aulas no Liceu Central <strong>do</strong><strong>Porto</strong>; cria no ano seguinte com outros médicosda cidade, o Posto Médico da Batalha.Em 1909 vai para Paris para seespecializar , ligan<strong>do</strong>-se bastante aosrepublicanos portugueses que aí viviam.No ano seguinte regressa a Portugal,retoman<strong>do</strong> as aulas no Liceu AlexandreHerculano e abre um consultório. Em1911 é nomea<strong>do</strong> Director da EscolaNormal <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e Reitor <strong>do</strong> LiceuRodrigues de Freitas. Em 1912, éPresidente da Comissão Republicana <strong>do</strong><strong>Porto</strong>. Vai ter um papel muito importantena instrução, com um senti<strong>do</strong> demodernidade grande para a época. ACâmara <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> sob a sua presidênciatorna-se pioneira na organização <strong>do</strong>ensino a vários níveis. Fun<strong>do</strong>u oConservatório de Música <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.No entanto, a ditadura de Pimenta deCastro, em 1915, interrompeu agovernação de Santos Silva, que serevoltou contra o envolvimento <strong>do</strong>smilitares na vida política. No entanto, ofim desta muito breve ditadura levou-ode novo à sua Câmara. Até 1922 vai sereleito várias vezes para a edilidadeportuense.Com a ditadura de Sidónio Pais envolveusena preparação clandestina de umarevolta militar o que lhe valeu ser presono Quartel <strong>do</strong> Carmo. Com o eclodir da1ª Guerra Mundial é incorpora<strong>do</strong> no CorpoExpedicionário Português partin<strong>do</strong> paraFrança como capitão-médico.Com o assassinato de Sidónio Pais,regressa a Portugal, com a Cruz de Guerra,retoman<strong>do</strong> a actividade política eautárquica.Com o fim da guerra e as novas ideiassurgidas nos outros países, muitosrepublicanos vão afastar-se da políticaactiva. Santos Silva é por duas vezeschama<strong>do</strong> para Ministro da Instrução.Com o 28 de Maio termina o Governo <strong>do</strong>qual fazia parte. A oposição republicanainicia o seu combate à ditadura.PORTO sempre075Santos Silva retomou a sua actividade de médico e professor.Convida<strong>do</strong> para Director Clínico <strong>do</strong> Hospital Semide, man<strong>do</strong>uinstalar um Dispensário e um Serviço de Preservação Infantilcontra a Tuberculose. Este Hospital passou a envolvê-lo atempo inteiro. Não se afastou, no entanto, da políticaparticipan<strong>do</strong> em movimentos contra a ditadura.Durante a revolução de Fevereiro de 1927, a sua casa da Rua<strong>do</strong> Bonfim foi o local onde se realizavam as reuniões epernoitavam alguns <strong>do</strong>s militares.Entre 1926 e 1933, foi preso 2 vezes, a última das quaisdeporta<strong>do</strong> para Angra <strong>do</strong> Heroísmo, onde nunca chegou, poisfoi à última hora manda<strong>do</strong> desembarcar no Funchal. Aí montouconsultório e mais tarde apoiou gratuitamente uma Instituiçãode Assistência Infantil.Com o fim da Guerra , a vitória <strong>do</strong>s Trabalhistas em Inglaterra,Salazar decidiu marcar eleições. É nessa altura que se formao M.U.D. (Movimento de Unidade Democrática).Eduar<strong>do</strong> SantosSilva e os <strong>do</strong>is filhos mais velhos vão participar em algumasactividades políticas deste movimento. E assim, com 66 anos,Santos Silva regressa à política.Os atritos com a nova direcção administrativa <strong>do</strong> HospitalRodrigues Semide, abertamente pró-salazarista, levam-no aapresentar o pedi<strong>do</strong> de exoneração de Director Clínico; emMarço de 1948, pediu também a exoneração <strong>do</strong> cargo deDirector de Enfermaria. Fica assim definitivamente afasta<strong>do</strong>desse Hospital.O regime salazarista fortalecia-se reprimin<strong>do</strong> cada vez maiscom a nova PVDE (depois PIDE) qualquer tipo de actividadepolítica que lhe fizesse oposição.Em 1949, na campanha <strong>do</strong> General Norton de Matos, Eduar<strong>do</strong>Santos Silva preside à Comissão Distrital da Candidatura no<strong>Porto</strong>. Há uma Oposição Democrática , em regime de “liberdadecontrolada” na qual Santos Silva vai participar activamente.Nesse âmbito, logo após o falecimento de Abel Salazar, juntocom Ruy Luís Gomes, Alberto Saavedra, António Lello, Arman<strong>do</strong>de Castro vai integrar a Comissão Executiva da Fundação AbelSalazar.Em 1955 termina a sua carreira médica com 76 anos de idadee 52 de vida profissional.Continua a ser uma referência para os democratas portugueses.Está sempre disponível para unir e reforçar a oposição aoregime.Nas eleições de 1958, o Engº Cunha Leal vai surgir como ocandidato de toda a oposição para a Presidência da República.No <strong>Porto</strong>, numa sessão comemorativa <strong>do</strong> 31 de Janeiro SantosSilva faz o discurso de apoio a esta candidatura. Sen<strong>do</strong> CunhaLeal uma figura polémica, mal visto por alguns republicanos,em Abril anuncia a sua decisão de não se candidatar. Surgeentão o nome <strong>do</strong> General Humberto Delga<strong>do</strong>, proposto porAntónio Sérgio.No <strong>Porto</strong> aponta-se o nome de Santos Silva, convida<strong>do</strong> pelaOposição Democrática, porque como é dito numa carta a eledirigida, “ a Personalidade Moral e Intelectual de V.Exª é sópor si garante <strong>do</strong> melhor êxito nacional da próxima campanhaoposicionista para a mais alta Magistratura da República”.Venceu, no entanto, a tese de António Sérgio, assim como aapresentação <strong>do</strong> candidato por ele proposto; Eduar<strong>do</strong> SantosSilva, apoiou também esta candidatura. No <strong>Porto</strong>, dirige elepróprio as primeiras palavras de saudação ao General.Em 1959, com 80 anos, Eduar<strong>do</strong> Santos Silva foi homenagea<strong>do</strong>num jantar no Restaurante <strong>do</strong> Centro Transmontano, no PalácioAtlântico. Continua a encarnar o ideal republicano, participan<strong>do</strong>em Janeiro de 1960, como sempre, na romagem aos mortos<strong>do</strong> 31 de Janeiro.Eduar<strong>do</strong> Santos Silva morre em Setembro de 1960. O seufuneral fez parar a cidade e as pessoas afluíram em peso aocemitério <strong>do</strong> Pra<strong>do</strong> <strong>do</strong> Repouso, onde se disse adeus ao primeirocidadão <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.”


PORTO sempre076Rua de Azeve<strong>do</strong> . Campanhã. ruaA Rua de Azeve<strong>do</strong> fica localizadano centro <strong>do</strong> lugar de Azeve<strong>do</strong> deCampanhã, a zona mais orientalda cidade. Apesar de pertencerao <strong>Porto</strong>, pois encontra-se dentro<strong>do</strong>s limites <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> concelho,esta zona da cidade é muitas vezesidentificada, pelos menosinforma<strong>do</strong>s, como sen<strong>do</strong> pertença<strong>do</strong> concelho vizinho, isto é,Gon<strong>do</strong>mar.De facto, em tempos i<strong>do</strong>s, antesda fundação da nacionalidade esegun<strong>do</strong> a Monografia deCampanhã, a localização destelocal era referida como “sob ocastro de Gon<strong>do</strong>mar, rio deCampanhã, território de Portugal.”Segun<strong>do</strong> o mesmo <strong>do</strong>cumento, naIdade Média os limites deCampanhã continuavam confusos,pois, “se jurisdicionalmente, apopulação está dividida entre ocouto <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e o julga<strong>do</strong> deGon<strong>do</strong>mar, a sua unidade eraassegurada pela igreja deCampanhã, cuja freguesia abrangiaindubitavelmente Contumil.”Mas vamos à Rua de Azeve<strong>do</strong>.Localizada <strong>do</strong> outro la<strong>do</strong> daCircunvalação, a mais antigareferência conhecida <strong>do</strong> “Casal deAzeve<strong>do</strong>” é, segun<strong>do</strong> a ToponímiaPortuense de Andrea de Cunha eFreitas, “uma escritura de trocaou escambo que dele fez o Cabi<strong>do</strong><strong>do</strong> <strong>Porto</strong> pelo Casal <strong>do</strong> Pinheirode Miraflores, em 1343. Nosúltimos anos <strong>do</strong> século XVI, eprincípios <strong>do</strong> seguinte a Quintade Azeve<strong>do</strong> pertencia a FlorençaGonçalves, a mulher de Tomé Luís,cidadão <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, mora<strong>do</strong>res naRua de Belmonte.”No entanto, e segun<strong>do</strong> aMonografia de Campanhã,<strong>do</strong>cumento coordena<strong>do</strong> por MiguelFerreira Meireles e Agostinho B.Vieira Rodrigues, o topónimoAzeve<strong>do</strong> é já referi<strong>do</strong> numa <strong>do</strong>açãoao Mosteiro da “VillaCampaniana”, onde é referi<strong>do</strong> que“em 1058 já <strong>do</strong>ara a Igreja de S.Jacob de Labruge e a «villa» deAzeve<strong>do</strong>, cujos antigos limitesalargara.”A Rua de Azeve<strong>do</strong> atravessa parte<strong>do</strong> lugar de Azeve<strong>do</strong> de Campanhã,cruzan<strong>do</strong>-se com uma das entradasde um <strong>do</strong>s bairros maisproblemáticos <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, oLagarteiro, descen<strong>do</strong> depois atéà Circunvalação. A parte novadesta artéria vem desembocar àRotunda <strong>do</strong> Freixo, passan<strong>do</strong> pelaEtar homónima.Quanto ao topónimo Campanhã,a referida Monografia refere que“«Campaniana», deriva, segun<strong>do</strong>J. Piel, de «Campanius», nome<strong>do</strong> proprietário <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio. JáAlberto Sampaio recorrera a«Campaniana» como exemplo,raro, de gentílico romano que se adjectiva com osufixo - anus na denominação <strong>do</strong> prédio, sen<strong>do</strong> anasalação, segun<strong>do</strong> o mesmo autor, um contributosuevo. A «origem das vogais nasais <strong>do</strong> português,caso único entre os vários dialectos neo-latinos daPenínsula» explicar-se-ia pela influência <strong>do</strong>s Suevosunicamente na Galiza. A forma «campanaan»,herdeira da latina «campaniana», evoluiposteriormente para Campanhã.”Para concluir, apenas uma pequena curiosidade.Sabia que Campanhã já foi Concelho? Pois é.Segun<strong>do</strong> o mesmo <strong>do</strong>cumento, “<strong>do</strong>s decretos de16 de Maio de 1832, destaquemos o n.° 23, dapasta da Justiça e da Fazenda, a cargo de Mouzinhoda Silveira. Divide o Reino de Portugal em Províncias,Comarcas e Concelhos, divisão que foi mantida porSilva Carvalho pelo Decreto n.° 65 de 28 de Junhode 1833: os concelhos da comarca <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> passama 23, surgin<strong>do</strong> entre eles o concelho de Campanhã.Tomarão posse em 21 de Maio de 1834, no Lugarde Noeda, no sítio chama<strong>do</strong> da Audiência.”Sabia que Campanhã já foi Concelho?Pormenor de uma casa


. postalO próximo pode ser o seu…Envie-nos a sua fotografia preferida <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e veja-a publicada.PORTO sempre077O Centro Histórico à noite. Tu<strong>do</strong> fica próximoe majestoso.António DiasRevele-nos o seu <strong>Porto</strong>, envie-nos a sua melhor imagem acompanhada de um breve texto alusivo para: Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, Gabinete de Comunicaçãoe Imagem, Praça General Humberto Delga<strong>do</strong>, 4049-001 <strong>Porto</strong>. As imagens enviadas irão integrar uma exposição a ter lugar no Gabinete <strong>do</strong> Munícipe.


PORTO sempre078. passadeiraPerguntas a quem passa na ruaAna da Rocha Correia50 anos, DomésticaAnimação da Baixa“Eu acho que a cidade está muitomais animada e isso nota-se pelonúmero de turistas e jovens que sevêem na Baixa. Há uns anos atrásisto estava mais para<strong>do</strong> e por issoatrai mais pessoas.”Felismina Paulo63 anos, EmpresáriaMiguel Bombarda“Ainda não consegui ir lá mas ouçofalar muito e dizem-me que é muitoagradável. Podiam fazer o mesmo aquina Avenida <strong>do</strong>s Alia<strong>do</strong>s para animar anossa sala de visitas e a nossa Baixa.Infelizmente, anda aí tanta gente semnada para fazer, a quem estasiniciativas fazem passar o tempo eesquecer um bocadinho os problemas.É por isso que as acho tão importantes.E a Baixa também fica a ganhar.”Arman<strong>do</strong> Luzes73 anos, PintorAeroporto Dr. Francisco Sá Carneiro“Eu sou a favor da regionalização epor isso também acho que o Aeroporto<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> deve ter uma gestãoautónoma. A gestão deve ser <strong>do</strong> Norteou <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Acho que já está tantacoisa centralizada em Lisboa, que nãofaz muito senti<strong>do</strong> o Aeroporto nãoser geri<strong>do</strong> por nós.”Margarida Ferreira59 anos, Ex-Técnica de ContabilidadeObras de requalificação da Baixa“Tenho anda<strong>do</strong> muito na Ribeira, emMouzinho e na Rua das Flores e já se vêalguma coisa. Mas ainda há muito porfazer. A nossa cidade está muito velhae o processo de requalificação é muitolento. Só espero que não se estejam adesperdiçar os fun<strong>do</strong>s europeus. Masacho que não porque já se vê obra. Sótenho pena, como disse, que seja tãolento. Mas desde que seja bem feito eque os prazos sejam cumpri<strong>do</strong>s…”Carlos Andrade Pereira55 anos, Emprega<strong>do</strong> de mesaObras de requalificação“Já fui critico em relação, por exemplo,à Avenida <strong>do</strong>s Alia<strong>do</strong>s, mas agora, epara ser franco, acho que está bemmelhor. A cidade está com um ar maislimpo e já se vêem muitas alterações.Tu<strong>do</strong> isto atrai mais gente à Baixa,claro, mas a minha opinião é quequem gosta <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> não deixa o<strong>Porto</strong> nem deixa de vir ao <strong>Porto</strong>.”António Freitas77 anos, Reforma<strong>do</strong>Obras de manutenção“Acho que a cidade está limpa e está aficar melhor. Mas acho que anda tu<strong>do</strong>muito devagar. Já sei que não há dinheiropara tu<strong>do</strong> mas já se nota a diferença.Nos bairros, por exemplo, a mudança émuita. Está, de longe, muito melhor.Sou mora<strong>do</strong>r de um e nota-se que asobras de manutenção e requalificaçãoestão a funcionar lá. Mas a cidade, emsi, também está muito melhor.”


. passadeiraPORTO sempre079Rui Fonseca27 anos, FotógrafoAnimação“Eu acho que a noite da Baixa estáboa, esta zona <strong>do</strong>s Clérigos,especialmente, mas acho que nãodevia resumir-se apenas a uma rua.Devia existir um circuito de bares naBaixa para que a animação sealastrasse. Este tipo de coisas chamamais gente à Baixa e já se vê maisgente nas ruas à noite. Mas deve seruma coisa para continuar.”Horácio Moreira80 anos, Reforma<strong>do</strong>Aeroporto“Eu acho que a gestão devia ser nossa.Face ao número de assinaturas quejá estão na petição acho que o Governotinha que ceder e deixar o Aeroportoter uma gestão autónoma. Tal comono caso <strong>do</strong> Metro. O Governo tambémnão devia estar meti<strong>do</strong> nisso.”Rui Oliveira30 anos, FotógrafoAnimação“Há ruas completamente mortas e épena que aquela animação não sealastre a outras ruas. Acho que aanimação naquela zona (Rua GaleriaParis e Cândi<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Reis) é umaóptima iniciativa mas que eu esperoque não seja apenas uma moda e quemorra daqui a algum tempo. Faz faltamais animação <strong>do</strong> género.”Beto Machava30 anos, Desemprega<strong>do</strong>Animação“Aquela zona <strong>do</strong> Piolho está muito boaagora. É bom ver as pessoas na rua adivertirem-se. E é uma coisa que chamamuita gente à Baixa, mesmo para viver.Se calhar não mesmo naquela zonaporque o local para viver deve sersossega<strong>do</strong> mas acho que a zonacircundante pode começar a ser maisprocurada para viver por causa daanimação. Vê-se mais gente na rua ànoite e isso é importante.”David Rocha71 anos, Reforma<strong>do</strong>Aeroporto“O Aeroporto é nosso e deve ter umagestão autónoma. Já há muito tempoque nós reclamamos a regionalização.Está tu<strong>do</strong> muito centraliza<strong>do</strong> em Lisboa.Porque é que acha que eles estãosempre contra a regionalização? Nóstínhamos grandes empresas e elas estãoa ir todas lá para baixo porque oGoverno corta to<strong>do</strong>s os apoios ao Norte.”Maria Henriques34 anos, EsteticistaMiguel Bombarda“Acho que é uma óptima iniciativamas que se devia repetir mais vezes.Acho que se fazem muitas coisas nacidade mas apenas pontualmente.Não há iniciativas constantes,especialmente para as crianças.Fizeram-se coisas no Natal e noCarnaval mas fora isso a oferta deiniciativas mais direccionadas paraas crianças é pouca.”


PORTO sempre080. sala de visitasPresidente da CMP e Ministro da Cultura na inauguração simultânea das galerias de Miguel BombardaReunião com a Reitoria da Universiddade <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>5ª edição da Corrida <strong>do</strong> Dia <strong>do</strong> Pai


. sala de visitasPORTO sempre081Roteiro para a InclusãoInauguração da sexta edição Essência <strong>do</strong> VinhoEncontro da CiênciaBelmiro de Azeve<strong>do</strong> homenagea<strong>do</strong> no âmbito <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> de Futurono Teatro Campo AlegreInauguração da 29ª edição <strong>do</strong> Fantasporto


PORTO sempre082Hélder Pacheco. porto de A a ZAaAlbano Martins - Opoeta português.KkKrall - Diana, acantora-pianista.UuUbiquidade - O <strong>do</strong>m que me faz falta.BbBacalhau - De todasas maneiras.LlLeonar<strong>do</strong> Coimbrafilho - O homem nasua integridade.VvVinho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> - A bebida.CcCentralização - Tumormaligno que corrói opaís.MmMagnólias - Uma dasflores portuenses.XxX-9 - O herói da infância.DdDevorismo - Dissipação<strong>do</strong>s recursos <strong>do</strong> paíspelos centralistas.NnNormandia - Odesembarque <strong>do</strong>heroísmo.WwWinston Churchill - O político universal.EeEmprego - Aprioridade dasprioridades.OoOtawa - As fériasinesquecíveis.YyYeats - O poeta estrangeiro.FfFutebol Clube <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>- Obviamente.Pp<strong>Porto</strong> - Sempre.ZzZeros - O que há mais por aí.GgGarrett - O homem decultura.QqQuintino - Manuel, ohonra<strong>do</strong> burguêsportuense.HhHonradez - Valorimergente dasociedade actual.RrRia de Aveiro- O paraísoterreal.IiInquisição - A infâmiaque nos inquinou.SsSá da Bandeira- O políticoportuguês.JjJúlio Dinis - Oescritor portuense.TtTucídides - O mestreda História.Hélder Pacheco, historia<strong>do</strong>r

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