10.07.2015 Views

Clique - Navegue nas Ondas Curtas do Radio

Clique - Navegue nas Ondas Curtas do Radio

Clique - Navegue nas Ondas Curtas do Radio

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

21Devi<strong>do</strong> a essa dificuldade, recorrer à semiótica parece ser a forma mais segura paraatingir os objetivos aos quais a pesquisa se propõe. Haja vista, haver nessa conjuntura teóricacritérios que podem ser considera<strong>do</strong>s para minimizar o contato face a face com ospesquisa<strong>do</strong>s, sem negligenciar os resulta<strong>do</strong>s da pesquisa.Mediante a teoria <strong>do</strong>s signos e símbolos, preconizada pela semiótica, Charles Peirceapud Joly (1996) traz um marco a ser situa<strong>do</strong> no desenvolvimento desta investigação.Segun<strong>do</strong> Peirce, o signo pode produzir um ato de comunicação a partir <strong>do</strong> momento em queele é da<strong>do</strong> intencionalmente ou fornecer informações quan<strong>do</strong> se aprende a decifrá-lo. Por isso,há no signo um propósito evidente que estabelece uma correlação entre o seu significante, oobjeto referente e seu significa<strong>do</strong>.De fato, a linguagem radiofônica não se limita a um processo linear da audição. Orádio está sobrecarrega<strong>do</strong> de signos que ao serem capta<strong>do</strong>s pelos ouvintes estimulam umaanalogia entre “o que foi dito”, “sua associação ao objeto referente” e a “percepção mental emse conceber significa<strong>do</strong>s”. Portanto há <strong>nas</strong> mensagens <strong>do</strong> rádio uma intenção simbólica ecomunicativa, que conduz o ouvinte na relação de coadjuvante nesse processo de percepção.Grisa (2003) adverte que além dessa potencialidade simbólica o rádio é umfenômeno essencialmente cultural. Não se podem interpretar suas mensagens, sem antesadentrar no contexto da cultura e <strong>nas</strong> relações de senti<strong>do</strong> produzi<strong>do</strong> entre emissor-receptor. Acultura está presente em todas as relações sociais e nem mesmo o rádio pode se furtar dessacondição, pois como media<strong>do</strong>r da cultura ele é, também, criação e instituição humana.Ao se compreender que o rádio nada mais é que a extensão <strong>do</strong> próprio homem – daduplicidade de sua imagem biológica na esfera virtual –, não se pode pensar <strong>nas</strong> linguagensradiofônicas ape<strong>nas</strong> como uma finalidade técnica. Elas expressam as intenções huma<strong>nas</strong> eestão aptas a comunicar visões de mun<strong>do</strong>, que são amplamente reinterpretadas pelopensamento simbólico da sua audiência. Então o rádio não fala sozinho, “as linguagens <strong>do</strong>rádio surgem das faculdades huma<strong>nas</strong>” e por isso o rádio é o próprio homem representa<strong>do</strong>pelo seu duplo. Mais que isso, as imagens <strong>do</strong> rádio produzem senti<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong> são apropriadascriticamente pela sua audiência na motivação <strong>do</strong>s interesses individuais e coletivos.Sen<strong>do</strong> assim, primeiramente é necessário analisar as imagens <strong>do</strong> rádio a partir dassuas pautas radiofônicas. E a partir delas estabelecer as relações de senti<strong>do</strong>s da audiência,visan<strong>do</strong> a ampliação cultural e concepção <strong>do</strong> desenho de mun<strong>do</strong>. Sedimentada no eixo dacultura, a programação internacional permite sua categorização em três subeixos dainformação, que se inter-relacionam mutuamente: “atualidades”, “opinião pública” e“entretenimento”. Enfim, esses fatores se alicerçam na proposta radiofônica e radiográfica

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!